Mansão Maximilion, 08:00.

É uma bela manhã na mansão Maximilion e eles estão recebendo a chegada de Julian Steves, o conhecido como “O Senhor das Armas”, ao que parece ele veio e trouxe um trailer com ele. Dan o cumprimenta.

— Que bom te ver aqui, Julian! Agora não sei como você conseguiu trazer esse trailer.

— Calma, capitão! Esse trailer eu já tinha aqui mesmo em Londres. Ou você acha que eu viria lá do País de Gales nele? Claro que não, um atirador de elite como eu precisa ter armamento espalhado em todos os lugares desse Reino Unido.

— Então significa que nesse trailer estão as armas que você prometeu trazer?

— Claro, querem dar uma olhada?

O Capitão Dan olha para os outros e balança a cabeça no intuito de incentivá-los a seguí-lo.

— Ok, vamos dar uma olhada.

Julian vai na frente e abre o trailer, o capitão Dan entra em seguida acompanhado de Victor, Scott,  Hillary e Brian.

O local está abarrotado de armas de tudo qualquer tipo que se possa imaginar, até mesmo armas brancas, arquearia e material tático.

— Ora, ora, vejo que você tem uma verdadeira munição ambulante, Julian!

Victor indaga:

— É muito além do que precisávamos.

Hillary: Nunca se sabe se é o suficiente, principalmente levando em conta do tipo de coisa que a gente tá enfrentando.

Scott: Com esse armamento podemos montar um exército inteiro.

Julian: Creio que essa seja a verdadeira intenção, não é mesmo capitão?

Dan: Sim, Julian. E aproveitando quero que você dê aulas de tiro para os garotos civis que estamos treinando, são os que estão lá fora.

Julian: Só de olhar pra eles, percebi que eles nunca pegaram em uma arma na vida.

Já tendo saído do trailer, o capitão Dan está apresentando Julian aos garotos.

— O Julian vai dar aulas de tiro a vocês, será mais do que necessário fazer isso, pois não adianta vocês só aprenderem a lutar, tem que aprender a atirar também.

Dylan: Eu sempre quis aprender isso.

Julian: Então vejo que não teremos problemas, garoto.

Dan: Bom, sendo assim quero que comece amanhã mesmo, Julian.

Julian: Amanhã? Porque não começamos hoje mesmo?

Dan: Hoje eu dei folga a todos, porque o agente Victor e eu iremos à Reunião Parlamentar no Palácio Real para discutir tudo isso que está acontecendo.

Julian: Entendi, estou às ordens, capitão.

Dan: Fique a vontade e me chame sempre que precisar. Se me permitem vou entrar pra me preparar para a reunião mais tarde.

O Capitão Dan entra pra dentro da mansão. Julian olha para os demais e diz:

— Qualquer coisa eu estarei no meu trailer. Ah! E sempre bata antes de entrar, nunca se sabe a hora que eu esteja dormindo armado.

Julian entra dentro do trailer e fecha a porta, Cristhian e Dylan ficam olhando admirados, mais atrás Hillary e Jennifer estão juntas cochichando uma com a outra.

Jennifer: Que gato esse Julian! Como um homem desses pode não ser meu?

Hillary: Até eu queria uma chance.

Jennifer: Você? Querida, não me engane que você já é praticamente do agente ali, aquele boy bonitinho com cara de bebê.

Hillary: O quê? O Brian? Você tá ficando louca?

Jennifer: Não está mais aqui quem falou, tchauzinho!

Jennifer dá de ombros pra Hillary e entra pra dentro da mansão.

— Ei, volta aqui, Jennifer!

Ainda do lado de fora, Lisa se encontra pensativa. May nota a expressão dela e se aproxima.

— Você tá bem, Lisa?

— Estou sim, é que… Como que a Emily deve tá agora?

Central da Ilha da Phoenix, 08:30.

Fionna acaba de entrar na sala do Projeto Neon. Emily, Ashley e Makoto já estão ali.

— Bom, precisamos tentar mais uma vez hoje. Cada dia esse procedimento parece se complicar mais.

Ashley enfatiza.

— Precisamos ter paciência e aproveitar que temos esse espaço pra podermos fazer essa experiência. Do contrário…

Ouve-se um barulho da porta se destravando, todos ficam apreensivos. Vemos pés masculinos se aproximando deles, em seguida vemos o rosto do indivíduo e se trata de Edward.

— Olá, Fionna. Doutores?

— O que você tá fazendo aqui, Edward? Quem te autorizou?

— Calma, calma. Não precisa ficar nervosa… Eu vim aqui ver como está indo o trabalho de vocês.

— Está indo tudo bem, obrigada!

— Fionna, não precisa ser tão rude comigo, eu estou aqui pra ajudar. E me certificar se todos vocês aqui estão fazendo o trabalho da maneira correta.

Ashley o responde.

— O Dr. Addan e a senhora Hilda nos confiou essa tarefa, não precisamos de ninguém pra ficar nos observando.

— E se eu disser que… O próprio Dr. Addan foi que me pediu pra vir aqui?

Fionna retruca.

— Desgraçado!

— Ei, ei, ei! Calma, Fionna! Cuidado com a boca, não vai querer que essa garotinha aprenda esse “palavriado” horroroso, né?

Emily se esconde por trás de Makoto. Este tenta convencer o agente.

— Por favor, senhor, peço que saia, está assustando a minha…

Ashley olha pra ele rapidamente fazendo-o ver que está prestes a contar algo que não devia.

— Está… Está assustando a garotinha.

— Ela deveria estar assustada mesmo por ficar 24 horas do tempo dela nessa sala. Então… Aqui é onde vocês estão desenvolvendo a experiência do Projeto Neon?

Fionna intrigada pergunta:

— Como você sabe disso?

— Eu disse, Fionna. Foi o Dr. Addan quem me designou aqui. Sou o braço direito dele, mas ao contrário do Naraj que é um fresco, eu sou o braço direito que executa, acho que você mais do que nunca deve se lembrar, não é? Naquela noite em frente à tua casa…

Edward vai se aproximando de Fionna até ficar com o rosto bem próximo ao dela. Ele suspira e depois fala.

— Você tem o mesmo cheiro daquela noite, Fionna! Adoraria sentir o cheiro de outras partes do teu corpo.

Makoto esconde o rosto de Emily em suas pernas. Edward continua a falar deixando Fionna cada vez mais desconfortável.

— Você é uma mulher bela, Fionna… Já te disseram isso?

— Se não sair de perto de mim… Eu não respondo por mim.

Ashley tenta interver.

— Por favor, senhor. Já chega! Está atrapalhando o nosso trabalho, peço que se retire agora mesmo!

— Não enche o saco, garota! Eu já estou indo.

Edward “sai de cima” de Fionna e se afasta lentamente dela.

— A gente se vê por aí, boneca.

Quando vira as costas, Fionna o puxa pelo braço fazendo-o ficar próximo do teu corpo, com a outra mão ela está segurando uma seringa apontando para os órgãos genitais dele.

Ela cochicha com a boca quase tocando os lábios dele.

— Escuta aqui, seu filho de uma puta desgraçado! Se fizer isso de novo e principalmente na frente da criança, eu juro que enfio essa agulha no teu maldito pintinho. Eu não sou a mesma Fionna que você conheceu na noite que você me entregou aquela pasta, então vai fazendo o favorzinho de deixar a gente trabalhar, porque nada me impede neste momento de enfiar isso na tua virilha e deslizar ela suavemente até o teu estômago, fazer vários furos até você ficar parecendo um queijo suíço. E aí? Como vai ser?

— Uau! Tá aí um lado seu que eu não conhecia.

— Eu já enfrentei o Dr. Addan e até mesmo a desgraçada da Hilda. Não é um agente de merda como você que vai me botar medo.

— Tem muita sorte de ser a protegida do Dr. Addan, todos vocês… Porque senão mataria a todos agora mesmo nessa sala.

— Tá esperando o quê? Não estamos armados e nem nada. Vai, mata a gente!

Ashley vê a tensão que aquilo está se tornando.

— Fionna, por fav…

— … Não me interrompa, Ashley! Vamos ver o que esse merdinha vai fazer. Vai nos matar? Então aproveita!

Fionna se afasta, larga a seringa e fica de braços abertos pra ele.

— Vai! Aproveita! Mas tem que ser agora. Vamos ver se você é macho o suficiente.

Edward dá um sorriso malicioso, sabe que Fionna está provocando ele.

— Hahahaha, ai Fionna! Não precisa ser tão dramática. Eu vou sair, ok? Não está mais aqui quem falou. Um ótimo dia pra vocês!

Edward sai da sala deixando todos intrigados. Ashley se aproxima de Fionna.

— Você é louca? Esse idiota podia ter nos matado!

— Vai precisar muito mais do que isso pra me deter. O Dr. Addan está achando que pode mandar qualquer “filhinho” dele aqui pra nos observar, mas está enganado. Nessa sala nós é que lideramos, não vamos deixar nenhum miserável interferir nos nossos planos, vamos conseguir fazer com que a Emily controle o Neon custe o que custar!

Mansão Maximilion, 11:00.

Claire se encontra em seu quarto conversando com Henry pelo celular.

— Sim, meu bem, eles irão à Reunião Parlamentar. Sabe de uma coisa? Estou preocupada. Vamos nos casar dentro de alguns dias e tudo isso está acontecendo.

— Como assim, meu amor? É o casamento dos nossos sonhos.

— Eu sei, Henry, mas… Tenho medo que toda essa história prejudique o casamento real.

— Não irá, meu amor. Vamos tentar tomar medidas cabíveis ainda hoje nessa reunião e depois veremos o que pode ser feito para deter todo esse caos. Veja pelo lado bom, aí você está tendo companhia enquanto não nos casamos.

— Verdade, sabe que eu gostei muito desse pessoal? Coitados! Tanta coisa que eles já passaram.

—  Eu sei… Bom, eu preciso me arrumar. Hoje será um longo dia!

— E eu preciso ir mais tarde ver algumas coisas sobre o vestido do nosso casamento.

— Tome cuidado! Não saia sozinha em hipótese alguma.

— Não se preocupe, querido. Nos vemos!

— Tchau! Te amo!

Henry desliga o celular e sai do quarto. Ele está andando pelo corredor do palácio e dá de cara com o Duque Washington.

— Hoje é o grande dia, não é mesmo, majestade?

— O grande dia será o meu casamento, Duque de Sussex. Hoje será apenas um dia importante para o governo britânico.

— Nota-se que se preocupa mais com o teu casamento do que com o bem estar do teu país.

— Bem estar? Por favor, não seja hipócrita! A humanidade tá se destruindo por causa de criaturas incontroláveis, faça uma visita à Grã-Bretanha que foi o local onde tudo começou. Não se trata de “bem estar”, duque Washington… Se trata de agir. Você tem feito algo pra impedir que tudo isso aconteça?

Washington torce o nariz. Henry prossegue.

— Viu só como nem argumento você tem?

— Como se atreve?

— Me diga uma coisa, Duque Washington. O que você tem contra mim? Porque pra alguém da monarca agir dessa forma comigo, é porque deve ser algo muito especial, porque nem mesmo a tua esposa agia dessa maneira rude comigo.

— Eu não tenho porque dar explicações para um moleque como você.

— Sim, um moleque que é o “Príncipe” e futuramente será o teu rei. Não seja mais um, Washington. Você é um duque! Aja como tal.

Henry sai deixando Washington espumando de raiva, ele sente inveja de Henry por ter assumido o trono tão jovem por ordens diretas da própria Rainha Elizabeth.

— Maldito bastardo! Um dia essa tua coroa vai cair.

Washington vai até um canto do palácio e pega o seu celular. Ele disca o número de alguém e espera chamar.

— Alô! Eu não aguento mais esperar, tem que ser hoje. Eu vou destruir a vida desse principezinho imbecil.

Em outro canto do palácio, Petter Krueger, o infiltrado do Dr. Addan na monarca está ouvindo tudo o que o Duque Washington está falando. Ele sussurra consigo mesmo.

— Ora, ora, ora… Isso aqui está mais interessante do que pensei.

Mansão Maximilion, 11:30.

Em um dos quartos de hóspedes, Cristhian, Dylan e Trevor  (respectivamente) estão enchendo Julian de perguntas.

— Mas desde quando você sabe tanto de armas?

— Quantas pessoas você já matou?

— Eu vou poder pegar numa arma também?

— Ok, ok, garotos. Vocês já estão fazendo perguntas demais para o meu gosto. Olha, logo eu vou dar aulas de tiro ao alvo a vocês, mas lembre-se que são armas e não brinquedos. E você jovenzinho (olhando pra Trevor) vai ter que esperar um pouco mais pra poder mexer com essas coisas.

— Por que sempre sobra pra mim?

— Porque você ainda é um adolescente e nem pode sonhar em mexer com esse tipo de coisa. Então vamos andando, garotos!

Central da Ilha da Phoenix, 12:20.

O Dr. Addan está conversando com Hilda e Naraj sobre a reunião parlamentar.

— Esse será o momento mais solene para fazermos a cabeça da rainha até ela ficar do nosso lado. Preparei argumentos letais pra convencer toda a monarca. Por falar nisso, o teu ex-marido estará lá, Hilda. Quer que eu mande um recado a ele?

— Mande-o para o inferno!

— Hahahaha! Imaginei que você diria isso.

— A essa hora ele deve estar lá se divertindo com a amante dele.

Naraj intrigado questiona:

— Me desculpe, mas… Amante?

— Claro, a maldita da oficial Ellie. Foi por culpa daquela desgraçada que eu me tornei esse monstro de um olho só. Ela ainda vai me pagar muito caro, juro que se eu a visse na minha frente agora, não hesitaria em acabar com a vida dela.

— Calma, calma, Hilda! Vamos ter paciência. Hoje daremos um passo para o nosso plano, depois disso passaremos para o lado mais divertido… Eliminar a todos que nos atrapalham.

— Quando vamos chegar nessa parte? Eu já estou cansada de esperar.

— Fique tranquila, será muito em breve. E quando chegar… Eu mesmo vou deixar que escolha qual o tipo de morte que você quer pra oficial Ellie.

— Pode ter certeza que ficarei honrada em escolher como ela vai morrer.

— Agora se me permitem, preciso pegar o helicóptero para estar a tempo à reunião parlamentar.

Naraj pergunta:

— Tem certeza que não queres que eu o acompanhe, milorde?

— Não será necessário, Naraj. O habilidoso agente Edward irá me acompanhar nessa missão. Falando nisso… Onde ele está?

Neste momento, Edward aparece na porta da sala todo arrumado.

— Aqui estou, Dr. Addan. Já podemos ir.

— Ótimo! Cuide de tudo por aqui, Hilda. Ah! Vamos até a Dra. Fionna, acho que seria divertido ela souber o que está acontecendo.

Minutos depois o Dr. Addan aparece na sala onde ficam vários dos médicos trabalhando, todos o reverenciam automaticamente quando adentra ao recinto. Fionna está ali trabalhando, Addan com seus passos firmes vai em direção a ela acompanhado de Edward e outro guarda.

— Olá, Fionna. Quase não estamos nos topando por aí, não é?

Fionna mantém o silêncio.

— Só vim avisar que estamos indo à civilização agora mesmo. Vamos a uma reunião parlamentar com a monarca, teremos um encontro com nossa estimada Rainha.

— E o que me importa?

— Importa que vamos participar dessa reunião e adivinha? Você é a pauta da audiência, será um julgamento pra definir quem é o verdadeiro culpado de ter provocado o vírus no prédio da Phoenix na Grã-Bretanha. Você… Ou eu.

— Fala pra eles também que você me sequestrou e me mantém aqui presa nessa maldita ilha.

— Você não muda esse teu linguajá, Fionna. Se isso te consola, estou levando essa pequena coisinha pra eles.

Dr. Addan mostra um cilindro com alguma substância dentro.

— O que é isso?

— O preço do silêncio da monarca, Fionna. Vou dizer a eles que temos o antídoto capaz de reverter toda a situação e que por fim teremos o controle absoluto de todos os infectados.

— O quê? Mas o senhor nunca desenvolveu nenhum antídoto!

— Exatamente… Não o antídoto que cura, mas o que transforma.

Fionna arregala os olhos.

— O… O que disse?

— Sim, Fionna. É uma revolução para a humanidade, não acha? O único problema é que ainda estamos em fases de testes, então…

Um dos guardas agarra um dos doutores que está ali por perto e ejeta uma seringa no pescoço dele. Ashey e Makoto chegam no mesmo instante.

O médico que foi atingido pela seringa cai no chão e fica se retorcendo de dor. Fionna vendo aquilo tenta interver de alguma forma.

— O que você tá fazendo? Enlouqueceu?

— Calma, Fionna. Veja a mágica acontecer.

O médico se retorce por alguns segundos, depois de se debater várias vezes, fica totalmente imóvel. Todos ficam sem reação, até que o médico se levanta do nada, seus olhos mudam de cor e seus dentes começam a ranger.

As pessoas do recinto começam a se afastar com medo do que eles estão testemunhando.

— Hahahahaha, veja isso, Fionna! Veja com seus próprios olhos! Não precisamos mais de cães para fazer nossas experiências.

— Seu velho louco! Ele vai matar a gente.

O Dr. Addan vira o pescoço acenando para um dos guardas e o mesmo dá um tiro na testa do médico já infectado botando fim numa possível propagação do vírus naquele recinto.

Ashley fica completamente baqueada diante do que está vendo.

— Meu, meu Deus! Eu… Eu não posso acreditar nisso.

O Dr. Addan encara Fionna mais uma vez sarcasticamente.

— Não se preocupe, eu digo ao capitão Dan que você mandou lembranças.

O Dr. Addan se retira dali juntamente com Edward que encara Fionna com olhar de deboche. Ela juntamente com todos os que estão ali ficam perplexos diante do que acabaram de testemunhar.

Palácio de Buckinghan, 14h30.

Chega o grande momento da reunião parlamentar da monarca, todos estão se reunindo à grande sala enquanto os demais participantes vão chegando aos poucos pelos corredores do palácio. O príncipe Henry avista o capitão Dan juntamente com Victor e vai rapidamente atendê-los.

— Capitão, agente Victor! Que bom que chegaram!

— Não poderíamos perder isso por nada, príncipe! Não é mesmo, agente Victor?

— Agradecemos pela hospitalidade, príncipe Henry.

— Não precisam agradecer, os condes e duques já estão dentro da sala, faltam mais alguns participantes e já daremos início. Se me permitem, vou ver se o primeiro ministro precisa que eu dê algum recado.

Henry sai por instantes deixando o capitão Dan e Victor sozinhos no corredor. Do outro lado alguém que eles menos esperavam aparece ali com passos firmes e desafiantes.

— Dr. Addan?

— Olá, capitão Dan! Já faz um tempo, não é?

Dan e Victor ficam paralisados diante da presença do Dr. Addan.

Mansão Maximilion, 14h35.

Claire e May estão no jardim conversando, esta primeira indaga.

— Ai meu Deus! Eu preciso ir ver o meu vestido.

— Você não tá pensando em sair daqui sozinha né?

— Não, é claro que não. Mas… Preciso resolver isso ainda hoje.

Scott está passando por ali e se aproxima das garotas.

— Boa tarde, senhoritas. Está tudo bem?

May o responde.

— Está sim, acontece que a Claire precisa ver um vestido dela com urgência, mas ela não pode sair.

— Bom, se for num local que está fora da zona de contenção, eu posso levá-la.

— É sério? Mas… Mas… Eu não quero incomodar, vocês já devem ter problemas demais.

— Pra mim não será problema nenhum, é o mínimo que eu posso fazer já que estamos aqui nos “abrigando” na tua casa.

— Olha, eu não sei como agradecer… May, vem com a gente!

— Eu? Mas por que eu?

— Porque vou precisar de uma opinião feminina, né boba? Vamos!

— Tudo bem, eu irei. Estou precisando me distrair mesmo.

Palácio de Buckinghan, 14h38.

Um clima de tensão começa a surgir naquele corredor.

— Como pode ter a audácia de aparecer aqui? Quem te convidou?

— Você não soube, capitão? Sou um dos participantes da reunião parlamentar.

— Que palhaçada é essa?

— É verdade, pergunte ao príncipe. Ah é, ele também não sabia.

Dan cerra o punho e está a ponto de “voar” em cima dele. Victor o segura.

— Calma, capitão!

— Hahahahaha, continua da mesma forma. Vimos aqui pra falar de sua protegida, a doce Fionna.

— Você a sequestrou… E tem a cara de pau de aparecer aqui como se nada tivesse acontecido?

— Claro que não, eu não a sequestrei, ela estava na cadeia, não?

— Cínico! Como pode ser tão cínico?

— Por falar nisso, a tua mulher mandou lembranças.

— O que disse? Como assim “minha mulher”?

— Opa, acho que falei demais. Com licença, capitão, temos uma reunião para participar.

O Dr. Addan se retira em direção à sala deixando o capitão Dan furioso.

— Maldito! Maldito!

— Calma, capitão! Calma! Não vale a pena.

— Mas agente, Victor! Não viu a cara de pau dele?

— Ele tá jogando contigo pra tentar fazer você ficar sem argumento nenhum dentro daquela sala. Mas o senhor precisa se sobressair, então fique tranquilo.

— Droga!

Minutos se passam e todos já estão reunidos para a grande reunião parlamentar. A Câmara dos Lordes e a Câmara dos Comuns já estão devidamente ocupadas. O parlamento tem soberania em todo o território do Reino Unido, as decisões julgadas aqui são validadas não apenas na Inglaterra, mas em todos os países do Reino Unido.

Todos estão ali apreensivos para dar início à audiência. Um membro da guarda real entra na sala anunciando a chegada da rainha.

Ladies and Gentlemen, com vocês, sua majestade, a Rainha Elizabeth!

Todos ficam de pé para reverenciar a Rainha, ela não é apenas uma simples “mulher que herdou um trono”, mas tem poder de mandar e desmandar uma lei em todo o território britânico.  Ela chega até a poltrona que lhe corresponde.

— Obrigada, senhores! É com imenso prazer que desejo-lhes as boas vindas a esta reunião parlamentar onde decidiremos o futuro do nosso país e de todo o Reino Unido. Agradeço à monarca e a todos os convidados por estarem aqui acompanhando este momento tão importante e que pode significar o futuro das nações… Sendo assim, senhores… Iniciemos com a Primeira Leitura desta reunião!

Nas ruas de Londres, pra ser mais preciso no local onde os guardas colocaram parede de contensão pra impedir com que os humanos infectados que vieram da Grã-Bretanha passem por ali, vemos que as criaturas estão fazendo de tudo para passar pela barreira e os policiais estão tendo dificuldades, mas ainda sim estão conseguindo manter o controle.

Entretanto, um estrondo silenciou automaticamente todas as criaturas e até mesmo os guardas, ninguém sabia o que realmente significava esse estrondo. Até que de repente Aragon ascendeu do Rio Tâmisa e pisa fortemente do lado da catedral, esse ato faz com que os guardas apontem toda a atenção pra ele e deixassem de lado a segurança do local.

Péssima ideia! Com esse descuido, as criaturas ganharam mais força e conseguiram derrubar a barreira passando pela ponte e atacando a todos os guardas, uns conseguiam atirar neles a tempo, mas nem todos conseguem ser tão rápidos. Aragon está parado olhando para a ponte, mas sem reação.

Mais acima dele, uma figura está em cima da Catedral agachado olhando para toda aquela situação, a figura veste um capuz e até então não mostra o seu rosto. Ele se levanta e dá uma risada irônica, Aragon percebe que tem algo acima de sua cabeça e avista a figura desconhecida.

Aragon crava suas unhas enormes na construção da torre e começa a escalá-la até chegar ao local onde se encontra a figura. Enquanto isso as criaturas que passaram pela barreira estão correndo pela ponte e devem chegar em poucos minutos na torre. Aragon está escalando a torre de maneira bizarra, pedaços da construção vão caindo conforme ele vai escalando. A figura parece não se intimidar diante do monstro que está subindo. Quem será ele? De onde ele veio? E por que agir dessa forma?

Aragon finalmente chega ao local onde a figura se encontra, ele o encara e depois a figura pega uma espada e declama.

— Bem vindo ao meu mundo, seu monstro!

A figura masculina faz vários cortes em uma das mãos de Aragon com a espada, o monstro começa a sentir dor e solta uma das mãos. A figura ao ver isso, pula da janela da torre pra cima dele fazendo-o soltar e cair em queda livre. Enquanto Aragon caía, os humanos infectados se aproximavam e em segundos iriam tomar conta daquilo tudo.

Aragon cai formando uma cratera enorme no chão, a figura fica por cima dele e não teve nenhum ferimento, os humanos infectados chegaram, será o seu fim?

Ele com a cabeça baixa, levanta levemente encarando eles.

— Hoje não, nenéns!

Ele salta de cima do estômago de Aragon e com sua espada decapita 3 criaturas de uma única vez. Outros aparecem e ele realiza o mesmo procedimento. Outras criaturas começam a se aproximar dispostos a cercá-lo, mas o jovem é muito mais esperto do que pensam. Ele tira uma arma que fica pendurada em suas costas e começa a atirar em todos eles, sua sagacidade misturada com um charme a parte transforma aquele cenário em um ambiente carmesim sem dar chances de reação ao inimigo.

— Está sendo um péssimo dia pra vocês, meus amigos!

A figura finalmente tira o capuz pra contemplar o feito que acabou de realizar, é um homem formoso, barba e usa um coque samurai. Quem é ele? Quais as suas verdadeiras intenções? Tente descobrir.

 

 

 

 

 

Próximo Capítulo:

Terça- 12 de Novembro.

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