(ÚLTIMO CAPÍTULO)

CENA 01/ HOSPITAL/ RECEPÇÃO/ INT./ DIA

A cena será narrada pela voz de Laura que direcionará as ações de Vanessa para a execução do plano elaborado por ambas. Ao mesmo instante que ouvimos as instruções de Laura, vemos os atos sendo reproduzidos por Vanessa.

LAURA

— (off) Então, você vai entrar no hospital com um semblante muito abatido, todos precisam perceber que você está mal por conta do que está acontecendo com a sua família. Você vai falar com a recepcionista e pedir informações sobre o quarto do seu pai, sempre atenta à sua voz, que precisa estar muito leve. Quando você conseguir o número do quarto, já sabe o que fazer.

Vemos Vanessa indo ao quarto de seu pai, seu semblante é diabólico.

CENA 02/ HOSPITAL/ QUARTO/ INT./ DIA

Discretamente, Vanessa entra no quarto. André está dormindo, ao seu lado vemos uma bandeja com alguns alimentos para o café da manhã.

LAURA

— (off) Se ele estiver dormindo, vai ser melhor ainda.

VANESSA

— Não, esse desgraçado precisa estar acordado pra ver o fim dele. (p/ André) Pai? Pai?

André acorda assustado.

VANESSA

— Oi cobra criada.

ANDRÉ

— O que você está fazendo aqui? Por que a enfermeira não te barrou?

VANESSA

— Eu sou a única pessoa que está cuidando de você aqui, esqueceu?

ANDRÉ

— Desgraça! O que você quer, demônio?!

VANESSA

— (sorri) Nada, eu só vim ver o meu paizinho, que eu tanto amo.

Vanessa tira o veneno do bolso e se aproxima do pai, tentando fazer algumas carícias no mesmo. Estando nessa posição, consequentemente ela fica de costas para a comida do pai, assim, ela despeja todo o veneno no suco do mesmo.

ANDRÉ

— (berra) SAI DAQUI! Enfermeira!

Vanessa se distancia.

VANESSA

— Eu acho que meu dever acabou por aqui. Eu vou chamar a enfermeira pra te ajudar no seu café da manhã.

Vanessa sai. No corredor, ela esbarra com a enfermeira e pede que a mesma vá ao quarto do seu pai. Acompanhamos a enfermeira entrando no quarto de André.

ANDRÉ

— Por que você não acatou a minha ordem?!

ENFERMEIRA

— Nós não podemos barrar a entrada de familiares.

ANDRÉ

— Eu não quero essa menina aqui, nunca mais!

ENFERMEIRA

— Vamos tomar o café da manhã, o senhor precisa tomar por conta da medicação.

A enfermeira ajuda André a tomar o suco e comer os outros alimentos. Após beber o suco, André tem uma convulsão.

ENFERMEIRA

— Meu Deus!

A enfermeira sai do quarto pedindo ajuda. 

CORTE

CENA 03/ HOTEL/ QUARTO/ INT./ DIA

Laura abre a porta, é Vanessa.

VANESSA

— Deu certo!

Elas comemoram.

VANESSA

— Eu nunca achei que ficaria feliz fazendo uma maldade com alguém.

LAURA

— Fazendo uma maldade com alguém que merecia.

VANESSA

— Verdade, será que ele vai morrer?

LAURA

— Eu não sei, isso vai depender da quantidade de veneno que você colocou.

VANESSA

— Coloquei tudo.

LAURA

— Mas, como dizem: vaso ruim não quebra fácil.

VANESSA

— Será que eu sou um monstro?

LAURA

— Não! Você fez isso por conta do que ele fez com a sua mãe. Ele sim é um monstro.

Celular de Vanessa toca. Ela atende.

VANESSA

— (Ao tel.) Alô?

DR. IGOR

— (Ao tel.) Vanessa? Tenho duas notícias pra te contar, uma boa e outra ruim.

VANESSA

— (Ao tel.) Qual a boa?

DR. IGOR

— (Ao tel.) Sua mãe acordou, ela está bem melhor.

VANESSA

— (Ao tel.) Meu Deus! Que ótimo!

DR. IGOR

— (Ao tel.) A ruim é que seu pai teve uma convulsão e depois outro AVC.

VANESSA

— (Ao tel.) Que triste.

DR. IGOR

— (Ao tel.) Eu lamento a sua dor, Vanessa. Estaremos aqui caso precise de um ombro amigo. Beijos.

VANESSA

— (Ao tel.) Beijos.

LAURA

— O que foi?

VANESSA

— Ele teve outro AVC.

LAURA

— Nossa.

VANESSA

— Mas, minha mãe está muito melhor.

Elas comemoram.

VANESSA

— E agora? Você vai voltar pra São Paulo?

LAURA

— Sim, eu preciso voltar e retomar a minha vida. Vem comigo.

VANESSA

— Eu não sei.

LAURA

— Você iria amar.

Celular de Laura toca, é Leonor. Ela atende.

LAURA

— (Ao tel.) Tia?

LEONOR

— (Ao tel.) Oi.

LAURA

— (Ao tel.) Eu consegui.

LEONOR

— (Ao tel./ assustada) Você o matou?

LAURA

— (Ao tel.) Não… Na verdade, eu não (olha para Vanessa).

LEONOR

— (Ao tel.) Ele está morto, Laura?

LAURA

— (Ao tel.) Não, ele só teve umas complicações bobas. Foi bem leve.

LEONOR

— (Ao tel.) Você volta amanhã ainda?

LAURA

— (Ao tel.) Sim.

LEONOR

— (Ao tel.) Eu iria chamar a polícia pra resolver isso.

LAURA

— (Ao tel.) Nem precisou. Tudo já está bem resolvido.

LEONOR

— (Ao tel.) Tá bom, se cuida, hein?

LAURA

— (Ao tel.) Pode deixar.

Laura desliga.

LAURA

— Acho que acaba por aqui.

VANESSA

— Sim. Eu lamento por tudo que meu pai fez você passar. Eu espero que você consiga superar tudo isso e viver a sua vida tranquilamente.

LAURA

— Eu vou tentar.

Elas se abraçam.

VANESSA

— Obrigada por tudo, por abrir a minha cabeça para o pai que eu tinha e me ajudar nesse plano.

LAURA

— Eu quem te agradeço. Mais uma de despedida?

VANESSA

— Com certeza.

Ambas se beijam e por fim, jogam-se na cama.

FIM

Nota da Autora: E aqui, eu deixo meus sinceros agradecimentos a plataforma pela oportunidade de compartilhar minha história, obrigada.

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