Amanheceu no pantanal e na estação ferroviária estava Anderson se despedindo de seu irmão Rafael.

— Então, quando voltaremos a nós ver?

— Por mim não voltaria mais.

— Tem consciência de que a partir do momento que você entrar no trem está tomando uma decisão muito importante na sua vida e que talvez não tenha como mudar depois?

— Tenho, Rafael. Quando chegar em Campo Grande vou dizer aos pais de Verônica sobre a gravidez e marcaremos a data do casamento.

— Sinto pelo seu filho Inácio, o menino vai crescer sem a tua presença.

— Como eu disse ontem que vou esperar as coisas se acalmarem e aí retorno para Riacho Paraíso, para minha ribeirinha. — deu um riso breve.

— Devia voltar pelo seu filho. A vida parece injusta porque eu perdi o meu filho Bento e se ele estivesse vivo ficaria do lado dele enquanto você tem um filho e o renega.

— A vida é injusta, meu irmão. Lamento pelo que aconteceu com você e Luana, mas a vida continua e logo terão outros filhos. Eu não posso somente pensar em Inácio porque terei outro filho com Verônica, penso nele também.

— Já passou pela sua cabeça de que algum dia você pode se arrepender dessa sua decisão? Você me disse que quem você ama é a Fernanda.

— Uma das duas tinham que me perder, infelizmente quem me perdeu foi a Fernanda, quero dizer que aparentemente porque vou continuar a tê-la para mim.

— Você não tem vergonha, Anderson? Vai continuar mantendo esse caso com a ribeirinha mesmo depois de casado com a Verônica? Você vai acabar sendo descoberto…

— Muitos homens fazem isso. Eu não sou igual a você que gosta de bancar o santinho.

— É porque ao contrário de você, eu sou um homem e não um guri. Porque um homem de verdade é capaz de amar e ser fiel à sua mulher.

— Não me venha com moralismos, Rafael. Cada um que cuide da sua própria vida.

— Tem toda razão, eu não quero mais perder o meu tempo tentando te aconselhar, faça o que bem quiser e depois não reclame quando as coisas começarem a piorar para o seu lado. E digo mais, sorte foi da Fernanda não ter ficado com você, ela se livrou de um grande problema.

O trem se aproxima.

— Elas me amam, as duas. Aceite o fato que sou amado por duas mulheres.

— E acha que isso é alguma vantagem ou que posso ter alguma inveja de você? Anderson, um dia pode ser que as duas ou uma das duas vão cair na real e descobrirem que podem serem felizes sem você.

— Nunca vai acontecer!

— O que vai fazer se a Verônica descobrir que você deixou a ribeirinha e o seu filho em uma casa e que vai ficar pagando uma pensão? Vai dá uma confusão daquelas.

—Ela não vai saber e espero que nem você e nem a Luana ousem falar algo sobre isso porque senão eu vendo a minha parte da fazenda.

 — Como eu já disse antes que pouco me importa o que você queira fazer com a sua parte da fazenda, faça o que quiser. Eu não quero me envolver nas suas confusões. Eu tenho mais o que fazer da minha vida.

Rafael olha para o trem que estaciona ao lado.

— Boa viagem, irmão.  Aconteça o que acontecer você sempre terá um lugar para voltar. Você é um Barreto, jamais esqueça disso e das suas origens.

— Tchau, Rafael.

Anderson  parecia meio desapontado com o fim da conversa afinal, começou a despertar nele certa insegurança que ao deixar Fernanda o tempo possa fazer esfriar os sentimentos dela por ele e criando um caminho livre para que sua ribeirinha possa conhecer um novo amor. Ele subiu no trem, sentou na cadeira ao lado da janela, olhou para Rafael e depois o trem começou a seguir viagem e uma guerra interna existia dentro dele, um lado queria ficar, descer daquele trem e ir atrás de sua ribeirinha, mas o outro lado queria permanecer firme rumo a Campo Grande e ao matrimônio com Verônica.

 

A casa onde a ribeirinha e o filho Inácio estão morando fica localizada em um bairro de classe média, arquitetura rústica, ares do campo, porta baixa de ferro, um pequeno jardim e no meio um caminho de pedras que ligava até a varanda. Na varanda as paredes são brancas e assim como toda a casa possui o chão de cerâmica vermelha, há um conjunto de cadeiras de ferros brancas e um pequeno centro de vidro, uma caquera branca e dentro um pé de palmeira média entre a porta e as janelas de madeira. Na sala estava Fernanda sentada no sofá de couro marrom e almofadas estampadas e coloridas, com o bebê nos braços, no canto da parede um armário e em cima uma televisão, na parede alguns quadros com desenhos referidos a vida do pantanal, e um corredor onde leva para a cozinha e aos dois quartos da casa e dois banheiros. De repente alguém toca a companhia e Fernanda se levanta.

— Quem será, Inácio? — ela abre a porta.

Fernanda ver Luana.

— Luana, que bom ver você.

— O Anderson me deu o seu endereço.

— Por favor, entre e não repara a bagunça porque ainda estou tentando me acostumar com tanta coisa.

— Inácio, a tia Luana estava com muita saudade de você. — passou a mão sob a cabeça do menino e entrando na casa.

— Me desculpa ter saído da fazenda sem me despedir, é que o Anderson estava com pressa e só deu tempo de pegar algumas coisas do enxoval.

As duas se sentam no sofá.

—Amanhã os peões irão trazer o resto do enxoval que ficou na fazenda pra cá enquanto a isso não se preocupe. Eu vim aqui pra saber como vocês estavam.

— Eu não esperava que o Anderson me deixaria em uma casa, mas acho que foi o melhor porque eu não queria ser um problema pra vocês.

— Vocês não são nenhum problema. Aquela fazenda também pertence ao Inácio.

— Eu pretendo ficar aqui por pouco tempo porque aceitei ficar nesta casa apenas por causa do Inácio. Eu vou procurar um emprego e vou juntar um dinheirinho pra levantar a minha casinha para mim e meu filho.

— Não se preocupe com isso agora. O Anderson pediu ao Rafael que ele entregasse a cada mês o dinheiro da pensão.

— Ele me falou disso.

— Porém, o Rafael está muito ocupado com os afazeres da fazenda, então eu mesma vou entregar esse dinheiro.

— Por mim tudo bem, Luana.

Luana não quis dizer a Fernanda o verdadeiro motivo que Rafael não aceitou entregar dinheiro da pensão mensalmente para ela, porque não querer se envolver naquele assunto já temendo uma possível confusão caso Verônica descubra que Anderson colocou a ribeirinha e o filho dentro de uma casa e que irá pagar uma pensão mensal. Ela aceitou este encargo por pena de Fernanda e do menino, deduzindo as dificuldades que aquela mãe solteira e inexperiente estava passando.

 

No final da tarde no casarão da fazenda Dois Rios estavam na cozinha, Jacinta e Tânia conversando.

— Gostei do seu bolo de maracujá, uma delícia. — a governanta comia um pedaço de bolo.

 — Que bom que gostou, dona Jacinta, aprendi essa receita com a minha mãe.

— Estou precisando de alguém na cozinha porque quando chega a velhice começa aparecer uma dor ali outra dor aqui. — deu uma risada.

— Sei cozinhar como também limpar, sem querer ser insistente, é que estou precisando muito desse emprego.

— O Expedito me falou que você morava na comunidade ribeirinha e sua casa foi uma das que pegou fogo no incêndio e que também é amiga da Fernanda.

— Será que vai ter algum problema em eu ser amiga da Fernanda? — olhou para os lados e baixou a voz com cautela. —Porque já pensou se a noiva do seu Anderson descobrir tudo?

— Ela já descobriu.

— O quê? Como?

— Senta aí que a estória é longa e foi dona Luana que me contou tudinho.

— Coitada da minha amiga. — se sentava à mesa.

 

De noite na sala do casarão da fazenda Dois Rios entra Luana que encontra Rafael sentado na poltrona.

— Boa noite, meu amor.

—Boa, meu amor.

— A conversa com a Fernanda estava tão boa que perdi a noção da hora. — se aproxima e o beija.

— E como foi lá?

—É uma boa casa, simples e aconchegante. Os dois estão bem, o seu sobrinho é um fofo, tão experto. Ainda bem que a casa já tem as mobílias.

— Isso é bom, mas agora — a puxa pela cintura e a faz sentar entre as pernas dele. — vamos esquecer os problemas dos outros e pensar em nós. — a beija.

— Concordo com você, Rafael. — o beija.

 

De manhã na cozinha do casarão da Fazenda Dois Rios estavam Luana, Jacinta e Tânia.

— A Jacinta já me falou de você, Tânia, sei que é noiva de Expedito, que perdeu a casa no incêndio e que é amiga da Fernanda. – fez uma pausa e olhou para as duas. – O emprego é seu. – sorriu.

— Graças à Deus. — juntou as mãos. — Obrigada, dona Luana, pela oportunidade. Quando começo? Posso começar hoje?

— Pode começar hoje mesmo. A Jacinta vai te explicar tudo direitinho.

— Obrigada, Jacinta, pela ajuda.

— Não foi nada, guria. — disse a governanta.

— Se eu soubesse onde está a Nanda, eu queria contar pra ela que finalmente conseguir um emprego.

— Eu tenho o endereço dela e te passo.

— Ela e o Inacinho estão bem?

— Sim, estão bem. Eu os vi ontem.

— Até fiquei com receio de que não me contratassem porque sou amiga da Fernanda.

— Por que? — perguntou Luana.

— De repente a noiva do Anderson parece por aqui e descobre que eu e a Nanda somos amigas e pode querer me expulsar daqui aos gritos.

— Acho difícil a Verônica aparecer por aqui, porém, mesmo que ela apareça e descubra que é amiga da Fernanda e  faça o showzinho dela querendo te expulsar, ela estará muito enganada porque quem manda nesta casa sou eu e contrato e demito quem eu quiser. Quanto a isso não se preocupe.

— Muito me alivia saber disso, dona Luana. — disse Tânia.

 

Dias se passaram e em uma noite na mansão da família Gouveia, localizada em um bairro nobre de Campo Grande, murros altos de cor creme, portão de madeira de lei, um extenso jardim e uma passagem que levava até a entrada da mansão de primeiro andar com paredes, janelas e portas de vidro. Na sala principal percebe o requinte e a sofisticação do ambiente: cortinas brancas ao lado das enormes janelas de vidro, a mobília moderna. Naquele momento estavam Anderson, Verônica sentados em um sofá, Marcela em pé ao lado de Tomás, seu marido, que estava sentado na poltrona ao lado.

Marcela Gouveia, ao contrário do que se podia se esperar de uma mulher da alta sociedade e esposa de um Desembargador, possuía certa simplicidade, ela gostava de usar o que era essencial, talvez seja pelo fato de ser uma artista plástica e está internamente ligada a cultura popular pantaneira devidamente demonstrada em suas telas. Ela é uma mulher com idade de cinquenta anos, cabelos negros e médios até a altura do ombro, pele branca, olhos negros, estatura média, usava um vestido de alfaiataria branco e longo e um cinto, salto baixo, e um colar de pérolas negras. Casada com Tomás, há mais de vinte anos, se conheceram em uma época sombria no Brasil, no auge da ditadura militar, os encontros dos grupos revolucionários foram o início de uma amizade entre os dois, ele um estudante de direito e ela de artes, um namoro que acabou em casamento e ao mesmo tempo em que o autoritarismo perdia suas forças e enfim chegada a democracia.

Tomás, é um Desembargador de carreira, mas antes de ocupar uma cadeira no Tribunal de segunda estância, ele era um juiz de direito de longa data, prestigiado por suas opiniões ora as vezes ácidas e com dose de ironia, afinal, o jurista era uma das poucas exceções que não devia lá favores à políticos ou empresários, porém, sabia que precisava aprender a ter jogo de cintura e não demonstrar uma figura arqui-inimiga ou ao “herói da nação” que desmontará um esquema criminoso da alta cúpula porque isso nem um pouco o instigava e nem mesmo inflava seu ego. O Desembargador Gouveia fazia o tipo que circulava entre todos entretanto não se deixava seduzir por seu poder e influência, raro caso este, e de certo modo esta postura o afastava de participar de possíveis ciladas porque ele era esperto demais e experiente como um velho lobo do mar que conhece as artimanhas das sereias em não se deixar seduzir por seus encantos. Fisicamente ele aparenta ter uns cinquenta e poucos anos, estatura média, cabelos castanhos claros e grisalhos, pele branca, olhos castanhos e um legítimo gentleman. Fora do ambiente dos fóruns e reuniões de trabalho onde usa as clássicas combinações de ternos e gravatas, vestia em ambiente familiar trajes mais simples, como estava naquela noite usando uma bermuda jeans azul até o joelho, cinto, blusa preta, sandália de couro, e um relógio.  Um homem apaixonado por sua esposa, tem uma vida que apesar de possuir tantas responsabilidades tenta viver de uma forma mais tranquila longe do exibicionismo e das extravagâncias ao contrário de sua única filha Verônica, que tem lá suas fortes inclinações a badalações e coisas fúteis da high society.

—Seremos pais. —segurou nas mãos da noiva, olhou em seus olhos e abriu um largo sorriso.

Tomás demonstra está desagrado com aquela situação e olha para a esposa.

—Em breve vamos nós casar. Será o casamento do ano, vamos parar Campo Grande, meu amor. —beija o noivo. —O que acharam da notícia? – olhou para os pais.

—O que posso dizer? Saber que um neto está a caminho muito me agrada, só não entendo o porquê demoraram a dá a notícia. —disse Tomás.

—Papai, é que Anderson tinha que resolver alguns assuntos de trabalho em Corumbá.

—Eu queria falar sobre a gravidez pessoalmente, ao lado de Verônica, eu quero assumir a minha responsabilidade com ela e o bebê.

—Estou feliz, filha, por meu neto e pelo seu casamento.

A governanta aparece na sala.

—Com licença, o jantar já está servido.

—Então, vamos, meu amor. Esse teu filho está me deixando faminta demais. —riu. —Estou ficando desesperada porque eu tenho horror de ficar gorda. —o beija e se levanta do sofá.

Anderson se levanta do sofá e está de mãos dadas com a noiva.

—Podem ir na frente porque vou lá no escritório pegar o meu charuto.

—E eu espero você, Tomás. – disse Marcela.

Verônica e Anderson saem em direção a sala de jantar. Logo, depois a governanta se retira.

—Tomás, podia desfaçar um pouco pelo menos por nossa filha?

—A Verônica vai cometer o pior erro da vida dela. Eu não gosto do Anderson, sempre desconfiei que essa cara dele de bom moço é um disfarce tanto que minhas suspeitas estavam certas.

—Vamos manter a tranquilidade porque não quero que vocês se desentendam. Se lembre do nosso neto ou neta que vai nascer.

—Depois que o Anderson for embora, vamos ter uma conversa com a Verônica.

 

Horas depois, no escritório da mansão Gouveia estavam Tomás em pé em frente à janela de vidro e segurando um copo de uísque e Marcela sentada na cadeira em frente à mesa até que Verônica entra.

—Me chamaram, o que houve? Já imagino o que seja, papai, você podia pelos menos ter fingido que estava feliz por saber que vai ter um neto e que vou me casar com Anderson?

Tomás se vira para a filha e se aproxima.

—Eu estou feliz pelo meu neto, porém não posso fingir que me agrado por seu casamento com Anderson.

—Pois terá que aceitar porque eu amo o Anderson e ele é o pai do meu filho. Eu sou maior de idade e dona das minhas próprias vontades.

—Eu sei que nada posso fazer, a escolha é sua, mas filha eu sei quem é esse rapaz e a fama dele não é lá das boas.

—O que sabe dele? Como soube? Por acaso investigou a vida dele? Como foi capaz, papai? Até parece que o Anderson é um bandido.

—Investiguei sim, entrei em contato com algumas pessoas e me disseram que o Anderson é um homem de gosta de ter suas aventuras.

—Mentira! Tudo isso é mentira! Quem te disse esse absurdo quer prejudicar a mim e o Anderson.

—Verônica, filha, se acalme, se lembre que está grávida. —disse Marcela.

—E a senhora sabia que o papai estava investigando o Anderson, mamãe?

—Sabia.

—E não me disse nada!

—Não, não disse porque sabia que você reagiria desse jeito.

—É inacreditável! Pois fiquem sabendo que eu não acredito nada disso!

—Ele é infiel a você, filha, vai te fazer sofrer. Abra os seus olhos, Verônica! —disse Tomás.

—Não! Eu o amo, isso é mentira! Tudo mentira porque você não gosta do Anderson, papai, tem implicância com ele!

—Eu quero te proteger, eu te amo, Verônica, você é minha filha e não te quero ver sofrer nas mãos daquele homem.

—Mentira, papai, é mentira! —chorando.

—Verônica, filha, seu pai quer o seu bem… —se levanta e se aproxima da filha.

—Não quer o meu bem e ele quer acabar com a minha felicidade.

—Menina estás falando bobagens. —disse Tomás se sentando à mesa.

—O meu amor pelo Anderson não é nenhuma bobagem. O que quer, papai? Que as pessoas zombem de mim porque se não me casar com o Anderson me tornarei uma mãe solteira? É isso que você quer?

—Por mim pouco me importo com a opinião das pessoas. Você podia ficar como sempre foi morando conosco e também com o bebê.

—Não! Jamais passarei por essa vergonha. Quem eu amo é o Anderson e ele vai casar comigo porque quer e porque me ama.

—Pois bem, faça o que quiser da sua vida, Verônica, já é adulta, mas eu sei que essa ideia fixa de casar com aquele sujeito não é por vergonha de ter engravidado solteira e sim porque você não quer perder a sua oportunidade de deslumbrar com a festa do casamento e tudo que tenha haver com isto diante das suas amigas.

—Tem razão, por caso acha que vou permitir que meu nome fique na boca daquela gente? Todos vão me criticar e serei motivo de chacota caso cancele meu noivado e não aconteça o meu casamento com o Anderson. Será o casamento do ano, do século, eu quero parar Campo Grande, eu quero parar o Brasil, pode esperar, papai.

—O que foi que eu te disse, Marcela?

—Filha, porque não dá um tempo para pensar melhor?

—Mamãe, por favor, sem chatices, tá? E estou decepcionada com você, como pôde  ficar sem me dizer esse tempo todo que o papai estava investigando o Anderson? Eu tinha plena confiança em você tanto que foi a primeira a saber da minha gravidez.

—Você já sabia, Marcela?

—Sim.

—E não me disse antes?

—Porque a própria Verônica me implorou que não te dissesse. E eu já desconfiava antes que ela me falasse porque uma mãe percebe quando a filha está grávida mesmo que ela não diga.

—Eu vou me casar com o Anderson, vocês querendo ou não.

—Case com o Anderson e depois não diga que não te avisamos. Eu vou subir e vou para o meu quarto. Esse assunto se encerra por aqui. —saiu.

—É tudo implicância do papai. Ele não quer aceitar que eu cresci e que não pode mais mandar na minha vida. Só pode ser ciúmes.

—Eu desejo de todo coração que seu pai esteja errado e que o Anderson te faça feliz, minha filha.

—Você vai se opor contra o meu casamento?

—Não, filha, não. E peço que deixe as coisas se ajeitarem, se acalmarem, seu pai e eu nós te amamos e queremos bem nosso neto ou nossa neta. Se realmente se casar com o Anderson te faz feliz…

—Sim, me faz, ele é a minha felicidade.

 

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