Programa 24

Boa noite, querido(a) leitor(a)! Hoje é dia de fazer resenha sobre a mais nova minissérie da Cyber TV: A Difícil Arte de Ser Eu, Lucas. Vamos lá!

Lucas vivia uma vida normal de adolescente, até que um dia tomou dois baques de uma vez só. Acostumado com sua vida na cidade grande, ele se surpreende com a decisão de sua mãe, a médica Lúcia, de se mudar para sua terra natal, no interior de Minas Gerais. Enquanto isso, ele descobre que seu namorado David o trocou por um homem bem mais velho. A história – e a cabeça – de Lucas entra em um total parafuso. A minissérie narra as expectativas, as emoções e as crises do protagonista.

Vamos aos trechos de maior destaque do capítulo 4, exibido na última quinta-feira (23):

Uma das principais características do autor é a descrição em primeira pessoa das emoções de seus protagonistas em diversas camadas do ser, o que permite ao leitor tornar-se íntimo das personagens. Assim como o Kadu da minissérie de 2018, Lucas também ganha formas humanas graciosas, se não irresistíveis. No trecho acima, o adolescente enfrenta um sonho nada agradável e entra numa tensão que interfere em todo o seu corpo físico e mental.

Como todo adolescente à beira de um ataque de nervos (ou dois), Lucas tende a maximizar os problemas que enfrenta, como a crise emocional que vivencia desde o rompimento do romance com David. Daí vem a vingancinha que pratica contra o ex numa rede social. Lucas vive tão intensamente a situação, que permite que ela tome conta de sua vida e de seus sonhos. Que adolescente nunca teve dias assim, não é mesmo?

Imagens, gifs e memes são elementos essenciais nas obras de Francisco Siqueira. Histórias dele sem tais ilustrações são como séries de Isa Miranda sem aquela flor da qual pinga sangue. Nota 10 em estilo!

Lucas se sentira aliviado por ninguém aparentemente ter lido e comentado a postagem vingativa; e também culpado pela atitude.

Através dos objetos que “habitam” seu quarto, Lucas lamenta a iminência do fato mais inquietante para ele: a mudança para a cidade mineira de Laranjeiras (MG), associada a uma espécie de “Nárnia”. O jovem, que sempre viveu na agitada cidade grande, tem expectativas negativas em relação à localidade pacata, interiorana e sem “muitas possibilidades” – shoppings, lanchonetes, cinemas e outros pontos de encontro dos adolescentes cariocas.

Adolescentes costumam ser assim. Amam demais, mas se veem algum defeito em alguém (neste caso, a prima do interior), passam a odiá-los e a pô-los todos os defeitos. Não está exagerando de novo, não, Lucas? Dá um voto de confiança pra menina.

Shakespeare e X-Men referenciados na mesma história? Isso mesmo! Cultura é muito bom, e isto Lucas tem de sobra.

A mudança para Laranjeiras representa uma renovação (trágica?) em todos os aspectos da vida de Lucas. E isto o assusta, pois acontece contra a sua vontade de adolescente. Ao mesmo tempo, enxerga as coisas somente sob a sua própria ótica e leva seus pensamentos ao cúmulo dos dramas [mexicanos], chegando a momentos extremos de angústia, ansiedade e imaginação.

O episódio termina com a lista das fontes das imagens e do vídeo utilizados.

Amanhã tem o quinto episódio da minissérie, às 23h. É imperdoável perder a história de Lucas. Enquanto isso, Isa e eu esperamos na fila de adoção, já que queremos que Lucas faça companhia ao Kadu na galeria dos grandes personagens da Cyber TV. Não à toa: Francisco tem um jeito único de dar vida a estes seres literários tão vivos e intensos, a ponto de nos despertar emoções tão extremas quanto as deles. Parabéns por mais um trabalho, Francisco!

Na próxima semana tem resenha nova, e também escrevo sobre um tema que deixa muitos escritores de cabelos em pé.

Desejo uma ótima semana pra você!

Não deixe de ler Partes de Mim, a nova novela da Cyber TV. Estreia amanhã às 18h.