Olá, leitor(a)! Como vai?

O OBSERVATÓRIO DA ESCRITA está no ar e traz uma nova resenha. Vamos em frente!

CB2021_Resenha

 

Nós & Ela, de Wagner Jales, foi a campeã na última votação, empatada com o conto Atos Subversivos, que vem no próximo programa.

NósEEla

A comédia campeã de audiência do Megapro narra os costumes e as confusões de Cat com a família e os vizinhos. Duas temporadas já se encontram concluídas, e aproveito para comentar sobre cada season première.

A série começa com Cat vivendo para o lar e exercendo as tarefas do dia a dia. Quase uma “Amélia”. Até que Eduardo, o marido, decide lhe presentear com um dia no spa em pleno dia de aniversário. Mal ela espera que vai acontecer de tudo, menos o normal — não esperem isso na casa dos Barone. Luciano, o filho, fica desesperado ao fazer as necessidades no chão porque o senil avô, Bart, tem problemas em usar a privada. Mais tarde, Eduardo pensa numa forma de dar um bom presente para a esposa e conta com a ajuda de todos, inclusive de Carminha, vizinha e melhor amiga da protagonista. Já Luciano tenta a colaboração do ranzinza Max — “pra você, sou Maxwell” — e da religiosa Mag.

Marcel é o irmão pilantra de Cat. Já na primeira cena, enfrenta o motorista do ônibus de viagem ao querer embarcar com carga maior que o permitido e, assim que consegue, ocupa não só o seu lugar, mas o de outra pessoa. Fiquei com ranço dele de verdade nessa sequência, achei-o mais arrogante que cômico, mas senti um desenvolvimento melhor no decorrer do episódio. Já Bart pira ao dizer que lutou numa grande guerra pra defender a futura esposa. Bem gagá, não? Aliás, já sinalizo aqui um desvio gramatical do autor. Nomes de eventos históricos específicos, como a Segunda Guerra Mundial, devem vir em iniciais maiúsculas — no roteiro, foram usadas minúsculas.

Eduardo e Luciano decidem comprar um conjunto de taças e vão a uma loja de departamentos. Conseguem? Quase! Uma senhorinha chega na frente. Eles até tentam arrancá-lo das mãos dela, e espatifa tudo no chão. O jeito é ir ao sex shop onde Dafne trabalha e comprar cuecas comestíveis. Pior faz Bart, que decide espionar a própria filha no spa. Cat, furiosa, corre atrás do velhinho. Depois, Eduardo termina os preparativos para a festa em casa, enquanto Carminha consegue prender Cat na casa ao lado. Até que começa a tocar a música de parabéns mais famosa do Brasil — sem contar o Parabéns Pra Você — e Cat, já em casa, fica admirada com a surpresa. Na hora dos presentes, Luciano tira Marcel da caixa, e este quer passar uns tempos com a irmã e o cunhado, para desaprovação do último. Já as cuecas… Eduardo tenta achá-las, mas descobre que Marcel já as estreou no lado de fora da casa. Barraco, com certeza!

Na segunda temporada, o tema do primeiro episódio é a construção de uma comunidade no bairro atrás daquele em que os protagonistas vivem. O nome da localidade: Morro da Periquita Gozada. Politicamente correto, só que não (risos). Bem, a situação leva a uma onda de assaltos na região, causando ataques e atitudes de pânico em Cat. A vizinha Eva é assaltada e busca por uma solução, mas nada de o policial Dutra agir. Em hora livre, ele se diverte com uma casquinha de sorvete. Em seguida, ocorre um arrastão. Carminha se diverte com e acaba sem as roupas. Val aproveita para fazer outros assaltos, enquanto Marcel tem a ideia “brilhante” de arrecadar roupas e objetos para “ajudar” os moradores do morro: vendendo em um bazar. Carminha e Amanda também decidem fazer a sua parte, mas apenas para competir seguidores nas redes sociais. Rola até barraco no meio da rua. Cat, por sua vez, manda instalar alarmes na porta de casa e janelas com video temperado e blindado. No fim, os personagens descobrem o golpe de Marcel, e, mais uma vez, o episódio termina em confusão.

Os dois capítulos analisados são bem curtos e diretos, como ocorre nas séries de comédia em geral. Formato de roteiro. O autor não chegou a descrever os personagens, mas poderia tê-lo feito pelo menos com a ambientação, para dar uma intimidade a mais entre os leitores e a própria família da Cat. Bom uso da gramática, com poucas inadequações como a citada lá em cima. Os diálogos também se mostram ágeis e interessantes, embora tenham sido inseridas falas aparentemente aleatórias em uma sequência ou outra, o que pode dar um acabamento mais artificial ou até sem graça, cortando o clima.

Sobre os personagens, cito três. Marcel, depois de um início estranho, ficou mais sólido na segunda temporada. Engraçado e cínico ao mesmo tempo, retrato de muitos brasileiros que conhecemos. Luciano, por outro lado, pareceu mudar de personalidade e pra pior: de um adolescente comum cheio de dúvidas e incertezas da season one, passou para um completo idiota, daquele de fazer o Kiko (ou Quico) do Chaves ser um gênio. Tem também a Carminha e sua mania doida de entrar na casa de Cat pela janela. Uma figura e tanto. Minha preferida! Quero te guardar num potinho.

Ficou com vontade de ler algo leve e que faça rir nesse momento difícil, que é o da pandemia? Entre no site do Megapro e leia as duas temporadas de Nós & Ela.

A propósito: a música mencionada é o Parabéns da Xuxa.

Quatro novas histórias concorrem à resenha do dia 25 e pedem seu voto. Vai ficar aberto até sábado às 18h, ok?

VOTAÇÕES ENCERRADAS!

novelas de DÉBORA COSTA
disponíveis no catálogo

 

O Observatório fica por aqui. Não perca o Backstage às 19h. Até já!

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