Capítulo escrito por: Luiz Lisboa

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NA  FAZENDA

 

Zenaide está estranhando a aproximação de Promessa  a  Carlos,pois  jurava em não alimentar a esperança do jovem em se casar com ela.E agora estão muito unidos.

ZENAIDE:O que está acontecendo entre você  e Carlos minha filha?

PROMESSA:Como assim?O que está acontecendo?Não entendi o que a senhora quis dizer.

ZENAIDE:Filha não se faça de desentendida. Você sabe muito bem o que eu quero dizer.Antes você não queria nem ouvir dizer no nome do rapaz.Ele chegou ,tudo mudou.Se juntou a ele,está sempre querendo passear com ele pela fazenda.

PROMESSA:Mamãe estou seguindo aos conselhos do padre Chico.E pra não contrariar ninguém por enquanto,estou  na maior harmonia com a vida.

ZENAIDE:Mas eu acho bom essa harmonia permanecer,porque o tempo está passando e o casamento está chegando.E não vai ter outra saída a não ser se casando com Carlos.

PROMESSA:Não se preocupe mamãe,a respeito do casamento a senhora já sabe o que vai acontecer.Ou melhor não vai acontecer casamento nenhum entre eu e Carlos.

ZENAIDE:Pensa no que seu pai poderá fazer minha filha.Ele tem a cabeça quente.

PROMESSA:Já pensei.Ele pensa que vai me casar à força com quem eu não amo.Só pensa,porque não vai conseguir.Se ele quiser ,pode me matar .Prefiro morrer do que me casar forçada.

Zenaide como mãe e esposa,está cada vez mais preocupada com essa situação.Pois tanto a filha quanto o pai são teimosos.Não dão o braço a torcer.

Renato,Dico e Tiãozinho,foram conduzir uma boiada para o outro lado do riacho,a pedido do patrão Dorico.

TIÃOZINHO:Se eu tivesse uma boiada dessa,eu  ía da  pra minha Florzinha uma vida de rainha.

RENATO:Você que não trata de trabalhar ,pra tratar dela não seu moleque.

DICO:É verdade Tiãozinho,agora casando, você tem é que pular miúdo pra sustentar a esposa e daqui mais um tempo  os filhos que irão nascer.

TIÂOZINHO:E não vai ser pouco não,  peão, eu quero encher aquela casinha de filho.

RENATO:Deixa de prosa e vamos tocar essa boiada,porque nós temos que atravessar o riacho e não podemos perder nenhum sequer.

Assim ,os três cumpriam suas obrigações na maior satisfação pelo trabalho.

Seu Dorico,agora está vivendo momentos de êxtase.Pois o que  sonhou  desde quando sua filha ainda nem havia nascido está preste a se concluir.É tamanha sua satisfação,que está sempre puxando uma prosa com Carlos.E fala ao jovem sua intenção sobre o sítio de Raul.Enquanto caminham pelas dependências da fazenda,eles conversam.

DORICO:Me diz o que você tá achando da nossa região?

CARLOS:Muito boa seu Dorico.Minas Gerais é agraciada de tanta beleza.A natureza foi generosa com essa região do Brasil.

DORICO:É verdade.Aqui só se vê riqueza natural.Mais a propósito,está ansioso com o seu  casamento com Promessa?

CARLOS:Casamento?Ah,sim !Muito ansioso.Afinal de contas foi pra isso que vim lá do Pantanal : me casar com Promessa.

DORICO:É isso aí rapaz,fazendo isso,você e minha filha estão cumprindo o que eu e seu pai combinamos a anos atrás. Vocês vão unir ainda mais nossas famílias.

CARLOS:Eu e sua filha somos obedientes .Mas o senhor não acha que nos dias de hoje esse tipo de casamento pode não dar certo?

DORICO:Eu e Zenaide nos casamos assim,deu tudo certo.Seu pai e a comadre Maria,também se casaram  assim,e deu tudo certo.Com você e Promessa vai dar tudo certo também.

CARLOS:O senhor está certo.

DORICO:Tá vendo aquele sítio,logo ali na frente?

CARLOS:Sim,eu e Promessa já fomos lá pertinho cavalgando,o rapaz que mora lá não se fala com ninguém.

DORICO:Vive igual um bicho.Mas aquele sítio ainda vai ser meu,ele atrapalha minha visão sobre a minha propriedade.Quero arrancar aquela casa com tudo e abrir o espaço por completo.

CARLOS:Promessa me contou a história dele.É muito triste.

Então depois de muito andarem e de se falarem ,voltaram para a fazenda.os dois entraram e foram tomar um suco natural e geladinho para refrescar do sol de verão.

 

NA  VILA

 

Ao sair da igreja depois do incindente com Tenòrio,Dolores foi para a casa de Santa.

SANTA:Dolores!O que foi?Você tá pálida.Senta aqui,vou preparar um água com açúcar pra você.

DOLORES:Que vergonha!Que vergonha!

SANTA:Vergonha do que amiga?

DOLORES:Do padre, daqules dois escumungados.

SANTA:Mas por que?O que foi que aconteceu?

DOLORES:É  aquela questão do padre peladão que eu vi noutro dia.

Dolores então,foi contar o ocorrido na igreja  para a amiga.E está muito preocupada ,com o que as pessoas da vila vão dizer sobre o assunto, de que ela anda perdendo o sono por causa do que viu.

Mas não adianta ela se preocupar,pois Tenório e Margarida,se encarregaram de espalhar o assunto por toda a vila.Tanto é que na mercearia o assunto da hora é esse,e é motivo de muitos risos.

TINA:Que legal,tanto ela procurou da vida alheia ,que foi achar na própria vida.

VERA:Coitada da dona Dolores.Bastou ver um que começou a perder o sono.Deve estar morta de vergonha.

CIRO:E o pior que foi ela mesma que declarou em alto e bom  som na igreja.

TINA:E deu falta de sorte ,que quem ouviu foi aquele desmunhecado do Tenório.

VERA:Talvez isso sirva de freio pra ela parar de cuidar da vida dos outros.

CIRO:Pra ela e pra dona Santa, também.

NO  SÍTIO  DE  RAUL

Raul,não suporta lembrar das visitas de Promessa que aparentavam  ter caráter de sinceridade.Depois que a viu com Carlos e que soube do casamento dos dois,ele passou alimentar um sentimento de desprezo sobre ela.

RAUL:Quando aquela maldita,  fingida,aparecer  por aqui,vou soltar o Barão em cima dela,pra que  nunca mais pare  aqui enfrente minha porteira.

Raul se decepcionou  de uma forma tão grande com Promessa,que aquela disposição que ele sentia em lutar pelo amor dela ,se tornou em  forças para lutar contra ela e seu pai.

 

CONTINUA     …..-” ”>-‘.’ ”>

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