E Vamos À Luta!

Novela de Débora Costa

Baseada na telenovela “A Fábrica” de Geraldo Vietri

Escrita por

Débora Costa

Tainá Andaluz (colaboração)

Marcelo Delpkin (revisão de texto)

Direção de Novelas

Anderson Silva

Direção Artística

Wellyngton Vianna

Núcleo

Cyber TV

Personagens no capítulo

ALFREDO

AMANDA

ANGELA

BRUNO

CAMILA

CÉLIA

CÉSAR

CLARICE

DANIEL

DENISE

EDUARDA

ERASMO

FÁBIO

GABRIEL

ISADORA

IVAN

JOSÉ

JOSIVALDO

JULIANA

KIRA

LIZ

LÚCIA

MANUELA

MARTA

NICOLAS

OTAVIANO

PATRICIA

 

Cena 1/Int./Casa de Alex/Sala/Noite.

Clarice e Alex estão se encarando. 

ALEX

(ri debochando) Se vira. Não vou te ajudar em nada. Foi você que roubou aquele bando de analfabetos.

Clarice vai dar um tapa no rosto de Alex, mas ele consegue segurar a mão dela.

ALEX

Se você fizer isso, vai levar de volta.

CLARICE

(nervosa) Tira essas mãos imundas de mim!

ALEX

Eu já mandei você sair da minha casa. Não me traga mais problemas! 

CLARICE

Mas você/

Alex pega Clarice pelo braço e a leva até a porta.

ALEX

Tchau, Clarice!

Alex empurra Clarice para fora e fecha a porta.

Cena 2/Int./Mansão Camargo/Suíte de Liz/Noite.

Liz está dormindo, mas agitada por causa de seu sonho, onde ela e seu marido estão caminhando felizes em um clima romântico. De repente, Liz e Maurício veem a fábrica pegando fogo. Liz se desespera e diz que seu pai está lá dentro. Maurício diz que vai atrás dele. Liz tenta impedir, mas Maurício entra na fábrica, que é consumida pelas chamas. Liz acorda assustada e se senta rapidamente na cama. Está confusa. Olha em volta. Leva a mão até a testa, se acalmando, e se levanta. Veste o seu roupão e sai da suíte. 

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Cena 3/Int./Mansão Camargo/Cozinha/Noite.

Liz entra e acende a luz, assustando Denise. Liz tem a mesma reação ao ver a outra e põe a mão no peito.

LIZ

Denise! O que você está fazendo aqui nessa escuridão?

DENISE

(tom baixo) Fala baixo, Liz, por favor.

LIZ

(se recuperando do susto) O que está acontecendo?

DENISE

(sorri) Eu vou no pagode dos meus amigos.

LIZ

(sem entender) E o que isso tem a ver com você ficar aqui no escuro?

DENISE

Nada. É que eu estava saindo. Vou sair pela área de serviço, assim a minha mãe não vê.

LIZ

Entendi.

DENISE

Não conta pra ela que me viu saindo, por favor.

LIZ

Pode ficar tranquila. Não vou contar, embora eu ache que você tem idade suficiente para enfrentar ela e se impor. Você é dona da sua vida.

DENISE

Eu queria ter coragem, prima, mas não tenho… Eu já vou. Quer vir comigo? A Camila já está lá.

LIZ

Não, obrigada. Bom pagode! (sorri)

DENISE

(sorri) Obrigada. Tchau.

Denise sai tomando cuidado para não fazer barulho. Liz sorri, pega um copo de água e se senta pensativa e chateada.

Cena 4/Ext./Rua/Pagode/Noite.

José, Amanda, Lúcia, Ivan, Josivaldo, Nicolas e Gabriel estão se divertindo no pagode. Artur se aproxima. Amanda fica feliz.

AMANDA

(a Lúcia) Artur chegou! Vou lá falar com ele.

LÚCIA

Vai com menos empolgação, filha. Seu pai está de olho.

AMANDA

(sorri) Pode deixar.

Amanda se afasta discretamente, mas corre para os braços de Artur e o beija. José vê, fica bravo e se aproxima de Lúcia.

JOSÉ

(nervoso) Mulher! Você vai ficar aí de braços cruzados vendo aquele menino engolir a nossa filha?

LÚCIA

Não vou ficar com os braços cruzados, não. Eu vou é ali pegar o churrasco, e você larga de ser teimoso! Deixa a Amanda em paz!

Lúcia se afasta. José cruza os braços, enquanto observa Amanda e Artur se beijando.

Ali perto, Camila está encostada em um muro, emburrada. Gabriel se aproxima e dá a ela um copo de cerveja.

GABRIEL

O que você tem, Camila? Desde a hora que você chegou, está assim.

CAMILA

Eu preciso sair daquela casa, Gabriel. Estou cansada de viver de favor.

GABRIEL

Mas você não vive de favor. A sua mãe trabalha na casa.

CAMILA

Piorou… Pensa que é fácil ser a filha da empregada? Não é, ainda mais tendo que dividir a minha mãe com a Liz.

GABRIEL

(sorri) Isso é ciúmes, Camila.

CAMILA

(toma um pouco de cerveja) Não tenho ciúmes da Liz, mas não vejo a hora de sair da casa dela e viver a minha vida.

GABRIEL

Eu estou incluído na sua vida?

CAMILA

(sorri) Claro que está, Gabriel. Você sabe que eu te amo.

GABRIEL

Então fica calma, e vamos dançar um pouco.

CAMILA

Já vou. Estou esperando a Denise chegar. Ela tem vergonha de aparecer sozinha.

GABRIEL

Te espero então.

Gabriel e Camila se beijam. Ele volta para perto dos amigos. Lúcia está sentada em uma das mesas, vê Juliana se aproximando e sorri receptiva.

LÚCIA

(acenando, tom alto) Professora! Juliana!

Juliana olha Lúcia, sorri e se aproxima.

JULIANA

Boa noite, Lúcia! Como vai?

LÚCIA

Ótima. Senta aqui comigo.

Juliana se senta. Olha em volta procurando alguém discretamente. Lúcia toma um gole de cerveja e sorri sacana.

LÚCIA

Ele ainda não chegou.

JULIANA

Quem?

LÚCIA

(sorri) O Fábio.

JULIANA

Para com isso, Lúcia. 

LÚCIA

Se você não falar que gosta dele, ele nunca vai saber, ainda mais sendo um tapado como ele é.

Fábio chega e cumprimenta os amigos.

LÚCIA

Falando no diabo… Olha ele ai. Vai lá, boba. Chama ele pra dançar.

JULIANA

Lúcia, eu não gosto do Fábio. Ele é meu amigo, só isso. Gosto muito da amizade que temos.

LÚCIA

Hum, sei, mas, se você ficar aí esperando sentada, vai ser sempre a amiga, tá?

Juliana se levanta, nervosa.

JULIANA

Com licença, hoje você está mais afiada do que de costume. Eu vim para me divertir e não discutir.

Juliana se afasta. Lúcia sorri balançando a cabeça.

LÚCIA

A gente fala por bem e ainda sai como errada.

Cena 5/Int./Casa de Alex/Quarto/Noite.

Alex está de frente para a janela, fumando um charuto. Ângela o abraça por trás.

ANGELA

O que está te deixando pensativo assim?

ALEX

Liz. Eu preciso encontrar um jeito de tirar ela do meu caminho.

ANGELA

Alex, eu não entendo. Isso já está virando obsessão. Desde quando a Liz chegou, que você está inquieto.

ALEX

Ela veio para tirar o que é meu.

ANGELA

Até onde eu sei, a tecelagem é dela.

Alex se afasta de Ângela e apaga o charuto.

ALEX

(irritado) Eu administro tudo. Ela não vai levar a glória! 

ANGELA

Alex… Não é só isso… (pensativa) Tem mais coisa por trás disso, e você não quer me falar.

ALEX

(sério) Você é inteligente mesmo, Ângela… Tem algo sim.

ANGELA

(curiosa) O que é?

ALEX

Já está tarde. É melhor você ir. Eu te levo.

Alex sai. Ângela fica pensativa.

Cena 6/Int./Mansão Camargo/Cozinha/Noite.

Liz está sentada, pensativa. Marta entra e estranha ao ver Liz.

MARTA

Liz, aconteceu alguma coisa?

LIZ

Insônia, Marta. Não consigo dormir de jeito nenhum. Meus pesadelos não deixam.

Marta se senta de frente para Liz.

MARTA

Se você não consegue dormir, como tem pesadelo?

LIZ

Acordada mesmo. Minhas lembranças são os pesadelos.

MARTA

Sinto muito. Você quer alguma coisa?

LIZ

Não, eu desci já tem um tempo e não estou com vontade de voltar para o quarto. E você? O que veio fazer aqui?

MARTA

Eu vim deixar a porta aberta para a Denise. Ela sempre entra pelos fundos.

LIZ

(sorri) Ela sempre sai escondida feito uma adolescente? 

MARTA

Sempre. A mãe dela é terrível. Não pode nem sonhar que a Denise foi para o tal pagode.

LIZ

A Clarice deve estar me odiando, mas não me importo. O que ela fez foi um absurdo.

MARTA

Ela sempre faz absurdos, e você vai ver. (se levanta) Eu vou abrir a porta e voltar para meu quarto. Qualquer coisa, me chama.

LIZ

Obrigada.

Marta sai. Liz fica pensativa.

Cena 7/Ext./Rua/Pagode/Noite.

Denise e Josivaldo estão dançando animados e se beijam.

JOSIVALDO

Eu tava com saudade já. Você demora para me ver.

DENISE

Desculpa, meu amor. É que aconteceram algumas coisas em casa, ainda mais com a chegada da minha prima.

JOSIVALDO

Que prima?

DENISE

(pensativa) A minha, ué. Vamos mudar de assunto.

JOSIVALDO

Por quê?

DENISE

Porque sim, meu amor. Vamos dançar.

Camila se aproxima.

CAMILA

Desculpa atrapalhar vocês. (a Denise) Hoje a gente não pode demorar.

DENISE

Tudo bem, daqui a pouco vamos embora.

CAMILA

A minha mãe me mandou uma mensagem e falou que se você ver a luz da cozinha acesa, é para não se preocupar. É a Liz que está lá.

Camila se afasta. Josivaldo encara Denise surpreso.

JOSIVALDO

A Liz que a Camila falou é a mesma Liz que é a dona da fábrica?

DENISE

(com medo da reação de Josivaldo) É ela, sim.

JOSIVALDO

E o que ela tá fazendo na sua casa?

DENISE

Ela é minha prima.

Josivaldo fica surpreso e espantado. 

JOSIVALDO

Então você mora naquela mansão?

DENISE

Moro, mas a mansão é dela, meu amor.

JOSIVALDO

Por que você me disse que morava naquela casinha da praça? 

DENISE

Porque eu não queria que você gostasse de mim pelo que eu tenho, que nem é nada. Como falei, tudo é da Liz. Mesmo assim, por eu morar na mansão, fiquei com medo que você se aproximasse por interesse.

JOSIVALDO

Agora você me magoou. Eu não sou disso.

DENISE

Eu não sabia… e fiquei com medo porque gostei de você logo de cara. Me desculpa.

JOSIVALDO

(sorri) Gostou de mim de cara, é?

DENISE

(sorri) Sim, e muito.

JOSIVALDO

Então depois a gente conversa, porque agora eu quero outra coisa.

Josivaldo e Denise se beijam.

Fábio está sentado, comendo. Juliana se aproxima e sorri tímida.

JULIANA

Boa noite, tudo bem?

FÁBIO

Oi! Tudo bem, e você?

JULIANA

Bem.

FÁBIO

Senta aí.

Juliana se senta.

JULIANA

Eu soube o que aconteceu hoje e fico feliz que tudo tenha terminado bem.

FÁBIO

A gente também. Não ia ser nada fácil conseguir outro emprego.

JULIANA

E aí? Já decidiu se vai ou não voltar a estudar?

FÁBIO

Não tenho tempo e nem idade.

JULIANA

Não existe idade para aprender, e tempo a gente arruma. É só querer.

FÁBIO

(sorri) Você está certa, como sempre.

JULIANA

Então, é só me falar quando, e a gente começa as aulas.

FÁBIO

Eu não quero agora.

JULIANA

E vai querer quando?

FÁBIO

Não sei. Qualquer dia. E pode ficar tranquila, que  você vai ser a primeira a saber.

Juliana sorri.

Cena 8/Int./Dia Seguinte: Mansão Camargo/Sala de Jantar/Dia.

Clarice, Denise e Alfredo estão tomando café. Liz entra e se senta à mesa.

LIZ

Bom dia.

DENISE

(sorri) Bom dia, Liz.

CLARICE

Liz, eu preciso falar com você.

LIZ

Agora vou tomar café.

CLARICE

É sobre o dinheiro.

LIZ

Já conseguiu tudo?

CLARICE

Não e nem vou. É uma quantia muito grande para pouco tempo.

LIZ

(sorri) Clarice, eu não vou te dar mais tempo. Agora você tem dois dias, até segunda-feira. O dinheiro tem que estar nas minhas mãos.

ALFREDO

Acho melhor um mês, Liz. Daí vamos conseguir toda a quantia.

LIZ

Vamos por quê? Não te pedi nada. Quem tem que devolver é a Clarice.

CLARICE

(nervosa) Mas não tenho como arrumar tudo isso!

LIZ

Eu sei que você tem muitas joias. Pegue algumas e venda. Assim você vai ter o dinheiro no prazo certo.

Clarice fica inconformada. Denise ri, mas disfarça.

CLARICE

Eu não vou vender as minhas joias! 

LIZ

Pensa bem, tia. Na cadeia você não vai precisar delas. Com licença.

Liz se levanta e sai.

ALFREDO

Até que não é má ideia, Clarice. 

CLARICE

(raiva) Cala a boca! A ideia é péssima!

DENISE

Mamãe, ou você vende as joias, ou vai passar a maior vergonha quando for presa.

Clarice encara Denise, que disfarça. 

Cena 9/Ext./Mercadinho/Dia.

Fábio entra.

FÁBIO

Bom dia, dona Manuela.

MANUELA

Bom dia! Acordou cedo em pleno sábado?

FÁBIO

É o costume.

MANUELA

O café já está pronto. Pode ir na cozinha.

Fábio vê Liz saindo da mansão e a observa. Manuela olha na mesma direção que Fábio e sorri.

MANUELA

Aquela é a Liz?

FÁBIO

É. Como você sabe?

MANUELA

Pela sua cara de bobo. (ri)

FÁBIO

(ri, imitando Manuela) Para com isso, dona Manuela.

MANUELA

Vai dar bom dia pra ela.

FÁBIO

Eu não. A madame aí é capaz de fingir que nem me conhece.

Liz vem se aproximando do mercadinho.

MANUELA

Comigo é que ela não deve estar vindo falar.

Liz entra e olha Fábio.

LIZ

Ainda bem que te vi aí. Preciso que você chame o grupo dos funcionários que se envolveram na confusão de ontem.

FÁBIO

Bom dia. Eu tô bem, e você? E ah! Hoje é sábado, madame. A gente trabalha até sexta.

LIZ

E quem disse que vão trabalhar? Eu quero conversar com vocês. Vai ser rápido. Espero vocês no pátio.

FÁBIO

Acho que a madame não entendeu. Eu não moro com eles, não. Eu moro aqui em cima do mercadinho, eles na casa deles, e é cedo. Devem estar dormindo.

LIZ

Acorde eles. O assunto é de interesse de todos. Não quero esperar até segunda. Espero vocês lá em meia hora.

Liz sai. Fábio cruza os braços inconformado.

FÁBIO

Essa é boa. A madame chega e acha que pode mandar assim?

MANUELA

(ri) É melhor você correr pra chamar os outros.

FÁBIO

 te contar. É cada uma que me acontece.

Fábio sai. Manuela ri se divertindo.

Cena 10/Int./Casa de José/Cozinha/Dia.

José, Lúcia, Ivan, Nicolas, Amanda e Gabriel estão tomando café.

AMANDA

Mãe, hoje vou almoçar na casa da minha amiga.

GABRIEL

(ri) Amanda, ninguém mais cai nessa. Você vai almoçar com o Artur.

AMANDA

Cala a boca!

JOSÉ

Ei, não vai começar a briga.

LÚCIA

Mesmo porque ela falou comigo, né?

Isadora entra. Todos menos Lúcia estranham a presença dela, que está sonolenta. Isadora se senta e boceja.

ISADORA

Bom dia!

Ivan e Nicolas admiram a beleza de Isadora e sorriem.

IVAN e NICOLAS

Bom dia!

JOSÉ

Que é isso? Isadora, você estava dormindo aqui em casa?

ISADORA

Estava sim. A Lúcia me deu uma chave.

LÚCIA

Qual o problema? A minha irmã precisava de um lugar para ficar.

JOSÉ

Lugar pra ficar? Que história é essa?

ISADORA

Vou te explicar, cunha. Acontece que eu terminei com o meu namorado e não tenho onde ficar, e pedi para a Lúcia me deixar ficar aqui, e ela deixou.

JOSÉ

(inconformado) Nem pensar! Aqui não é albergue, não. É mais uma boca pra sustentar?! 

LÚCIA

Se eu deixei seus amigos morarem aqui, você pode perfeitamente deixar a minha irmã ficar aqui também, ou não?

GABRIEL

(ri) É verdade, pai. Não custa nada deixar a tia Isadora ficar.

JOSÉ

Custa sim. Ivan e Nicolas não tão aqui de graça, não. Eles dividem a despesa.

IVAN

Deixa a moça ficar, José.

NICOLAS

Coitadinha! Deve estar tão deprimida por causa do namoro.

ISADORA

(sorri) Tô nada. A fila anda, amigo.

AMANDA

Penso igual, tia.

JOSÉ

Aí! Olha o exemplo que a Isadora dá.

ISADORA

Eu vou poder ficar aqui ou não?

JOSÉ

Não!

LÚCIA

Vai sim, Isadora. Pode ficar o tempo que quiser.

Isadora fica feliz. A campainha toca. José se levanta.

JOSÉ

Se ficar, vai ter que arrumar emprego e ajudar nas despesas.

Cena 11/Ext./Casa de José/Entrada/Dia.

Fábio está esperando alguém sair. José sai e se aproxima.

JOSÉ

(receptivo) Caiu da cama, Fábio?

FÁBIO

Não consigo acordar mais tarde.

JOSÉ

Aqui hoje o pessoal levantou cedo também. Vem! Vamos entrar e tomar café.

FÁBIO

Não, obrigado. Eu vim chamar você, o Ivan e o Nicolas, porque a madame quer falar com a gente na fábrica.

JOSÉ

Hoje?

FÁBIO

Agora. Ela disse que não pode esperar até segunda.

JOSÉ

Fazê o quê? Vou chamar eles então.

FÁBIO

Tá bom. Vou chamar o Josivaldo.

Fábio sai. José entra. Otaviano, que estava ouvindo a conversa, fica pensativo.

Cena 12/Int./Casa de Alex/Sala/Dia.

Alex abre a porta, e Otaviano entra.

ALEX

Você tem noção de horário?

OTAVIANO

Desculpa, mas é importante.

ALEX

É bom que seja mesmo.

OTAVIANO

Fábio e José estavam conversando. A Liz chamou eles e os outros agora na fábrica.

ALEX

Pra quê?

OTAVIANO

Não sei. Ela quer conversar com eles e não quer esperar até segunda.

ALEX

(nervoso) E não me chamou! 

OTAVIANO

Quer que eu tente ouvir a conversa?

ALEX

Você não vai tentar. Você vai ouvir e me dizer o que era. Liz não vai agir pelas minhas costas

Alex fica pensativo e com raiva.

Fim do Capítulo.

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