No capítulo anterior: León teve alta do hospital. Por insegurança Carmela decide se mudar com os filhos para a casa do pai em Pasto. Léon sofre uma tentativa d homicídio. Damián convence León a fugir do país.

CAPÍTULO 11

Damián estava realmente disposto a mandar León para fora da Colômbia, para isso ele entra em contato em contato com uma falsa agência de viagens, que é usada por atravessadores que facilitam entrada dos ilegais.
Os atravessadores cobram uma taxa bastante alta para levar imigrantes latinos para o Brasil.

Geralmente a abordagem é feita por meio de anúncios de rádio locais e propagandas que oferecem oportunidades de trabalho com falsas promessas de lucros rápidos no Brasil. E é assim que os atravessadores conseguem centenas de vítimas por toda a América Latina.

A porta de entrada para o Brasil é a avenida da Amizade, via que divide
Brasil e Colômbia, localizada na
cidade-gêmea colombiana de Letícia.

Um caso muito comum também dos indocumentados da Colômbia é que conseguem atravessar a fronteira através, principalmente, dos rios em embarcações lotadas de imigrantes que tentam entrar no país pela cidade de Tabatinga, no Amazonas.

CENA 1:

Damián havia convencido León a ir para o Brasil:

DAMIÁN: León eu conheço um cara que pode fazer a tua passagem! É o único jeito de você conseguir sair daqui!

LEÓN: – Mas como eu faço pra encontrá-lo?

DAMIÁN: Ele vai levar uma carga para o Brasil amanhã mesmo! A gente precisa ir amanhã bem cedo nessa agência. Não se preocupa é seguro! Vai dar tudo certo!

LEÓN: – Eu não sei Damián, mas e se a fiscalização nos pega?!

DAMIÁN: – Cara! Eu tô te falando, não tem perigo! E você não tem outra opção León!

LEÓN: – Eu possi falar pra minha familia?

DAMIÁN: – NÃO! Você não pode falar isso lra ninguém!

LEÓN: – Mas e a Juanita? Não posso abandoná-la!!

DAMIÁN: – Eu explico tudo pra ela! Ela está que você vai passar um tempo em Pasto com a sua família! E olha Léon pode ter certeza que a Juanita concordaria certamente com essa ideia! Ninguém aqui quer te perder León, pode acreditar! Eu peço só que você se despeça dela…
Por isso vou levá-la coma gente na agência amanhã! Ela ainda está mal não é bom fazer isso agora!

E assim León volta para casa coloca algumas peças de roupa numa mochila e deitado em sua cama ele esperava o o outro dia chegar. Sem conseguir dormir, sua mente estavam um milhão de dúvidas, em seu coração todos os sentimentos possíveis. Uma escolha mudaria completamente a sua vida.
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CENA 2: Casa de León

E assim o dia amanhece. Carmela acorda todos bem cedo para ir para a rodoviária, onde viajariam para a cidade de Pasto, para a casa de seu Pai.

CARMELA: – José Álvaro, Alejandro arrumem suas coisas! Você também León em poucos minutos vamos sair de casa! Meu pai já está nos esperando em Pasto.

JOSÉ ÁLVARO: – Mãe! Nós temos mesmo que ir? Mas e o meu pai!

CARMELA: – José Álvaro você sabe muito bem que precisamos ir! Seu pai ficará aqui por causa do trabalho, mas irá semore nos visitar nos fins de semana. Não fica assim meu filho! Não vai ser por muito tempo! Preciso que você que no momento não podemos mais continuar nessa cidade!

(Carmela abraça José Álvaro, que estava triste, não queria deixar sua casa.)

León levanta e vai até a sala. Ele em silêncio abraça profundamente cada um de seus irmãos e também a sua mãe. Chegava a hora de partir.

CENA 3:

Ao sairem de casa León pede para que eles fossem na frente pois queria se despedir de Juanita. Então Carmela, José Álvaro e Alejandro vão para a rodoviária.

Quando León estava indo para a casa de Juanitan, Damián aparece num carro:

DAMIÁN: – Vamos León! Entra no carro! Precisamos ir!

León entra no carro.

LEÓN: – Damián eu preciso falar com a Juanita! Não ir sem falar com ela!

DAMIÁN: – Calma! A Juanita já esta lá te esperando!

E assim Damián leva León até um cruzamento numa estrada que ficava a alguns quilômetros de Bogotá.
Lá estavam parados alguns caminhões com as mais diversas mercadorias, animais, frutas, produtos agrícolas. E também estavam cerca de umas 10 pessoas, todas carregando uma bagagem.

Eram as vítimas que iriam atravessar a fronteira ilegalmente. E seria assim com León também.

DAMIÁN: – É aqui León! É por um desses caminhões que você vai atravessar a fronteira!

LEÓN: -Você só pode estar brincando!

DAMIÁN: – León não temos mais tempo! Vai dar tudo certo! Olha toma esse número de telefone aqui e pega aqui esse dinheiro! Lá eles vão te dizer onde você vai ficar!

LEÓN: – Mas cadê a Juanita! Você disse que ela estaria aqui Damián!

Um dos atravessadores começa a gritar pelas pessoas. Era a hora de partir.

DAMIÁN: Não temos mais tempo León! Você precisa ir! Por favor não esquece de entrar em contato! Vai dar tudo certo meu amigo!

(Damián se despede de León com um abraço).

León se desespera por não poder se despedido de Juanita, e chorando ele vai correndo para um dos caminhões.
As pessoas iam sendo escondidas entre as cargas e assim atravessariam a fronteira.

Os caminhões saem. León estava acabado por dentro, não sabia o que seria da sua vida naquele momento. E chorando bastante ele inicia a jornada de um futuro incerto.

Damián observava do carro os caminhões partirem. Todos os seus planos foram executados com êxito
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CENA 4: Rodoviária de Bogotá

Carmela estava bastante apreensiva pois León não apareceria.

O ônibus em que iriam para Pasto chega.

Sem saber o que poderia ter acontecido, Carmela entra no ônibus com Alejandro e José Álvaro. Ela implora para que o motorista aguardasse León chegar mas não consegue.

O ônibus inicia a viagem. Carmela chorava bastante, sentada com seus dois filhos, ela acreditava que León fosse para Pasto em um outro ônibus.

A viagem segue. A paisagem rural tomava espaço na janela.

Passado algumas horas de viagem José Álvaro e Alejandro dormiam. Carmela então pega a sua bolsa, procurava uma coberta para os filhos. A mexer na bolsa ela encontra um bilhete. Ao abrir se dá conta de que era de León, onde ele contava para a mãe tudo o que tinha acontecido e para onde estava indo.

Carmela cai aos prantos, segurando o bilhete no peito.

Nesse momento, algo muito estranho na estrada acontece. O ônibus em que estavam freia bruscamente, todos se assustam. Pela Janela Carmela percebia uma movimentação do lado de fora.

Imediatamente o motorista abre a porta do ônibus e vários homens armados entram e começam a gritar para que todos desçam.

Aquilo era um ataque das FARC – (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia), guerrilheiros que se escondiam nas zonas rurais do país.

Todos descem do ônibus, haviam muitas crianças no ônibus muitas gritavam e choravam bastante.

Carmela abraçava seus dois filhos completamente apavorada.

Quando um dos guerrilheiros apinta uma arma para ela e puxa Alejandro e José Álvaro pelo braço. Carmela e os meninos se desesperam:

CARMELA: – NÃO! NÃO! PRA ONDE ESTÃO LEVANDO MEUS FILHOS! ALEJANDROOO!
JOSÉ ÁLVARO!

JOSÉ ÁLVARO: – MÃÃÃE!! MÃE!

CONTINUA…

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