A figura desconhecida continua a contemplar o feito. Mais humanos infectados vão aparecendo e ele mal pisca e vai eliminando todos um por um. Enquanto está distraído, Aragon se levanta aos poucos, o homem misterioso olha pra trás e percebe que cometeu um grande erro em não finalizar o que começou.

— Droga! Preciso eliminar esse monstro.

O homem pega impulso até ele e faz um corte na perna de Aragon, pela primeira vez, o monstro parece realmente estar sentindo dor. O homem o acerta novamente pela parte da frente. Aragon tenta acertá-lo com uma braçada, o jovem rapaz se agacha, rola pelo chão e em seguida o acerta novamente.

— Acha isso divertido, seu monstro?

Aragon se enfurece, solta um grito que estronda tudo ao redor, o jovem rapaz ao ver aquilo , percebe que é o momento de recuar.

— Ficou nervosinho?

O jovem entra pra dentro de uma viela e lá está uma moto estacionada, ele monta em cima da moto, coloca o capacete, dá partida e volta para o meio da rua onde se encontra Aragon. Ele imprudente (ou não) o provoca.

— Ei! Vem me pegar, seu merdinha!

O jovem acelera a moto e Aragon se sente ameaçado e começa a persegui-lo. Por onde passa, um rastro de destruição é deixado, o rapaz misterioso puxa sua arma de cano longo e mirando pra trás começa a atirar no monstro.

As balas pareciam surtir mais efeito do que outras normais que os agentes de polícia usam, tanto que Aragon sentia um pouco de dor ao sentir o impacto das balas, mas ainda sim ele continua a perseguir o rapaz.

— Você não desiste, né?

O jovem acelera a moto e vira para uma outra rodovia, Aragon fica completamente confuso e não sabe mais pra que direção percorrer. Ele fica parado e as pessoas que estão passando por ali o veem e ficam impactados com a presença assustadora do monstro.

Aragon dá um urro alto e as pessoas começam a correr pelas ruas desesperadas, o caos está formado. Motoristas saem de dentro dos carros e preferem correr pelas ruas, Aragon parece ter ficado incomodado com toda aquela gritaria e com suas duas mãos soca fortemente o chão formando uma enorme cratera na pista.

Enquanto isso, o nosso jovem misterioso está pilotando a sua moto com um ar de satisfação estampado no rosto.

— Há muito tempo eu não me sentia assim. É tão excitante tudo isso!

Ele tira o capacete, desfaz o coque samurai e seus belos cabelos pretos balançam ao sabor do vento.

— Uhuuuuuuu!! CHEGUEI, INGLATERRA! E vou me divertir pra caralho!

Palácio de Buckinghan, Sala do Conselho Parlamentar, 15h05.

A Rainha Elizabeth já se assentou em sua poltrona e neste momento o primeiro ministro Robert Valenco toma a palavra. Ele tem aparentemente 47 anos, é magro e alto.

— Senhoras e senhores, majestades… Vamos dar partida aos assuntos que vamos tratar nessa reunião. A equipe do data show já está pronta?

Na galeria, alguns funcionários ligam o data show e ali está a imagem da Organização Phoenix na época que funcionava.

— Foi ali que tudo começou ,senhoras e senhores. Há quase 1 mês atrás, uma tragédia na Organização Phoenix se iniciou. Cães que pareciam normais atacaram a todos os funcionários daquele complexo hospitaleiro e o que parece é que quando um ser humano é mordido, acaba se transformando em uma criatura incontrolável e irracional. Tudo isso começou na sede da Organização Phoenix na Grã-Bretanha, em seguida começou a tomar conta de todo o local e agora está chegando aos poucos aqui em Londres. Esses seres são humanos, por incrível que pareça, mas ao serem infectados, perdem completamente o seu senso de raciocínio, capazes até mesmo de matar um parente seu. O Dono da Organização Phoenix se encontra aqui presente, o Doutor Addan Melvick.

Todos os presentes olham para o Dr.Addan, alguns cochicham entre eles, o capitão Dan e o agente Victor o olha com reprovação enquanto ele parece não dar a mínima para nenhum deles. O primeiro ministro continua.

— Com a presença do Dr. Addan aqui, podemos ter mais propriedade em falar do assunto, também temos presente o capitão Dan juntamente com o seu braço direito, o agente Victor Evans que lideraram a tropa responsável por cuidar dos ataques contra esses monstros desde o começo.

O capitão Dan e o agente Victor se levantam de suas poltronas e para a surpresa deles, ouvem alguns aplausos discretos de parte da monarca. A Rainha olha pra eles confiante, apesar de não demonstrar nenhuma afeição naquele momento.

— Parece que o senhor já tem um fã-clube aqui na monarca, capitão.

— Agradeço pela gentileza de todos. Mas vamos ao que interessa.

— De fato. Bem, senhoras e senhores, algo que está tirando o nosso sono nos últimos dias é sobre a possível causadora de todo esse caos… A Dra. Fionna Jones.

Uma imagem é colocada no Data Show de quando Fionna estava sendo entrevistada pela imprensa. O ministro continua.

— A Dra. Fionna, nesta imagem, declarou à imprensa que ela foi a responsável de ter criado o vírus que transforma seres humanos em criaturas incontroláveis. Temos o vídeo em prova, podemos rodá-lo?

Os funcionários soltam o vídeo em que Fionna está declarando a todos que é a culpada pelos eventos que ocorreram na Organização Phoenix.

— Após esta declaração em rede mundial, a Dra. Fionna foi encarcerada na Penitenciária Feminina de Londres, mas ao que parece por falta de provas, ela foi solta sob fiança. Mas aí outras acusações gravíssimas chegaram até nós alegando que na verdade o Dr. Addan Melvick foi quem provocou tudo isso.

Todos começam a se escandalizar, burburinhos por todos os lados são ouvidos.

— Ordem, por favor, senhores! Ordem!

O príncipe Henry encara o capitão Dan e percebe o quanto ele está apreensivo com a presença do Dr. Addan ali. O primeiro ministro se aproxima da rainha.

— Majestade, qual deles queres ouvir primeiro?

— O mais coerente era que a própria Doutora Fionna estivesse aqui para tentar provar a sua inocência, pois até então não sabemos a verdade dela. Mas já que isso não foi possível… Permitem que o Dr. Addan inicie o seu argumento.

O Dr. Addan sorri satisfeito com a decisão da rainha, ele se levanta de seu assento e se dirige à tribuna para dar seu depoimento. O capitão Dan fica apreensivo, Victor tenta acalmá-lo… É um momento de muita tensão, pois tudo está dependendo daquela reunião, se o Dr. Addan conseguir convencer a monarca, tudo estará perdido.

— Boa tarde, senhoras e senhores… É um enorme prazer está aqui convosco.

Todos param para observar o Dr. Addan, ele prossegue.

— É com imenso prazer que venho aqui para dar o meu esclarecimento à rainha… À monarca… E até mesmo aos próprios militares.

O Capitão Dan o olha com reprovação. O ministro Robert o questiona.

— Dr. Addan, pode nos dizer se essas acusações contra o senhor procedem?

— Queridos, eu sou um cientista de pouco mais de 30 anos de carreira, tenho em meu curriculum vários feitos que contribuíram com o Instituto de Ciência e Tecnologia da Grã-Bretanha e de toda a Inglaterra. O que está havendo aqui é um tremendo mal entendido. Admito que Fionna foi uma das melhores funcionárias que já tivemos, não é a toa, pois ela está há 5 anos na Organização Phoenix, sempre foi muito habilidosa e concentrada. Mas chegou um momento, pobrezinha, que ela estava fora de si, queria descobrir uma forma de desafiar as leis da vida através de uma experiência com cães. Eu de imediato apoiei a ideia, claro, porque estava imaginando que se tratava de algo benéfico para todos nós. Porém o tiro saiu pela culatra, as experiências acabaram não dando certo e vocês viram o que aconteceu… Tudo saiu do lugar, os cães ficaram descontrolados e acabaram infectando as pessoas, que coisa horrível! Nunca pensei que nosso país pudesse chegar a este estado.

— Então o senhor nega qualquer envolvimento nos eventos que ocorreram na Organização Phoenix?

— Não vou negar que querendo ou não eu participei disso, mas fui enganado pela Dra. Fionna, ela armou toda essa jogada pra que pudesse se apoderar da Organização e levar todo o mérito pra si.

Na cadeira, Victor sussurra.

— Mas que mentiroso desgraçado!

O Dr. Addan prossegue.

— Foi lamentável! Tantos anos trabalhando comigo e assim que ela me paga?

O primeiro ministro continua o interrogando.

— Mas Dr. Addan, se a Fionna realmente era a culpada de tudo isso, por que o senhor não recorreu à delegacia mais próxima para denunciá-la?

— Eu iria fazer isso, mas fiquei surpreso que ela mesma se entregou às autoridades, a pobrezinha deveria estar com um peso tão grande na consciência, creio que ela realmente está arrependida do que fez e está cumprindo sua pena como se deve.

— Mas não soube que ela saiu da cadeia?

— Eu não acredito nessa história, vocês viram na reportagem, ela mesma se entregou. Não podem deixá-la solta, imagine o que essa mulher é capaz de fazer.

— Dr. Addan, pelo que sabemos, a Dra. Fionna nunca esteve na prisão e que na verdade no lugar dela estava uma outra pessoa fingindo ser ela. Recebemos acusações gravíssimas de que o senhor a tem como prisioneira em uma ilha. Isso é verdade?

Todos se escandalizam com a revelação do ministro.

— Ilha? Mas… Mas que ilha? Não existe ilha nenhuma.

O capitão Dan não consegue se segurar e se levanta da poltrona.

— Como consegue? Como consegue ser tão mentiroso?

— Ca… Capitão Dan?

— Será que vocês não percebem que ele está mentindo? Tudo isso é pra ele tirar o dele da reta, sabemos que ele é o culpado, que ele sequestrou a Dra. Fionna e a mantém como refém naquela ilha.

— Capitão Dan, não entendo o motivo de tamanho ódio que sentes por mim, logo o senhor que é um homem da lei, um líder para a nação?

— É por isso mesmo que eu cansei de toda essa mentira, Dr. Addan! Conte a eles o que você fez! Conte a eles o que você fez lá no C.E.P… Conte!

O Dr. Addan percebe que o capitão Dan não vai deixá-lo em paz por tão cedo. Os demais do conselho ficam perplexos com tudo o que está ocorrendo.

Enquanto isso, Scott, Claire e May chegam à uma loja de vestidos, porém percebem que a mesma se encontra fechada.

— Fechado para toque de recolher? Fala sério! Justo hoje que vimos aqui?

— Calma, amiga. É porque saímos tarde, vamos tentar isso amanhã de manhã.

— Se não tem outro remédio.

— O melhor mesmo é voltarmos logo, moças… É perigoso ficar na… Rua.

Scott percebe que do nada a rua parece ter ficado deserta.

— Mas… Cadê as pessoas daqui?

Claire o responde.

— Com o toque de recolher começando mais cedo, as pessoas simplesmente entram pra dentro de suas casas e ficam por muito tempo lá.

— Que estranho!

— Mas… Vejam! O supermercado ainda está aberto, eu preciso comprar algumas coisas pra levar pra casa, é jogo rápido.

— Ok, vamos entrar nós três, mas sem enrolação.

Os três se dirigem até o supermercado.

Enquanto isso, na Central da Phoenix, Fionna entra na Sala do Projeto Neon e faz uma conexão para ligar direto no celular do Capitão Dan.

— Vamos, capitão! Atende!

Vemos depois o celular do capitão Dan em seu bolso vibrando, ele não consegue ouvir, pois está muito concentrado na reunião. Voltamos em Fionna.

— Droga! Eu preciso falar com algum deles.

Fionna vai mexendo na tela holográfica e percebe que há como se conectar no último aparelho pelo qual realizou uma chamada. Ela aperta o botão e na mansão Maximilion a TV do quarto de Claire é ligada. Vemos a imagem de Fionna na tela, porém não tem ninguém no quarto, ela começa a chamar por alguém e nada é resolvido.

Trevor está passando pelo corredor da mansão brincando com uma bola, até que ele ouve vozes vindo do quarto de Claire, ele curioso acaba entrando no quarto e vê Fionna na tela da TV.

— Tre… Trevor? Graças a Deus! Você está bem?

— Doutora! Estou sim.

— Escute o que eu vou te dizer, Trevor. Preciso que chame o capitão Dan pra mim imediatamente.

— O capitão não está, ele saiu para uma reunião no palácio onde o noivo da senhorita Claire é príncipe.

— Droga! Então ele já foi? E o Victor? Onde ele está?

— Ele também foi com ele.

— Droga! Então chame algum adulto imediatamente, Trevor. É muito importante o que tenho a dizer.

— Tá bom.

Trevor sai do quarto imediatamente e procura por alguém, no meio da caminhada ele esbarra em Marco.

— O que houve, bambino? Por que está correndo tanto?

— Tio Marco, você precisa vir comigo, é a Doutora, ela tá falando pela TV.

— Falando pela TV?

Trevor puxa Marco pelo braço e o leva até o quarto de Claire. Ele entra e vê Fionna na tela.

— Olá!

— Olá, senhor…

— … Me chamo Marco.

— Muito prazer, Marco. Creio que não fomos apresentados cordialmente. Mas teremos outra hora pra isso, preciso dar um recado importantíssimo e quero que avise a todos que puder.

— Pode deixar.

— O Dr. Addan vai comparecer à Reunião Parlamentar na Monarca e está prometendo levar um suposto antídoto pra convencer a rainha de que aquela é a cura para o vírus. Mas na verdade não é isso, aquela substância transforma um ser humano em uma dessas criaturas sem precisar ter sido mordido.

Mama mía! Como o Dr. Addan pôde chegar a este ponto?

— Precisam impedí-lo. Se ele conseguir convencer a rainha sobre esse antídoto, teremos um exército de pessoas contaminadas pelo vírus. Muito maior!

— Entendi! Vou avisar a todos agora mesmo. Trevor, onde está o filho do capitão?

— Eu acho que ele saiu com a senhorita Claire e com a May.

— Então vou avisar aos demais. Não se preocupe, senhorita Fionna. Farei de tudo para ajudar no que for preciso.

— Obrigada, Marco.

Marco sai do quarto juntamente com Trevor.

Enquanto isso no Palácio Buckinghan, pesa ainda mais a reunião e o Capitão Dan não está disposto a entregar os pontos.

— Meu caro capitão… Creio que o senhor está abordando pontos que sequer interessam nesta reunião.

— Não interessam pra você. Mas por que não conte a eles o que o senhor fez lá no C.E.P? Onde você quase matou a todos nós? Deve estar surpreso porque nós sobrevivemos após o senhor apertar um botão de auto-destruição e levar o lugar por água abaixo.

Todos começam a ficar horrorizados com as declarações do capitão Dan. O Dr. Addan tenta manter a pose e começa a se vitimizar.

— Senhores, não percebem que o capitão Dan está cego de ódio? Ele me odeia! Simplesmente pelo fato de… Pelo fato de…

O primeiro ministro pergunta.

— Pelo fato de quê, Dr. Addan?

— Pela ex-mulher dele ter preferido a mim do que a ele.

Tumulto no recinto, o capitão Dan está a ponto de perder o controle, Victor se levanta e fica na frente dele e o coloca pra sentar.

— Você precisa se acalmar, capitão.

O Dr. Addan continua a “se retratar”.

— Sim, senhores! Eu não tenho culpa da senhora Hilda, ex-mulher do capitão Dan ter eleito um homem com muito mais sabedoria e classe como eu do que alguém que só usava a força bruta pra se autopromover.

O Capitão Dan fala entre os dentes em tom baixo.

— Desgraçado maldito, eu juro que vou te matar.

Victor o segura forte e em seguida fixa seu olhar diretamente no Dr. Addan.

— Já chega, Dr. Addan!

— Mas… Mas… Agente Victor, eu…

— … Eu sei bem o que você tá fazendo. Bancando a vítima indefesa aqui no meio dessa audiência pra tentar disfarçar os podres que você esconde, sabe que você me dá pena? Um senhor da tua idade mentindo de uma forma tão descarada? Eu me pergunto… Não sente remorso quando põe a cabeça no travesseiro? Tantas mentiras, tantas atrocidades nas costas… Como pode ser assim, Dr. Addan? Como consegue ser assim?

— Jovem Victor, eu não tenho culpa do que aconteceu na Organização Phoenix, sei que você está falando tudo isso porque trabalhava na segurança do local e como lá se transformou em um caos, você acabou perdendo o teu posto de trabalho. Mas não se preocupe, em breve estaremos com as novas instalações da Phoenix e tudo isso será resolvido e terás o teu cargo de volt…

— … EU NÃO QUERO NADA!

Silêncio total. Victor olha para o Dr. Addan desafiante.

— Eu não quero nada do senhor… Por tua culpa eu vi o meu único amigo morrer na minha frente, e o pior é que pessoas inocentes estão sofrendo por tua causa, eu tenho nojo de você, Dr. Addan! Nojo! Você me dá náuseas, o fato de você existir já me revira o estômago… Não vai sair dessa, pode ter certeza disso.

Todos no recinto e até mesmo o Capitão Dan ficam impressionados com a firmeza do agente Victor, o Dr. Addan também percebe que está em um “mato sem cachorro”, poderia conseguir reverter o seu argumento depois de escutar tudo isso?

No supermercado, Claire, May e Scott estão por ali olhando nas prateleiras. Um dos atendentes se dirige até eles para dar um recado.

— Senhores, me desculpem parecer ser rude, mas iremos fechar em 20 minutos, então se puderem agilizar eu agradeceria muito.

Claire: Não se preocupe, querido. Vai ser rápido.

— Agradeço pela compreensão.

O atendente volta ao balcão e Scott tenta apressar as garotas.

— É melhor vocês fazerem o que ele pediu, precisamos voltar pra casa, é perigoso ficar aqui.

May concordando responde.

— Eu também acho perigoso ficar muito tempo fora, seremos rápidos.

Na Mansão Maximilion, Marco reúne algumas pessoas para dar o recado de Fionna, ali estão Ellie, Lisa, Cristhian, e Dylan. A primeira se impressiona com a notícia.

— Como ele pode ser tão descarado a esse ponto? Que homem terrível!

Lisa: Será que o Dr. Addan seria capaz de convencer a rainha de tudo isso?

Cristhian: O Dr. Addan tem uma lábia muito grande, foi assim que ele convenceu aqueles cientistas de entrarem na onda dele pra criar esse vírus.

Marco: O que faremos agora? Não podemos avisar ao Capitão Dan.

Ellie: A essa hora a reunião parlamentar já deve tá rolando. Com certeza o capitão e o Victor já deram de cara com aquele monstro. E pensar que…

Marco: … O que foi, Ellie?

Ellie: A ex-mulher do capitão trabalhando para o Dr. Addan? Só eu que não consigo acreditar nisso?

Dylan: Por qual motivo ela tomou uma decisão dessas?

Lisa: Parece que de uma certa forma todos nós estamos conectados. Quem diria que um “apocalipse” iria dar nisso? Todos nós temos laços nessa história, resta saber se isso é bom ou não.

No supermercado, os três continuam por ali. O balconista percebe pelo vidro da janela que tem um homem na calçada passando mal, ele corre imediatamente pra fora para acudir o homem.

— Senhor, está tudo bem? Precisa de ajuda?

O homem começa a “rosnar” de maneira escrota e mostra seus olhos azulados com pigmentações vermelhas e seus dentes cheios de saliva.

— Mas o que é isso?

O homem avança no pescoço do balconista e de dentro do supermercado ouve-se os gritos bem distantes.

May: Vocês ouviram isso?

Claire: Eu acho que foi lá fora.

Scott: Calma aí, eu vou olhar.

Scott segura sua arma na cintura e vai chegando mais próximo até a parte da frente do supermercado, quando ele chega até uma determinada distância consegue avistar o balconista e o homem da calçada, ambos já infectados e “farejando” dentro do local.

Scott percebe o perigo e recua imediatamente sem fazer muito barulho e vai até o local onde as moças ficaram.

— Temos um problema aqui.

May: O que houve, Scott?

Scott olha pra May e em seguida olha pra Claire e diz:

— Infectados!

Claire: O quê?

Palácio de Buckinghan,  Sala do Conselho Parlamentar, 15h25.

O clima está bem pesado na reunião, Victor continua de pé batendo de frente com o Dr. Addan.

— Agente Victor, tão jovem e tão talentoso! Se rebaixando a um nível desses?

— E quem disse que eu estou me rebaixando, Dr. Addan? Até onde eu sei, não usei nenhuma palavra de baixo calão contra o senhor… Tudo o que eu falei aqui foi fruto de uma conversa sadia e sensata. Não concorda comigo?

Addan percebe que Victor não vai ceder às suas provocações por tão cedo e decide mudar de assunto bruscamente.

— Como eu dizia, senhores. Espero que tudo seja solucionado. Eu tenho mais coisas para declarar, mas estou me sentindo um pouco tonto, dever ser minha diabetes, será que os senhores me autorizam a tomar o meu remédio para depois retornarmos?

A Rainha Elizabeth se levanta e pronuncia.

— Faremos uma pausa de 15 minutos, pois quero ouvir o depoimento do Capitão Dan e depois retornaremos.

A rainha decreta a pausa da sessão e os parlamentares vão se levantando de suas poltronas cochichando uns com os outros. O Dr. Addan sai da tribuna sem tirar o olhar de Victor e do Capitão Dan. Antes que pudessem fazer qualquer coisa, Edward aparece na frente dos dois.

— Capitão Dan?

— Quem é você?

— Muito prazer, senhor! Sou Edward, não nos conhecemos, mas quero dizer que sou um profundo admirador do seu trabalho.

— Tanto que trabalha para o Dr. Addan, né?

— Infeliz semelhança trabalhista, mas deixamos essas questões pra depois.

O Dr. Addan os vê conversando.

— Edward? Pode me acompanhar?

— Claro, Dr. Addan. Com licença, senhores!

Edward e Addan se retiram do recinto. Victor continua a conversar com o capitão.

— Acha que esse monstro vai conseguir convencer a monarca?

— Ele convenceria se não estivéssemos aqui.

— É, eu sei.

— Agente Victor!

— Sim?

O Capitão encosta a mão no ombro de Victor.

— Estou orgulhoso de você, mostrou ser um homem firme mesmo com as provocações do Dr. Addan.

— Não é pra tanto, capitão. Eu só falei o que ele merecia.

— Você também não gosta de receber elogios, acho que somos parecidos nisso.

No supermercado, os três vão se escondendo para o mais profundo do local.

May: Scott, a gente precisa sair daqui.

Scott: Não dá, May. É perigoso!

May: Eles são dois, nós somos três. A gente consegue passar.

Claire: Ah não, eu nem conto, gente. Sou a garota indefesa do grupo.

May olha pra Claire por alguns segundos.

— O que foi?

— Droga!

— Droga o quê, May? Eu fiz alguma coisa?

— Não, mas vai fazer.

Scott: Quê?

Minutos depois, vemos os dois infectados em uma parte do supermercado, Claire aparece no final do corredor onde estão as prateleiras de biscoitos e salgadinhos.

— Ei, seus otários! Vem me pegar!

Claire sai correndo para o interior do supermercado e os dois infectados começam a perseguí-la. Ela para entre uma das prateleiras onde está May e Scott.

— Eles estão vindo.

Scott: Ótimo!

Scott fica com sua arma bem próximo à prateleira, ele olha a sombra dos passos dos infectados se aproximando e ele rapidamente vira para frente do corredor e atira várias vezes contra o infectado. Porém…

— Mas… Não eram dois?

May: Cadê o outro?

O outro infectado aparece por trás das duas moças, Scott rapidamente avança em cima dele e o derruba com uma cabeçada, o monstro não se dá por vencido e avança pra cima de Scott. Ele se esforçando pra não ser mordido acaba deixando a arma cair pra longe ficando debaixo de um dos balcões de frutas.

Claire: Ai meu Deus!

Scott: May, pega a Claire e fuja daqui!

May: O quê?

Scott: Rápido! Fuja! AGORA!

May pega Claire na mão e ambas saem correndo pelo supermercado, elas chegam a um setor de produtos de limpeza e se deparam com algo.

— May, o outro já morreu, não eram apenas dois?

— Sim, eram dois, esse é o cara que nos atendeu.

O atendente que havia conversado com eles anteriormente já não é mais o mesmo.

— Não era pra ele ter ido embora? O mercado não ia fechar?

— Me pergunto a mesma coisa. Oi, moço! A gente… A gente já tava de saída.

O jovem mostra seus dentes cheios de saliva e avança pra direção das moças.

— AAAAAAAAHHHHHHHH!

Central da Ilha da Phoenix, 15h37.

Fionna nunca esteve tão preocupada como está agora, ela reúne Makoto, Ashley e Emily.

— Escutem, a gente precisa agir o mais rápido o possível! Vocês viram o que aquele monstro fez? Ele pode transformar qualquer um com o vírus agora.

Makoto: Ele está a cada dia mais louco.

Ashley: Fionna, o que vai ser de nós?  Não podemos derrotá-lo.

Fionna: Podemos sim! E iremos.

Ela se aproxima de Emily e se agacha na altura dela.

— Emily, precisamos fazer com que o Neon fique do nosso lado antes dele despertar. Caso contrário… Será o fim de todos nós!

Emily percebe que a partir de agora é tudo ou nada!

 

 

 

 

 

Nesta Sexta- 15 de Novembro

Excepcionalmente não haverá exibição.

Retornaremos na próxima Terça,

19 de Novembro com Episódio inédito.

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  • Este Dr. Addan é terrível demais!
    Episódio top demais!
    Parabéns amigo, história tá cada vez melhor!

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  • Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

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