CENA 01/ CASA DE SANDRA/ QUARTO DE ANDRÉ/ INT./ DIA

Vanessa tenta acordar a mãe chacoalhando-a. André vê a cena e debocha.

ANDRÉ

— Você vai ser a próxima, Vanessa.

VANESSA

— Você deve estar louco. O que você fez com ela?

ANDRÉ

— Foi o troco por ter mentido pra mim e você vai sofrer por me desobedecer e desacatar.

VANESSA

— Eu não vou sofrer nada! Eu vou ligar pra ambulância e te internar, louco!

Vanessa sai.

ANDRÉ

— (olha p/ Sandra caída) Que o diabo carregue a sua alma, desgraçada.

CORTE

CENA 02/ CASA DE SANDRA/ FACHADA/ EXT./ DIA

Vemos uma ambulância de sirene ligada. André e Sandra estão sendo colocados dentro do automóvel, esta última continua desacordada. Vanessa sai de casa e encontra com Dr. Igor.

DR. IGOR

— Obrigado por ligar pra mim, Vanessa.

VANESSA

— Disponha, eu que agradeço pelo senhor vir. Mas, minha mãe, será que vai ficar boa?

DR. IGOR

— Eu ainda não sei, mas faremos o possível pra que ela volte sã e salva. Ok, precisamos ir.

VANESSA

— Eu vou pegar um táxi e acompanho vocês.

Dr. Igor e Vanessa saem.

CENA 03/ HOTEL/ QUARTO/ INT./ DIA

Laura está sentada na cama.

LAURA

— Parece que não me resta mais nada do que arrumar minhas malas e ir embora, eu não vou conseguir ter um embate com a Vanessa.

Ela começa abrir a suas malas e arrumar suas roupas. MOMENTO. Telefone toca. Laura atende, é Leonor.

LEONOR

— (Ao tel.) Laura?

LAURA

— (Ao tel.) Oi tia.

LEONOR

— (Ao tel.) Como você está?

LAURA

— (Ao tel.) Estou bem.

LEONOR

— (Ao tel.) Laura, eu estou muito preocupada com você, você tinha me dito o nome da cidade que estava, mas eu acabei esquecendo… Qual o nome mesmo?

LAURA

— (Ao tel.) Ouro Preto, tia.

LEONOR

— (Ao tel.) Ouro Preto?!

Leonor relembra que Ouro Preto é a mesma cidade em que André está.

CENA 04/ HOSPITAL/ SALA DE ESPERA/ INT./ DIA

Vanessa está sentada e visivelmente preocupada. Dr. Igor se aproxima.

DR. IGOR

— Vanessa…

VANESSA

— E então, o senhor já descobriu o que aconteceu com minha mãe?

DR. IGOR

— Nós temos um laudo prévio, já que é muito cedo para constatarmos o que aconteceu com sua mãe, de fato.

VANESSA

— E então?

DR. IGOR

— Os exames feitos até agora indicam um suposto envenenamento.

VANESSA

— Quê?!

Vanessa fica abalada.

–                                  

CENA 05/ HOTEL/ QUARTO/ INT./ DIA

Laura está no telefone.

LAURA

— (Ao tel.) O que foi, tia?

LEONOR

— (Ao tel.) O seu tio Léo me disse que a cidade que o André mora é exatamente essa.

LAURA

— (Ao tel.) Eu acho que chegou a hora…

LEONOR

— (Ao tel.) A hora do quê?

LAURA

— (Ao tel.) De te contar o porquê realmente eu estou aqui.

LEONOR

— (Ao tel.) Então, qual é?

LAURA

— (Ao tel.) Eu vim me vingar do André, tia. Desde quando eu era pequena ele me assediava e abusava, sempre quando a senhora saía e nos deixava sozinho (chora) foi horrível, tia, foram os piores anos da minha vida, eu só queria paz e viver como uma criança normal..

LEONOR

— (Ao tel.) Meu amor, por que você não me contou tudo antes?

LAURA

— (Ao tel./ chorando) Eu tinha medo. Ele sempre me ameaçava falando que ia fazer maldades com a senhora.

LEONOR

— (Ao tel./ chora) Eu lamento muito, meu amor, desculpa por não estar ao seu lado nesse momento difícil.

Ambas choram no telefone.

FIM

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo