Já teve aquela sensação de ter deixado algo importante para trás? Algo de tão errado pareceu tão certo? Aquela manhã estava gélida e não era a típica daquela época, uma neblina densa pairava sobre a cidade, deixando-a em um tom acinzentado, era oito e seis da manhã e Mildred já havia levantado e estava na cozinha passado o café, Juliano seu filho já estava atrasado para escola então ela subiu as escadas disposta a acordá-lo.
-Juliano meu filho vai se atrasar levanta!
-Ah mãe só mais dez minutos.
-Nem dez minutos nem nada Juliano. Levanta agora!
Enquanto isso, Rafael se aprontava dentro do quarto, estava frustrado, pois não encontrava a sua gravata favorita.
-Mildred! Onde está aquela gravata vermelha?
-Na última gaveta. Venha logo o café está na mesa.
Mildred era muito dedicada, e Rafael trabalhava muito e fazia longas viagens de negócio. Logo mais tarde quando seu filho e marido já haviam saído, Tânia tocou a porta.
-Amiga que cara de cansada e essa?
-Tânia entre.
-Não, vim aqui para chamar você para uma livraria que inauguraram recentemente no fim da rua.
-Ai! Acho que não estou disposta.
-Vamos amiga só para me acompanhar.
-Tudo bem, vou me arrumar.
Sem demora elas já haviam chegado a livraria, Mildred estava muito pensativa, queria voltar pra casa para cuidar dos seus afazeres, mas por outro lado ela era muito companheira e prestativa.
-Olha Mildred! São muitos livros. Disse Tânia.
-Verdade. Vou olhar alguns ali no fundo já volto.
Enquanto Mildred passeava pelos corredores da livraria, a sua mente estava longe, pensava em como sua vida estava sem sentido, de como tudo era monótono, de seu desgosto infernal e desenfreado por sua vida, ao longo da caminhada ela avistou um livro que lhe agradava. Ela se esticou para pegar…
-Eu pego pra você.
-Ah Obrigado!
Seu Nome era Diogo, um belo rapaz de um metro e setenta e sete, malhado e vestia belos trajes, a barba por se fazer o deixava mais atraentes aos olhos de Mildred, que por sua vez ficou encantada com tanta beleza.
-Esse livro é muito bom.
-Já o leu?
-Sim, três vezes.
-Então é bastante interessante.
-Posso lhe contar mais sobre o livro, aceita tomar um café comigo?
-Claro. Mildred respondeu rápida e sem exitar.
Na Mesma livraria havia uma cafeteria, onde sentaram e começaram a conversar, mas o assunto não foi a literatura. Mildred parecia ter caído em um encanto, estava fascinada com tanta beleza e delicadeza, queria conhecer melhor aquele rapaz sedutor.
-Me desculpe não me apresentei me chamo Diogo.
-Mildred, Prazer!
-Veio prestigiar a nova livraria?
-Sim, vir ao convite de uma amiga.
-Então foi o destino que nos fez nos encontrar.
-Porque diz isso?
-Pois entrei aqui por acaso. Acredita em destino?
-Não muito Sr. Diogo.
-Que Pena! Gostaria de vê-la outra vez.
Mildred sorriu e Diogo se levantou, agradeceu e foi embora, mas o que havia acontecido naquele momento, Mildred estava ansiosa e extasiada, queria mais, pensou com ela que não ia demorar muito para voltar a frequentar a nova livraria.