No instante seguinte a luz que o envolvera se dissipou, diante dos seus olhos Delfian sorria. Os dois estavam sozinhos, envoltos pelas sombras.
— Entregue-me as chaves menino. — A voz dele havia mudado. Delfian mantinha o olhar fixo nele. — e eu o mandarei de volta para casa.
— Não! — Respondeu Jonas tomado pela coragem. — a minha casa é aqui agora.
— Sua mãe… Vai deixa-la sozinha? — Os olhos amarelos eram tão penetrantes quanto medonhos.
Em meio a toda aquela aventura, Jonas havia esquecido dela. A sua mãe estava sozinha em casa, sem ele, o seu único filho. Por um instante ele desejou voltar para casa, a imagem de Pandora e dos seus amigos apareceu diante dele, mesmo que Jonas não tivesse pedido por essa missão, ela havia escolhido e era por ela que ele lutava.
— Vamos acabar com isso Delfian.
Ele deu alguns saltos para trás, as chaves em seu pescoço voltaram a brilhar mais uma vez. Jonas deixou ser guiado por ela, conduzindo-a ate a palma da sua mao disparou a energia contra a criatura sua frente.
— Que assim seja! — A voz de Delfian ecoou pelo grande salão enquanto se dissolvia em fumaça.
Uma batalha se iniciou rapidamente, Jonas e Delfian trocaram golpes poderosos, usando o poder das chaves para canalizar a própria vontade. Rajadas de luzes se chocavam a medida que a batalha se intensificava.
A criatura diante dele viajava rapidamente pelas sombras do lugar, procurar por ele e fugir dos seus ataques não era um dos melhores planos. Um único golpe seria o suficiente para acabar com tudo aquilo.
Jonas, assim como Delfian sentiam o fluxo de energia sendo canalizado e disparado pelo outro, era como se os dois pudessem ver onde atacar, eles precisavam apenas de uma brecha para que tudo aquilo acabasse. Lembrando das palavras de seu mestre o garoto teve uma ideia maluca, mas era uma ideia.
Ele tinha pouco tempo para que aquilo funcionasse. Sentando-se no chão Jonas canalizou toda a energia das chaves num único ponto, a palma da mão agora brilhava, tão intensa quanto a sua vontade. A medida que a luz se intensificava tudo ia sendo tomado por ela. Delfian por sua vez, disparou contra ele um raio de luz negra que foi consumido por Jonas e redirecionado para ele.
— Luz e Sombra foram feitor para complementar um ao outro e não se sobressair, são iguais nem mais, nem menos. — Disse Jonas abrindo os olhos.
Delfian não estava mais lá.
Jonas levantou-se e sorriu ao ver nas suas mãos um pequeno baú de madeira escura envolta por inscrições douradas.
— Acabou Delfian…
A sala iluminada mostrava a ele os tesouros de Luminus, la estava a coroa que Pandora receberia em sua coroação.
— Voce tem certeza? — Ele perguntou entregando a Pandora a pequena caixa de madeira.
— A sala do tesouro é o melhor lugar para guarda-la. — Ela disse levando-o ate o centro da sala.
Jonas depositou a pequena caixa no pedestal exposto. Pandora sorriu para ele antes de finalmente beija-lo.
— Obrigada!
— O que acontece agora? — Ele perguntou quando ela voltou a olha-lo com carinho.
— Acabou Jonas. Delfian ficara aqui pelo resto da eternidade, como antes reestabelecerei laços com Dharkus e viveremos em paz como era a vontade dos deuses.
— O que acontece comigo?
— A escolha é sua! — Ela respondeu voltado a beija-lo. — Você pode voltar para casa, ou ficar aqui comigo.