(PENÚLTIMO CAPÍTULO)

CENA 01/ SÃO PAULO (CAPITAL)/ PLANO GERAL/ EXT./ DIA

Legenda: “15 anos atrás…”.

Sobrevoamos os grandes prédios da capital de São Paulo.

CENA 02/ RODOVIÁRIA DE SP/ LOCAL DE EMBARQUE/ INT./ DIA

Entre as pessoas presentes, vemos Carlos, Leonora e Laura (aproximadamente com 5 anos de idade). 

LEONORA

— (p/ Laura) Filha, quem a gente vai encontrar hoje?

LAURA

— (feliz) Tia Leonor!

LEONORA

— Você estava com saudade da titia?

LAURA

— Sim!

CARLOS

— (sorri) Nossa! Essa garotinha está muito feliz, hein.

LEONORA

— (p/ Carlos) Espero que a Leonor não se importe de ficar alguns dias com ela.

CARLOS

— Eu também.

CENA 03/ SOROCABA (SP)/ PLANO GERAL/ EXT./ NOITE

Vemos a cidade de Sorocaba do alto. Corte para o trânsito intenso de carros. Corte para o fluxo tranquilo de pessoas nas ruas.

CENA 04/ CASA DE LEONOR/ SALA/ INT./ NOITE

Leonor está assistindo TV.

LAURA

— (no ext.) Toc! Toc!

Leonor olha.

LEONOR

— Laurinha?

LAURA

— Tia!

Laura, Carlos e Leonora entram sorrindo. Leonor os recebe.

LEONOR

— Depois de tanto tempo… Até que enfim.

Laura abraça a tia.

LEONORA

— Ela estava morrendo de saudade de você.

LEONOR

— (ri) Deu pra perceber. Mas, vocês não vieram aqui apenas pra me ver.

CARLOS

— Infelizmente não, Leonor. Precisamos que você nos quebre um galho.

LEONOR

— Até dois, se precisar… (p/ Laura) Laura, meu bem, vai no seu quarto olhar os brinquedos novos que a titia comprou.

LAURA

— Eba!

Laura sai.

LEONOR

— Então, do que se trata?

LEONORA

— Precisamos que você fique com a Laura. Nós vamos voltar pra Capital de madrugada pra resolver pendências do nosso trabalho e não poderíamos ficar com ela, nossa jornada diária é muito diferente.

LEONOR

— Tranquilo, tranquilo. Eu entendo.

LEONORA

— Muito obrigada, irmã.

LEONOR

— Disponha e também vai ser ótimo passar esse tempo com a Laurinha.

LEONORA

— Eu garanto que sim!

CORTE

CENA 05/ CASA DE LEONOR/ QUARTO DE LEONOR/ INT./ MADRUGADA

Take de Laura dormindo ao lado de Leonor, que está de olhos abertos. Ela levanta. CORTE. Leonor se encontra com Leonora e Carlos, ambos estão de malas prontas.

LEONOR

— Já estão prontos?!

LEONORA

— Sim, irmã. Acordamos mais cedo pra adiantar as coisas.

LEONOR

— Entendi. Então, é isso, boa viagem.

LEONORA

— Muito obrigada novamente, cuida dela pra gente.

LEONOR

— Pode deixar.

CARLOS

— Obrigado Leonor, te devo essa.

LEONOR

— (ri) Nem precisa pagar. Mas, vocês vão de ônibus?

CARLOS

— A gente conseguiu um carro normal pra ir.

LEONOR

— Entendi.

Leonora e Carlos saem.

CORTE

CENA 06/ SOROCABA/ RUA/ EXT./ MADRUGADA

O carro está estacionado. Leonora e Carlos chegam e são recepcionados pelo motorista que os ajuda. Por fim, todos entram no carro, que sai.

CORTE

Estamos num plano geral da estrada, que está escura e com sua pista molhada.

CORTE

Interior do carro:

CARLOS

— Nossa, a Leonor tem um coração de ouro, ela nos ajudou muito.

LEONORA

— Verdade. Espero que a Laura não dê muito trabalho ao saber que nós saímos sem avisar.

De repente, o carro desliza na pista.

CARLOS

— (assustado) O que houve?

MOTORISTA

— A pista está molhada.

O motorista acelera.

LEONORA

— Moço, cuidado!

O carro desliza novamente. O motorista tenta contornar a situação, mas perde o controle do carro, que sai da pista, capota e bate numa árvore. Imediatamente, o alarme o carro é ativado e por fim, vemos a cena do acidente do alto.

CENA 07/ CASA DE LEONOR/ QUARTO DE LEONOR/ INT./ MADRUGADA

Laura tem um pesadelo e acorda aos berros. Ela chora. Leonor acorda.

LEONOR

— O que houve, meu amor?

LAURA

— (chorando) Minha mãe, meu pai.

LEONOR

— Eles foram à capital e voltam amanhã pra te ver.

LAURA

— (chorando) Eu quero minha mãe! Eu quero meu pai!

Leonor abraça a sobrinha e acalma-a.

RETORNO A ULTIMA CENA DO CAPÍTULO ANTERIOR

CENA 08/ HOTEL/ QUARTO/ INT./ DIA

Leonor e Laura continuam no telefone.

LEONOR

— (Ao tel.) Mas o que você vai fazer, Laura?

LAURA

— (Ao tel.) Iria.

LEONOR

— (Ao tel.) Como assim?

LAURA

— (Ao tel.) Eu desisti, tia. Amanhã estou voltando pra SP.

LEONOR

— (Ao tel.) O que aconteceu?

LAURA

— (Ao tel.) Não dá pra te contar pelo telefone, mas meus planos não deram certo, foi tudo por água abaixo.

Escutamos batidas na porta.

LAURA

— (Ao tel.) Tia, só um momento.

Laura abre a porta, é Vanessa.

VANESSA

— Você tinha razão. Me desculpa.

LAURA

— (Ao tel.) Tia, eu te retorno daqui a pouco.

Laura desliga o telefone.

LAURA

— O que aconteceu?

VANESSA

— O que eu mais temia. Meu pai tentou matar a minha mãe.

LAURA

— (assustada) Meu Deus!

VANESSA

— E a gente precisa fazer alguma coisa.

CORTE

LAURA

— Ele a envenenou?

VANESSA

— Sim.

LAURA

— Mas, como? Como ele se levantou da cama? Como ele conseguiu esse veneno?

VANESSA

— Provavelmente ele ainda consegue andar mesmo debilitado. Mas sobre o veneno, eu não faço ideia da origem.

LAURA

— Esse homem é louco, eu sempre soube.

VANESSA

— Desculpa por não acreditar em você. Não está mais aqui quem disse aquilo. Eu preciso da sua ajuda, eu preciso de você.

Vanessa pega na mão de Laura. Ambas se olham e beijam-se.

CENA 09/ CASA DE LEONOR/ SALA/ INT./ DIA

Leonor está sentada no sofá. Leonardo chega.

LEONARDO

— Boa tarde.

LEONOR

— Boa, acabei de falar com a Laura e ela me revelou tudo.

CENA 10/ HOSPITAL/ QUARTO/ INT./ DIA

André está deitado em sua maca.

ANDRÉ

— (berra) Enfermeira! Enfermeira!

A enfermeira chega.

ENFERMEIRA

— O que houve, senhor? Está sentindo algo?

ANDRÉ

— Raiva! Escute aqui, não quero ninguém entrando nesse quarto! Não quero visitas!

ENFERMEIRA

— Algum motivo, senhor?

ANDRÉ

— Não é da sua conta.

ENFERMEIRA

— Tudo bem.

Ela está saindo.

ANDRÉ

— Mais uma coisa. Minha mulher, como ela está?

ENFERMEIRA

— O Dr. Igor disse que pode ser grave, pois o veneno já está no organismo.

ANDRÉ

— Entendi. Pode sair!

Ela o faz.

CENA 11/ CASA DE LEONOR/ SALA/ INT./ DIA

Leonardo e Leonor estão conversando.

LEONARDO

— O quê?!

LEONOR

— Sim, ela me disse que está em Ouro Preto por vingança.

LEONARDO

— Então, ela queria matar o André.

LEONOR

— Sim, ela queria que ele pagasse pelo que fez.

LEONARDO

— Nunca passou na minha mente a existência dessa história.

LEONOR

— Nem na minha.

LEONARDO

— E ela está segura lá?

LEONOR

— Eu não sei, irmão, eu peço a Deus que sim.

LEONARDO

— Nós precisamos fazer alguma coisa.

LEONOR

— Eu pensei em ligar pra polícia, mas vou esperar ela me passar os dados corretamente pra fazer isso.

LEONARDO

— Me mantenha informado.

LEONOR

— Tá bom.

CENA 12/ HOTEL/ QUARTO/ INT./ DIA

Laura e Vanessa estão despidas na cama e com um edredom cobrindo suas partes íntimas.

LAURA

— Agora a gente precisar pensar no que fazer.

VANESSA

— Não vem nada na minha cabeça.

LAURA

— E esse veneno que seu pai usou?

VANESSA

— Eu não sei onde está.

LAURA

— No quarto dele, não?

VANESSA

— Eu não sei.

LAURA

— Para o hospital ele não pôde levar. Que tal, a gente procurar?

VANESSA

— Será que vamos encontrar?

LAURA

— Seja o que Deus quiser.

CENA 13/ CASA DE SANDRA/ QUARTO DE ANDRÉ/ INT./ NOITE

Laura e Vanessa estão procurando o veneno usado por André, por toda parte. Elas reviram todo o quarto atrás do item. CORTE. Após muita procura, Vanessa encontra.

VANESSA

— Não acredito, olha isso.

Vanessa mostra o frasco com veneno para Laura.

LAURA

— Bingo!

FIM

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