Stella terminava de contar o que havia acontecido.
Stella: E foi isso, Daniel! Eu estava trancafiada aqui.
Daniel: Germana como pode?
Germana: Em casa a gente conversa. Só posso dizer, que as duas vão quebrar a cara, ainda falta uma parte dessa história e um deles três sabe qual é.
Ela apontava para Andréa, Nicolle e Cleiton.
Germana: Agora vamos Daniel!
Eles dois vão, Andréa e Nicolle vão logo atrás. Cleiton conversava com as meninas.
Cleiton: Fiquei surpreso! Saudades Stella!
Stella: Também estava!
Cleiton: Bom vocês vão agora?
Ângela: Não Cleiton pode ir, nos encontramos em casa.
Cleiton: Ok!
***
Ramón chegava em casa chorando. Decide abrir o jogo para sua mãe.
Julianne: O que foi menino?
Ramón: (chorando) Chega mãe, eu não aguento mais. Eu tenho que falar para a senhora uma coisa que estar engasgada aqui há anos.
Julianne: Fala logo menino.
Ramon suspirava fundo e criava coragem. Ele sabia as consequências que podia sofrer. Mas ele não estava ligando, ele queria desabafar.
Ramon: (chorando) Mãe eu sou gay! Eu não gosto de meninas e sim de meninos…
A Julianne ficou por algum tempo em silencio, mas logo se recuperou. Ela não acreditava no que ouvia. A vontade dela era de abraça o filho e dizer “Meu filho eu te amo. E te apoiarei em tudo.”, mas o preconceito foi maior do que o amor de mãe, talvez por medo, do que o marido pudesse dizer, ela rejeita Ramón.
Julianne: Vai embora daqui…
Ramón: (chorando) Eu poderia espera essa reação de qualquer um, menos de você mãe. Eu vou sim! Pode deixar que a vergonha da família, está indo embora. Ah, certa vez a senhora e disse que eu era uma vergonha. Agora sou eu que digo: A senhora pra mim é a maior vergonha e decepção.
Julianne: Vai embora daqui, sua aberração!
Julianne puxa Ramón pelos braços e o joga no meio da rua. Onde todos os moradores começa ridicularizá-lo.
Moradores: Vai embora peste! Aqui não é lugar de biba não.
Julianne: Vai embora e nunca mais se atreva a voltar aqui!
Karine: É isso mesmo.
De repente uma multidão começa correr atrás de Ramón e ele era apedrejado.
Diogo chegava perto de Karine.
Diogo: O que foi isso?
Karine: Mamãe expulso o Ramón de casa. Agora ele tá sendo “apredajado”.
Diogo: É apedrejado e não “apredajado”. Que ruindade!
Karine: Quem mandou gostar de outra coisa. Era pra ele ir pra guilhotina, até a cabeça arrancada igual aquela bruxa a Joana D’Arc.
Diogo: Meu Deus! Quem teve a cabeça cortada foi a Maria Antonieta. E a Joana D’Arc foi queimada na fogueira.
Karine: O importante é que teve comunicação. Você entendeu o que eu disse, é o que importa.
***
Ângela chegava à sala da diretora Socorro.
Ângela: Diretora Socorro!
Diretora Socorro: Ângela, entre querida.
Ângela: Tenha uma pessoa que, quero que vaja!
Diretora Socorro: Quem?
Ângela: Pode entrar…
Stella entrava totalmente emocionada e Socorro gritava de emoção.
Diretora Socorro: Meu Deus! Como pode?
Ângela: Nós não sabemos direito. Mas que estava por trás disso era: Germana, Nicolle e Andréa. Elas trancafiaram Stella aqui no sótão.
Diretora Socorro: Aqui no orfanato? E elas todas as semanas estavam aqui e eu não percebia nada.
Stella: Nós se vingamos tia Socorro!
Ângela: Mas ainda não acabou. Eu ainda vou acerta minhas contas com a Germana!
Diretora Socorro: Não, Ângela! Você não pode fazer…
Ângela: Por que eu não posso?
Diretora Socorro: Você não pode acabar com a vida da mãe adotiva da sua filha.
Fim do Capitulo 17.