*

programa criado e dirigido por WELLYNGTON VIANNA
apresentação de MARCELO DELPKIN

*

Olá, querido(a) leitora(a)! O Observatório da Escrita está no ar e traz uma nova resenha. Como terá sido o último capítulo da novela mais lida recentemente na DNA? Vamos em frente, que a curiosidade já está enorme.

*


*

*

De Volta Pra Casa chegou ao fim na última sexta-feira (22) com muita expectativa. Escrita por Eric Carvalho, a novela campeã de audiência da Dramaturgia Novos Autores contou a história de Miguel.

Sinopse: em 2001, ele trabalha como segurança no prédio duplo World Trade Center e salva a bela Lana Negrini dos destroços dos ataques de 11 de setembro. Eles se apaixonam, mas têm que enfrentar o desagrado da prepotente Vitória. Esta arma para acusar Miguel de um crime, por não aceitar alguém de classe social inferior para sua filha. Anos depois, ao sair da cadeia, Miguel decide se vingar da algoz e retomar o amor com Lana. Mas Vanessa aparece no caminho e, cheia de amor (obsessivo) para dar, é uma pedra no caminho da felicidade dele. Enquanto isso, Vitória arma novamente contra Miguel, tentando matá-lo numa emboscada. Miguel sobrevive novamente e se torna o principal suspeito da morte da vilã, capítulos mais tarde.

Vamos aos destaques do episódio derradeiro, o de número 45:

*

Na parte que retoma cenas do episódio anterior, ação é o elemento principal no sequestro de Lana. Tudo muito bem representado pelas marcações, salvo uma coisa: a famosa pontuação dos vocativos foi raptada pelo autor (rsrs).

*

Tudo isso porque não aceita que Miguel seja de outra. A vilã que se diz apaixonada pelo mocinho e que faz de tudo pra eliminar a rival é o maior clichê da face da Terra, mas é o que funciona, que faz girar a roda do folhetim. Então usem e abusem, autores. Voltando à cena, como será que Lana vai se salvar? Expectativa, medo, tensão.

*

Até que Miguel e a polícia surgem para ajudar Lana e prender Vanessa. O protagonista até se oferece como refém, só pra salvar Lana. Mais um clichê que funciona. Segue.

*

Desvendaram o maior mistério da novela: o assassino da vilã-mor Vitória Negrini — seria uma homenagem à atriz Alessandra Negrini, através do talento de Lília Cabral?

*

Mais um item pra ficha criminal de Vanessa: ela matou a víbora. Particularmente, acho óbvio quando o assassino é um dos vilões principais. O mesmo aconteceu em Excelsior, de Débora Costa. Muitos leitores preferem assim, mas eu gosto de ser surpreendido com alguém que menos imaginamos. Claro que isso não tira o mérito da história.

*

Durante a cena da descoberta, ocorreu outro assassinato. A vítima da vez foi o verbo ser. Embora existam regras específicas de concordância para este verbo, nas partes em vermelho elas não atuam sobre ele; ou seja, as formas corretas são SÃO e FUI. Já o conteúdo dramático está perfeitamente elaborado, como em grande parte das cenas. Imagino o choque do Miguel na tela da TV.

*

E assim começa a fuga nada devagar de Vanessa com Miguel. Adrenalina de montão!!! No fim da cena, ela perde o controle do carro e cai no desfiladeiro. Miguel só escapa porque se joga pra fora um pouco antes. A vilãzinha, por sua vez, não tem a mesma sorte.

*

Esta cena me lembra a sequência da telenovela Mulheres Apaixonadas. Nesta, Fernanda (Vanessa Gerbelli) e Téo (Tony Ramos) são atingidos em meio a um tiroteio. Aliás, a cena deu muito o que falar em 2003. Mas o desfecho em De Volta Pra Casa é ainda mais trágico: a xará da mãe da Salete (Bruna Marquezine) morre ali mesmo, no meio da rua. Deu pena do Ander.

*

E o noivo fica sabendo da morte de Nanda em pleno altar. Um final nada feliz. Emoção na dose certa. Na cena seguinte, a mãe — mais exatamente um iceberg — doa os órgãos da moça.

*

Já Ander recebe a notícia de mais uma morte: a de Tião, numa briga no presídio. Mas as coisas se invertem quando se acerta com Gabriel. Eles terminam juntos e felizes para sempre…

*

Outros casais também brindam ao amor, o que é o caso de Miguel e Lana. Sem Vitória nem Vanessa no caminho, eles podem se entregar um ao outro e curtir a vinda do bebê.

*

E não é que Vanessa está de volta a fim de atormentar a vida de Miguel? No melhor estilo Walter Blackwell de Excelsior, Helena Rangel de Vernissage e Bárbara Albuquerque de Amores Imperfeitos, a volta dos que morreram (só que não) é também a cereja do bolo na história de Eric Carvalho.

*

O capítulo se mostrou envolvente do começo ao fim. Cheio de adrenalina, suspense e vigor, assim como em toda a condução da obra. Não foi à toa que o número de leituras tenha estado sempre acima da média das produções da casa — lembrando que todas as obras possuem muita qualidade, independentemente do “ibope” que dão. O autor utilizou, sim, clichês de novelas que vários críticos consideram desgastados, mas conseguiu dar jeito próprio para eles. Isto se chama autoria criativa. E que venham novas novelas, Eric. O único porém está mesmo nas pontuações, aspecto que pode ser muito bem trabalhado daqui pra frente. Parabéns por De Volta Pra Casa!

*


O Observatório da Escrita fica por aqui, mas não perca o Cyber Backstage daqui a pouco. Hoje ainda tem o Nostalgia com Débora Costa, que homenageia o apresentador Gugu Liberato. Fique ligado(a)!

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Publicidade

Inscreva-se no WIDCYBER+

O novo canal da Widcyber no Youtube traz conteúdos exclusivos da plataforma em vídeo!

Inscreva-se já, e garanta acesso a nossas promocionais, trailers, aberturas e contos narrados.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo