CENA 01 – MANSÃO MARION/ TARDE/ EX./ PORTÃO

 

Parando os carros da policia em frente à mansão de Marion.

Descem alguns policiais que imediatamente pedem para que abram o portão aos seguranças da casa.

Os mesmos se recusam.

Segurança – Não podemos abrir o portão sem a autorização da senhora Marion.

Observando tudo de longe, Marion vê a policia na porta de sua casa, e novamente entra em desespero. Pois sabe do seu passado. Mesmo assim, vai até a cozinha aonde autoriza a entrada dos policiais.

Marion – Pode os deixar entrar. – Ao desligar o interfone, imediatamente pega seu celular e liga para o seu advogado. – Oi, venha aqui para casa agora! Os policiais estão entrando, alguma coisa houve, preciso da sua ajuda. – Desliga o celular sem se quer dar chances para o advogado falar. – Caminha até a porta de entrada.

Marion – Abrindo a porta – Olá delegado, o que devo a honra? Sentiu saudades?

Delegado – Como você é arrogante… Olha eu ainda não senti muita saudades, mas na hora que senti te garanto que vamos nos ver todos os dias.

Marion – O que você quer dizer? Está me ameaçando é? Posso lhe processar!

Delegado – E eu posso lhe prender por desacato a autoridade!

Marion – Mas eu não fico presa, querido. Quem tem dinheiro neste país jamais ficará preso, prisão é coisa de pobre.

Delegado – Com um leve sorriso – É isso que você pensa?

Marion – Sei do que estou falando. Você nunca me vera na prisão. Eu tenho classe, e muito dinheiro.

Delegado – Realmente você é muito prepotente né.

Marion – Achas?

Delegado – Bom, eu não vir aqui atrás de você! Quero saber onde está seu filho.

Descendo a escadas, Davi aparece com cara de tristeza.

Davi – Sou eu!

Marion – O que querem com o meu filho?

Davi – O que posso ajudar vocês?…

Marion – O que ele fez?

Delegado – Por favor, venha aqui senhor Davi, vamos ter uma conversa?

Marion – Não meu filho, não venha não!

Delegado – Você quem sabe, se não vir por bem, será por mal!

Davi – Eu vou sim, não devo nada mesmo! – Desce os degraus.

Delegado – Bom garoto.

Davi – Fica frente à frente com o delegado e diz: – Pronto… Só dizer!

Delegado – Você está preso, pelo estupro da senhora Elis a dez anos, e novamente pelo estupro da senhora sua esposa Juliana, e bigamia, pois casado com Adma, se casou novamente com Juliana.

Imediatamente os policiais o algema, deixando Marion, desesperada, e aos gritos, Pois a mesma não aceita a prisão do filho amado.

 

CENA 02 – CASA ELIS E PERSO/ SALA/ TARDE/ INT.

 

Juliana – Consegui…

Elis – Mentira? – Feliz!

Perso – Tá falando sério?

Juliana – Sim, eu o provoquei, deixei bem nervoso até que ele me batesse.

Perso – Mas aquele desgraçado te machucou?

Juliana – Muito, infelizmente me machucou, mas neste exato momento, ele está sendo preso!

Elis – Super feliz – Então ele vai pagar pelo que fez? É isso mesmo?

Juliana – Sim, fiz tudo conforme o combinado. Colhi sangue dele e fiz o exame de HIV, tomei meu anticoncepcional, me cuidei bem e ele me estuprou. Foi a pior coisa do mundo, aquilo me feriou como mulher, mas por justiça faria de novo.

Elis – Sou eternamente grata a você minha irmã. – Abraça Elis.

Juliana – Eu faria tudo de novo para ajudar vocês, os dois foram lesados pelo Davi, ele merece pagar.

Perso – De verdade! Obrigado!

Juliana – Imagina, tudo vai ficar bem e vocês vão ser felizes.

Elis – Só devemos tomar muito cuidado. A Marion está solta, e vai atrás de vingança.

Perso – Agente vai se livrar dela.

 

CENA 03 – APARTAMENTO CATARINA/ SALA/ INT./ NOITE.

 

Adma – Feliz – Catarina…

Catarina – Oi?

Adma – Você não sabe quem foi preso?

Catarina – Eu imagino pela sua felicidade!

Adma – Isso mesmo, Davi está preso. Aquele vagabundo está sendo acusado de bigamia e estupro a duas pessoas.

Pedro – Dois estupro?

Adma – Você acha que ele era santinho? Está enganado viu. Comi o pão que o diabo amassou nas mãos dele.

Pedro – E que tipo de amor era esse?

Adma – Não era amor, mas sim dinheiro.

Pedro – Ainda tento entender o rolo de vocês.

Catarina – Já disse para você esquecer essa história do passado. Lembra sempre do presente, esquece isso.

Pedro – Bom, o nosso alvo é outro. Agora que Marion está frágil, vamos atacar.

Adma – Boa… Vamos destruir eles e pegar tudo o que temos direito.

Catarina – Sorrindo – Boa. É uma pena o Marcelo não estar aqui com agente.

Adma – Se assusta com o assunto tocado pela Catarina e logo rebate – Um a menos para dividir a fortuna. Não acha?

Pedro – Ela tem razão amor.

Os três sorriem.

 

CENA 04 – ADM MVIDA/ MANHÃ/ SALA DA PRESIDÊNCIA/ INT.

 

Mahamed Said – Entrando na sala da Marion – Bom dia.

Marion – Sai da minha sala agora seu maldito.

Mohamed Said – Calma querida, agora eu vim com uma missão de paz.

Marion – De você eu não quero nada. Literalmente nada.

Mohamed Said – Nervoso – Ahh você quer sim Marion, e eu quero muito mais que você.

Marion – Do que você está falando.

Mohamed Said – Quero a empresa do meu pai em meus nomes, eu já procurei saber, eu tenho tanto direito quanto você!

Marion – Sorrindo – Isso nunca.

Mohamed Said – Não resista, aceite logo. Seu vice-presidente morto, o outro preso. O que será da empresa em?… Você também foi presa, esta muito mal das pernas, já fecharam doze lojas.

Marion – Nervosa – E o que você tem haver com isso. Essa empresa é minha.

Mohamed Said – Sorrindo – Acho que não. Pelo que vejo meu pai deixou a empresa para os filhos. Ou seja, Davi, Perso e eu.

Marion – Pra você jamais, é apenas dos meus filhos, daqui você não tira um real.

Mohamed Said – Cai na real querida, a empresa está mal das pernas, você teve dois filhos presos, você sendo acusada de quatro mortes, sendo suspeita né. E achas que vai continuar assim por muito tempo. Irei convocar uma reunião mostrar seu lindo histórico familiar e vou te tirar da presidência. Por justiça a tudo que você fez.

Marion – Se eu deixar. – Olhando fixamente para Said.

Mohamed Said – Está me ameaçando?…

Marion – Sorrindo – Você duvida?

Mohamed Said – Caminha até a porta e olha para trás e responde Marion – SIM, EU DUVIDO, ou melhor… Eu pago para ver. – Sai da sala.

Marion – Nervosa e desesperada – Eu vou tirar esse maldito do meu caminho, se for preciso eu farei com minhas próprias mãos. Desgraçado. – Começa a quebrar a sala toda, jogando tudo que está em cima da mesa no chão, computador, quadros, telefone. E grita muito alto.

 

CENA 05 – ESTACIONAMENTO/ EXT.

 

No estacionamento escuro, Mohamed Said, caminha em passos curtos, pensativo e calado o mesmo não olha para os lados, até que seu telefone celular toca.

Mohamed Said – Olha quem me liga – Atende – Oi, quanto tempo![…] Sim, está tudo como planejado! Em breve conseguiremos o que era almejado. – sorrindo – […] Ainda bem né! Depois nos falamos, não quero levantar nenhum tipo de suspeita sobre minha pessoa! Tchau.

 

CENA 05 – CASA PERSO E ELIS/ TARDE/ INT.

 

Elis – Eu sei meu amor, mas eu preciso ir. É uma questão de honra!

Perso – Mas ele é perigoso…  Quer saber, eu vou junto.

Elis – Ótimo meu amor, assim já resolvemos uma parte do nosso passado juntos.

Perso – Então vamos… Vou chamar um carro no aplicativo.

Elis – Certo, só vou pegar minha bolsa.

 

CENA 06 – DELEGACIA/ SALA DELEGADO/ INT.

 

Delegado – Desta vez você se deu mau em rapaz.

Davi – Sorrindo – Minha mãe vai me tirar daqui, tenho certeza.

Delegado – E se ela não tirar?… Vai ser uma longa temporada.

Davi – Não vai, tenho certeza. Sou rico se esqueceu, dinheiro compra tudo, até mesmo você se eu quiser.

Delegado – Sorrindo – Igualzinho a mãe, uma pena mesmo que não estou à venda.

Davi – Será mesmo. Milhões podem resolver sua vida.

Delegado – Prefiro ralar para conseguir do que ser comprado por um safado igual você!

Davi – Vai fazer o honesto agora, logo neste país que só tem ladrão safado.

Delegado – Sorrindo – Começando com sua família, mas com uma exceção, seu irmão!

Davi – É outro safado também.

Delegado – Rapaz foi comprovado que você estuprou a Juliana, e no passado a senhora Elis. E você ainda acha que vai sair daqui? Você é foragido da policia, e também e suspeito do assassinato do Marcelo.

Davi – Se assusta e imediatamente diz – Eu sou inocente. – começa a chorar.

Perso – Entra no mesmo momento que ele jura inocência – Dolorido passar por isso não é… – Olhos dois ficam olho a olho.

Davi – Assustado – Você…

Perso – Estava com saudades?

Davi – Começa a sorrir – Para ser bem sincero, nenhuma! Nunca gostei de você!

Perso – Imagine eu querido irmão. Sempre tive ódio de você!

Davi – Continua sorrindo – Ódio?… Ou inveja?

Perso – A última coisa neste mundo que terei de você é inveja. Quero que você pague pelo que vez. E desta vez pagará caro.

Davi – Você se esqueceu de que tenho dinheiro?… Quer que eu refresque sua memoria?

Perso – Eu quero mesmo é que você pague pelo que me fez. Mas pague caro mesmo!

Davi – Isso tudo é inveja mesmo né! Como pode ser deste jeito! Você sempre quis ter minha vida.

Perso – Jamais queria ser um bandido igual a você, um estuprador. Foram duas vidas de destinos bem diferentes.

Davi – Quer saber, eu quero que você morra.  – Cospe no rosto de Perso.

Perso – Eu deveria quebrar sua cara, mas como eu sou educado não vou. Pois na sua nova casa você vai aprender como se trata uma mulher. Seu verme.

Davi – Vai se lascar seu desgraçado. Tira ele daqui senhor delegado.

Delegado – Agora eu sou senhor?

Davi – Tira logo esse maldito daqui antes que eu mate ele.

Perso – Você ou sua mãe?…

Davi – Desgraçado.

Delegado – A visita não acabou.

Perso – Boa… Agora é a hora da surpresa.

Davi – O circo ainda não acabou?…

Elis – Entrando na sala sorrindo – Porque acabaria assim tão rápido.

Davi – Espantado – Você!

Elis – Sentiu saudades querido!! – Sorrindo altíssimo. – Porque eu estou morrendo de saudades de você!

 

[CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO]

 

 

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