CENA 1/ INTERIOR/ DIA/ MANSÃO RIOS/ SALA
Continuação imediata do capítulo anterior.
Giselle dá um grito altíssimo ao ver Laerte inconsciente, com o machucado na cabeça, em cima de uma poça de sangue; e Ana Alice machucada e assustada, no andar superior da sala, de joelhos.
Ela solta a mala e se aproxima lentamente, chorando.
GISELLE – Mãe, o que aconteceu aqui?
Giselle se aproxima do corpo de Laerte, toca no braço dele algumas vezes e demonstra mais desespero.
GISELLE – Ele morreu? (pausa) Me fala alguma coisa mãe…
ANA ALICE – (tom baixo) Eu… Eu matei ele. Eu que empurrei o Laerte pela escada…
Ana Alice cai lentamente no chão e chora. Giselle sobe as escadas rapidamente e a abraça.
GISELLE – Foi ele quem fez isso com você? (observa os ferimentos da mãe)
ANA ALICE – Foi… E agora eu vou ser presa…
GISELLE – Claro que não mãe, foi legitima defesa. Fica calma, eu tô aqui…
ANA ALICE – Eu não queria fazer isso… Eu não queria… Foi por impulso!
GISELLE – (revoltada) E onde estava o segurança dessa casa em?
ANA ALICE – O Laerte deve ter dispensado antes…
GISELLE – (chora) Meu Deus, eu devia ter voltado antes e evitado isso… Ele já tinha te batido assim outra vez?
ANA ALICE – Não desse jeito… Mas foi culpa minha. Ele me pegou com outro/
GISELLE – (corta) Não, mãe. Isso que esse desgraçado fez não tem explicação e você não tem culpa de nada… Sinceramente, ele devia ter morrido mesmo. Esse monstro!
ANA ALICE – Isso não devia ter acontecido, não devia…
GISELLE – Calma… Eu vou chamar a ambulância e a polícia. Vai ficar tudo bem…
Giselle pega o celular e liga pra emergência.
Foco no rosto de Laerte, sujo de sangue. De repente, ele abre os olhos e respira fundo. Sai um pouco de sangue de seu nariz. Tensão!
CORTA PARA/
CENA 2/ INTERIOR/ DIA/ HOSPITAL/ SALA DE ESPERA
Continuação imediata de cena 15 do capítulo anterior.
Médica e residente prestes a revelar se Olinda sobreviveu ou não a cirurgia. Jurandir e Camila ansiosos.
MÉDICA – O tumor da dona Olinda era muto maior do que o revelado nos exames e estava afetando os rins dela…
CAMILA – Vá direto ao ponto, doutora…
MÉDICA – Ela teve uma parada cardíaca durante a cirurgia, mas nós conseguimos reverter a situação.
Camila e Jurandir respiram aliviados.
MÉDICA – Nós retiramos o tumor, e consequentemente, tivemos que retirar um rim dela, mas ela consegue viver bem com um só.
CAMILA – Graças a Deus! Onde ela está?
MÉDICA – Ela está no CTI por enquanto, mas depois vocês vão poder vê-la. Daqui pra frente serão algumas semanas de um pós operatório complicado, mas ela vai ficar bem.
Camila abraça a médica fortemente, que sorri.
CAMILA – Muito, muito, muito obrigada! Eu não sei o que faria sem minha mãe.
JURANDIR – Obrigado doutora…
Instantes. Emoção.
CENA 3/ INTERIOR/ DIA/ MANSÃO RIOS/ SALA
Ana Alice sentada no chão, apoiada na parede, ainda no andar superior da sala. Giselle em pé, no celular.
GISELLE – Condomínio Bela Floresta, número 7. Venham rápido, por favor, minha mãe está muito ferida! (pausa) Agradeço. (desliga) Pronto, eles já estão vindo. Vai ficar tudo bem.
Laerte ainda no chão, de olhos aberto. Ele tenta se mover, Ana Alice percebe e se apavora.
ANA ALICE – Ele tá vivo, Giselle!
Giselle se assusta. Laerte vai conseguindo, aos poucos, se arrastar pelo chão e chega nos primeiros degraus.
GISELLE – Nem tenta chegar perto da gente, Laerte!
LAERTE – (voz embargada) Eu vou te matar, Ana Alice…
Laerte continua a subir. De repente, entram pela sala dois seguranças e o porteiro do condomínio.
PORTEIRO – O que aconteceu dona Ana Alice?!
ANA ALICE – Não deixa ele subir aqui!
Um segurança se aproxima de Laerte.
SEGURANÇA 1– Não se mova, o senhor está ferido! A ambulância está a caminho.
SEGURANÇA 2 – (para Giselle e Ana Alice) Fiquem tranquilas que ele não tem condições de chegar aí.
Laerte tenta mais um pouco e para no meio da escada.
PORTEIRO – Vamos tentar colocar ele no sofá, talvez…
SEGURANÇA 2 – Não, vamos deixar pros médicos mexerem nele, é melhor.
Giselle e Ana Alice apreensivas. Instantes.
CORTA PARA/
CENA 4/ INTERIOR/ DIA/ HOSPITAL/ RECEPÇÃO
Dois policiais chegam na recepção. Logo atrás, chegam Judite e Josias.
POLICIAL 1 – (mostra o distintivo a recepcionista) Bom dia. Delegado Otávio, 34° DP do Rio. Viemos colher o depoimento de Olinda da Silva Oliveira.
RECEPCIONISTA – Bom dia. Essa paciente estava em cirurgia… Só um instante. (ela vai a uma mesa atrás dela e pega o telefone. Segundos depois, desliga.) Infelizmente, a paciente não poderá falar agora. Ela se encontra no CTI.
Um pouco mais distante, Judite e Josias ouvem a informação e ficam desanimados.
JUDITE – (decidida) Vamos pra mansão!
JOSIAS – Não vai adiantar nada a gente ir pra lá, mãe.
JUDITE – Se você não quiser, fica aí.
Judite sai, seu filho vai atrás.
CORTA PARA/
CENA 5/ EXTERIOR/ DIA/ MANSÃO RIOS/ ENTRADA
Plano geral na mansão com duas ambulâncias e uma viatura da polícia estacionados.
CORTE RÁPIDO PARA/
Na varanda, os dois seguranças e o porteiro observam tudo num canto. Um enfermeiro e um médico socorrista saem da casa, empurrando Laerte numa maca, que continua acordado, porem desorientado. Eles entram com o empresário na ambulância. O veículo sai com a sirene ligada.
Logo após vem Ana Alice também numa maca, sendo carregada por dois enfermeiros. Gisele sai conversando com dois policiais.
GISELLE – Minha mãe não tem culpa nenhuma nisso. Ela empurrou o Laerte pra se defender.
POLICIAL 1 – Nós vamos ouvir vocês duas, depois, com mais calma.
GISELLE – O exame de corpo delito vai provar isso.
Ana Alice é colocada na ambulância. Giselle deixa os policias e corre até a mãe.
GISELLE – Eu posso ir com ela né?
ENFERMEIRO – Pode.
Giselle entra com os enfermeiros e a ambulância sai. Os policias seguem até a viatura.
Judite e Josias vem de longe e estranham a situação. Segundos depois eles chegam perto do porteiro.
JUDITE – O que aconteceu aqui, seu Antunes?
ANTUNES – A dona Ana Alice empurrou o Laerte escada abaixo. O cara está morre não morre.
JUDITE – Meu deus!
JOSIAS – Será que ela descobriu alguma coisa?
PORTEIRO – Parece que ele bateu muito nela. Tava toda machucada, coitada…
JOSIAS – Desgraçado! Filho da mãe!
Josias revoltado e Judite tensa.
CORTA PARA/
CENA 6/ INTERIOR/ DIA/ AMBULANCIA
Ana Alice segura na mão de Giselle que está sentada ao seu lado.
ANA ALICE – Eu tô com medo…
GISELLE – Vai dar tudo certo mãe… Vai ficar tudo bem, fica calma.
Instantes.
CORTA PARA/
CENA 7/ INTERIOR/ DIA/ SUPERMERCADO DOIS IRMÃOS/ ESCRITORIO
Tarcísio em frente ao computador. Manoel chega.
MANOEL – Tudo certo por aí?
TARCÍSIO – Tudo sim. Tava pensando de fazermos uma pesquisa mercadológica pra saber o que os clientes estão achando do nosso atendimento, produtos e etc…
MANOEL – É uma boa ideia.
TARCÍSIO – Sim, vai orientar possíveis melhorias no mercado.
MANOEL – Então siga em frente. Preciso que vá comigo depois numa reunião com os fornecedores, ok?
TARCISIO – Ok.
Manoel sai e Tarcísio continua concentrado.
CORTA PARA/
CENA 8/ INTERIOR/ DIA/ PADARIA DA TERÊ
Estabelecimento pouco movimentado. Terezinha atrás o balcão e Brenda mais perto da saída. O telefone toca e Terezinha atende. Brenda se aproxima, curiosa.
TEREZINHA – Alô? (pausa) Oi, Camila. Como a Olinda tá? (pausa) Ah, graças a Deus! A Brenda tá bem sim. Vou fechar mais cedo aqui para irmos aí de tarde. Ela já tá acordada? (pausa) Entendi… (pausa) O Kaio? Não ele começou no trabalho hoje. (pausa) Pois é, na confusão ele nem teve tempo de te contar né. Ele conseguiu um emprego muito bom.
CORTA PARA/
CENA 9/ EXTERIOR/ DIA
Plano geral num prédio alto, onde fica o escritório de advocacia no qual Kaio está trabalhando.
CORTA PARA/
CENA 10/ INTERIOR/ DIA/ ESCRITÓRIO
Kaio trajando uma roupa formal, caminha ao lado da recepcionista do escritório, por um corredor que dá acesso a algumas salas.
MULHER – Vou te mostrar sua sala. Durante essa semana você vai trabalhar junto com a Hortência Meireles, nossa melhor advogada, para se habituar com o escritório, ok? (eles param em frente a uma porta) Aqui é sua sala, vou chamar a doutora Hortência para vir falar com você. Bom trabalho!
CORTA PARA/
CENA 11/ INTERIOR/ DIA/ HOSPITAL/ SALA DE ESPERA
Camila e Jurandir sentados.
CAMILA – Terezinha disse que a Brenda tá bem que vai vir aqui a tarde. Você podia ir lá com meu motorista, buscar as duas.
JURANDIR – Vou sim. (pausa) Graças a Deus deu tudo certo…
CAMILA – Sim… Que alívio! Consegui até esquecer do Laerte.
O celular de Camila toca e ela atende.
CAMILA – Oi? Quem é? (pausa) Judite? Tá tudo bem? (pausa, se assusta) O que? Como assim? (pausa) Eles estão vindo pra esse hospital? Como você sabe? (pausa) Ah sim. Mas ele não pode morrer! Preciso acertar as contas com esse assassino! (pausa) Tá bem, se cuida.
Camila desliga. Jurandir curioso.
JURANDIR – O que aconteceu?
CAMILA – A patroa da minha mãe quase matou o Laerte.
JURANDIR – Como assim?
CAMILA – Empurrou ele do alto da escada. Parece que o caso é grave e que ele tá vindo pra cá.
JURANDIR – Que dia, meu Deus! Que dia!
Camila e Jurandir tensos.
CORTA PARA/
CENA 12/ INTERIOR/ DIA / HOSPITAL/ EMERGENCIA
Ala de emergência movimentada. Os socorristas entram com Laerte rapidamente. Um médico se aproxima.
SOCORRISTA – (ao médico) Trauma na cabeça, provável hemorragia cerebral, pulso em 40.
MÉDICO – Vamos fazer uma tomografia computadorizada. (para um residente) Reserve uma sala de cirurgia!
O médico sai com Laerte. Logo após chega Ana Alice acompanhada de outro socorrista e de Giselle.
CORTA PARA/
CENA 13/ EXTERIOR/ DIA/ HOSPITAL/ ENTRADA
Jurandir está saindo do hospital quando um grupo de jornalistas se aproxima dele rapidamente. Ele continua caminhando em direção carro de Camila enquanto os jornalistas fazem perguntas.
JORNALISTA 1 – Você é padrasto da Camila Oliveira? O senhor tem 1 minuto?
JORNALISTA 2 – Como está a Camila? Estão correndo boatos de que Laerte Rios é o verdadeiro pai de dela.
JORNALISTA 3 – E qual a situação da sua esposa, mãe da Camila? O senhor pode responder?
Jurandir se afasta de todos rapidamente e entra no carro. O motorista de Camila dá a partida.
CORTA PARA/
CENA 14/ EXTERIOR/ DIA-NOITE/ STOCKSHOTS
Imagem do sol se pondo, seguidos de diversos takes da noite na cidade.
Plano geral no hospital.
CORTE RÁPIDO PARA/
CENA 15/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ SALA DE ESPERA
Jurandir, Terezinha, Kaio e Brenda sentados. Camila perto dali, pegando um copo d’água do bebedouro, com aparência muito cansada. Ela avista Bruno vindo pelo corredor e se surpreende.
CAMILA – (para sua família) Gente, já volto.
Camila joga o copo descartável no lixo e vai até Bruno, no corredor.
BRUNO – (envergonhado) Oi… Vim aqui te pedir desculpas.
CAMILA – Pelo o que?
BRUNO – Por ter tirado conclusões de coisas que eu não sabia.
CAMILA – Ainda bem que você sabe. Você não se importou comigo, nem com minha mãe por causa desses seus ciúmes.
BRUNO – Eu sei… Por isso vim aqui… (pausa) Tem um bando de jornalistas aí fora querendo falar com você.
CAMILA – Eu não tô com cabeça nem pra dar entrevista nem pra conversar com você agora.
BRUNO – Como sua mãe tá?
CAMILA – Ela passou por uma cirurgia, estamos esperando ela acordar.
BRUNO – Se quiser, posso passar a noite aqui.
CAMILA – Não precisa.
BRUNO – Eu errei feio com você, eu sei. Mas eu tô tentando corrigir meu erro.
CAMILA – Eu sei, Bruno, mas prefiro ficar mais com minha família e evitar qualquer discussão com você. Quero conversar com você depois que isso tudo acabar.
BRUNO – Eu te entendo. Então vou indo. Qualquer coisa você me liga.
CAMILA – Tá bom.
Camila se afasta sem se despedir dele. Bruno sai triste.
CORTA PARA/
CENA 16/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ QUARTO
Ana Alice com alguns curativos pelo corpo, acordada, com Giselle ao seu lado. Um médico entra.
MÉDICO – Dona Ana Alice, vim informar que sua cirurgia foi um sucesso e a senhora vai se recuperar muito bem da sua costela quebrada. Ficaram agora apenas alguns hematomas e alguns cortes que colocamos pontos. Vai ficar tudo bem. Entregamos também seu exame de corpo delito a polícia, como foi pedido.
GISELLE – Que bom! E como o desgraçado está?
MÉDICO – O seu Laerte sobreviveu a cirurgia e está no CTI. Conseguimos conter a hemorragia cerebral dele.
GISELLE – Vaso ruim não quebra mesmo.
ANA ALICE – Não fala isso, Giselle…
MÉDICO – Bom, vou deixar vocês sozinhas. (sai)
GISELLE – O que me alivia é que depois que o Laerte sair daqui, vai ficar provado que ele fez isso com você, e aquele monstro vai ser preso.
ANA ALICE – Eu espero que sim.
Josias aparece na janela do quarto, triste.
ANA ALICE – Deixa ele entrar…
GISELLE – Quem é ele, mãe?
ANA ALICE – É o Josias, filho da Judite, nossa empregada. É um dos meus alunos também.
GISELLE – (estranha) Ué… Não sabia/
ANA ALICE – (corta) A gente tem se encontrado, Giselle.
Giselle fica surpresa, se levanta e abre a porta. Ela pergunta a um enfermeiro ali perto se Josias pode entrar e logo após ele entra.
GISELLE – Bom, vou deixar vocês sozinhos…
Giselle sai e Josias faz carinho no rosto de Ana Alice.
JOSIAS – Eu tô me sentindo tão culpado por isso…
ANA ALICE – Não fica assim… Não foi culpa sua.
JOSIAS – Minha vontade é quebrar a cara daquele desgraçado.
ANA ALICE – Ele já vai pagar pelo que fez.
JOSIAS – Sim, e vai ficar tudo bem.
Josias beija o rosto de Ana Alice.
CORTA PARA/
CENA 17/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ CORREDOR
Giselle caminha pelo corredor e para em frente ao quarto onde está Laerte. Ele está desacordado, ligado as máquinas de monitoração cardíaca e cerebral e com a cabeça enfaixada.
Giselle fica observando-o por alguns segundos.
CORTA PARA/
CENA 18/ INTERIOR/ NOITE/ EMISSORA/ ESTÚDIO POP+
Marisa apresenta o seu programa.
MARISA – Voltamos com mais informações sobre o escândalo do ano, envolvendo as famílias de Camila Oliveira e Giselle Rios. Depois da nova diva nacional descobrir que é filha do próprio empresário e que Laerte tentou assassinar sua mãe, Olinda da Silva Oliveira; Giselle contou ao nosso programa sobre a monstruosidade que seu padrasto fez com sua mãe, a socialite Ana Alice Rios. Vamos a entrevista.
CORTA PARA/
Giselle na fachada do hospital, respondendo ao jornalista.
GISELLE – Eu cheguei hoje mesmo de uma longa viajem a Buenos Aires e me deparei com esse terrível acidente na minha casa. Minha mãe precisou se defender das agressões do Laerte e isso acabou trazendo ele pra cá. E o que ela fez foi pouco! Esse monstro precisa pagar muito mais ainda! Fiquei sabendo da história envolvendo a cantora Camila Oliveira com quem tive uma grande rivalidade, como todos sabem, mas isso agora não tem mais fundamento. Estou completamente solidária a ela e estamos com os mesmos objetivos: cuidar da nossa família e fazer o Laerte pagar por tudo que fez.
CORTE RÁPIDO PARA/
Marisa continua a apresentar. Nos bastidores, um executivo da emissora conversa com Armando.
EXECUTIVO – Giselle tá diferente, não é?
GISELLE – E muito!
EXECUTIVO – Sensata, falando bem, articulada… Muito interessante!
CORTA PARA/
CENA 19/ INTERIOR/ NOITE/ PENSÃO DE YOLANDA/ RECEPÇÃO
Yolanda atrás do balcão. Tv ligada no programa de Marisa. Bruno chega.
YOLANDA – E aí? Ela te perdoou?
BRUNO – Mais ou menos. Por enquanto não quer falar comigo.
YOLANDA – O negócio está pegando fogo pro lado deles. Parece que agora a esposa do tal do Laerte tentou matar ele. O desgraçado bateu na mulher.
BRUNO – Muito triste a Camila estar conhecendo o caráter do Laerte desse jeito… (pausa) Bom, eu vou dormir. A senhora não vai?
YOLANDA – Não agora, tenho que esperar um hospede chegar. Ele está me devendo dois dias já.
BRUNO – Tá bem… Boa noite.
Bruno sai. Segundos depois, entra pela porta entrada, Aristóteles. Yolanda o aborda.
YOLANDA – Seu Aristóteles, estava esperando o senhor chegar.
ARISTÓTELES – (sorri, malicioso) Já disse que pode me chamar de você.
YOLANDA – Estou precisando receber, meu querido. Já tem dois dias que você não me paga.
ARISTÓTELES – Eu sei, dona Yolanda… Mas eu estou pra conseguir uma boa grana. Eu vou te pagar tudo! Só me dê mais uns dias.
YOLANDA – Só mais um dia! Se não, você terá que sair.
ARISTÓTELES – Eu vou te pagar! (pausa) Mas se a senhora quiser, posso de pagar de outra forma…
YOLANDA – Só aceito dinheiro, querido. E se continuar com essas insinuações, você vai ter que sair daqui agora mesmo!
ARISTÓTELES – Vou pro meu quarto, boa noite.
YOLANDA – Boa noite… (espera ele sair) Sujeitinho safado…
CORTE RÁPIDO PARA/
CENA 20/ INTERIOR/ NOITE/ PENSÃO DE YOLANDA/ QUARTO ARISTÓTELES
Aristóteles entra, bate a porta, nervoso e liga a tv. Ele assiste as reportagens sobre Camila e Laerte. Seu telefone toca.
ARISTÓTELES – Fala! (pausa) Claro que eu tô vendo! Vai chegar minha hora de ser empresário da Camilinha. (pausa) Por que ela estragou meus planos com a Giselle. Agora ela precisa me tirar dessa pindaíba. (pausa) Não, tô morando numa pensão fuleira… (pausa) Escreve aí: eu vou ser o empresário da maior artista desse país! Eu vou ficar rico de novo!
Instantes.
CENA 21/ INTERIOR/ NOITE/ HOSPITAL/ SALA DE ESPERA
Giselle chega na sala de espera e vai até o bebedouro. Camila e sua família ainda estão ali, sentados.
Giselle pega o copo d’agua e vira para o lado das cadeiras. Ela e Camila se olham. Closes alternados entre as duas.
CORTA PARA/
FIM DO CAPÍTULO
1º que bom que vc voltou com a novela.
2º tenho que te dar os parabéns prq esse cap está muito, mas muito, muito bom. Parabéns!
3º as cenas estão bem fluidas, os diálogos são leves, porem muito naturais e precisos. E as descrições estão bem acertadas! Parabéns novamente.
4º não lembro se vc usava essa fonte, mas quero dizer que foi uma excelente escolha. Ajuda bastante na leitura.
Muitíssimo obrigado! Fico muito feliz que tenha gostado e comentado! Essa reta final está cheia de surpresas, continue acompanhando!
😀 😀
1º que bom que vc voltou com a novela.
2º tenho que te dar os parabéns prq esse cap está muito, mas muito, muito bom. Parabéns!
3º as cenas estão bem fluidas, os diálogos são leves, porem muito naturais e precisos. E as descrições estão bem acertadas! Parabéns novamente.
4º não lembro se vc usava essa fonte, mas quero dizer que foi uma excelente escolha. Ajuda bastante na leitura.
Muitíssimo obrigado! Fico muito feliz que tenha gostado e comentado! Essa reta final está cheia de surpresas, continue acompanhando!
😀 😀