Ainda na construtora…

O clima fica tenso entre Suzana e Maurício, a secretária descobriu a traição do amado.

Suzana: – Anda seu traíra, golpista, safado me fala! Quem é a vagabunda com quem você anda me traindo?

Maurício: – Aqui não é o lugar e nem hora pra discutir esse tipo de assunto! Eu te fiz um pergunta primeiro, o que você fazia na minha sala e mexendo no meu computador?

Suzana: – Já te disse, vim a pedido do Dr. Inácio e outra coisa, nós nunca tivemos segredos, sempre tive acesso a seu computador.

Maurício: – Olha Suzana, eu já tô perdendo a paciência com você. Se eu quiser posso te dar uma justa causa e ainda posso mandar te prender, tenho tudo gravado aqui.

A secretária não contém o riso e alerta o executivo.

Suzana: – Você se acha muito esperto não é Maurício? Você se esquece de que eu te tenho nas mãos, sei todas as suas jogadas sujas aqui dentro e tenho como provar.

Maurício hesita e propõe um acordo.

Maurício: – Ok, você me tem nas mãos, mas eu tenho uma proposta pra te fazer: você esquece essa história de me entregar e eu esqueço que você esteve em minha sala procurando Deus sabe o que.

Suzana: – E o que mais?

Maurício: – Como assim? É isso, sem chantagens.

A secretária se aproxima e toca o rosto do executivo carinhosamente.

Suzana: – Você esqueceu tudo o que a gente viveu?

Maurício: – Não Suzana.

Suzana: – Então, deixa essa mulherzinha que você arranjou por aí e volta pra mim.

Maurício: – Eu sinto muito Suzana, eu tô apaixonado.

Suzana ri novamente e dessa vez debochando dele.

Suzana: – Seu único amor é pelo dinheiro Maurício, fala sério!

Maurício: – Terminou Suzana? Você pode ir, por favor, esquece essa chantagem e esquece que a gente já teve alguma coisa porque eu estou em outra agora.

Suzana: – Eu vou Maurício, mas não pensa que você vai se dar bem com essa zinha aí, vou acabar com os dois!

A secretária sai furiosa da sala.

 

Algumas horas mais tarde, após o jantar, na mansão Brito de Carvalho estão reunidos Inácio, Sônia e Eduardo.

Sônia: – Sua mãe é que está passando dos limites Inácio! Onde já se viu? Querer internar tia Leonor, eu nunca vi um comportamento agressivo dela.

Inácio: – Foi o que eu disse, mas enfim, quando mamãe coloca uma coisa na cabeça você já sabe não é?

Eduardo: – Bom, eu não vou opinar por que daqui a pouco já estarei morando em minha própria casa. Se vocês me dão licença eu vou para o meu quarto, boa noite.

Sônia: – Boa noite filho.

Inácio: – Boa noite.

 

Na lanchonete Elvis…

Após fechar o estabelecimento com os pais, Billy sobe para o seu quarto, de repente Margarida entra também.

Margarida: – Filho? Quero falar contigo um pouco.

Billy: – Oi mãe, pode falar. – o rapaz parece meio decepcionado.

Margarida: – Que houve hein?

Billy: – Nada mamma, eu tô cansado.

Margarida: – Billy lembra quando você tinha nove anos, caiu e levou doze pontos na perna?

Billy: – Aah mãe, que bobeira, ficar lembrando essas coisas. –nesse momento ele ri.

Margarida: – Lembra ou não lembra?

Billy: – Lembro mãe, foi na casa da tia Liana, mas a senhora veio aqui pra falar dos meus machucados de criança? – pergunta em tom de riso.

Margarida: – Não filho. Você nunca me disse que tinha sido seu primo Mariano que te empurrou e você caiu sobre aquelas garrafas.

Billy: – Certo, e?

Margarida: – Eu sabia que você não tinha caído sozinho como você me contou, mas você gostava muito do Mariano e não queria prejudicá-lo. Eu sabia que você não tinha caído correndo, você nunca foi de correr, a não ser em cima dessa moto que você tem hoje. –risos-

Billy: – Adoro minha moto, mas prometo andar mais devagar mãe. – neste momento segura as mãos de Margarida.

Margarida: – Então filho, com tudo isso quero te dizer que eu sei que você tá andando assim pelos cantos não por estar cansado, porque você nunca reclamou de trabalho.

Billy: – Mãe. –o rapaz fica em silêncio.

Margarida: – Mas não precisa dizer nada, eu sou tua mamma e não importa o que te façam ou o que a vida te faça, você sempre pode correr pra esse colo aqui ó. –a comerciante bate delicadamente  com as mãos no peito.

Billy: – Obrigado mãe. – o rapaz abraça a mãe.

 

No cortiço…

Ligia chega em casa um pouco mais tarde pois havia pegado um engarrafamento com Ingrid no caminho.

Dulce: – Filha, que coisa boa te ver, você demorou hoje.

Ligia: – Foi um engarrafamento tia, acho que aconteceu algum acidente próximo a agencia.

Dulce: – E essas flores tão lindas?

Ligia: – Ah tia, lembra que eu falei que quase fui atropelada outro dia?

Dulce: – Sim filha, lembro.

Ligia: – Então, o motorista desatento era o irmão da sócia lá da agência e depois que ele descobriu que eu trabalhava lá ele me mandou as flores como forma de pedir desculpas.

Nessa hora Carla entra na sala.

Carla: – Que lindo Liginha, você já arranjou um namorado? Rápida viu, com essa cara de Amélia não dava nada por você.

Ligia: – Carla você é muito abusada mesmo hein? Não foi de namorado não, e outra coisa, não tenho que ficar te dando satisfação! Tia tô indo tomar banho!

Dulce: – Tá filha, mas vem logo para o jantar.

Carla: – Nossa como ela ficou nervosinha, você viu tia, até parece que nunca beijou um homem.

Dulce: – Me respeite Carla e a sua prima também, ela não é uma qualquer!

Carla: – Nossa não tá mais aqui quem falou, com licença. -a moça responde em tom de deboche e sai.

 

Na construtora Brito de Carvalho, quase todos os funcionários foram embora e Suzana guarda algo dentro de um envelope, tranca na gaveta de sua mesa e desce.

Segurança: – Boa noite dona Suzana.

Suzana: – Boa noite, até amanhã. – a secretaria se despede muito nervosa e entra em um táxi.

 

No apartamento da família Silveira.

Verinha: – Ai filha eu não pude deixar de notar como o Eduzinho estava quando veio te ver. Vocês estão bem?

Graziela: – Estamos ótimos mamãe, não vi nada demais.

Verinha: – De qualquer forma amanhã nós iremos aproveitar  aquela piscina maravilhosa da mansão do seu noivo enquanto eu aprecio aquela escultura pelo jardim.

Vicente: – Escultura?

Graziela: – Nunca vi escultura no jardim da mansão.

Verinha: – Ora, eu me refiro às flores, são uma verdadeira obra de arte!

Vicente: – Pensei que você não gostasse das flores que Sônia cultiva.

Verinha: – Ai querido você não entende nada de decoração e estilo.

 

De volta à mansão Brito de Carvalho…

Quase todos já haviam ido dormir quando dona Maria Estela desce as escadas quase que silenciosamente e carregando algo por debaixo do hobby. A matriarca da família vai até o jardim e se aproxima das roseiras de Sônia.

Maria Estela: – Quer dizer que Leonor não está agressiva?  Nossa mas porque ela acabou com as rosas de Sônia? –a megera fala sozinha enquanto destrói as roseiras da nora com uma tesoura de jardim.

Dona Maria Estela tem alguns segredos e mesmo com Leonor bastante confusa, a megera teme que eles sejam revelados. Com a negativa de Inácio em internar a tia, Maria Estela joga sujo para conseguir o que quer.

 

Ingrid e Marcelo resolvem jantar num fast-food depois de terem ficado presos num longo engarrafamento.

Ao chegar ao restaurante, Marcelo não percebe algo, mas Ingrid sim.

Ingrid: – Cello, aquele ali não é o teu cunhado e o teu sobrinho?

Marcelo: – São eles sim, que estranho, mas cadê a Carol? –o fotógrafo observa sem entender.

 

 

 

Fim do Capítulo

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