Isadora tenta escapar das mãos furiosas de Marcelo, que apertam com força seu pescoço, a deixando cada vez mais sem ar:

Marcelo – Vagabunda, desgraçada!

Isadora toma uma atitude, acerta uma joelhada na virilha de Marcelo:

Marcelo – Ai!

Ele à solta imediatamente. Tossindo, Isadora sente-se mal e tenta recuperar o folego que perdeu:

Isadora – Miserável! Você vai me pagar!

Marcelo – Não! Você é quem vai me pagar, vou entrar lá e dá um fim no seu joguinho.

Marcelo corre em direção ao portão, Isadora vai atrás:

Isadora – O que? Volta aqui seu…

Ela apanha uma pedra no chão e atira contra a cabeça de Marcelo:

Ao sentir a pancada, Marcelo para e coloca a mão na cabeça reclamando:

Marcelo – Desgraçada!

Ele se reaproxima de Isadora e dá um tapa forte no rosto dela, em seguida a segura forte:

Isadora – Você vai ter que resolver isso comigo Isadora!

Isadora – Não tenho nada para resolver com você, seu verme!

Marcelo – Porque mandou aqueles moleques me pegarem na rua?

Isadora – Você está louco!

Marcelo – Desgraçada! Olha aqui, eu sou tão ruim quanto você.

Isadora, avista a empregada Fátima saindo da casa e finge está sendo assaltada, ela grita escandalosamente:

Isadora – Me larga! Socorro! Fátima! Me ajuda! Chama o porteiro!

Fátima fica assustada:

Fátima – Dona Isadora? Meu deus!

Fátima corre para chamar o porteiro e nesse mesmo momento, Marcelo joga Isadora com toda força, contra o muro da casa e corre, a deixando caída no chão, logo após, o porteiro chega correndo junto com Fátima, ele a levanta do chão:

Porteiro – O que houve? A senhora está bem?

Fátima – Quem era aquele homem, dona Isadora?

Isadora chora, os convencendo de que foi um assalto:

Isadora – Eu não sei. Ele queria levar minha bolsa!

Porteiro – Um ladrão.

Isadora – É! Ele me machucou, acho que torci o tornozelo. Ai … não consigo andar!

Fátima – Meu Deus! Deixa ele levar a senhora?

Isadora olha para o porteiro:

Isadora – Sim, pode ser?

Porteiro – Claro, sim senhora, vamos!

O porteiro coloca Isadora nos braços e a leva em direção a entrada da casa. Já sentada no sofá, com o pé machucado em cima de um Puff estofado e tomando um copo d´água, Isadora dá detalhes do ataque:

Fatima – Eu fiquei apavorada! De onde saiu aquele homem meu Deus?

Isadora – Eu tinha acabado de descer do taxi, ele estava escondido, por que não havia visto ele na rua.

Porteiro – Graças a Deus a Fátima apareceu.

Isadora – Pois é, muito obrigada a vocês. Está de saída Fátima? Achei que você morasse aqui?

Fátima – Não senhora, eu moro no bairro Capão Redondo!

Isadora – Ah, então pode ir querida, vai ficar tarde, você precisa descansar.

Fátima – A senhora vai ficar bem? Eu posso esperar o Sr. Ernesto chegar.

Isadora – Não, não se preocupe, pode ir, muito obrigada.

Fátima – De nada. Já passou viu, não fique mais assustada não.

Isadora Sorri:

Isadora – Ok!

Fátima sai da sala:

O porteiro – Eu vou voltar para a guarita, precisa de alguma coisa?

Isadora – Não, pode ir, muito obrigado a você também.

Porteiro – Imagina senhora, com licença!

O porteiro também sai, Isadora fica sozinha e logo muda a expressão de vítima, para outra que demonstra ódio e indignação:

Isadora – infeliz! Não vou permitir que você estrague tudo Marcelo. Não mesmo.

Alguns instantes se passam em São Paulo, no apartamento de Bruna, Ernesto entra usando a cópia da chave que tem, ele procura por ela em todos os cômodos:

Ernesto – Bruna! Bruna?

Depois de muito procurar, Ernesto constata que Bruna não está:

Ernesto – Ela não está aqui.

Ele parece se irritar com a situação:

Ernesto – É brincadeira um negócio desse viu… onde será que ela foi, hein?

O celular de Ernesto toca, ele percebe que é Renata e atende com um leve sorriso:

Ernesto – Oi, minha princesa!

Renata – Pai. Que saudade!

Ernesto – Oh, minha filha, não imagina a vontade que estou de te dar um abraço bem forte.

Renata, com sorriso de orelha a orelha, noticia:

Renata – Eu também, que bom que amanhã poderemos.

Ernesto fica surpreso:

Ernesto – Amanhã?

Renata – É pai, o médico falou que amanhã mesmo vou receber alta.

Ernesto –Mas isso é maravilhoso!

Renata – Antes de pegar o avião, vou precisar passar numa delegacia daqui do Rio.

Nesse exato momento, Sandra entra no quarto de Renata, com alguns lanches que havia ido buscar na lanchonete do Hospital e tenta impedir que afilha conte ao pai sobre Danilo, ela faz gestos pedindo, Renata para de falar e observa a mãe meio que sem entender:

Ernesto fica preocupado e curioso sobre o que Renata deve resolver na delegacia:

Ernesto – Delegacia? Mas o que houve?

Renata contorna a situação e mente:

Renata – Ah Pai, o cara que me atropelou, foi embora sem prestar socorro, eu preciso denunciar!

Sandra fica mais tranquilo e faz um sinal de legal pra Renata:

Ernesto – Ah, eu achei que isso não tivesse acontecido. Mas tudo bem, você está certa, esse safado tem que pagar pela irresponsabilidade no transito.

Renata – Pois é, agente se ver amanhã tá?

Ernesto – Ok minha filha, dá um beijo na sua mãe por mim.

Renata – Dou sim, tchau!

Renata desliga o celular e questiona Sandra:

Renata – Mãe, por que não quer que eu conte a ele o que aconteceu?

Sandra – Você é louca? O Ernesto vai ficar descontrolado, ele detesta homem que bate em mulher. Renata, vamos evitar problemas minha filha. Amanhã você fala a ele, que terminou com o Danilo numa boa, que seu acidente foi causado por um maluco no transito, nada do que aconteceu de fato, em relação ao Danilo, você deve contar.

Renata fica apreensiva e pensativa, olhando pra Mãe.

Em São Paulo, Eduardo abre a porta de sua casa e se depara com Bruna:

Bruna – Oi, podemos conversar?

Eduardo – Se estiver sóbria, recuperada da ressaca, podemos!

Eduardo entra e Bruna o segue:

Bruna – Edu! Você não existe! Você é perfeito, você é o tipo de homem que toda mulher sonha em ter. Eu não mereço alguém como você.

Eduardo, emocionado, escuta com atenção:

Bruna – Não quero, não posso mais te fazer sofrer, não quero me tornar um monstro. Prefiro uma bela amizade.

Eduardo – Amizade? Estamos terminando Bruna?

Bruna chora e demonstra nervosismo:

Eduardo – O que está acontecendo com você?

Bruna – Eu não sei.

Eduardo – Está com outra pessoa?

Bruna mente:

Bruna – Não. Eu só não quero mais te fazer sofrer, não te dou atenção, nunca faço nada para te agradar, estamos caminhando para lados opostos cada vez mais.

Eduardo se aproxima de Bruna que chora em certo desespero, ele segura o queixo dela a olhando nos olhos:

Eduardo – Você me ama?

Bruna – Muito.

Eduardo – Eu também.

Eduardo a beija com paixão, e ternura:

Bruna – Me desculpa.

Eduardo a beija novamente.

Ernesto chega em casa desapontado por não ter encontrado com Bruna, ele sobe as escadas e segue o corredor em direção a seu quarto, ao passar pela porta do quarto de Isadora, ele a escuta chorando e fica preocupado, logo, bate a chamando:

Ernesto – Isadora! Você está bem?

Isadora está em frente ao espelho, com a maquiagem borrada pelas lágrimas de mais uma cena comovente que pretende fazer, ao ouvir a voz dele, Dora abre um belo sorriso de comemoração e vai atender a porta:

Isadora – Ernesto!

Ela o abraça enfatizando o choro:

Ernesto sem entender, questiona:

Ernesto – O que houve? Por que está chorando?

Isadora – Eu fui assaltada, aqui em frente à sua casa.

Ernesto – Como? Quando?

Isadora – Agora a pouco, eu havia descido do táxi que peguei lá na construtora.

Ernesto – Você não quis aguardar o nosso motorista Dora!

Isadora – Pois é.

Ernesto – Ele levou alguma pertence seu, te machucou?

Isadora – Tentou levar minha bolsa, mas não conseguiu, por que a Fátima estava largando e acabou vendo tudo, mas ele me machucou, me jogou contra parede com tanta força que acabei caindo.

Ernesto – Minha nossa. Mas não fique assim, já passou. Agora você já sabe, só ande em São Paulo se for com o nosso motorista.

Isadora – Eu fiquei desesperada.

Ernesto segura as mãos dela, pega um lenço na penteadeira e entrega a ela:

Ernesto – Já passou!

Isadora – Obrigada. Você é um doce!

Isadora começa a olhar para ele sorrindo e o desejando, Ernesto acaba percebendo:

Ernesto – O que foi?

Isadora – Nada, me desculpe, você me deixa tão sem graça.

Ernesto – Você nunca perde a graça!

Eles se aproximam aos poucos, se olham, se desejam, as atitudes de ambos, acabam culminando em um beijo ardente, eles se acariciam com vontade e entrega. Isadora desabotoa a camisa de Ernesto enquanto continua o beijando, em seguida eles se jogam na cama. Ernesto beija o pescoço de Isadora que sorri em silencio, comemorando o acontecimento do tão esperado e planejado momento.

O dia amanhece, Isadora abre os olhos deitada em sua cama e ao seu lado vê Ernesto ainda dormindo e sorri, ela está muito feliz. No banheiro do quarto, Dora fica em frente ao espelho e conversa com si mesma:

Isadora – Bom dia! Sua linda.

Ela se diverte.

Isadora – Não foi tão difícil assim, e nem foi tão ruim também. Ele é muito bom, nossa, adorei. Safado! Por isso que aquela sonsa vive com o sorriso no rosto.

Ela sorri da própria piada, ela está que é só alegria.

Ernesto acorda, meio desconfiado, ele levanta-se da cama só de cueca, veste a calça, se dirige à frente do espelho da penteadeira coloca a camisa. Isadora sai do banheiro:

Isadora – Bom dia!

Um pouco desconsertado, Ernesto a cumprimenta:

Ernesto – Bom dia.

Isadora se aproxima e segura no queixo dele e com ar de sedução diz:

Isadora – Foi maravilhoso!

Ernesto – Você é que é maravilhosa, um espetáculo!

Isadora – sorri.

Ernesto lhe dá um selinho rápido:

Ernesto – A Sandra volta hoje, e trará a Renata junto, por favor, precisaremos ser muito discretos.

Isadora – Sim claro, não se preocupe.

Ernesto – Vou tomar um banho! Já, já a Fátima deve estar chegando, não quero que ela me veja saindo do seu quarto.

Isadora – Sim, sim, vá lá meu amor!

Ernesto sai do quarto de Isadora, ela fica sozinha e chateada, lamenta a volta de Sandra:

Isadora – Vaca! Já vai voltar, justo quando comecei a conquistá-lo.

Na casa de Eduardo, Bruna está deitada e abraçada a ele na cama:

Eduardo – Estava com saudade desse momento só nosso.

Bruna – Eu também. Eu prometo que não vou mais me afastar de você. Nunca mais.

Bruna dá um selinho nele e eles sorriem.

Algumas horas se passam. No avião a caminho de São Paulo, Renata parece estar entristecida:

Sandra – O que foi filha?

Renata – Há poucos dias, eu sonhava com meu casamento, e hoje, não quero ver o Danilo nem pintado à ouro.

Sandra – Eu sei que está sendo muito difícil para você, mas tem que ser forte, você conseguiu, acabamos de sair da delegacia e você disse tudo o que tinha que dizer. Lembra que tinha me contado que seria uma nova mulher, daqui em diante?

Renata expressa sim com a cabeça:

Sandra – Pois vai ser, já é, uma nova mulher.

Renata – Obrigada Mãe, por estar sempre comigo, me apoiando, cuidando de mim. Você é minha DIVA.

Sandra – Diva?

Elas sorriem juntas, mais alguns instantes se passam e o avião pousa no aeroporto de São Paulo. Roberto, o motorista particular da família Paes Medeiros aguarda a chegada das patroas, no saguão do aeroporto, Sandra empurrando a cadeira de rodas onde está Renata, avista Roberto de longe:

Sandra – Olha que amor filha, o Roberto já está nos esperando.

Renata – É muito querido mesmo.

Roberto as vê e se aproxima sorrindo:

Roberto – Dona Renata, que prazer lhe ver de novo.

Renata esbanja simpatia:

Renata – Ah, beto, eu também estava morrendo de saudades, como você está menino?

Roberto – Melhor agora, sinto muito por seu acidente.

Renata – Obrigada, fazer o que né? Graças a Deus escapei.

Roberto – Só Deus mesmo dona Renata. Dona Sandra, tudo bem?

Sandra – Tudo, querido, você é um doce deve ter chegado bem cedo aqui.

Roberto – Muito prazer para mim senhora. Vamos para o carro?

Renata – Vamos, estou louca para ver meu pai.

Roberto assume o lugar de Sandra e passa a empurrar a cadeira de rodas até a saída do Aeroporto. Em um outro instante, o carro entra no portão da casa dos Paes Medeiros, percorre o jardim e para em frente a porta principal, onde estão Ernesto, Fátima e Isadora que observa com ansiedade a saída delas de dentro do veículo, Roberto tira do porta malas, a cadeira de rodas de Renata e ao ver, Isadora exibe um sigiloso sorriso de deboche, Sandra se aproxima da porta:

Sandra – Oi, chegamos!

Isadora – Oi amiga.

Sandra dá um selinho em Ernesto, Isadora disfarça estar feliz, enquanto isso, Renata senta-se na Cadeira de rodas sorrindo e se se aproxima do Pai:

Ernesto – Filha!

Ele dá um beijo em sua testa e a abraça:

Ernesto – Que bom que voltou, que bom que está bem.

Renata –ah … eu te amo.

Ernesto – Eu também.

Sandra – Filha! Preciso te apresentar a Isadora!

Isadora sorrindo e demonstrando simpatia se aproxima de Renata, ficando de frente para ela:

Sandra – Garanto que vocês serão grandes amigas.

Renata fica em silencio observando Isadora, meio que intrigada, olhando no fundo de seus olhos.

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