Sob o Domínio do Rei – Episódio 3

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Sob o Domínio do Rei Temporada 1:  Ep. 3  Não Quero Dever Nada 

ESCONDA-SE BEM/NOITE

Em um barracão fechado, Marla e Jean falam sobre, Carlos.

Jean – Ele gostava muito da senhora.

Marla – E eu dele. Mas neste negócio a amizade e as carícias nunca vem em primeiro lugar.

Jean – Preciso que me deixe fugir.

Marla – Há! Jean, você teve a maldita sorte de conhecer, Carlos. Eu já não posso fazer nada por você, filho. Já está morto, Jean Ribeiro, já está morto.

Jean se aproxima de Marla e diz:

Jean – Eu não sabia de nada dos negócios do Carlos.

Marla – Pois, hoje em dia já não perdoam ninguém, meu querido.

Em frente ao barracão fechado, Marcel diz a Fera.

Marcel – Ela vai deixar ele fugir. Esse maldito, matou o Augusto e a chefa vai deixar ele vivo.

Fera – Pois ela é quem manda, Marcel.

Marcel – Pois… E se ela morrer? logo você seria o chefe, não?

Fera – É mesmo um imbecil, Marcel. Marla Mendonça, é e sempre vai ser  a nossa chefa. E não importa o que você faça.

Marcel – Está com medinho, Fera? É isso que tá parecendo – risos

Fera – Qual é seu problema babaca? Tá querendo amanhecer com a boca cheia de formiga é?

A portas fechadas, Jean implora a ajuda de Marla.

Jean – Eu preciso que me ajude, a senhora é minha única esperança, por favor. (chorando)

Diante de Marla, ajoelha-se.

Jean – Eu lhe imploro.

Marla – Jean, por favor, levante-se, não faça isso, meu filho.

Marla, o ajuda levantar-se

Jean – Não me mate, por favor.

Marla – Acalme-se, meu querido. Não sou eu que quero te matar, e também não fui eu que mandei matar o Carlos, nesse negócio Jean, eu sou quase um zero à esquerda, unicamente por ser mulher.

Jean – Mas a senhora pode dizer a eles que eu não tenho nada a ver com o Carlos, que eu não sei de nada.

Marla – Você só tem uma saída. Tens dinheiro?

Jean – Tenho, dez mil dólares e uns quantos reais.

Marla – Então fuja. Desapareça de São Paulo.

Jean – Eu vou voltar para casa.

Marla – Não! Se voltar agora vai colocar sua gente em perigo, e se tu ir pro Mato Grosso? Tenho alguns contatos por lá que me devem alguns favores, certamente não vão se negar a te ajudar.

Jean – Sim.

Jean, beija a mão de Marla.

Jean – Obrigado, Dona Marla.

Segurando a mão de Jean, Marla, avisa

Marla – Se esconda bem. Tá me ouvindo? Só desta vez que vou ajudá-lo. Eu não quero dever nada a ninguém, mas se alguém deve a mim, eu sempre vou cobrar. Compre a passagem no primeiro voo de amanhã e quando chegar me faça uma ligação e  te darei as coordenadas. Depois terá que se virar sozinho, entendeu? Se lá tenho amigos, meus inimigos também.

Jean – Sim.

Marla, passa no rosto de Jean.

Marla – Que Deus te proteja meu filho.

Marla sai e Jean, agradece mais uma vez.

Jean – Obrigado! Obrigado! Jamais vou esquecer desse favor.

Em frente ao barracão, Marcel, saca a arma para matar, Jean.

Marcel – Já vamos dar um jeito nele?

Marla – Você não vai fazer nada.

Fera – Chefa, não seria o caso de discutirmos isso? Me preocupa o que ele possa falar.

Marla – Ele não vai falar nada. Não sabe de nada. Ponha-se no seu lugar, Fera, quem manda aqui sou eu. Agora vamos.

Olhando para Marcel diz:

Marla – Jean Ribeiro, não vai morrer e ponto.

A FUGA/ DIA

Jean, troca de roupa atrás de um carro em um estacionamento. Coloca um boné e segue para o aeroporto, caminhando, se misturando entre as pessoas.

NOS PORÕES DO TRÁFICO/ DIA

Fera, falar ao celular com André, um de seus guarda-costas.

Fera – E como ele está?

André – Pois, o médico me disse que de hoje, Augusto não passa.

Fera – Vai morrer por culpa do maldito, Jean Ribeiro.

Desliga o celular e chama por Marcel.

Fera – Marcel (grita).

Marcel – Chefe?

Fera – Augusto vai morrer. E eu quero a cabeça do Jean Ribeiro.

A FUGA/DIA

No guichê do aeroporto Jean, compra uma passagem.

Jean – Oi, eu quero uma passagem para Cuiabá que embarque o mais rápido possível e não importa o preço.

Atendente – Documento de identificação, por favor.

Jean, entrega o documento para a atendente e olha para todos os lados. Carlos, permanece consigo.

Carlos: Eles podem estar por todos os lados, não importa a cara, a cor, nem se te dizem bom dia ou se sorriem pra você.  

Atendente –  Senhor, Portão 06 embarques em 10 minutos. Boa viagem.

Jean – Obrigado.

A CAÇA CONTINUA/DIA

Marcel, e André, procuram por Jean, dentro do Aeroporto. Da fila do check in, Jean, vê Marcel, e André, e passa entre algumas pessoas que reclamam por ele cortar a fila, saindo por uma porta lateral, Marcel e André, o veem e começam a persegui-lo.

Marcel – Maldito desgraçado.

Jean, corre escadaria abaixo em direção a uma saída. Marcel, armado atrás, seguido por André.

Marcel – Saiam da frente. – Diz às pessoas.

Jean, corre para fora do aeroporto, Marcel e André vão atrás e começam a atirar.

Marcel – Lá está. Corra.

Jean, joga sua mochila para outro lado da cerca e escala o portão, Marcel, tenta pegá-lo a balas, mas os seguranças do aeroporto os detém.

Marcel – Cachorro, Maldito, eu te pego, aonde quer que vá.

Em fuga, Jean, pega um táxi que vai passando próximo ao aeroporto.

Taxista – Está fugindo rapaz?

Jean – Tem umas pessoas que querem me matar.

Taxista – Isso é ruim, pois uma hora ou outra vão conseguir.

Jean – Preciso fugir dessa cidade o mais rápido possível antes que consigam.

Taxista – E o que posso fazer por você?

Jean – Dirija o mais rápido que puder.

MINHA FUGA/DIA

Numa lanchonete, um homem entra para comer. Bartô, que está sentado em uma mesa levanta-se e entra no táxi (chave na ignição, vidros abertos) estacionado em frente a porta do bar e sai em disparada. O taxista corre para a rua gritando.

Taxista – Meu táxi! Meu táxi!

HÁ ALGO EM COMUM/DIA

Bartô, dirige silenciosamente, porém observa a preocupação de Jean. De repente o silêncio é quebrado.

Bartô –  E então, já estou dirigindo a quase 20 minutos e  você não me disse pra onde quer ir.

Jean – Pode me deixar onde você quiser.

Bartô – Seguro?

Jean pensativo, o bartô, para o carro e diz:

Bartô – Posso saber o seu nome?

Jean – É Jean.

Estende a mão a Jean e se apresenta.

Motorista – Bartô Galeno.

Jean – Satisfação em conhecê-lo, Bartô.

Bartô –  E aí quer mesmo descer aqui?

Jean – Não…

Bartô volta a dirigir é questionar sobre a vida de Jean.

Bartô – E então cara, pra onde você estava indo quando te perseguiram no aeroporto?

Jean – Você é um deles, não é? Também quer me matar?

Bartô – Não meu caro, eu estou do mesmo lado que você. Também estou fugindo.

Jean – Fugindo?

Bartô – Eu não sou taxista. Peguei esse táxi emprestado enquanto o dono tomava um café.

Jean – Quem me garante que você está falando a verdade?

Bartô – E quem me garante que você está me falando a verdade, irmão? E por que está escapando?

Jean – Cheguei aqui há poucos dias e conheci um amigo, que me envolveu nisso tudo.

Bartô – E o seu amigo onde está?

Jean – O mataram ontem à noite.

Bartô – Há algo em comum entre nós. Você escapando pra não morrer e eu querendo chegar há um lugar pra cobrar uma dívida. É Jean, realmente o destino quis nos unir.

Jean – Eu tenho que chegar à Cuiabá.

Bartô – Mas como pode ver, com esse táxi não sairemos nem do ABC.

SEGUINDO VIAGEM/DIA

Num posto de combustíveis, Jean e Bartô tentam encontrar uma forma de seguirem viagem.

Bartô – Aqui sempre tem caminhoneiros que vão pro Mato Grosso.

Jean – Você está maluco? Esses caminhoneiros não podem transportar passageiros. “Cê” não tá pensando em roubar um caminhão?

Bartô – Calma, eles costumam revisar a carga pra ver se está tudo bem antes de seguirem viagem.

Jean, vê um caminheiro revisando a carga de um caminhão com placa SINOP- MT.

NOS PORÕES DO TRÁFICO/DIA

Fera, dá um sermão em Marcel, e André, por perseguirem Jean, no aeroporto.

Fera – Vocês são malucos é isso? Marcel, eu te falei pra perseguir o cara dentro do aeroporto? Vocês querem acabar com todo nosso negócio?

Marcel – Aquele Jean, está me devendo e eu vou cobrar.

Irritado, Fera, fala cuspindo na cara de Marcel.

Fera – Não seja burro! A vingança é um prato que se come frio. A gente vai pegar ele, mas agora ele é protegido da Marla e se ele chega tombar nós estaremos fritos.

Fera, bate no crânio (soquinho na Cabeça) de Marcel é diz

Fera – Usa essa cabeça pra pensar.

HOT HOT 33/DIA

Marla, tomando um martini no escritório de Rose e Andreia, que pergunta-lhe.

Andreia – Como assim, Marla o Jean, não vai mais trabalhar aqui?

Marla – Muito simples minha querida, eu me afeiçoei aquele rapaz e o mandei fazer alguns servicinhos pra mim fora de São Paulo.

Andreia – Você ouviu isso, Rose?

Rose – Andreia, também não é pra tanto né? Contrata outro, por aí deve ter muitos garçons até melhor que aquele que você trouxe das cochinchina.

Marla, solta uma gargalhada e dispara.

Marla – Eu acabei com a sua festinha, Andreia?

Andreia – Que festinha, Marla?

Marla – Oh! minha querida é uma pena que você não o levou pra cama antes, porque olha realmente parece valer a pena.

Marla, ri e dá uma piscada para, Rose.

SEGUINDO VIAGEM/DIA

Enquanto o motorista do caminhão vai pagar o combustível no caixa, Jean e Bartô se esconde entre as caixas de mercadoria.

Bartô – Seja o que pai lá de cima quiser.

O motorista volta para o caminhão, fecha o furgão e segue viagem. Jean, respira aliviado e Bartô ri sozinho.

Bartô – Isso foi mais fácil que roubar algodão doce em festa de criança, meu irmão.

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