“Contando Estrelas”

 

Daqui seis meses…

[CENA 01 – APARTAMENTO DE SAMUKA (NOVA YORK)/ Q. DE PEDRO/ TARDE]
(Pedro está sentado na cama, com o notebook em suas pernas, e uma almofada para dar apoio. Ele está conversando com Alice por chamada de vídeo)
PEDRO – Aqui tá uma loucura. (ri) Mesmo tendo aula, a qualquer momento esperamos que alguém apareça cantando.
ALICE (por vídeo) – E você não pensa em cantar também?
PEDRO – Não, não. Prefiro deixar para os veteranos isso. Se bem quem um ou dois calouros decidiram participar.
ALICE (por vídeo) – Você acabou de chegar aí. Terá outros semestres para participar, então não tem com o que se preocupar.
PEDRO – Exatamente. E você como está?
ALICE (por vídeo) – (olha para suas pernas) Na medida do possível bem.
PEDRO – Tá indo a fisioterapia direitinho?
ALICE (por vídeo) – Sim, estou.
PEDRO – Bom. Lembre-se do que eu disse, hein. Quero voltar aí e quero te ver andando novamente. Temos muita música para cantarmos e dançarmos juntos ainda. (Alice solta um leve sorriso, porém em seu interior ainda girava a sensação de que nunca mais voltaria andar)

Agora…

[CENA 02 – CASA DE ALICE/ ESTÚDIO/ TARDE]
(Alice e Marcelo continuam se beijando. Ela quem encerra o beijo, se afasta dele)
MARCELO – Isso significa…
ALICE – Significa que faltou você devolver meu troco.
MARCELO – Troco?! (ri)
ALICE – Sim. Agora estamos quites com o serviço da música.
MARCELO – (se aproxima dela) E se eu quiser ficar te devendo mais?
ALICE – (fica de frente dele) Aí você terá que me ajudar com outra música! (os dois se encaram por alguns segundos, Marcelo sorri)
MARCELO – (se afasta dela) Quando você fará o próximo show?
ALICE – Daqui a três dias.
MARCELO – Então temos tempo ainda. (pega sua mochila, sorri para Alice e saí do estúdio em seguida. Alice senta-se em uma das cadeiras, com um leve sorriso no rosto)

[CENA 03 – CASA DE CAIO/ SALA/ TARDE]
(Caio chega em casa junto com Pedro. Os dois vão direto para o sofá)
CAIO – Estou cheio! Acho que não aguento comer mais nada nas próximas 12 horas.
PEDRO – Convenhamos também que você exagerou um pouquinho. Era de graça, mas comer três rodadas, é demais.
CAIO – Eu sei, eu sei. Devia ter maneirado. Mas é que… é a primeira vez que eu saio com amigos desse jeito. (olha para Pedro, que o entende)
PEDRO – Então sempre que quiser, só marcar com a gente.
CAIO – Valeu! (os dois levantam-se, caminham em direção a porta)
PEDRO – E Caio, é sério… conversa com a sua mãe sobre aquilo. Ela precisa saber dos seus desenhos. (Caio continua em silêncio, abre a porta) Se você não falar, você vai deixar a oportunidade de você ser feliz passar.
CAIO – Eu verei isso.
PEDRO – Eu sei que é difícil mudar você, mas não vou desistir. Afinal, te fiz mudar em relação a palavra amigo! (ri)
CAIO – Enquanto a isso eu não mudei, está bem. Ainda tenho a mesma percepção de antes.
PEDRO – Tá bom. (saí de casa) Valeu, até qualquer hora.
CAIO – Até. (Caio fecha a porta, retorna para o sofá, sorri e fica pensativo em seguida)

Anoitecendo…

[CENA 04 – LANCHONETE DO IVO/ NOITE]
(Manuela e Tiago chegam à lanchonete do Ivo, procuram por uma mesa)
MANUELA – Tá, você não me trouxe aqui por causa daquilo que te disse hoje mais cedo, né?!
TIAGO – De que eu só fico em casa, jogando videogames?! Não, imagina.
MANUELA – (sorri) Eu já pedi desculpa por isso.
TIAGO – Eu sei. Mas é sério. Eu te trouxe aqui, porque acabei me tocando que não costumamos sair muito como um casal de namorados comum. Vamos nos sentar ali. (os dois caminha a uma mesa próxima ao palco, sentam-se)
MANUELA – E desde quando somos um casal comum?
TIAGO – Tá, o fato é que pretendo passar mais tempo com você. Não sabemos onde iremos estar ano que vem, então quero passar esse resto do ano contigo.
MANUELA – (sorri) Eu também.
TIAGO – E… como prova disso, eu aceito cantar com você no programa de música.
MANUELA – Você já não tinha aceitado antes?
TIAGO – Sim, só que dessa vez é oficial.
MANUELA – (ri) Oficial?
TIAGO – Isso. (olha para o palco) Que tal?
MANUELA – (entende o recado) Vamos lá. (os dois levantam-se e vão para o palco. Tiago pega um violão que estava logo atrás da bateria. Os dois se posicionam um de frente para o outro, começam a cantar)

[CENA DE MÚSICA – DANÇANDO (AGRIDOCE)]

[MANUELA]
Eu sei que lá no fundo 1
Há tanta beleza no mundo
Eu só queria enxergar

As tardes de domingo
O dia me sorrindo
Eu só queria enxergar

Qualquer coisa pra domar
O peito em fogo
Algo pra justificar
Uma vida morna

[MANUELA E TIAGO]
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando 2
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você

O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você

[TIAGO]
Não esqueço aquela esquina 3
A graça da menina
Eu só queria enxergar

[MANUELA]
Por isso, eu me entrego
A um imediatismo cego
Pronta pro mundo acabar

[TIAGO]
Você acredita no depois
Prefiro o agora
Se no fim formos só nós dois
Que seja lá fora

[MANUELA E TIAGO]
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando 4
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você

O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando
O mundo acaba hoje e eu estarei dançando com você

1. Tiago começa a tocar de frente para Manuela, assim que ela começa a cantar. Ele se afasta um pouco, ficando de frente para o pessoal da lanchonete. Manuela faz o mesmo, porém, continua olhando para ele.
2. Os dois voltam se olhar, mas afastados e de frente para o público. Poucos pessoas prestam atenção na música, mesmo assim, Tiago e Manuela estavam cantando apenas para eles dois.
3. Tiago fica de frente para ela, os dois se aproximam. Ficam bem próximos um do outro, até os momentos finais da música.
4. Eles recuam um pouco, mas continuam de frente um para o outro. A música se encerra, Tiago tira o violão de sua frente, se aproxima dela e a beija. Nesse momento, as poucas pessoas que estavam prestando atenção na música, os parabenizam. Envergonhados, encerram o beijo e agradecem.

[CENA 05 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE LARISSA – SALÃO/ NOITE]
(Larissa está em frente ao espelho, lendo pela vigésima vez o email que recebeu da produção do programa. Com a confiança lá em cima, coloca seu celular em cima da mesa ao lado e se olha no espelho)
LARISSA – Você vai ganhar este programa! Anota o que eu estou te dizendo, menina! (aponta para seu reflexo, sorri. Saí do quarto em direção ao salão. Se posiciona bem no centro do palco, as cortinas continuam fechadas. Abaixa a cabeça por alguns segundos, respira fundo, as cortinas se abrem e ela começa a cantar)

[CENA DE MÚSICA – LANÇA PERFUME (RITA LEE)]

Lança menina 1
Lança todo esse perfume
Desbaratina
Não dá pra ficar imune
Ao teu amor
Que tem cheiro
De coisa maluca

Vem cá, meu bem 2
Me descola um carinho
Eu sou neném
Só sossego com beijinho
Vê se me dá o prazer
De ter prazer comigo
Me aqueça!

Me vira de ponta cabeça
Me faz de gato e sapato
E me deixa de quatro no ato
Me enche de amor, de amor
Oh!

Lança menina 3
Lança todo esse perfume
Desbaratina
Não dá pra ficar imune
Ao teu amor que tem cheiro
De coisa maluca

Vem cá, meu bem
Me descola um carinho
Eu sou neném
Só sossego com beijinho
E vê se me dá o prazer
De ter prazer comigo
Me aqueça!

Me vira de ponta cabeça 4
Me faz de gato e sapato
Ah! Ah!
Me deixa de quatro no ato
Me enche de amor, de amor

Oh!
Lança! Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança!
Lança Perfume!
Lança Perfume!

Lança menina
Lança todo esse perfume
Desbaratina
Não dá pra ficar imune
Ao teu amor que tem cheiro
De coisa maluca

Vem cá, meu bem 5
Me descola um carinho
Eu sou neném
Só sossego com beijinho
Vê se me dá o prazer
De ter prazer comigo

Me aqueça!
Me vira de ponta cabeça
Me faz de gato e sapato
Me deixa de quatro no ato
Me enche de amor, de amor

Oh!
Lança! Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança!
Lança Perfume!
Lançaaaaa Perfume!
Lançaaaaa Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança Perfume!
Lança Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança! Lança Perfume!
Lançaaaaa Perfume!
Lançaaaaa Perfume!
Oh! Oh! Oh! Oh!
Lança Perfume!
Lança Perfume!

1. Assim que a cortina se abre, Larissa levanta sua cabeça, com um leve sorriso no rosto. Todos os clientes começam a prestar atenção nela. A música fica animada, Larissa começa a dançar. Algumas garotas entram no palco e dançam logo atrás dela.
2. Larissa retira o microfone do suporte e começa a andar pelo palco. Olha para alguns clientes, seduzindo-os.
3. Se aproxima das demais garotas e começa a dançar com elas. Nathaniel que está no bar, se diverte com a apresentação das garotas. Sorri por ver Larissa viva e alegre novamente.
4. Larissa volta para o centro do palco, coloca o microfone no suporte novamente, começa a fazer gestos com as mãos, como se estivesse lançando perfume. As garotas atrás dela, fazem o mesmo.
5. A casa se anima com a abertura das garotas. Larissa encerra sua apresentação e é aplaudida e desejada pelos clientes. Larissa agradece e saí do palco em seguida.

[CENA 06 – CASA DE JUNIOR/ SALA/ NOITE]
(Junior está falando com Ana pelo telefone)
JUNIOR – Sério? E o que vocês fizeram mais depois?
ANA (pelo telefone) – Nada demais. O tio Gustavo me levou para comprar algumas roupas novas
JUNIOR – Mais?
ANA (por telefone) – Dessa vez foram poucas, pai. Garanto.
JUNIOR – Já tô imaginando você voltando para casa, com mais malas do que você levou.
ANA (por telefone) – (ri) Eu também não queria tanta coisa assim, até porque sei que meu guarda roupa não iria caber tudo. Só que algumas eu irei deixar aqui. O tio Gustavo achou melhor, para futuras visitas em Madrid.
JUNIOR – (preocupa-se) E você pretende voltar?
ANA (por telefone) – Eu não sei, pai. No final das contas, Madrid até que é legal. (Junior fica em silêncio, e seu maior receio pode estar se tornando real) Tenho que desligar agora, pai. O tio Gustavo disse que iria me levar em um restaurante novo hoje.
JUNIOR – Tá bem. Divirta-se! Tchau. (desliga, caminha até o sofá, senta-se preocupado)

Dias depois…

[CENA 07 – CASA DE PEDRO/ Q. DE PEDRO/ DIA]
(Pedro está arrumando sua mochila para o retorno das aulas amanhã. Paula entra no quarto)
PAULA – Arrumou suas coisas já, Pedro?!
PEDRO – Terminei agorinha. (coloca sua mochila ao lado)
PAULA – Bom. Nem acredito que as aulas já irão começar. Que o semestre passe rápido, que você passe em todas as matérias e que nos mudemos logo para Nova York.
PEDRO – A senhora está animada mesmo com isso, hein.
PAULA – E não é para estar?
PEDRO – Acho que precisamos ter uma conversa antes de decidirmos isso.
PAULA – Sim, também acho. Precisamos ver o que faremos com está casa! Se iremos deixá-la fechada, se iremos colocar para alugar. Precisamos olhar os apartamentos em Nova York, encontrar um seguro e próximo da universidade. Não quero você voltando a noite de lá.
PEDRO – As aulas serão durante o dia, não tem perigo. Sem contar que eu vou e venho com o pessoal. Com o Samuka e com o Arthur.
PAULA – Mas nem sempre você poderá ir com eles, querido. Vai que acontece algum imprevisto e os dois não poderão ir com você? Por isso precisamos de um apartamento bem perto da universidade. Não se preocupa, que já comecei a olhar alguns na internet. O preço está um pouco salgado, mas conseguirei um bem razoável. (Pedro foca-se em sua mochila novamente, tem receio de iniciar aquela conversa com ela) Bem, eu vou voltar lá pra baixo, terminar o almoço. (caminha em direção a porta, lembra-se de algo) Ah, ia me esquecendo. O Junior disse que a Ana volta hoje. Vamos visitá-la assim que ela chegar.
PEDRO – Não era pra ela ter voltado na semana passada?
PAULA – Era. Mas parece que o Gustavo conseguiu convencê-la a ficar mais uns dias em Madrid. Aquele ali deve ter feito a cabeça da menina direitinho. Aposto como a Ana que irá chegar hoje, é uma Ana totalmente diferente da que conhecemos.
PEDRO – Será?
PAULA – Pode anotar o que eu estou te dizendo. (saí do quarto, Pedro coloca sua mochila na cama novamente, senta-se e mexe em seu celular)

[CENA 08 – CASA DE ALICE/ Q. DE ALICE/ DIA]
(os últimos dias para Alice foram de viagens ao redor pelo país. Seu último show foi na noite anterior em São Paulo. Ela voltou na mesma noite, porque precisava organizar seu material para o retorno das aulas. Ela acaba de acordar, olha para a luz do sol entrando em seu quarto pelas brechas das cortinas. Senta-se olhando direto para sua mochila a sua frente, em cima de uma cadeira. Irrita-se ao imaginar que amanhã as aulas começam)
ALICE – (pega seu celular, tira uma foto e posta um storie) “Por que não podemos ter dois meses seguidos de férias, senhor?!” (em poucos segundos, algumas reações começam a chegar. Ela sorri, coloca o celular ao lado e levanta-se em direção ao banheiro) Seria tão bom!

[CENA 09 – CASA DE OTÁVIO/ COZINHA/ DIA]
(Eduardo termina de lavar a louça que sujou do café da manhã, as guarda em cima da pia, Otávio entra no quarto)
EDUARDO – (enxugando às mãos, olha para Otávio) Bom dia, Otávio.
OTÁVIO – Bom dia.
EDUARDO – Estou indo para o trabalho. Mas já deixei o café pronto, viu.
OTÁVIO – Tranquilo. (senta-se a mesa)
EDUARDO – (o percebe estranho) Tudo bem?
OTÁVIO – É que as férias acabaram e ainda não conseguimos encontrar um emprego pra mim. Hoje você vai trabalhar e eu não me sinto à vontade em ter que deixar as despesas só contigo.
EDUARDO – Realmente, os empregos que procuramos nenhum aceita pessoas com necessidade especial. Mas não se preocupa, está bem. Vamos encontrar um emprego pra você. A pizzaria é lotada de gente, talvez eu consiga algo lá. Está bem?
OTÁVIO – Ok.
EDUARDO – Bem, vou indo. Até mais.
OTÁVIO – Até. (Eduardo saí da cozinha, Otávio continua sentado, apreensivo)

[CENA 10 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ DIA]
(Dácio entra na sala e encontra seu pai tentando dar um nó na gravata)
DÁCIO – Bom dia! Nossa… o senhor não tá arrumado desse jeito pra ir para o trabalho, né? (caminha até ele e o ajuda com a gravata)
HORÁCIO – Bom dia, filho. Obrigado. Na verdade, hoje pedi uma folga do trabalho. Vou sair com sua mãe.
DÁCIO – (surpreso) Sério?
HORÁCIO – Sim. Consegui juntar um dinheiro e a convidei para passar o dia comigo num lugar especial.
DÁCIO – (feliz) Olha só… e que lugar seria esse?
HORÁCIO – Surpresa, filho! Sei que você e sua mãe são bem próximos, não quero arriscar de você contar para ela.
DÁCIO – (ri, termina com a gravata) Ok, ok. Se o senhor pretende fazer uma surpresa, deixarei.
HORÁCIO – Como estou?
DÁCIO – Um gatão.
HORÁCIO – Será que sua mãe não vai estranhar?
DÁCIO – Nada. Aposto que ela também deve ter se produzido toda.
HORÁCIO – Será? Então… será que eu devo me arrumar mais um pouco?
DÁCIO – Que é isso, pai. Claro que não. Relaxa, viu. Aproveitem e divirtam-se muito.
HORÁCIO – Obrigado. (caminha até a porta um pouco nervoso, Dácio o segue)
DÁCIO – (abrindo a porta) Cuidado para não ficar tão nervoso, senão o senhor vai começar a soar. Divirtam-se.
HORÁCIO – Obrigado, filho. (saí de casa, Dácio o observa por alguns segundos, depois fecha a porta e caminha em direção a cozinha, feliz)

[CENA 11 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE SALETE/ DIA]
(Salete está em frente ao espelho, achando que talvez tenha se produzido demais para o passeio com Horácio)
SALETE – Tem certeza de que não está exagerado, Larissa?
LARISSA – Você está linda, Salete. Tenho certeza de que o Horácio ficará de boca aberta ao ver a senhora.
SALETE – Eu não sei. Acho que vou trocar de roupa. (caminha em direção ao seu guarda roupa) Será que dá tempo?
LARISSA – Bem. Vocês combinar as 09h. Acho que não vai dar não. São 08:40.
SALETE – (nervosa) Então me diz o que eu tenho que tirar para não parecer que estou indo para um encontro.
LARISSA – Mas isso não é um encontro?
SALETE – Não sei. É, talvez não. Vindo do Horácio eu espero tudo.
LARISSA – (caminha até ela, tenta acalmá-la) Fica tranquila, está bem. A senhora está linda, relaxa que vai dar tudo certo.
NATHANIEL – (batendo na porta e entrando) O Horácio acabou de chegar. (olha para Salete) Uau… que visual divino, Salete.
LARISSA – Eu não disse.
SALETE – Como ele está, Nathan? Está muito arrumado ou está naquele estilo desleixado dele?
NATHANIEL – Ele está arrumado. Bem arrumado para um simples passeio.
LARISSA – Viu. (isso tranquiliza Salete) Os dois se arrumaram um para o outro. Então isso é um encontro. (Salete sorri, volta para o espelho, se olha uma última vez)
SALETE – Bem… então seja o que Deus quiser. (olha para os dois, confiante)

Daqui seis meses…

[CENA 12 – UNIVERSIDADE DE MÚSICA (NOVA YORK)/ SALA DE MÚSICA/ TARDE]
(Pedro, Samuka e Arthur estão limpando os instrumentos da sala de música)
ARTHUR – Nem acredito que amanhã saí a lista.
SAMUKA – Finalmente. Não aguentava mais essa semana. Para onde eu ia, alguém estava lá cantando uma música.
ARTHUR – Impressionante como este ano parece que teve mais gente querendo participar. Tirando você e Mônica, claro.
PEDRO – A maioria da minha turma participou. Acho que só uns 6 ou 7 não quiseram entrar nessa.
ARTHUR – Diga para seus colegas, meu caro, para não criar tanta expectativa em alcançar uma boa colocação no ranking. Os calouros aqui nem sempre tem vez.
PEDRO – Por isso que eu não quis participar. (termina de afinar as cordas do violão, toca algumas notas aleatórias) Pronto! (volta a tocar novamente, repara que seus amigos estão olhando para ele) O que foi?
SAMUKA – Você aí nos convidando para cantar.
PEDRO – (sorri) Eu o que?!
SAMUKA – Espera… (caminha até a porta) Deixa-me ver se não tem ninguém. (saí da sala, olha para os dois lados do corredor, entra novamente) A área tá limpa. (caminha até a bateria) Podemos cantar, sem achar que estamos participando de uma competição.
PEDRO – Sério mesmo?
ARTHUR – (pega o baixo) Você quem começou, amigo. Prossiga. (os dois encaram Pedro, esperando-o iniciar uma música. Ele fica sem saber o que tocar por um tempo, até que se lembra de uma)

[CENA DE MÚSICA – COUNTING STARS (OneRepublic)]

[PEDRO]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep 1
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be counting stars
Yeah, we’ll be counting stars

I see this life like a swinging vine 2
Swing my heart across the line
And in my face is flashing signs
Seek it out and ye’ shall find
Old, but I’m not that old
Young, but I’m not that bold
And I don’t think the world is sold
On just doing what we’re told

I feel something so right
By doing the wrong thing
And I feel something so wrong
By doing the right thing

[SAMUKA E ARTHUR]
I couldn’t lie, couldn’t lie, couldn’t lie
Everything that kills me makes me feel alive

[PEDRO, SAMUKA E ARTHUR]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep 3
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be counting stars

[PEDRO]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be, we’ll be counting stars

[ARTHUR]
I feel the love and I feel it burn 4
Down this river, every turn
Hope is our four-letter word
Make that money, watch it burn
Old, but I’m not that old
Young, but I’m not that bold
And I don’t think the world is sold
On just doing what we’re told

And I feel something so wrong
By doing the right thing
I couldn’t lie, couldn’t lie, couldn’t lie

[PEDRO]
Everything that drowns me makes me wanna fly

[PEDRO, SAMUKA E ARTHUR]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep 5
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be counting stars

[PEDRO]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be, we’ll be counting stars

[ARTHUR E SAMUKA]
Oh, take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned

[PEDRO]
Everything that kills me makes me feel alive 6

[PEDRO, SAMUKA E ARTHUR]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be counting stars

[PEDRO]
Lately, I’ve been, I’ve been losing sleep 7
Dreaming about the things we could be
But baby, I’ve been, I’ve been praying hard
Said, no more counting dollars
We’ll be, we’ll be counting stars

[SAMUKA E ARTHUR]
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned
Take that money, watch it burn
Sink in the river the lessons I’ve learned

1. Pedro começa a tocar e cantar focando-se no violão. Reconhecendo à música, Arthur e Samuka se preparam em suas posições. Os dois começam a tocar assim Pedro termina o primeiro verso.
2. Ele olha para seus amigos e se anima. Começa a andar pela sala, ainda cantando e tocando. Se aproxima de Arthur, os dois tocam juntos por um tempo, Pedro se afasta voltando para sua posição inicial.
3. Nos corredores, Ayla passa em frente da sala e repara uma movimentação lá dentro. Ao se aproximar, ver os garotos cantando. Pega seu celular na hora e começa a gravar. Pedro volta a dançar pela sala, Ayla foca-se nele.
4. Arthur começa cantar e caminha um pouco pela sala também. Se aproxima de Pedro, em seguida vai até Samuka.
5. Os três voltam a cantar juntos, Pedro se aproxima deles dessa vez. Nas posições que estão agora formaram um triângulo no meio da sala. Ficam nesta posição um bom tempo. Fora da sala, Ayla não estava conseguindo filmar direito pela janela da porta, uma vez que a Arthur havia ficado na frente de Pedro, que era o foco dela. Ela também não queria abrir a porta, porque talvez os garotos perceberiam e acabariam a música.
6. Para a felicidade de Ayla, Pedro voltou a andar na sala. Se afasta dos garotos voltando para a posição inicial da música. Arthur faz o mesmo, foca-se me Pedro.
7. Samuka e Arthur encerram a música, enquanto Pedro continuava tocando e dançando. Assim que terminam, Ayla guarda seu celular na mesma da hora e saí dali, antes que alguém a visse.

 

Contínua no Capítulo 13…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo