“Vamos Fugir”
[CENA 01 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
VERÔNICA – Você é uma moça muito bonita, Camila.
CAMILA – Obrigada.
CLÁUDIO – Eu não disse que ela era legal.
VERÔNICA – Aceita beber alguma coisa?
CAMILA – Não, obrigada.
VERÔNICA – Então vem. Senta um pouco, daqui a pouco o almoço será servido. Você faz faculdade de que mesmo?
CAMILA – Direito.
VERÔNICA – Está em que período?
CAMILA – 6°.
VERÔNICA – E seus pais?
CLÁUDIO – Mamãe, a senhora me prometeu que não iria começar com o interrogatório.
VERÔNICA – Não é um interrogatório filho, estou apenas tentando conhecer mais a sua amiga.
CAMILA – Nenhum problema Cláudio, eu respondo tranquilo.
VERÔNICA – Viu.
CAMILA – Eu não tenho pais. Quer dizer, até tenho, só que não os conheci. Cresci em um orfanato.
VERÔNICA – Mas pelo que eu soube, você conheceu a sua mãe! (Camila olha para Cláudio, tentando descobrir como Verônica sabia disso)
CLÁUDIO – Eu meio que contei algumas coisas de você para ela.
CAMILA – (volta olhar para Verônica) Eu conheci sim a minha mãe. Mas nunca tivemos uma boa relação, entre mãe e filha.
VERÔNICA – Ela não mora com você?
CAMILA – Não.
CLÁUDIO – Acho que chega de perguntas não acha mamãe.
VERÔNICA – Bem, vou ver se já está tudo pronto. Licença. (Verônica vai para cozinha)
CLÁUDIO – Desculpa minha mãe, ela é curiosa demais.
[CENA 02 – CASA DO ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ DIA]
(Paula está impedindo Carla de sair do quarto, ficando no meio da porta)
PAULA – Agora você vai ter que me explicar tudo?
CARLA – Eu não posso demorar, Paula. Tenho que voltar para o trabalho.
PAULA – Não, você não vai sair daqui até me conta o que foi aquilo? Você está estranha, Carla. Não olha para minha cara. Percebi que tentou evitar a Rosário hoje no café da manhã. O que está acontecendo irmã? Conta pra mim? (Carla desiste de tirar Paula do meio da porta e caminha até a cama. Paula vai logo atrás da irmã)
CARLA – Não está acontecendo nada, Paula. Finalmente entendi que é do Diego quem eu gosto.
PAULA – Não é verdade. O Diego está te obrigando a fazer alguma coisa, é isso?
DIEGO – Será que eu posso falar com Carla? (invade o quarto) Será que pode nos dar licença Paula?
PAULA – Estamos tendo uma conversa em particular, Diego. Então se você, puder conversar com ela depois, agradeço.
DIEGO – A nossa conversa não pode esperar. (olha sério para Carla)
CARLA – Deixa a gente só, Paula.
PAULA – (encara Diego) Você está fazendo alguma coisa com ela, eu sei. (sai do quarto)
DIEGO – Espero que não estava pensando em contar para sua irmã, né?
CARLA – (séria) Não.
DIEGO – Você sabe o que vai acontecer se eles souberem da verdade, não sabe?
CARLA – Eu não contei nada Diego. Diz o que você quer, que eu tenho que trabalhar daqui a pouco.
DIEGO – Você não vai precisar trabalhar mais daqui para frente.
CARLA – O que? Agora você quer me obrigar a sair do meu trabalho?
DIEGO – Como a mamãe não aprovou o nosso casamento, e não conseguimos mais viver um sem o outro. (se aproxima dela, mas ela se afasta e vai para longe dele) A gente vai se casar sem a aprovação deles. Vamos cansar longe de quem é contra nosso amor.
CARLA – O que você está falando?
DIEGO – Você vai fugir comigo. Vamos casar longe de todos, só nós dois.
CARLA – E se eu não quiser?
DIEGO – Sua irmã leva um tiro antes de chegar no curso.
CARLA – Você não faria isso Diego? Você não é assim.
DIEGO – Pergunta para o seu amigo, se aquela bala não era para ele?
CARLA – (começa a chorar) Eu não posso abandonar minha irmã sozinha. Ela precisa de mim.
DIEGO – Sua irmã sabe se virar muito bem sozinha. E ela não vai está sozinha, vai ser bem cuidada pela mamãe.
CARLA – Estou grávida Diego, eu não posso fugir assim. Tenho que me preocupar com essas crianças…
DIEGO – Você não tem escolha Carla. Eu já planejei tudo para hoje à noite.
CARLA – Hoje à noite?
DIEGO – Hoje sim. Você não tem escolha, sabe disso. Ou faz o que estou pedido, ou quem vai sofrer é sua irmã.
[CENA 03 – CASA DA VERÔNICA/ SALA/ DIA]
(após o almoço, Camila, Cláudio e Verônica voltaram para à sala)
VERÔNICA – Sua amiga é muita engraçada meu filho. (na verdade só Verônica estava rindo, Camila fingia um sorriso) Devemos convidar ela mais vezes, não acha?
CLÁUDIO – Isso vai depender dela?
CAMILA – Eu adorei o almoço, mas tenho que ir.
VERÔNICA – Mas já? Vamos conversa mais um pouco querida.
CLÁUDIO – Quem sabe outro dia mamãe. A Camila me disse que tinha que fazer um trabalho agora à tarde, né mesmo?
CAMILA – É. Por isso que tenho que ir agora.
VERÔNICA – Eu adorei muito a sua companhia. Quero que você volte mais vezes, ouviu.
CLÁUDIO – Vamos. (levanta e pega na mão da Camila)
VERÔNICA – Tchau querida. (caminha até ela e a abraça)
CAMILA – Tchau, e estava ótimo o almoço.
CLÁUDIO – Daqui a pouco eu volto mãe. (Camila e Cláudio vão embora, e Verônica fica na sala pensativa)
[CENA 04 – CASA DO MIGUEL (SÃO PAULO)/ SALA/ DIA]
(Karina e Miguel estão na sala conferindo tudo em suas pastas para ir à empresa. Miguel vem descendo as escadas apressado)
KARINA – Vai sair?
MIGUEL – Vou.
KARINA – Onde?
MIGUEL – Ali. (chegando até a porta)
KARINA – Não tem nome esse ali?
MIGUEL – Não. Tchau irmã. (vai embora)
LUCAS – Onde será que ele vai?
KARINA – Também gostaria de saber.
[CENA 05 – APARTAMENTO DO SÉRGIO/ SALA/ DIA]
(Sérgio chega em casa após o primeiro dia procurando emprego)
ADRIANO – Arrumou um emprego?
SÉRGIO – O que você acha? (senta no sofá) Com um currículo igual o meu, na primeira tentativa.
ADRIANO – Ah é? E qual foi o emprego?
SÉRGIO – Revendedor de automóveis.
ADRIANO – E começa quando?
SÉRGIO – Amanhã. Por enquanto, o dinheiro que eu ganhar nesse emprego, vou começar a juntar, para comprar as primeiras coisas para o meu filho.
ADRIANO – Você já sabe se é um menino?
SÉRGIO – Pra falar a verdade não. Preciso descobrir isso agora. (mal se senta no sofá, levanta e vai em direção à porta)
ADRIANO – Onde você vai cara? (ele sai, antes de responder) É, já foi.
[CENA 06 – SHOPPING (TRABALHO DA CARLA/ SÃO PAULO)/ DIA]
(Carla está organizando a vitrine, quando Miguel aparece de surpresa atrás dela)
MIGUEL – Oi.
CARLA – (surpresa) O que você está fazendo aqui? Você está bem?
MIGUEL – Queria te ver e sim, estou.
CARLA – A gente não pode se encontrar mais Miguel.
MIGUEL – Por que? Me diz um motivo que impede a gente se ver?
CARLA – Se a minha chefe pega você me atrapalhando no meu trabalho, eu posso perder o emprego.
MIGUEL – Eu prometo não te atrapalhar, se você me responder, o que te impede de me ver? Estávamos indo tão bem, eu não entendo, por que essa distância toda entre a gente agora.
CARLA – Melhor você ir Miguel, você está me atrapalhando no meu local de trabalho.
MIGUEL – Do que você está falando?
CARLA – Melhor você ir Miguel.
MIGUEL – Eu vou se você me prometer uma coisa. Sai comigo hoje á noite?
CARLA – Não posso.
MIGUEL – Eu não quero saber. Vou está na sua casa hoje, às 7.
GERENTE – (aparece entre eles) O senhor procura alguma coisa?
CARLA – Eu já ia mostrar umas peças para ela.
GERENTE – Bom. (volta para dentro, mas continua observando)
CARLA – Está vendo, por favor, vai embora.
MIGUEL – Às 7 horas eu vou está na sua casa. Tchau. (sai da loja, mas continua olhando para Carla por fora da vitrine. Sorrir para ela e vai embora)
Anoitecendo…
[CENA 07 – CASA DA VERÔNICA/ SALA/ NOITE]
(Cláudio vem descendo as escadas, quando encontra sua mãe saindo da cozinha)
VERÔNICA – Vai sair filho?
CLÁUDIO – Vou.
VERÔNICA – Deixa adivinha, com a Camila. Essa sua amiga é bem simpática, gostei dela.
CLÁUDIO – Confesso que é a primeira vez que vejo a senhora falando que gostou de alguém.
VERÔNICA – Mas é a verdade, ela é linda, divertida, simpática. É uma excelente mulher para você.
CLÁUDIO – Mas por enquanto, somo apenas bons amigos.
VERÔNICA – Não sei o que você está esperando para pedir logo ela em namoro.
CLÁUDIO – Tchau mamãe. (Cláudio sai antes que sua mãe falasse mais alguma coisa)
[CENA 08 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ NOITE]
(Carla está sozinha no quarto, e pensa na visita que Miguel fez para ela hoje em seu trabalho. Diego invade seu quarto e interrompe seu pensamento)
DIEGO – Está pronta?
CARLA – O quê? É agora?
DIEGO – É, quando mais cedo fugirmos, mais rápido a gente pode viver feliz.
CARLA – Mas acabei de chegar do trabalho, estou cansada, preciso de um banho.
DIEGO – Não temos tempo. Tem que ser agora, e você vai, mesmo que eu tenha que te levar a força.
CARLA – Disso eu não duvido.
DIEGO – Então vamos meu amor. Vamos construir a nossa história longe de quem é contra o que sentimos.
CARLA – Vou pegar pelo menos umas peças de roupa.
DIEGO – Não temos tempo. Sua irmã daqui a pouco sai do banheiro, e a mamãe e a Roberta daqui a pouco estão chegando em casa.
CARLA – Vamos fugir sem levar nada?
DIEGO – Não precisamos de nada quando temos o nosso amor. Vamos. (Diego puxa Carla pelo braço, até a rua… Ele pega um capacete que estava em sua moto, dar um para Carla, que fica com um receio de pegar, mas acaba pegando. Ambos colocam na cabeça, montam e vão embora)
[CENA 09 – HOTEL DO FREDERICO/ NOITE]
BEATRIZ – Como você está?
FREDERICO – Bem. E aí campeão, tudo bem?
SAMUKA – Tudo.
BEATRIZ – Você comeu alguma coisa?
FREDERICO – Já sim. E o garoto, já está estudando?
BEATRIZ – Ainda não. Posso matriculá-lo só quando tiver a guarda definitiva.
FREDERICO – E como foi a visita com a psicóloga?
BEATRIZ – Foi bem. Ela viu que o menino está feliz comigo. Minha advogada disse que tem tudo para a adoção ser efetivada.
FREDERICO – Que bom.
BEATRIZ – Você está precisando de alguma coisa?
FREDERICO – Estou precisando de nada Beatriz. Estou bem. E seu irmão, já voltou para sua casa?
BEATRIZ – Não. Ele está morando em um apartamento agora.
FREDERICO – Será que ele finalmente tomou vergonha na cara, e parou de ser sustentando pela irmã. (ele olha para Beatriz, e ela não gostou desse comentário) Desculpa.
BEATRIZ – Thomas daqui a pouco percebe que estava de cabeça quente quando teve essa ideia, e logo volta para casa. Eu sei que a gente já conversou sobre isso, mas eu queria te fazer um pedido.
FREDERICO – Fala.
BEATRIZ – Que você volte trabalhar na empresa.
FREDERICO – Não posso Beatriz, prometi que jamais entraria novamente em sua vida.
BEATRIZ – Mas você precisa de um emprego. Não vai conseguir pagar esse hotel por muito tempo.
FREDERICO – Eu tenho umas economias que vão durar um bom tempo ainda. E quando elas acabarem, procuro um emprego. Mas prometi para mim mesmo, que não voltaria mais para sua vida.
BEATRIZ – Mas uma coisa não tem a ver com outra.
FREDERICO – Tem. Se eu precisar de um emprego, eu mesmo quero procurar. Obrigado pelo convite, mas é melhor assim Beatriz.
BEATRIZ – Então tá. Mas saiba, que se precisar, a sua vaga vai está garantida.
[CENA 10 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ Q. DAS MENINAS/ NOITE]
(Paula sai do banho, e chama pela a irmã)
PAULA – Carla, já terminei. Carla? Será que ela não chegou? Mas tenho certeza que ouvi a voz dela aqui no quarto. (Paula se arruma e desce para sala procurar a irmã) Carla? (olha pela sala e vai até à cozinha) Você está aí. (começa a se preocupar e decide ligar para irmã) Caixa postal. Ela não deve ter chegado ainda. Devo ter ouvido coisas. Esperar mais um pouco, daqui a pouco ligo novamente.
[CENA 11 – CASA DO JUNIOR/ SALA/ NOITE]
GUSTAVO – Só vim me despedir da minha irmã.
JOANA – Tivemos tão pouco tempo juntos.
GUSTAVO – Pois é. Amanhã cedo pego meu avião de volta pra Nova York. Espero que você vá lá um dia me visitar.
JOANA – Eu vou. Pode demorar um pouquinho, mas eu vou.
GUSTAVO – Eu sei. Com um marido desses, vai demorar bastante.
JOANA – Não começa.
GUSTAVO – Desculpa. É que eu realmente não entendo o que você viu nele, Joana. Mas, tudo bem, não vou falar mais mal dele. Você o escolheu, está feliz, é isso que importa.
JOANA – Isso mesmo.
GUSTAVO – Então, vamos aproveitar esse tempo que temos ainda juntos. E passear, só eu e você.
JOANA – Claro, vou só avisar ali para Junior.
GUSTAVO – Vou estar te esperando aqui, então. (Joana entra na cozinha, e Gustavo fica esperando em pé na sala)
[CENA 12 – CASA DA ROSÁRIO (SÃO PAULO)/ SALA/ NOITE]
(Rosário e Roberta chegam e ficam preocupadas com o sumiço do Diego)
ROSÁRIO – Seu irmão não atendeu?
ROBERTA – Não mamãe.
ROSÁRIO – Onde está aquele menino.
ROBERTA – Menino não mamãe, Diego já é um adulto formado.
(Paula vem descendo as escadas)
PAULA – A Carla chegou?
ROSÁRIO – Ela não chegou ainda?
PAULA – Não. Eu tento ligar para ela, mas só cai na caixa postal.
ROBERTA – Xii, a Carla e o Diego sumiram. Algo estranho está acontecendo aí.
PAULA – O Diego também sumiu?
ROBERTA – Sumiu. A mamãe e eu estamos faz tempo tentando falar com ele, para que explique, como o dinheiro que iriamos pagar os fornecedores sumiu do caixa.
PAULA – O Diego não pagou os fornecedores?
ROSÁRIO – Não.
PAULA – Já entendi tudo. Diego sequestrou a Carla, e pegou o dinheiro do comércio, para fugirem.
ROSÁRIO – Desculpa Paula, mas o Diego não seria capaz de sequestrar ninguém, muito mais de roubar sua própria mãe.
PAULA – Bem que a Carla estava estranha. O Diego estava ameaçando ela. Essa história de casamento, de os dois estarem namorando, não me convenceu.
ROBERTO – Mas o que o Diego teria para usar contra a Carla?
PAULA – Eu não sei. Eu vou continuar tentando ligar para minha irmã. (caminha até a escada e tenta ligar novamente)
ROSÁRIO – Eu vou ligar para o meu filho. (vai para cozinha)
PAULA – Nem chama. (volta para perto da Roberta) O Diego sequestrou a Carla, Roberta. A gente tem que ir até a polícia.
ROBERTA – Calma, Paula. Também não é bem assim.
PAULA – Como não. Minha irmã está grávida, sei lá o que ele pode tentar fazer com ela.
ROBERTA – Paula, olha de quem você está falando. Do Diego, meu irmão. Ele não é esse cara que você está pensando.
PAULA – Desculpa. Desculpa, eu sei, mas é que só restou a Carla da minha família, não posso perder ela.
ROBERTA – A Carla está bem. Vai que ela ficou até tarde no trabalho. Você já ligou para lá?
PAULA – Já. Me disseram que ela saiu no horário normal, ela devia está aqui já. (campainha) Será que é ela? (corre para abri-la) Miguel?
MIGUEL – Boa noite. A Carla está pronta?
[CENA 13 – LANCHONETE/ NOITE]
CLÁUDIO – Minha mãe pediu para convidá-la novamente, para jantar lá em casa.
CAMILA – Eu agradeço o convite, mas amanha não vai dar. Minhas aulas começaram e já tenho trabalhos para fazer.
CLÁUDIO – Não sei se ela vai aceitar, mas vou resolver essa situação por você.
CAMILA – Ela gostou de mim, né? Bem diferente daquela outra amiga dela.
CLÁUDIO – Quem?
CAMILA – Ninguém, esquece.
CLÁUDIO – Você deixou seu amigo sozinho no apartamento?
CAMILA – Não, ele está na casa da irmã. Amanhã ele vai embora.
CLÁUDIO – Então você vai ficar sozinha no apartamento?
CAMILA – Vou. (Cláudio fica feliz ao saber disso)
[CENA 14 – PENSÃO (SÃO PAULO)/ NOITE]
(Diego leva Carla para uma pensão, bem longe de sua casa. Os dois decidem passar à noite lá, e amanhã cedo saírem em viagem)
CARLA – É aqui que vamos ficar?
DIEGO – Por enquanto. Vamos passar à noite aqui, amanha a gente vai embora do país.
CARLA – Do país? Pensei que a gente fosse embora apenas da casa da madrinha.
DIEGO – Temos que sair desse país amor. Se não nunca iremos poder ficar juntos.
CARLA – Não me chama de amor. Eu não te amo, só aceitei essa palhaçada para proteger minha irmã. E já estou começando a me arrepender dessa ideia.
DIEGO – Você vai voltar a me amar. Quando irmos embora disso tudo, será apenas eu e você.
CARLA – Eu não vou embora do país Diego.
DIEGO – (rude) Vai sim. Vai, porque eu que estou mandando. Sabe que sua irmã não está tranquila, preciso fazer apenas um telefonema que ela sofrerá de uma bala perdida. (celular dele toca) Eu vou ter que atender. Você pode ficar na cama, vou dormir no chão. Eu já volto. (ele vai pra fora do quarto, e atende) Oi. Eu já falei, que eu vou dar seu dinheiro, só estou resolvendo uns assuntos antes. Não precisa ameaçar. Você sabe que em nossos negócios sempre deram certo. Eu sei que o prazo está acabando, eu vou dar o seu dinheiro, não se preocupa. Tenho que desligar agora. (desliga) Vai pensando que eu vou te pagar otário.
Continua no Capítulo 45…