Parada no tempo, Mildred só conseguia pensar em Diogo, como em pouco tempo ela havia sentido tanto medo, desejo e agitação. Aquela tinha provado do veneno e queria mais.

Naquela tarde Juliano não iria a faculdade então não iria à livraria, pois para ela já estava cometendo algo muito errado, quando reparou que a despensa estava um pouco vazia. Então avisou ao seu filho que ia ao mercado, pegou o casaco e desceu pelo elevador. Diogo ecoava em sua cabeça, a imagem de seus lábios, o tom de voz grave e seu doce perfume amadeirado fazia com que ela lembrasse e sorriu sozinha na rua.

Na volta passou na portaria e João o porteiro lhe informou.

-Dona Mildred o seu filho saiu e deixou a chave aqui o Sr. Rafael ligou e disse que não vai voltar hoje, pois marcou uma viagem de última hora no Rio.

-Tudo bem João, Obrigado.

Ela então decidiu dar uma passadinha na livraria, se aquilo que aconteceu mesmo foi o destino eles iriam se encontrar novamente.

“O que está fazendo Mildred”? “Perdeu o controle?”

“Volte para casa e vá cuidar do seu filho e seu marido!”

A única coisa que ela conseguia pensar enquanto caminhava a livraria, mas não voltava atrás, seu subconsciente queria vê-lo mais uma vez. Assim que chegou a livraria procurou por Diogo, na mesma mesa que havia sentado. Mas ele não estava, procurou pelos corredores, mas também não estava lá.

Bom agora ela tinha certeza que o destino não queria que os dois se encontrassem novamente. Aquela noite foi longa Mildred não conseguia dormir, seus olhos não fechava. Desceu foi até a adega e pegou uma garrafa de vinho, sentou no chão e começou a chorar, nem ela mesma sabia o que estava acontecendo, mas por via das dúvidas era melhor ela esquecer esse garoto.

Pela manhã Juliano encontrou no ainda no chão.

-Mãe! O que houve?

Ainda meio norteada pela noite em claro ela respondeu.

-Ah filho! Que horas são?

-São onze e meia. Dormiu no chão da adega?

-Sim. Tive uma insônia, coisa boba, mas já to bem. Vou fazer seu café.

-Não mãe. Já vou pra faculdade, vá tomar um banho antes que o papai chegue e encontre a senhora cheirando a bebida.

-Esta bem meu filho, bons estudos.

Mildred entrou na ducha e passou todo o sabonete em seu corpo, delicadamente descendo suas mãos até a sua genitália, pensava em Diogo em seus braços fortes, sua boca carnuda. Mas o que ela havia visto naquele homem. Estava se tocando pensando nele? Era hora de parar. Vestiu-se e foi caminhar um pouco no parque, o vento balançava a copa das árvores, o cheiro de rosas estava no ar. Parecia que ela estava começando a esquecer. Quando o homem bem engravatado esbarrou nela.

-Diogo! Ela o olhou espantada

-Agora acredita em Destino?

 

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