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Pesadelo – Season 2 – Capitulo 5: O fruto proibido

– O mestre solicita a vossa presença, princesa. – Disse um dos homens lagartos fazendo-lhe uma revererncia ao lhe entregar a bandeja com o café da manha.

– O que ele deseja? – Respondeu Pandora rispida enquanto mastigava o pao e o vinho oferecido.

– Não sabemos! – Retrucou o outro.

Pandora e Alfea trocaram olhares aflitos, as duas ja esperavam alguma iniciativa dele, mas por que agora? sera que Delfian havia encontrado Jonas, ou quem sabe o paradeiro da chave mestra?

Por via das duvidas Pandora resolveu nao arriscar, melhor saber quais as intensoes de Delfian de uma vez do que tentar imaginar o que pode ser. Se fosse ruim, que fosse logo entao.

– Pois bem, – Respondeu ela pondo a caneca de vinho sobre a bandeja no chão. – Levem-me ate ele! Voce vem comigo Alfea?

– Sim princesa! – Respondeu ela prontamente de pé ao seu lado.

– Queiram nos acompanhar. – Disse um dos homens lagarto apontando para a entrada.

As duas foram escoltadas pelo pavilhao das masmorras, iluminados apenas por tochas, subindo por uma escadaria em espiral foram levadas ate o salao superior, onde um corredor levava a uma porta negra trancada.

Parados diante da porta, uma das criaturas batidas fortes e aguardou alguns minutos antes delas se abrirem revelando a figura de uma bela mulher semi nua. Ao se deparar com as prisioneiras ela sorriu.

– Meu senhor, suas convidadas! – Anunciou a mulher. Entrem!

A porta foi aberta para que emtrassem, Pandora e Alfea trocam olhares amedrontados ao perceber o que se passa dentro da sala, cujas portas acabam de ser trancadas novamente atrás delas, sozinhas no meio de um ritual, temiam pelo pior.

Era impossivel nao se sentir no miimo enojado com tal ato. Delfian encontra-se ajoelhado diante de um altar de pedra negra, vislumbrando uma mulher de belas feições dançar nua ao som de tambores e flautas ritmados.

– Meu senhor! – Repetiu a outra, voltando a dar passos ritimados ao som da musica.

Ao vê-las entrar Delfian ordenou que a musica parasse, no completo silencio, todos os olhares se voltaram para as duas mulheres que acabavam de adentrar o templo.

Delfian levantou-se indo ao encontro de suas convidadas, sorrindo, o monstro ao seu lado fez um sinal para que continuassem. A mulher nua continuou a dançar mesmo antes dos sons recomeçarem como se nada tivesse acontecido.

Bem-vinda princesa! Delfian saudou com um sorriso sarcástico ao se aproximar. O que traz você ao meu humilde recinto.

Seu lacaio fizera uma humilde reverencia ao ve-las.

Não seja hipócrita Delfian! – Pandora se exaltou ao presenciar aquela cena! – O que deseja com tudo isso?

Hipócrita eu? Como de costume essa é uma cerimonia em honra a nossa deusa.

Sabe muito bem que nao é disso que eu estou falando, apesar de voce usar a senhora da noite como desculpa para seus proprios planos e nao em busca do bem maior como os antigos ensinaram.

– O que estou fazendo entao? – Perguntou Delfiian fingindo desaprovação.

– Você está nos caçando. Pandora o desafiava com o olhar destemido. O monstro sorria, se divertindo com a pertinência da garota a sua frente.

Graças a você eu estou livre, e depois de um longo tempo trancafiados naquela caixa eu quero o que a sua família tirou de mim. O reino de Pangeia. Chegou a hora das sombras assumirem o poder.

Nos não vamos deixar! Alfea alterou seu tom de voz.

Calada aberração! Delfian pareceu se irritar pela intromissão. Acha que pode vir aqui e desafiar minha autoridade. Em seu estado você não pode fazer nada.

Alfea estava em choque, como era possível que ele soubesse? Havia passado tão pouco tempo, e ela não contara a ninguém, nem mesmo a Yon o que estava acontecendo

Você é louco! Pandora tomará a palavra. Existe um equilíbrio que deve ser mantido, Luz e sombra são reflexos um do outro, não há sobreposição. Não pode haver.

– Nao sou eu que carrego um colecionador em meu ventre, princesa! – Delfian desafiou Pandora mais uma vez. – Isso é errado e voce sabe!

– Nao ha nada errado no fruto de um amor verdadeiro Delfian, foi isso que os deuses de Pangea nos deixaram.

– O que voce quer? – Questionou ele. – Um exercito deles?

– Quero que haja paz Delfian só isso! – Pandora respondeu brava.

– Voce quer a paz criando um exercito? Me diga Pandora Onde ela esta a chave, onde você a escondeu?

O que? Pandora sabia o que ele procurava.

Não tente me fazer de tolo princesa! Onde você colocou a chave?

Tudo isso por causa das chaves?

Não é por causa das chaves criança, você conhece a lenda. Eu quero A CHAVE.

Não seja tolo. Pandora sorria. Como você mesmo disse isso é só uma lenda Delfian, apenas isso.

Levem nas daqui eu encontrarei as chaves por conta própria

 

Adentrar uma cidade deserta não era a melhor coisa a se fazer naquele momento, sem ter um plano em mente, os três eram apenas alvos fáceis, mas era a única pista que Jonas tinha sobre o paradeiro de Pandora. A maga da luz havia lhe dado uma missão, recuperar sua chave antes que ela caísse nas mãos de Delfian.

O monstro estava reunindo um exército em busca das sete chaves dos sonhos, Jonas e seu grupo teriam de impedi-los a qualquer custo. O lugar agora abandonado havia sido usado como acampamento e campo de treinamento para as hordas de monstros que marchavam rumo a Luminus. O cheiro de morte estava impregnado naquele lugar, a cada passo dado pilhas de corpos em decomposição, denunciavam o massacre ocorrido ali.

Eles haviam chegado tarde demais.

– Onde está? – Oreon perguntou impaciente pela terceira vez desde que eles pisaram naquele lugar.

– Eu não sei ao certo! – Jonas respondeu irritado. – Só sei que está por aqui em algum lugar.

– Não se esqueça Jonas que nós estamos sendo caçados e aqui somos alvos fáceis. – Retrucou o homem.

– Eu sei, por isso temos de encontrá-la o mais rápido possível. – rebateu Jonas ja impaciente.

– Entao tente se lembrar do seu sonho, é a única pista que temos! – Oreon estava cauteloso em suas ações.

– Procurem por uma arvore alta perto do rio. – Disse ele por fim olhando em volta.

Yon permanecera calado desde que Jonas falara sobre o sonho, ele sabia dos riscos e mesmo assim aceitou acompanha-lo nessa investida, as chaves dos sonhos eram suas melhor aposta para o que estava por vir. Se o monstro conseguisse as sete chaves seria o fim de tudo pelo que ele havia lutado.

– Fiquem atentos vocês dois, – disse Yon por fim. – Nós estamos sendo observados. Ele também quer a chave mestra.

Os três tomaram a dianteira e depois de um tempo cruzaram toda a cidade, chegaram a uma bifurcação cujo caminho levava a um rio de aguas turvas.

– Por aqui. – Jonas indicou seguindo a diante. – O comboio cruzou o rio.

– Permanessam atentos. – Pediu Yon.

Ao dar o primeiro passo para dentro do rio, o garoto foi surpreendido por uma força maligna que o fez paralisar. Alguma coisa estava impedindo que ele avançasse. Antes que qualquer um deles pudesse pensar em algo, sombras se projetaram da arvore e do solo, impedindo Jonas de emitir qualquer som.

Seu corpo estava sendo consumido pela sombra, enquanto era vagarozamente puxado para o fundo do rio. Jonas se viu desesperado, sem qualquer chance de escapatoria.

– Olá criança! – Disse a sombra que o aprisionara tomando a forma homem elegantemente vestido de terno negro e cartola.

Yon e Oreon se puseram em posição de ataque, ao perceberem a presensa do inimigo. Com Jonas como refem os dois tinham que ser cuidadosos, Yon o conhecia bem, pois ja haviam travado varias batalhas juntos.

– O que voce quer aqui Loockey? – Perguntou Yon.

– Suponho ser o mesmo que vocês velho amigo. – Lookey sorria satisfeito.

– Largue o garoto. – Rebateu Oreon.

– Só quando ele me disser onde esta. – Disse a criatura apertando ainda mais o garoto contra o proprio corpo.

– Ele nao sabe de nada, eu garanto. – Yon temia pela segurança de Jonas.

– Isso nao é verdade, nao é mesmo Jonas – Lookey librou a boca do garoto para que ele falasse.

– Yon, me ajuda! – Pediu o garoto.

Yon e Oreon trocaram olhares, um segundo depois, juntos partem para o ataque, Yon usa as garras metálicas para dilacerar o inimigo, mas é impedido de se aproximar pelas sombras que formam uma barreira entre ele e Lookey. Oreon profere encantamentos fazendo com que um globo de luz flutuante iluminasse o lugar enfraquecendo as sombras. Jonas tentava sem sucesso se livrar de seu carcereiro, o monstro parecia não se importar com suas tentativas de fulga. Loockey olhava para ele com um sorriso zombeteiro.

– Onde está a chave Jonas? – Perguntou ele calmamente. – Responda, ou eles morrem aqui.

– Eu… Eu não sei. – Respondeu ele com dificuldade. Tomado pela sensação de incapacidade, era angustiante para ele, ver que todos esperavam que ele soubesse a resposta, todos estavam esperando que ele resolvesse um mistério que ele não tinha a menor noção de como resolver. – EU NÃO SEI.

Uma força estranha tomou conta de seu corpo explodindo mum feixe de luz que fez Lookeu se dissolver em fumaça diante dos olhos de todos, a imagem de Pandora apareceu para ele novamente ajoelhada no local onde ela escondera a joia. Jonas correu para a margem do rio antes que o monstro pudesse se refazer por completo. Abaixando-se depressa tateando o solo em busca do objeto. Um disparo de energia negativa vinha em sua direção. O garoto tentou se jogar para longe para se proteger do ataque, ao segurar a pequena chave entre seus dedos Jonas sentiu apenas o baque surdo em suas costas, virando-se para ver o que ocorreu, Oreon estava a sua frente protegendo-o do ataque.

Jonas nao consegue conter as lagrimas, vendo o corpo do amigo cair diante de si, corre ate ele Debruçando-se sobre o corpo do guerreiro tentando desesperadamente acorda-lo.

– Oreon, levanta… – Jonas o sacode tentando acorda-lo enquanto Lookey se aproxima dele com um sorriso sadico nos labios.

– Tolos guerreiros, esse é o destino de todos os que se opoem a Delfian, – O monstro trocou olhares furiosos com Yon antes de ve-lo preparar um ataque contra ele. – Entreguem a chave e prolonguem um pouco mais essa pafia existecia á qual voces insistem em chamar de vida.

Antes que Yon pudesse fazer qualquer coisa Lookey ja o havia neutralizado com um golpe de energia escura tao forte que o lobisomem nao teve forças para suportar o ataque, sendo assim jogado para longe.

– PARA! – Jonas gritava debrussado sobre o corpo do amigo morto.

– Seu tempo com a maga da Luz te fez um fraco. – Lookey retirou a chave das sombras do corpo desacordado de Yon – Nao sei o que ela viu de especial nesse garoto. Um moleque mimado e chorao.

– Por que? – Jonas o encarava com despreso. – Por que voce o matou? Para que tudo isso?

O monstro tinha um par de garras apontadas para Jonas, proto para desferir o golpe de misericordia, mas algo dentro dele o impediu de concluir o ato. Jonas irradiava uma energia purpura, Lookey nunca havia visto habilidades como aquela na vida.

– O que é voce? – Perguntou ele fazendo elevar sua propria energia negra.

O choque entre as duas energias fez com que o mundo parasse por um instante, nao havia nenum som, nenhuma luz, nem mesmo uma sombra. Apenas o consumir e elevar de energias numa batalha mortal.

Jonas mantinha os olhos fixos na criatura. Ele nao sabia como, mas sabia que podia derrota-lo, o odio em seu peito crecia dando a ele força para lutar, em sua mao a chave escondida poe pandora liberou um feixe de luz empurrando Lookey para longe.

Lookey disparou contra ele uma onda de energia escura que foi dissipada pelo poder das chaves em sua mao. A medida que o garoto avançava em sua direção a criatura dava um paço em direção a Yon ainda desacordado

– Nao se atreva a se aproximar dele, ou eu vou mata-lo com minhas proprias maos. – Jonas se deixara consumir pelo odio, canaçozando o poder das chaves.

Lookey estava paralizado. Ele estava com medo. Como um garoto podia impor nele tanto medo? Jonas caminhou na direção de Yon, ao chegar seus sinais vitais retirou de seu pescoço o cordao com a chave negra, desatou o nó e colou as outras duas, antes de amarra-lo novamente em volta do proprio pescoço.

– Venha tira-las de mim agora! – ele desafiou.

– Co… Como isso é possivel? – Lookey estremesseu.

– Eu luto por eles, e eles por mim. E voce vai morrer aqui.

Lookey tentou fugir, mas antes que ele pudesse fazer qualquer coisa Jonas girou uma das chaves no ar, abrindo um portal diante do monstro e o sugou para o limbo infinito, lugar de onde ele jamais sairia novamente.

Tomado pelo cançasso Jonas deixou-se cair em um sono profundo.

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