Boa noite, querido(a) leitor(a)! O Cyber Backstage está no ar com o lançamento da nova novela da casa e com a homenagem da semana no Cyber Retrô.

 


Débora Costa está de volta com mais uma novela no seu currículo. Trata-se da comédia romântica E Vamos À Luta!, baseada num antigo sucesso da extinta TV Tupi. Fiz uma entrevista com ela, e o resultado você confere a partir de já.

1) Como surgiu a ideia de escrever E Vamos À Luta!?
Eu sou fã da Aracy Balabanian desde que tinha 10 anos, então eu sempre gostei de fazer pesquisas sobre a carreira dela porque eu tinha uma página no Facebook e sempre busquei coisas para postar lá. Numa dessas pesquisas eu me interessei muito pela novela A Fábrica, do Geraldo Vietri, autor e diretor que fez muito sucesso na TV Tupi com novelas maravilhosas. Eu amei o enredo e quis escrever uma releitura, mas nunca consegui tirar essa ideia do papel. Fiquei com receio de não ser como eu queria. Até que recentemente eu tive a ideia de criar o Da Cyber Pra Você e resolvi criar um telefilme da novela, porém vi que estava indo muito bem e quis seguir com ela como uma webnovela, formato em que sempre quis escrever.

2) Conta um pouco sobre a história da sua novela.
E Vamos À Luta! gira em torno da dona da tecelagem Santa Isabel — esse nome eu mantive da novela original — e dos operários. Eu optei pela comédia romântica. A trama original era um drama e tinha também a parte cômica. Liz, a dona da tecelagem, volta depois de alguns após perder o pai e o marido em um incêndio que teve na fábrica. Ela vem porque fica sabendo que há muitas coisas erradas na tecelagem. Assim conhece Fábio no caminho. Os dois trocam farpas, e ela percebe que ele é um de seus funcionários, mas ele não faz ideia que está discutindo com a dona da tecelagem. Além dos protagonistas , temos os vilões: Alex, que é o gerente da fábrica; Ângela, que é cúmplice do Alex; Clarice, que é tia de Liz e muito ambiciosa; e Kira, que é a falsa amiga de Liz. Esse grupo de vilões se une para tentar tirar dela a tecelagem e os bens que o pai deixou pra ela.

3) O que E Vamos À Luta! tem de diferente com as novelas anteriores?
Acho que a leveza, o clima descontraído e, nesses tempos difíceis que todos estamos passando, a gente precisa de leveza.

4) Tem algum personagem pelo qual você tem mais carinho na hora de escrever? Se sim, qual?
Liz e Fábio. Eu amo escrever as cenas deles juntos. São cenas divertidas: as brigas, as trocas de insultos, que no fundo já significa que tem um sentimento nobre por trás de toda a confusão que eles arrumam. Espero que gostem deles tanto quanto eu gosto.

5) Qual é a sua expectativa para a novela em relação aos leitores?
Estou como em toda estreia: não tenho expectativa, tenho tensão (risos). Eu fico tensa e pensando: será que vão gostar?

6) Recentemente você divulgou a estreia da novela em páginas e grupos da Rede Tupi no Facebook – a telenovela foi exibida nessa emissora no início dos anos 1970. Como você sentiu a reação dos participantes, sabendo que a maioria teve a oportunidade de assistir à versão de Vietri?
Eu achei que não iriam dar muita atenção, e me surpreendi. Eles adoraram a ideia. E é aí que entra a tensão de novo. Eles viram a [novela] original. Espero que entendam duas coisas: (1) é uma releitura; 2) não sou Geraldo Vietri (risos).

7) Nas redes sociais, você chegou a exibir um elenco escolhido a dedo e também a trilha sonora. Como você estabelece estes elementos?
Enquanto eu não crio a trilha sonora, eu não consigo ir adiante. A música me ajuda a desenvolver a história, mas às vezes não é fácil achar o tema que combine com a personagem. Eu demorei um mês para criar a trilha sonora ideal para E Vamos À Luta!. Foi difícil encontrar os temas dos vilões. O tema da abertura seria É, de Gonzaguinha, mas quando ouvi Coragem, de Diogo Nogueira, vi que caía como uma luva. Para o elenco, eu sempre vi Malvino Salvador como o Fábio, porque ele faz personagens explosivos, pavio curto, e o Fábio é assim. Para a Liz, eu quis uma atriz loira porque a Aracy estava loira em A Fábrica, e a Mariana Ximenes combinou com a Liz. Tem um núcleo de negros na novela porque em A Fábrica as [personagens] negras eram as empregadas, e eu pensei: porque o negro tem que ser sempre o empregado? Então o núcleo do José, que seria o núcleo do Elias Gleizer na novela original, é de negros. José e os filhos são negros, e o filho dele estuda medicina, o que também não é comum de se ver nada novelas: um negro sendo médico.

8) Deixe seu recado para os leitores do Cyber Backstage.
Você que acompanha o meu trabalho aqui na Cyber e você que ainda não leu nem uma de minhas novelas, te convido a acompanhar E Vamos À Luta!, que estreia amanhã às 21hs. Beijinhos, Deus abençoe, e fica em casa se puder.

 

Muito obrigado pela participação, Debby! A novela está imperdível e promete ser um dos maiores sucessos de 2020 aqui na Cyber.

 


A novela de hoje foi eleita em enquete deixada aqui no programa há algumas semanas. O Leão, obra em 30 capítulos, foi postada entre abril e julho de 2018 e reprisada no ano seguinte em Vale a Pena Ler de Novo.

O Leão conta a história de um pai que decide vingar a morte do filho após este ser acusado injustamente de roubar a empresa dos patrões. O artista plástico Ivan vive praticamente enclausurado numa mansão em Petrópolis, cidade próxima à capital fluminense, assistindo de longe à escalada profissional de Mário numa empresa paulistana. Está prestes a receber um prêmio como revelação do ano na área do empreendedorismo e perto de ser promovido a diretor da Bellatex, fábrica de tecidos de propriedade da altiva Helena Diniz. Controladora e conservadora, ela quer que esteja tudo do seu jeito, inclusive a vida do filho e principal herdeiro, Marcos.

Mário está noivo da beldade Solange, mas não imagina que ela seja capaz de maldades em nome do dinheiro. Na primeira delas, a moça conta com a ajuda de um hacker para tomar a fortuna da Bellatex e se cala ao ver o noivo ser acusado do crime. Mário entra em desespero e atenta contra a própria vida.

Ao contrário de todos, Ivan acredita na inocência do filho e decide ir a São Paulo com o objetivo de fazer justiça contra todos que apontaram o dedo para o “leãozinho”. Aos poucos, entra na rotina da família de Helena, além de se aproximar também de Solange, que, a essa altura, planeja um novo golpe: o do baú, através de Marcos. Enquanto o protagonista se apresenta para a sociedade através de uma exposição de quadros, a vilã executa o plano. Ela atrai o jovem para o banheiro e faz com que a noiva dele, a estilista Letícia, dê o flagrante. Ocorre o escândalo: Letícia desfaz o compromisso, e Helena obriga o filho a se casar com Solange, de quem se torna amiga e confidente sem desconfiar das artimanhas. A milionária também se aproxima de Ivan ao ver nele o homem que jamais viu em Raul, o ex-marido bon vivant.

Tanto Raul quanto Marcos, assim como a governanta Nágila, se encantam por Solange e ficam desconfiados da presença de Ivan na mansão dos Diniz. Solange, por sua vez, acredita que Ivan é inofensivo e entra num jogo de “hiena e leão” com ele — a moça tem o costume de gargalhar entre uma armação e outra. Tornam-se amantes e escondem um do outro suas reais intenções. Helena, sem saber do caso, acredita que ele tem por Solange um carinho de pai e incentiva a aproximação; já Marcos não vê com bons olhos, o que coloca a relação com Solange em uma crise sem fim.

Mais pra frente, Solange decide tomar mais dinheiro — desta vez da conta pessoal de toda a família. Apenas Virgínia, a filha mais nova de Helena, é poupada. Nesse mesmo ínterim, mata o amante Pedro e arma para que a culpa recaia sobre Magda, a secretária da Bellatex. Então Ivan, também milionário, se oferece pra comprar a fábrica e ajudar (ou comprar) os Diniz, com a intenção de manipulá-los. Até que, poucos dias depois, ouve uma confissão da “hiena” por trás da porta. A essa altura da trama, conta com a parceria de Ângela, uma enfermeira que conhece o passado da ex-futura-nora do pintor, e de Eva, uma antiga amiga dos Diniz que conta a história podre envolvendo Raul, Nágila e Helena. Enquanto Eva desmascara Raul diante de todos, Ivan arma para que Solange tente roubá-lo através da internet e seja presa em flagrante. O plano dá certo.

Após apanhar de Magda na cadeia, Solange perde o bebê que esperava — não se sabia quem era o pai, pois ela se envolvia com vários homens na trama. Cheio de ódio, Marcos tenta matar Ivan no hospital, mas é morto por uma policial. Presa numa relação doentia com Raul, ela toma seu partido quando este conta as intenções de Ivan e põe o pintor pra correr. Acreditando-se vitoriosos, Raul e Solange têm um acerto de contas com o “leão” numa jaula no zoológico. Após inúmeras revelações, inclusive aquela de que não houve suicídio, mas um assassinato — Raul matou Mário por ciúmes de Solange, amante há muito tempo, e forjou a cena do crime. No fim, Solange matou Raul com uma facada e foi atacada por um leão (o felino), que fugira da jaula por problemas no fechamento do portão. Após cumprir o plano de vingança, Ivan levou o corpo de Mário pra terra natal e voltou para o isolamento voluntário. Enquanto isso, Helena se acertou com Nelson, pai de Letícia, que encontrou o amor com o fotógrafo russo Vlad. Fim.

Anderson Silva e Débora Costa deixaram perguntas, e agora vou respondê-las:

DÉBORA: Como veio a inspiração para escrever a novela?
De uma conversa que ouvi no ônibus no fim de 2017. Duas mulheres estavam conversando sobre um rapaz que tinha morrido após ser acusado injustamente de estuprar uma garota. Aí a mãe dele tomou as dores e resolveu fazer justiça pra reparar os danos. Processou aqueles que acusaram o filho e, até onde sei, conseguiu provar que ele era inocente. Então inseri elementos de uma história que estava guardada no computador, troquei a mãe pelo pai, e assim surgiu O Troco. O título definitivo veio quando já estava escrevendo o capítulo 3.

ANDERSON: Olhando para a sua história finalizada hoje e o sucesso que ele se tornou, teria algum núcleo ou personagem que você gostaria de ter feito diferente? Ou desejaria que tivesse tomado um rumo diferente?
Vendo a novela hoje e a repercussão conquistada por ela nesses dois anos, talvez eu aumentaria em dez capítulos e daria mais destaque pra três personagens específicos: Vlad, Carlos e a vizinha de Solange. Mesmo sem participar muito da trama, Vlad acabou se tornando o principal galã romântico da história e arrebatou o coração de muitos leitores; Carlos participaria mais ativamente dos planos de Ivan e teria uns conflitos a mais com a mãe, Ângela; a vizinha, que só participou do capítulo 27, poderia se tornar outra importante pedra no sapato da vilã. Fora isso, manteria a história com o enredo que criei.

 

Muito obrigado pela participação de vocês dois e também por citarem meu filhote de juba entre as cinco obras para ler antes de morrer no programa Web Show, da WebTV.

Na próxima semana, vamos ver o que tem Além da Porteira? Você não perde por esperar, leitor(a).

 


O Cyber Backstage fica por aqui. Até mais! Um abraço!

 

do autor de DIAS DE DEZEMBRO
disponível na Amazon/Kindle e no Wattpad a partir de amanhã

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