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DICA DE FILME 

O Silêncio dos Inocentes 
The Silence of the Lambs (Ing) 

Gênero – Terror, Suspense
Ano do filme – 14/02/1991 (EUA)
Estúdio – MGM e Orion Pictures
Direção – Jonathan Demme
Roteiro – Ted Sally (baseado no romance homônimo de 1988, de Thomas Harris)
Duração – 118 minutos
País – Estados Unidos
Elenco – Jodie Foster, Anthony Hopkins & Ted Levine


O FILME 

O terceiro filme a receber os cinco principais Oscars, o de Melhor Filme, Direção, Roteiro, Ator e Atriz pela impecável dupla formada por Anthony Hopkins e Jodie Foster.

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Os anteriores foram Aconteceu Naquela Noite de 34, e Um Estranho no Ninho de 75. Ganhador também do Globo de Ouro na categoria melhor atriz pelo brilhantismo de Jodie Foster; e do Urso de Prata no Festival de Berlim.

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Baffo Bill, pervertido sexual e Serial Killer, está à solta e Clarice Starling, jovem agente do FBI, é cotada para investigar o caso. Porém, para isso, ela deverá traçar seu perfil psicológico com a ajuda de Hannibal Lecter, um psiquiatra preso acusado de canibalismo que, no passado, tivera ligações com o tal pervertido.

 

“Ainda ouve os cordeiros à noite, Clarice?” 

Com arranjo instrumental dramático e tenso, o filme inicia com Clarice Starling correndo por entre uma densa floresta, subindo em cordas, pulando obstáculos e revelando-se obstinada e muito centrada. Nota-se, logo nos primeiros segundos, Clarice aparecendo pequena no vídeo e assim que corre pela trilha, vai aumentando de tamanho – sendo este o tom da personagem ao decorrer do filme, o de crescimento pessoal. Enquanto corre, Starling é chamada para ir até o gabinete de Jack Crawford, seu superior. De imediato, ela adentra a sede do FBI, anda apressadamente por entre seus corredores até chegar no gabinete de Crawford. Nesta cena, é notada a forte presença masculina na instituição, sendo Clarice e mais uma amiga as únicas mulheres presentes ali. Durante o filme, o patriarcalismo quase institucionalizado será questionado.

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Ao chegar no gabinete, Starling depara-se com um mural recheado de fotos de mulheres esquartejadas misturadas a recortes de jornais denunciando as ações de Buffalo Bill, Serial Killer que tem como modus operandi sequestrar mulheres acima do peso, mantê-las em cárcere privado e arrancar suas peles, desovando os cadáveres em lagoas ou rios dos Estados Unidos. Crawford aborda a novata em choque e lhe designa uma nova tarefa: entrevistar Hannibal Lecter, psiquiatra preso acusado de canibalismo, conhece-lo a fundo e tirar dele informações preciosas sobre o Serial Killer. Starling aceita o desafio sem pestanejar em nenhum segundo; muito rapidamente, Crawford a questiona se ela se assusta facilmente, tendo uma negativa como resposta e um riso amarelado. Preocupado, Crawford a alerta para tomar cuidado com Dr. Lecter e não deixa-lo adentrar sua mente. Novamente um riso amarelo e muita excitação com a nova tarefa. Depois desse “sim”, Clarice jamais será a mesma.

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Entusiasmada, Clarice vai até a clínica psiquiátrica comandada pelo desagradável Dr. Frederick Chilton, onde Dr. Lecter é vigiado por uma equipe especializada vinte e quatro horas por dia. Guiada por Chilton pelos corredores da clínica, Clarice chega até uma antessala equipada com monitores das celas vigiadas, armas variadas e guardada por dois seguranças. Acalmada por Barbey, um dos seguranças, Clarice adentra um corredor fétido, que abriga os mais cruéis e doentios criminosos.

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A câmera acompanha os passos vagarosos que Clarice dá até o fim do corredor, onde está a cela de Hannibal, o canibal. Os detentos urram loucamente, enquanto a música vai crescendo e aumentando a tensão da cena. Se a antessala era tenebrosa, o corredor mais o instrumental são de nos deixar inquietos em nós mesmos esperando pelo próximo segundo do filme.

“Uma vez, um recenseador tentou me testar. Eu comi seu fígado com favas e um bom Chianti”

Quebrando a expectativa criada pelo filme, a cela de Lecter é diferente das outras. Clara, sem barras de ferro enferrujadas, limpa e apenas com um vidro separando-o de Clarice.

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Dando a impressão de que não é um criminoso tão perigoso como os outros do corredor, ao mesmo tempo que dá noção de grande periculosidade que o torna tão famoso e temido, Hannibal Lecter, interpretado grandiosamente por Antohony Hopkins, tem a voz e o jeito educado de um cavalheiro inglês; ao mesmo tempo que tem olhos magnéticos que perfuram Clarice com uma análise fria e cruel.

Inicialmente, é Clarice que vai até a clínica de Chilton entrevistar o psiquiatra canibal, mas, ao decorrer da brilhante cena, é Lecter que passa a entrevista-la, questionando-a sobre seu triste passando e esmiuçando-o. Forma-se então uma sintonia entre as personagens, havendo um Quid Pro Quo, trocas de informações da vida de Clarice por informações enigmáticas e instigantes sobre o comportamento de Buffalo Bill, sendo uma espécie de jogo psicológico engendrado por Lecter.

“Cobiçamos aquilo que vemos todos os dias” 

Enquanto Clarice segue as pistas de Lecter, Bill faz mais uma vítima.

Catherine Martin, filha de Ruth Martin, importante senadora americana, volta muito feliz para seu apartamento, cantarolando junto ao rádio. Quando chega no estacionamento de seu prédio, vê um homem com um dos braços imobilizados tentando pôr um sofá dentro de um furgão. Prontamente, oferece ajuda ao pobre homem. Ele pede que Catherine adentre o furgão e o ajude a encaixar o sofá e empurra-lo até o final. Estranhamente, o homem a questiona sobre sua numeração de roupa. Sem tempo de reação, Catherine é espancada até desmaiar, se tornando mais uma vítima de Buffalo Bill.

O filme cresce em pleno suspense, nos deixando aflitos com a aterradora situação de Catherine na casa de Bill e dos segredos revelados de Clarice e Lecter.

“Goodbye Horses” 

Mudança é a palavra que rege o filme do começo ao fim. Explicitamente, há as mudanças que Bill procura em si mesmo, travestindo-se de mulher com as peles de suas vítimas querendo mudar de sexo, sair de sua identidade e ser outra pessoa. Sendo a mariposa, sua assinatura de Serial Killer, a encarnação de sua doentia e frustrada transformação.

Também há mudanças na personagem de Clarice. Quando tinha dez anos, o pai de Clarice, que era policial, morre em uma emboscada de bandidos. Depois deste incidente, a pequena Clarice foi morar no sítio de um tio, que criava alguns cordeiros. No meio de uma noite, a pequenina acorda com o barulho agonizante de alguns cordeiros. Seguindo seus gritos, Clarice vê seu tio matando-os. Desesperada, ela pega um deles e foge em desespero. O que ela mais queria era salvar a vida daquele pobre animal. Pouco tempo depois da fuga, Clarice é pega pelo tio. Ela não conseguiu salvar o cordeiro e desde então, ela ouve seus gritos ecoarem em sua mente.

Assim que ela salva Catherine das garras de Bill, ao final do filme, em uma cena de tirar o fôlego, esses gritos cessam. Sendo o fim destes gritos sua mudança, a libertação de seu passado, de sua culpa e da saudades de seu pai. Hannibal Lecter não apenas ajudou nas investigações sobre Buffalo Bill, sendo também o psiquiatra responsável no crescimento de Clarice e sua transformação, calando seu passado e a ajudando a seguir com seu futuro.

Hannibal Lecter: [on telephone] I do wish we could chat longer, but… I’m having an old friend for dinner. Bye.

Clarice Starling: Dr. Lecter?… Dr. Lecter?… Dr. Lecter?… Dr. Lecter?…

 

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