Ato XVI – O mistério

“… Quem se importa com a estrada cheia de gente? 

Vou caminhar pela ponte de prancha única até a noite …” 

– Wei WuXian – The Untamed

•❅•

O abraço apertado unia os corpos trêmulos e ansiosos. Os beijos trocados mostravam o quanto ambos estavam sufocados por seus receios e medos. O medo de perderem um ao outro. WangJi não conseguia soltar WuXian, este não conseguia se afastar e murmuraram entre beijos, lágrimas e respiração falha o quanto se desejavam.

— WuXian, eu posso explicar… – WangJi ofegou suave entre aquelas palavras. – Contarei tudo a você…

WuXian beijava-o não lhe dando chance de continuar, a cada tocar de lábios murmurava as palavras compreensivas com lágrimas escorrendo a face.

— Não precisa, eu não ligo… – Envolvendo seu amado pelo ombro abraçou-o com força beijando o lóbulo de sua orelha dizendo em seguida. – Zhan-ge só diz que me quer e não ligarei para mais nada.

WangJi chegou a estremecer leve com aquele contato, apertou o abraço com ansiedade e confirmou buscando os lábios o beijando com mais intensidade. Eles trocavam carinhos e beijos alheios a tudo em sua volta, era como se o mundo sumisse e só restasse ambos naquele quarto.

— WuXian, sempre o quis… – Murmurando entre os beijos ansiosos que trocavam, WangJi tinha uma necessidade urgente de contar a ele tudo para que acreditasse em si. – Eu vou contar tudo…

— Tudo bem, não ligo, estamos juntos é o que importa. – WuXian voltou a beijá-lo com mais vigor.

WangJi retribuía e ambos começaram a se acariciarem, as mãos buscaram ansiosas tocar a pele por baixo das roupas e assim foram afastando-as para expor pescoço e ombro enquanto se beijavam.

“blam!”

O som da porta do quarto batendo os trouxe de volta a realidade e com o susto ambos viraram juntos os rostos para se depararem com Cheng que havia fechado a porta e estava parado olhando-os com semblante fechado.

— CHENG!!! – WuXian se assustou e começou a ajeitar a roupa se afastando de WangJi.

WangJi ainda estava atordoado com os momentos que passara antes, tentou ajeitar a blusa que vestia.

— Cheng, eu posso explicar… – Afobou-se e parou de frente ao irmão. – Eu ia contar…

— Contar?! – Cheng ainda olhava WangJi com a expressão fechada. – O que tem para contar? – Olhou em seguida para WuXian.

WuXian estava tão nervoso que ao responder começou a gaguejar.

— Chen…g… E-eeeu e WangJi…

— Para, para, para… Não precisa me explicar nada, porque eu vi, não sou idiota a esse ponto de não entender o que estar acontecendo aqui… – Ainda encarando WuXian começou a falar irritado. – Que patético a sua atitude, que merda é essa?

— Cheng, olha eu e WangJi nos gostamos… – WuXian tentava fazer o irmão ouvi-lo, mas Cheng o interrompeu falando ainda mais irritado.

— Ahhh, mas isso deu para ver, porque se não bato a porta ia ver uma cena pornográfica bem na minha frente… – Caminhou pelo quarto pegando seu telefone de cima do criado mudo ao lado da cama e voltou apontando o dedo para WuXian e WangJi. – Vocês dois são uns sem vergonhas, desde o ensaio do primeiro dia que todos ficaram observando os flertes. – Virou-se para WuXian. – E você, pior que ele pelo visto…

— Cheng, por favor só deixa-me explicar…

— Que explicação? Que você vem para um fim de semana, deixa seu namorado na capital para se agarrar com seu “ídolo”? – Cheng não parava de falar e disparou apontando o dedo para WangJi.

— Ah?!!! – WuXian olhou-o confuso. – O que você está falando?

— Você sabia que ele deixou o namorado na capital? – Voltou a olhar WuXian. – Que vergonha, nossos pais nos ensinaram dignidade e respeito. – Voltou a apontar o dedo para WangJi. – E aí só porque correspondeu seus flertes, o Zhan na capital merece sua traição?!

— Cheng, espera aí, você estar achando que traí o Zhan?

— E essa pouca vergonha de ficar se agarrando com WangJi é o que hen? O Zhan fica com você todos os dias a noite, lhe dar atenção, cuidou um dia inteiro quando estava com febre…- Cheng resmungava indignado. – Que cretino você é, ele virou noite online te ajudando a terminar os trabalhos da faculdade para viajar… – Cheng andava de um lado para o outro dando aquela bronca no irmão. – Ele foi se despedir de você e ai chega aqui o cara te dar mole e o que faz? Trai o Zhan, que merda de namorado é você? Nossos pais não nos criaram assim e independente desses seus gostos estranhos… – Cheng parou na frente de WuXian. – Tenha caráter! Ah, mas claro, é seu ídolo da vida toda e um faxineiro não serve, tem que ser o cara aí….

WangJi chegou a suspirar leve demonstrando um certo alívio, afinal o irmão de WuXian ao contrário do que ele pensava não era como na vida passada. Um pouco mais relaxado este viu seu amado WuXian começar a rir sem parar.

— Cheng… – WuXian não conseguia mais controlar o riso ao entender o motivo da bronca começou a rir. – Hahahahahahahahahahahahahahaha… – Este ria tanto tentando parar o irmão de falar que não conseguiu. – Cheng… Espera… Hahahahahahah… Eu estou passando mal de tanto rir… Para de falar… hahahahahahaha…

— E por que esse idiota estar rindo? Estou falando sério, para com isso…

— Cheng. – WangJi o chamou.

— O que?! – Cheng olhou para WangJi e abriu os olhos surpreendido.

WangJi ajeitou o cabelo e colocou o boné, mostrando ao irmão de WuXian quem era.

— Eu sou o Zhan.

— Como é?!

— Hahahahahahahahahahaha…. – Wuxian a esse ponto se sentou na beira da cama e ofegava tentando parar de rir para falar com seu irmão. – Alguém me dar… água… hahahahahahahahahahaha… – WuXian tentava recuperar o fôlego para parar de rir. – Minha nossa…

WangJi olhou em volta e foi ao frigobar pegar água, havia um leve sorriso nos lábios quando voltou para WuXian entregando uma garrafa.

— Espera, o que estar acontecendo? – Cheng confuso parou olhando para o irmão caçula. – Ele é o Zhan?

— Cheng, sim… – WuXian bebia os goles pequenos de água e depois respirou baixo para se controlar.

— Cheng. – WangJi começou a falar já que o “namorado” tentava recuperar o fôlego. – Eu sou o Zhan, aliás meu nome verdadeiro é Zhan.

— Ah, Sei… – Voltou a olhar desconfiado para WuXian. – Você sabia disso pelo visto já que esta rindo igual a uma hiena.

— Sim e não… – WuXian finalmente conseguiu recuperar o fôlego, mas não conseguia desmanchar dos lábios o largo sorriso. – Eu descobri uma semana antes de viajarmos, mas ele não sabia que eu já sabia… – Sorriu baixinho olhando para WangJi.

— Que confuso! Como você sabia e ele não? Ahhhh, que merda, não estou entendendo nada. – Cheng cruzou os braços olhando os dois com expressão totalmente perdida.

— Cheng, eu te contarei tudo, mas antes eu quero fazer algo… – WuXian levantou e entregou a garrafa a WangJi e avançou sobre o irmão lhe dando um abraço apertado.

Cheng ficou surpreso e abriu os olhos sem jeito com aquele abraço.

— Obrigado irmão.

— Idiota, estar me agradecendo pelo quê?

— Por ser meu irmão. – WuXian falou aquelas palavras com a voz embargada apertando o abraço em seu irmão.

Cheng suspirou baixo e levantou os braços retribuindo o afago de seu irmão caçula. Ficaram abraçados alguns segundos até Cheng lhe dar leves tapinhas nas costas de WuXian.

— Tudo bem, tudo bem… Não precisa ficar cheio de frescura. – Cheng afastou de WuXian e olhou-o bem. – Eu vou querer saber dessa história com certeza. – Olhou WangJi e voltou a falar com WuXian. – Amanhã, porque agora tenho algo importante para fazer.

WuXian sorriu satisfeito concordando quando se recordou do assunto importante de seu irmão.

— A srta. Qing, falou com ela?

WangJi olhou-os demonstrando curiosidade.

— Na verdade não, eu vim tomar um banho e trocar a roupa. Eu não ia bater na porta do quarto dela parecendo um bêbado. – Cheng se afastou seguindo para a porta.

— Eu achei que tinha voltado de lá… – WuXian olhou para WangJi sorriu baixinho.

— Eu estava no banheiro e quando saio me deparo com a “cena”. – Rola os olhos. – Os dois nem me viram e pigarriei três vezes. E no fim tive que bater a porta para me darem atenção. – Cheng abriu a porta. – Vou falar com ela. – Parou na porta aberta estreitou os olhos para ambos. – Comportem-se! – Cheng saiu fechando a porta em seguida.

WuXian olhava para o irmão e sorriu sem jeito, voltando a face para WangJi tão logo a porta se fechou.

— Minha nossa… – Levou a mão sobre a testa e respirou mais aliviado. – Que noite louca.

WangJi estava sentado na beira da cama e olhava-o com leve sorriso aos lábios. Seus olhos dourados cintilavam para WuXian, este que o retribuía com o mais largo sorriso aos lábios.

— Vem cá… – WangJi estendeu a mão para ele.

WuXian não perdeu tempo e se jogou naqueles braços sentando-se no colo de WangJi abraçando-o com força. WangJi envolveu a cintura dele e beijou a face de WuXian acariciando com os lábios a bochecha e depois a boca de seu amado.

— Zhan-ge, acho melhor irmos para outro lugar. – WuXian mordeu leve a ponta dos lábios e o beijou em seguida. – Eu saí da festa sem falar com ninguém, vai que aparece alguém me procurando hahahahaha….

WangJi olhou-o alguns segundos e se levantou carregando WuXian, ao chegar na porta o colocou no chão.

— Vou primeiro para ver se não há ninguém.

— Certo.

•❅•

Cheng estava no elevador subindo para o andar ao qual ficava o quarto de Wen Qing, estava pensativo sobre WuXian e WangJi, recordando de como ficou surpreso ao vê-lo trocando palavras amorosas e beijos.

— Eu deveria estar puto, mas… – Murmurou refletindo. – Eles realmente pareciam se gostar muito… – Suspirou suave quando o elevador parou e abriu a porta.

Ao sair sentiu um leve arrepio e uma sensação estranha, olhou o corredor que estava vazio e silencioso. Saiu caminhando, porém parou novamente para olhar o local.

— Que estranho…

O local tinha um ar denso e Cheng tinha uma sensação de ser observado, no entanto o local estava vazio. Voltou a caminhar mais apressado até parar na porta de Qing e voltar a face para o corredor, tocando a campainha em seguida.

A porta se abriu e ele mal teve tempo de falar, Qing o puxou de uma só vez para dentro do quarto fechando a porta em seguida.

— Qing, estar tudo bem? – Cheng olhava para a porta notando um amuleto de papel colado nela com alguns ideogramas riscados. Voltou a face preocupada para ela.

— Você sentiu também? – Qing estava surpresa por ele ter notado aquela sensação estranha no corredor.

— Sim, como se alguém me observasse e o ar estava denso. – Cheng chegou a se arrepiar.

Qing inspirou baixo e virou sentando-se na beira da cama, sua face não escondia sua preocupação.

— E seu irmão, ele estar melhor? – Cheng caminhou pegando uma cadeira e colocando de frente a ela.

— Sim, vim do quarto dele ainda pouco quando senti algo estranho no corredor. – Qing esfregou as mãos e suspirou novamente.

— É estranho. – Cheng olhou novamente o amuleto e reconheceu. – Você sabe usar esses amuletos?

Wen Qing abriu os olhos surpresa com ele ter reconhecido.

— Você conhece?

— Sim, na vila que morei e onde fica nosso sítio tinha uma loja de coisas antigas e o dono vivia com esses pedaços de papéis colado em todo lugar. – Cheng se levantou e foi até a porta olhando o papel. – WuXian na época estava fascinado com as histórias do sr. Luo Binghe, vivíamos lá fazendo serviços para ele em troca de usar os instrumentos musicais que ele tinha.

Qing estava curiosa, então, os irmãos conheciam de alguma forma itens relacionados a cultivação. Wen Qing assim como irmão eram cultivadores.

— Se conhecem, então… – Qing parecia ainda mais interessada no relato de Cheng. – Sabem usar?

— Quer saber se sabemos usar? – Negou leve com a cabeça. – Não, eu particularmente achava um monte de bobagens e fantasia daquele homem esquisito. – Voltou para ela e se sentou novamente. – WuXian que gosta de fantasiar e ficava atrás dele querendo saber mais.

— Entendo, foi minha avó que me ensinou, dizendo que afasta maus espíritos. – Qing decidiu disfarçar a realidade. – Eu usei por ficar assustada com o que senti no corredor. – Virou o olhar para ele. – Ai ouvi a campainha e vi que era você pelo olho mágico, abri a porta. – Sorriu por fim. – Ainda bem que não sou doida e você também sentiu.

— É muito estranho o que aconteceu no corredor. – Cheng suspirou baixo.

Um silêncio formou-se entre eles por alguns segundos e por fim, Cheng se levantou e voltou para a porta olhando pelo olho mágico. Decidido abriu a porta e saiu no corredor sendo seguido por Qing.

— Sumiu.

— Sim, ao que parece estar tudo normal.

— Realmente. – Cheng olhava para todo local e atmosfera era morna possivelmente pelos aquecedores que ambientavam o interior do resort.

— Cheng, o que veio fazer aqui? Deveria estar na festa.

Ambos entraram e Qing fechou a porta voltando para perto da cama e se sentando novamente, pegou em seguida uma almofada colocando no colo enquanto sentava com as pernas cruzadas.

— Eu precisava conversar com você. – Cheng sentou na cadeira de frente a ela apoiou os braços nos joelhos e esticou as mãos para segurar as de Qing. – Eu sei o que fez, quis me afastar para não questionar o que vi antes do seu irmão passar mal.

Qing baixou o olhar para as mãos de Cheng, suspirou novamente, ela sabia que em algum momento ele perceberia só não esperava que fosse tão rápido.

— Cheng, eu não queria dizer aquilo… Me desculpe. – Ela levantou o rosto e relutante continuou a falar por meias palavras. – Não o vejo como um garoto, aliás é bem mais maduro do que eu imaginava.

— Tudo bem, vou considerar que estava muito estressada.

Qing olhou as mãos dele avançar um pouco mais e segurar as pontas de seus dedos.

— Eu realmente gosto muito de você, quero te ajudar de alguma forma, então, me diga como eu posso te ajudar?

Qing olhava para as mãos dele lhe fazendo carinho e seu peito se enchei de dor, não podia de forma alguma envolvê-lo em seus problemas. No entanto, ela sentia falta de falar com ele e sentia ainda mais por descobrir que também gostava de Cheng.

— Cheng, eu realmente…

— Ok, vamos fazer assim… – Cheng por fim entrelaçou os dedos aos dela e apertou firme a mão de Qing. – Eu não irei perguntar nada, mas quero que me prometa que se não der conta de qualquer que seja seu problema que pedirá ajuda. – Olhando em seus olhos com o semblante decidido. – Promete?

Qing abriu os olhos surpreendida com aquelas palavras, foi tão inesperado que chegou a perder o tino nos pensamentos, levando uns segundos para responder.

— Cheng… – Baixou o rosto e fechou os olhos suspirando para acalmar o coração e não desabar na frente dele chorando.

Todo aquele percurso em que acabou se envolvendo tem aguentado sozinha as ameaças que recebia, porém era algo que tinha que resolver por si mesma. Levantou o rosto e encarou aqueles olhos que tanto lhe atraiam e sorriu confirmando.

— Eu prometo se não conseguir dar conta peço ajuda.

— Ótimo. – Cheng sorriu puxando-a para lhe dar um abraço.

Wen Qing não resistiu e se lançou naqueles braços retribuindo o carinho encostando a cabeça em seu ombro.

— Obrigada.

— E espero que seja eu quem você peça ajuda, não medirei esforços. – Cheng fazia leve carinho nas costas de Qing.

O aroma dela era fascinante e Cheng chegou a ofegar se arrepiando com seus corpos tão próximos. Virou o rosto e murmurou a ela.

— Eu senti falta desse contato.

Qing sorriu baixinho, levantando o olhar para encará-lo.

— E o que pretende fazer quanto a isso? – Provocou.

Cheng sorriu suave e virou o rosto para ela encontrando os belos olhos castanhos. Qing deslizou a mão sobre o ombro dele e parou no rosto o puxando para lhe beijar. Os lábios se entregaram aquele beijo que começou tímido até se tornar apaixonado.

Os afagos e carinhos começaram a se tornarem intensos e ansiosos, Cheng a beijava com mais desejo apertando o abraço com receio de perder aquele contato. Qing murmurava entre os beijos o nome dele, nitidamente excitada com todo aquele carinho ousados. A voz sussurrada dela arrepiava o corpo de Cheng deixando clara a sua excitação. Ambos notaram que estavam chegando ao limite e se afastaram relutantes encarando-se com as testas coladas. A respiração descontrolada denunciava para ambos que se queriam muito mais do que imaginavam.

— Qing, melhor pararmos…

— Cheng… – Ofegou respirando fundo ainda fazendo carinho nele. – Não quero parar…

Cheng suspirou voltando a beijar os lábios dela e ao se afastar murmurou com a voz rouca e embargada de desejo.

— Se continuarmos, tudo vai mudar, é o que quer? – Cheng ainda tinha receios de ir além, não era por falta de desejo e gostar, mas tinha receios dela lhe expulsar de novo em algum momento. – Fique sabendo que não vou de desistir quando descubro o que quero.

Qing trocava beijos desejoso e sorriu ao ouvir aquelas palavras.

— O que Jiang Cheng quer? – Ousada ela envolveu pelo ombro.

— Eu quero você, Wen Qing.

Qing sorriu e disse totalmente entregue aqueles braços.

— Vem pegar!

Cheng sorriu no canto dos lábios, era a confirmação de que iam além. Qing deslizou o corpo de costas na cama, enquanto Cheng subia engatinhando sobre ela, trocando beijos fogosos começaram a se despirem. Qing tocou o abdômen dele por baixo da blusa, Cheng ofegou com o contato deslizando a mão por baixo da camisa dela.

Libertando-se de sua blusa, puxou para tirar a dela, Qing soltava leves gemidos a cada toque ousado dele, seus lábios buscavam a pele sugando e beijando. Aquele momento, livraram-se do restante de suas roupas e nus voltaram a se tocarem, acariciando e descobrindo o corpo um do outro.

Cheng explorava inebriado a pele alva afagando e beijando pescoço, ombro e depois os seios enquanto sua mão deslizava pelo ventre indo ao ponto sensível entre as pernas de Qing. Ao tocar o local úmido e mormo ouviu a voz dela gemer suave. Afastou os lábios de um dos seios e olhou-a encantado com a expressão de prazer que ela demonstrava com cada um de seus toques.

Qing sorriu e o puxou pela nuca beijando com fervor os lábios dele, entre gemidos e ofegar dizia desejosa o que queria que ele fizesse.

— Toca-me assim. – Deslizou uma das mãos e por cima da dele entre suas pernas guiou a mão de Cheng. – Ahhh~~

Cheng estava maravilhado e seu corpo reagia a cada gemido de Qing, sua excitação era visível e enquanto a tocava introduziu um dedo para lhe dar mais prazer. Foi nesse instante que sentiu a mão delicada dela segurar seu pênis e friccionar deslizando para cima e para baixo.

— Hmm… amm… – Cheng gemeu no ouvido dela.

Aquela troca de carícias começou a se intensificar e ficaram alguns minutos naquela brincadeira ousada, até sentirem nos seus limites. Qing por fim murmurou entre lufadas de ar com a voz rouca de excitação.

— Na gaveta tem camisinha.

Cheng sorriu e virou o rosto para o criado mudo ao lado da cama, se afastou esticando o corpo para pegar e ao abrir a gaveta achou uma trazendo para ele. Olhando-a sorriu colocando a ponta da embalagem da camisinha na boca. Abaixou perto do rosto dela e murmurou:

— Coloca?

Qing sorriu arteiramente e pescou com os lábios a ponta da embalagem, vendo Cheng ficar de joelhos entre as pernas dela. Qing ergueu o corpo sentando-se na cama e abriu a embalagem, tocou o pênis de Cheng afagando quando levou a camisinha entre os lábios. Ela em seguida abocanhou a cabeça do membro e afundou desenrolando a camisinha por todo comprimento.

— Hahahaha… – Cheng sorriu se divertindo com a ousadia de sua amada. – Você é incrível.

Afastando e tirando de sua boca, ela olhou-o por cima dos olhos e inclinou o rosto se gabando enquanto sorria divertindo-se com sua ousadia.

— Eu sei… – Ofegou quando o viu abaixar entre suas pernas. – Sou incrível… – Sorriu gemendo em seguida ao sentir ele encaixar uma parte de seu membro nela. – Ahhh~~~ E você é delicioso… – Buscou os lábios dele beijando.

Cheng afundou o corpo e se encaixou todo dentro dela, trocando beijos e carícias movia-se lentamente para ela se acostumar, os gemidos de sua amada o inebriava. Era um esforço dobrado não ousar mais rápido nos movimentos de vai e vem.

Qing estava zonza e entregue, suas pernas se afastaram para recebê-lo e trocando beijos acariciava suas costas, cada movimento a fazia perder o fôlego. Porém, notou que ele estava se segurando e sorriu baixinho sussurrando em seu ouvido em tom sensual.

— Cheng, faz mais, quero que me roube o ar… – Moveu seu quadril para frente seguindo o movimento dele. – Mais…

Cheng olhou-a e sorriu com o pedido, voltou a beijar seus lábios e aumentou o ritmo das investidas, penetrando com mais intensidade. Aquele ritmo intenso deixou o quarto preenchido de gemidos, sussurros e respirações descontroladas.

Qing estava atordoada e retribuía os movimentos mexendo seu quadril lhe dando mais sensações de prazer com os toques das mãos dele e lábios que sugava e intercalava com leve mordidas a auréola rosa de um dos seus seios.

Cheng sentia os movimentos dela e gemeu ofegante, se enterrando nela até sentir um movimento rápido de Qing que o fez virar o corpo deitando-se na cama. Agora a sua garota estava montada nele e ficou maravilhado com a visão daquele corpo esbelto tocando seu ventre e cintura. Amada se movia encaixada nele enquanto segurava as mãos de Cheng fazendo segurar seus seios, mantive aquele ritmo sobre ele por um tempo.

Cheng não aguentou mais e levantou o corpo fazendo-a sentar-se nele evoltando a penetrá-la e beija seus lábios com volúpia. O clímax estava perto etrocando beijos, gemidos altos ele a viu estremecer chegando ao seu êxtase.Cheng continuou até por fim chegar ao seu limite gozando em seguida.

Abraçados respiravam devagar para acalmarem os corações, Cheng murmurava palavras amorosas no ouvido de sua amada, esta o retribuía apertando os braços em volta de seus ombros com o rosto pousado no ombro dele.

Ficaram alguns segundos recuperando o fôlego, quando finalmente se afastaram trocaram novamente beijos apaixonados e afagos de carinho no rosto um do outro.

— Maravilhosa.

— Maravilhoso.

Sorriram e se levantaram para uma ducha morna, brincaram novamente no banho e ao retornarem para o quarto deitaram embaixo das mantas pesadas para aquecerem seus corpos. Qing aninhou-se no ombro de Cheng e suspirou feliz, já que a muito tempo não tinha uma boa companhia para se sentir amada. Ela tinha seus receios, mas estava feliz por ser alguém bom como o Cheng. Pensativa, decidiu por um ponto final nos seus problemas e poder ficar ao lado de seu amado sem temer nada e ninguém.

— Qing, estar feliz?

— E quem não ficaria com o homem incrível que você é?

— Hum, sei…

— O que foi? – Levantando os olhos para encarar o seu rosto com curiosidade.

— Ah, nada demais, afinal mais cedo você me chamou de moleque algo do tipo.

— Ah que safado, eu pedi desculpas.

— Estou brincando, calma hahaha… – Olhava para ela sorrindo. – Que garota incrível que tenho.

— Garoto, para de me provocar… – Estreitou os olhos para ele com leve sorriso feliz nos lábios.

— É um elogio, afinal você vive me falando que é velha demais. – Rolou os olhos. – Como se 26 anos fosse velha hahahaha.

— E você tem 20 anos, então sou mais velha que você. – Emburrou a face empurrando-o de lado. – Para de me chamar de velha.

— Eu não te chamei de velha, vem cá…- Puxou-a de volta. – Parece uma menina birrenta, eu adoro você do jeito que é… minha velhinha hahahahaha…

— Cheng!!! – Começou a dar soquinhos no ombro dele. – É assim que você trata sua namorada?

Cheng sentiu o ombro e resmungou.

— Minha nossa Qing, você é forte vai deslocar meu ombro.

— Ah, desculpa! – Olhou-o preocupada, examinando o ombro dele.

— Tudo bem, não vou morrer. – Cheng afagou o rosto dela quando esta se aproximou. – Gostei de ouvir isso.

— O que?

— Que é minha namorada.

Qing sorriu e se aconchegou no ombro dele suspirando.

— Não quer o cargo?

— “Ce” é besta?! Claro que quero. – Beijou a testa dela e bocejou em seguida. – Bateu o sono, mas confesso que quero ficar nessa conversa com você.

— Descansa, afinal foi bem exaustivo esta noite. – Sorriu provocativa.

— Concordo, alguém aqui me deu uma surra hahahaha… – Cheng sorriu baixinho puxando-a para mais perto, fechando os olhos. – Pode dar mais dessas surras que eu não ligo.

— Safado.

Os dois sorriram e se aconchegaram um no outro alguns minutos depoisadormeceram vencidos pelo cansaço e sono. De repente, Cheng abriu os olhos se lembrando de algo virou devagar para não acordar Qing e pegou seu smartphone da mesa de cabeceira e abriu o chat, enviando uma mensagem em seguida para WuXian.

“WuXian, lembra-se naquele dia do seu acidente que sentimos uma coisa estranha dentro do vagão minutos antes de se acidentar? Então, senti novamente dessa vez aqui no andar da Qing. A mesma coisa, tome cuidado e fique atento ao andar por ai. Amanhã conversamos.”

Colocou o telefone na mesa e voltou a se aconchegar ao lado de Qing pegando no sono novamente.

•❅•

WangJi entrou em seu quarto, conduzindo WuXian e tão logo entraram e fechou a porta o agarrou pela cintura o levando até a cama, trocaram beijos demorados se acariciando ao se deitarem na cama. Ao afastar os lábios ficaram se olhando por alguns segundos até que WuXian falou animado.

— Zhan estou feliz e aliviado.

— Hm. – WangJi estava feliz por saber.

— Cheng aceito e eu achando que ele ia me esfolar… hahahahahaha… Ele achou que eu tinha traído o Zhan, ou seja, você hahahahahaha…

— Foi engraçado. – WangJi se deitou ao lado dele fazendo carinho na sua barriga de WuXian. – Quer dizer que eu era seu namorado sem eu saber?

— Hahahahahahahaha, então na cabeça do Cheng sim, ele ficava toda hora implicando comigo hahahahahahahaha… Eu dizia que não, afinal você me disse que gostava de uma garota.

— Eu?!

— Sim, quando conversamos no meu apartamento. – Sorriu a ele recordando.

— Nunca disse que era uma garota. – Olhou chegando a cintilar os olhos dourados. – Eu lembro de ter falado de uma pessoa especial.

— Hum, É?!

— Concluiu errado.

— Hahahahahahaha… E a pessoa especial é a tal da alma gêmea que procura?

WangJi estreitou os olhos percebendo algo e se sentou na cama.

— Você falou com Feng Jin depois que nos separamos no salão, isso explica muito do seu estado.

WuXian se levantou e se sentou ao lado dele, passou a mão nos cabelos e olhou-o carinhosamente.

— O que importa se falamos ou o que ele disse?

— Importa sim, você não estava bem quando fui ao seu quarto. – WangJi olhou-o sério. – O que ele lhe disse?

WuXian suspirou baixo chegando a passar o dedo levemente pelo nariz, não queria voltar nesse assunto, mas ao que parece WangJi não iria parar até que ele dissesse.

— Não pode ser ninguém além de você…

WangJi abriu os olhos e logo depois sua expressão se tornou ainda mais fria, virou o rosto buscando acalmar seu estado, apesar de por fora não demonstrar, por dentro estava furioso.

— WuXian, você deve ter acompanhado o que aconteceu…

— Zhan, eu realmente não me importo. – WuXian tocou o rosto de WangJi. – O passado e o que aconteceu não me importa.

— Eu preciso que saiba a verdade. – Os olhos de súplica de WangJi comoveram WuXian.

— Tudo bem, se vai te fazer sentir melhor.

WangJi finalmente conseguiu que WuXian ouvisse, por fim pegou seu smartphone e abriu a tela indo na galeria de fotos, buscando uma em especial. Virou a tela para WuXian e mostrou a foto.

WuXian olhou toda ação dele despreocupado até que o outro virou a tela mostrando uma foto.

— Olha é você, mais novo. – WuXian olhava a foto na tela e estreitou os olhos analisando a expressão. — Não é você… – Nesse instante seus pensamentos o fez arregalar os olhos e cair o queixo. — Minha nossa… – WuXian apontou a foto. – Quem ele é…? Ele é…

— Fisicamente, igual a mim… Este é Zhian.

—Uau!!! Você tem um irmão gêmeo?!

— Não é meu irmão… Primo… – WangJi preferiu manter assim, até poder expor mais da verdade a WuXian.

— Nossa! O cabelo é diferente, mas se deixarem crescer ficariam iguais. – WuXian olhava a tela ainda besta com a semelhança dos dois.

— Zhian, algumas vezes se passa por mim para certos eventos que: ou não posso ir ou não quero ir.

— Ahhhh, estou começando a entender, era ele que fazia o fanservece daquela sua série.

— Sim, todos sabiam inclusive Feng Jin.

WuXian olhou-o atento, agora tudo fazia sentido, naquela época WuXian estranhava a postura de WangJi em muitas ocasiões chegando a comentar com seu irmão e irmã que tinha algo de errado com seu ídolo.

— Engraçado, eu falei algumas vezes para Cheng, pode até perguntar para confirmar, que algumas de suas apresentações ou eventos você estrava agindo diferente. – Tocou na tela com a foto e sorriu. – Agora faz sentido, não era você e sim esse seu primo Zhian.

WangJi ao ouvir o relato de WuXian se surpreendeu, ele mesmo vendo pela TV de longe percebeu a diferença de ambos.

— Como?

— Você não sorrir Zhan, e quando faz é tão sutil que nem pode se dizer que é um sorriso, mas seu primo rir abertamente tão natural que a meu ver esse é o estado de espírito dele.

— Zhian realmente sorrir sempre, tudo para ele é alegria assim… como… mama dele…

— Mama?

— Os pais morreram quando ele era muito novo… Ele me chama de baba…

— Você cuidou dele, normal que te chame assim. – WuXian olhava a foto do rapaz e sentia muita simpatia, os olhos dourados apesar de iguais lhe mostravam muito mais do que a seriedade de que Zhan mostrava.

— Você vai conhecê-lo.

— Será que ele vai gostar de mim?

— Vai, acredite, que se darão muito bem, suas personalidades são bem parecidas.

— Verdade? Então, já gosto dele.

— WuXian, algumas coisas que Feng Jin possa ter lhe dito, não leve em consideração, não saíram de minha boca… – WangJi suspirou. – Zhian é fraco para bebidas e na época eles saiam juntos, tudo que Feng Jin sabe sobre mim de âmbito pessoal, foi descoberto através dessas saídas em que embebedava Zhian para lhe contar.

WuXian ficou boquiaberto com o tamanho da canalhice do tal Feng, chegando a expressar certa raiva olhando a foto de Zhian.

— Que desgraçado! E Zhian gostava dele, presumo…

— Hm. – WangJi voltou a falar com tom sério. – Zhian é muito carente, se apega rápido a qualquer um que lhe dar um pouco mais de atenção.

— Isso tudo para chegar em você, magoar pessoas e fazer toda aquela confusão só para chegar em você.

— Ele desenvolveu algum tipo de sentimento por mim e não quer desistir. – WangJi tocou o rosto de WuXian acariciando. – Nunca dei esperança, porque eu procurava outra pessoa.

WuXian corou leve a face e fechou os olhos recebendo aquele carinho.

— E você encontrou?

— Hm.

WuXian sorriu abrindo os olhos marejados tal era a emoção que sentia.

— E como sabe que sou eu?

— Como sabe que me ama?

— Porque eu sinto.

— Sim, nós sentimos um ao outro e sei que é você. – WangJi puxou WuXian para um abraço e em seguida beijou seus lábios.

Aquela noite por si só foi tumultuada e no fim terminou bem, afinal WangJi conseguiu esclarecer seu amado em parte de toda a confusão que Feng Jin possa ter feito.

Continua…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo