Do Autor

Marcelo Maia

Colaboração

Tiago Santos

 

CAPÍTULO 13

No Capítulo Anterior…

 

JORGE – Senhor Nido, já se passaram três meses, mas tenho boas novas.

NIDO – Então diz doutor…

JORGE – Com os novos exames feitos, está tudo Ok com sua filha. Ela pode acordar a qualquer momento.

EM EXTÂSE DE FELICIDADE, NIDO CHORA.

[FIQUE AGORA COM O CAPÍTULO DE HOJE]

 

CENA 01 – ESCOLA/ SALA DE AULA/ INT.

Os meninos continuam tristes com a ausência de Isabel e preocupado com seu estado.

 

JAQUELINE — Temos que pensar em algo!

Su que está a dar sua aula, é interrompida pela amiga Luana.

LUANA — Su, o que acha de falarmos a ideia que o doutor nos deu? Mas, se eu estiver atrapalhando sua aula, volto mais tarde para falarmos.

SU — Imagina Lu, claro que não! Eu acho ótimo falar agora. O clima aqui desde que… Bom você sabe, desde quando aconteceu está bem pesado.

LUANA adentra a sala, fica em pé junto a amiga e começa a falar.

LUANA — Meninos, precisamos da atenção de todos!

Eles param o que estão a fazer e ficam atentos.

SU — Ontem visitamos a Bel, logo após terminarmos nossas aulas. Falamos ao doutor que está responsável por ela sobre uma possível visita dos alunos, dissemos que vocês estavam sofrendo muito pelo que aconteceu. Enfim, tentamos de todas as formas…

LUANA — O doutor falou que por agora seria frustrante uma visita. Segundo ele a Bel não responderia, nem tampouco corresponderia fisicamente a nada e nem ninguém. E a movimentação de tantos alunos causaria diversos transtornos.

JAQUELINE — Então ficaremos sem contato algum com nossa professorinha?

LUIZ — Eu já imaginava, e mesmo que permitissem-me não iria. Por mais que eu tenha ficado triste com o que houve com ela, é bom não permitirem visitas mesmo.

AMANDA — Viu? Você não muda, é ruim, mesmo que tente mudar. Você nunca gostou dela e tenho certeza que não se importa agora.

LUIZ — Eu detesto hospitais, e você também não sabe nada de mim. Cala sua boca e tenta falar só quando te chamarem se ligou mina?

IRÃ — Não fala assim com ela não!

Su incomodada tenta acabar a discussão.

SU — Chega! Já chega! Nem numa hora dessas vocês conseguem manterem-se longe de confusões. Pelo amor… podemos continuar? —Fala alto e com firmeza.

PAMELA — Isso aí Su, põe ordem na favela.

Estela a ajudante que havia sido convocada para dar a notícia junto as professoras já que havia ido ao hospital também, se manifesta para rebater a patricinha.

ESTELA — Pesso a você garota, que respeite as pessoas que não pertencem ao seu meio social, lembre-se que todos merecem respeito. E se não for pedir muito, precisamos que se mantenha calada! Pode continuar professora Luana.

LUANA — Obrigada Estela. Continuando… ele falou que havia outro jeito de estarem presentes e ajudarem na recuperação, ou até quem sabe não melhoraria o quadro dela?

Envergonhado, porém curioso, Diogo se manifesta.

DIOGO — Como professora?

SU — Através de cartas. É uma forma de estar sempre presente a Bel, por agora eu e a Lu leremos para ela, e quando ela acordar ela mesmo poderá ler e sentir o quanto vocês a amam e se preocupam com ela. O que acham?

Animados eles concordam e começam a produzir.

 

CENA 02 – HOSPITAL/ INT. MANHÃ/ SALA DO DR. JORGE.

 

  1. JORGE – Bom dia senhor Nido.

NIDO – Espero mesmo que o dia seja ótimo.

  1. JORGE – Desculpe ficar lhe chamando. Mas hoje trago boas novas…

NIDO – Esperançoso – Sério?… Diga doutor.

  1. JORGE – Sua filha, a Isabel mexeu um dedo.

NIDO – Chorando – Mentira.

  1. JORGE – É a verdade meu querido. Ela está viva. Eu tenho absoluta certeza que ela ficará bem.

NIDO – Emocionado – Obrigado meu deus, obrigado mesmo!

  1. JORGE – Em breve ela estará de volta no ceio da família.

NIDO – Tenho absoluta certeza.

 

CENA 03 – PORTO DE SANTOS – SP/ TARDE/ EXT.

 

Sentada no saguão, Luby, quieta observa pela parede de vidro o navio.

LUBY – Sussurrando – Chega dessa família.

JUNIOR – Senta ao lado de Luby – Licença, posso sentar aqui?

LUBY – Olha Junior dos pés a cabeça e imediatamente sorri – É óbvio que pode! Fique a vontade.

JUNIOR – Licença moça…

LUBY – Moça não… Meu nome é Lubyanka Trajano de Moraes. Prazer.

JUNIOR – O prazer é todo meu… Me chamo Junior Lima.

LUBY – Sorrindo – Prazer!

JUNIOR – Belo sorriso…

LUBY – envergonhada – Obrigada. O seu também é lindo!

JUNIOR – Imagina… Vai para o cruzeiro também.

LUBY – Sim… Vou descansar. Preciso, porque minha vida está de ponta cabeça. E mereço também. – sorri – E você?

JUNIOR – Também. Estou bem cansado. Quero um ano sabático.

LUBY – Eu também.

JUNIOR – Desculpa a pergunta, mas você é casada?

LUBY – Casada eu, imagina! Estou solteira. Fui largada…

JUNIOR – Sério?

LUBY – Fica olho a olho com Junior – Seríssimo.

JUNIOR – Olha que coincidência, eu também.

LUBY – Sussurrando – Que ótimo.

JUNIOR – Falou comigo?

LUBY – Não… Imagina. Disse apenas boa viagem.

JUNIOR – Você está hospedada em qual andar?

LUBY – Segundo andar, apartamento 234…

JUNIOR – Mentira…

LUBY – Sério… E você?

JUNIOR – Então vou seu novo vizinho de quarto. Apartamento 235.

LUBY – Sorrindo altíssimo – Perfeito.

JUNIOR – Sorri – Se você acha… Você pode olhar minha mala. Preciso comprar algumas coisas na conveniência.

LUBY – Claro. Estarei aqui…

JUNIOR – Levantando – Obrigado. – Sai…

LUBY – Deus, vai ser mais fácil que eu esperava… Ainda de brinde ganho um gato desses. Só espero que seja rico. Muito rico. – Sorri.

CENA 04 – CASA DE BRANCA/ INT. TARDE/ SALA.

 

Empregada entra correndo.

ESPERANÇA – Dona Branca…

BRANCA – Deitada – Fala… O que foi?

ESPERANÇA – É sua chance!!

BRANCA – Do que você está falando?… Que tipo de chance?

ESPERANÇA – Lubyanka foi viajar. Vai passar um ano fora.

BRANCA – Mesmo com a Isabel em coma?… Ela fez isso mesmo?

ESPERANÇA – Sim… Ela fez isso! Ela não presta.

BRANCA – Então realmente é o meu momento…

MAX – Descendo as escadas – O que foi mãe?

BRANCA – Max, essa é nossa chance! Vamos colocar em pratica nosso plano.

MAX – Já mãe?… É o melhor momento?

BRANCA – Vamos dar um bom susto naquela maldita. É nossa hora sim!

MAX – Então vamos começar o mais rápido possível.

ESPERANÇA – Só para te avisar, o Make e o Nido não foram…

BRANCA – Perfeito!! – sorri.

 

CENA 05 – DELEGACIA/ SALA DO DELEGADO/ TARDE/ INT.

 

DELEGADO – Boa tarde Doralice…

DORA – E você acha que a tarde está boa?… Novamente eu na delegacia. Quantas vezes eu vou ter que dizer que não fiz nada…

DELEGADO – Entendo a senhora. Mas precisamos colher mais informações. Afinal tem uma pessoa internada. E em um estado delicado.

DORA – Mais eu não fiz nada…

DELEGADO – Mas em momento algum eu disse que você fez alguma coisa… Apenas quero esclarecer algumas duvidas. Pois as câmeras não focaram muito.

DORA – Mas o que eu tenho haver. Já disse tudo que tinha que dizer. Não acha?

DELEGADO – A senhora é bem complicada em.  – sorri.

DORA – E você é… – Delegado interrompe.

DELEGADO – Sou o que?

DORA – Sorri – Um gato.

DELEGADO – Sorrindo – Maluca mesma em. Sou casado.

DORA – Se inclina na mesma – Uma pena mesmo. Iria adorar passar uma noite com você!

DELEGADO – Respeito.

DORA – Sorrindo – Com um gato desse. Respeito fica difícil…

 

CENA 06 – MANSÃO DE LIA/ NOITE/ SALA/ INT.

 

JULIA e MAKE, entram sorrindo na sala e se abraçando. Lia sentada no sofá vê tudo.

JULIA – Mãe, você está aqui…

LIA – Aonde mais podia estar?

JULIA – Pensei que você estava no quarto.

LIA – Boa noite para vocês também…

MAKE – Boa noite tia Lia.

LIA – Sorri – Cadê sua mãe?

JULIA – Mãe, para de se curiosa.

MAKE – Imagina, eu respondo tranquilo… Ela está viajando tia.

LIA – É estranho vê meu sobrinho namorando minha família.

JULIA – Mãe, por favor, né. Vou no quarto buscar amor. – Sobe para o quarto.

LIA – Realmente você conseguiu o que queria né?

MAKE – Do que você está falando minha tia?

LIA – Falso igual a mãe… Não se toca o que você está fazendo com minha filha? O mal que sua mãe faz a ela?

MAKE – Não faço mal a ninguém. Acho que você está me julgando sem provas.

LIA – Sorri – Provas… Sua doce mãe morre de medo desta palavra.

MAKE – Nervoso – Ela, não eu. Fica me julgado pelo passado dela.

LIA – Tudo farinha do mesmo saco.

MAKE – Sorri – Você também é…

LIA – Você pode está bem enganado quanto a isso! Não acha.

JULIA – Grita do seu quarto – Amor, vem aqui, por favor.

MAKE – Se levanta – Se eu fosse você querida titia, falava menos da vida alheia. O peixe sempre morre pela boca.

LIA – Sorri – É uma ameaça?

MAKE – Entenda como quiser.

LIA – Seu verme escroto. Eu vou tirar você e aquela sua mãe do meu caminho.

MAKE – Tente… – Sobe para o quarto.

 

CENA 07 – CASA DE RAUL/ INT. NOITE/ SALA

 

Todos felizes e conversando muito. Enquanto Biel joga vídeo game, e sorri muito com as irmãs de Raul.

ROSA – Meu lindo, estou fazendo uma comida muito gostosa para você.

BIEL – Obrigado vó.

ROSA – Emocionada – Eu me derreto totalmente quando você me chama de vó… Meu príncipe.

RAUL – É lindo ele né.

GIL – Muito bem educado. Mas como você conseguiu adotar ele?

RAUL – Eu ainda não consegui meu pai. Estou em processo de adoção. Mas logo irei conseguir… Tenho fé que tudo dará certo.

WALDA – Vamos levar ele no shopping irmão? Acho que ele nunca foi.

BIEL – Já fui sim… Com a mãe Bel.

ROSA – Como assim? Mãe?… Você tem mãe?

BIEL – Sim, a mãe Isabel. Ela disse que me ama. E que iria voltar para me buscar.

ROSA – Que história é essa Raul?… Ele nem chegou já vai embora? É isso?

RAUL – Calma… Eu posso explicar.

GIL – Explique muito bem! Porque agora fiquei sem entender.

RAUL – Lembra do que comentei com vocês a meses atrás sobre um acidente que estava envolvendo a Dora, então. A moça que está na fila de adoção é a Isabel que ele fala. Porem ela está acamada à alguns meses. E decidir entrar nesta fila. Assim que ela melhorar…

ROSA – Você vai dar ele? É isso?

RAUL – Não né mãe. Ele não é um objeto para sair dando ele.

ROSA – Eu sei cabrunco da peste. Mas quero saber o que vai acontecer com esse menino. Porque agora fiquei perdidinha.

RAUL – O futuro mãe… É uma coisa que eu não sei.

 

CENA 08 – NAVIO/ ALTO MAR/ NOITE/ SALÃO DE FESTA/ INT.

 

Junior avista Luby sozinha na mesma.

JUNIOR – Se aproximando – Lubyanka?

LUBY – Oi querido. – sorri.

JUNIOR – Posso sentar?

LUBY – Claro. Fique muito à vontade!

JUNIOR – Senta-se – Como está sendo a viagem?

LUBY – Um pouco tediosa, mas não posso desistir. Estou à meses me preparando.

JUNIOR – Você é de São Paulo mesmo?

LUBY – Sim, e você?

JUNIOR – Também, atualmente estou morando no Jardim América. Sabe?

LUBY – Se cala e pensa: Ele é Rico. – Claro, sei aonde é sim!

JUNIOR – E você?

LUBY – Moro em um condomínio novo em São Paulo. Mas é só mansões.

JUNIOR – Sei bem como é… Horrível morar sozinho né.

LUBY – Infelizmente não moro só… Tenho um filho. Na realidade dois né.

JUNIOR – Que legal… E quem são?

LUBY – Make é meu filho de sangue… Já a Isabel, é de adoção. Eu amo ela sabe. Tão doce. – Sorri.

JUNIOR – Muito nobre a sua atitude. Parabéns.

LUBY – Mas vamos falar de outro assunto… Estou tirando férias da minha família.

JUNIOR – O que você faz da vida?

LUBY – Sou empresária. Tenho um restaurante.

JUNIOR – Nossa que máximo… Eu também sou. Tenho uma rede  de academia, com 107 unidades espalhadas pelo Brasil. E uma franquia de redes de fest foods.

LUBY – Vida corrida em. Quer saber. – Pega a taça de champanhe – Um brinde.

JUNIOR – Olha fixamente para Luby e sorri – Um brinde.

Os dois dão muitas risadas.

 

DIAS DEPOIS

 

CENA 09 – HOSPITAL/ QUARTO/ INT. DIA.

 

Raul entra no quarto de Isabel. E senta-se ao lado dela.

RAUL – Quanto tempo Isabel. Queria tanto ouvir sua voz… Senti saudades! […] Ahhh queria lhe contar uma novidade, aposto que você iria adorar. Assim que puder entrar eu trago ele aqui. Combinado? Eu adorei uma criança.

Câmera foca no rosto de Isabel, que após ouvir o que Raul tinha a dizer ela chora. Atentamente ele vê a lagrima cair e se emociona.

RAUL – pego na mão de Isabel – Eu nunca vou te abandonar.

JORGE – Entrando no quarto, ao ver Raul ele enfatiza – Quem te deu autorização para entrar aqui?…

 

[CONTINUA NO PROXIMO CAPÍTULO]

 

 -” ”>-‘.’ ”>

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Publicidade

Inscreva-se no WIDCYBER+

O novo canal da Widcyber no Youtube traz conteúdos exclusivos da plataforma em vídeo!

Inscreva-se já, e garanta acesso a nossas promocionais, trailers, aberturas e contos narrados.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo