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Episódio 11

Lutar com uma bruxa em seu covil foi uma das coisas mais difíceis que eu fiz na vida. Nada que eu diga pode explicar exatamente o que eu senti naquele momento. Nada na minha realidade é comparado a isso.

Agora eu entendo o porquê estou aqui. Meu pai sempre foi o elo entre Luz e Sombras. A cada batalha travada eu sinto como se meu corpo se acostumasse a toda aquela adrenalina e se tornasse cada vez mais rápido.

O medo não é mais um problema, ele é a ferramenta certa para que eu lute com tudo o que eu tenho. O medo da morte me faz fazer coisas inimagináveis.

Se o que Oreon nos disse for verdade Pan e Alfea correm grande perigo. Três dos sete portões foram abertos, e o nosso tempo está cada vez mais curto.

Oreon nos mostrou um mapa contendo a localização dos sete portões A prisão de Delfian, O portal dos sonhos, e o templo de Dharkus não são mais confiáveis, nossa única opção é correr para o próximo ponto e impedir que as hordas de Delfian conquistem seu objetivo.

Mas há um impasse entre nos.

― Se Alfea e Pandora estão com eles, nós temos que liberta-las. ― digo de uma vez.

― Isso pode ser uma armadilha para nos atrair até lá. ― Yon diz convicto. ― não podemos arriscar tudo por uma incerteza.

― Esse era o plano desde o início. ― Oreon diz enquanto cuida de seus ferimentos. ― separar e conquistar.

― e nós caímos feito patos.

― Eu me recuso a deixa-las morrer. ― completo. ― Se vocês não forem comigo, vou sozinho.

Os dois me olham com medo. Algo dentro de mim mudou, algo que eu não consigo explicar. Meu coração bate mais forte, como num aviso.

Eu preciso ajuda-las

― O garoto tem coragem.

― Qual é, ela é sua mulher, temos que traze-las de volta a salvo. Você vai ficar ai sem fazer nada.

― Nós temos uma missão. Todos sabíamos os riscos quando a aceitamos. – Disse me Yon guardando o mapa.

― Eu não aceitei missão nenhuma. Com ou sem vocês eu vou traze-las de volta.

― Tudo bem garoto. ― Ele disse pondo-se de pé ― espero não me arrepender depois.

― Você não vai. ― respondi.

― Vamos de uma vez então.

― Como chegamos lá? ― pergunto.

Yon não diz nada, apenas tira de seu pescoço uma chave e a gira no ar, formando uma espécie de vórtice, ou um buraco negro.

― Ai está! ― Oreon diz, nada contente.

Diante de nós, um portal se abre, o medo nos impede de avançar. Agora era muito tarde para voltar atrás.

― Que os deuses nos ajudem ― ele diz guardando a chave onde ninguém possa perceber. Ele me encara por um bom tempo.

Ele é o primeiro a avançar, seguido por Oreon ainda machucado.

Temendo pelo que possa acontecer o primeiro passo para dentro do buraco. A luz negra me envolve por completo e assim sou levado a um local frio escuro e completamente e sem vida.

― Seja bem-vindo ao lado escuro de Pangeia. ― Yon disse com um olhar sério.

Darkus finalmente se abriu para mim.

 

 

Eu sou sugado pelo vórtice negro e num segundo a paisagem muda. Aparecemos os três no meio de uma densa floresta, à beira de um lago. Arvores frutíferas por todos os lados, animais de todos os tamanhos e espécies. Um berçário perdido no meio do nada.

― Onde estamos? ― Pergunto maravilhado com o que vejo.

Pássaros com plumas coloridas voam para todos os lados, sem se preocupar com a nossa presença, o cheiro de chuva espalhado por todo o lado, me faz lembrar de uma época distante.

― Bem vindo a Dharkus! ― Disse Oreon.

― Como isso é possível? ― digo sem acreditar no que meus olhos veem.

― O rio que corre ao contrário. ― Yon completa enquanto se ajoelha.

― Rio que corre ao contrário?

Sim, este é o reflexo de Luminus por aqui. – ele completa ― Assim como temos um pedaço de Darkus em Luminus.

― Todos estamos ligados. ― Disse Oreon olhando em volta.

― Vamos. Temos pouco tempo para fazer o que viemos fazer.

― E enquanto a Pandora e Alfea, elas precisam da nossa ajuda.

― Derrotar Delfian é nossa única chance de traze-las com vida, mas antes você tem que pegar a sua chave de volta.

― Temos que sair daqui… nenhum de nós a salvo em Darkhus. O castelo das sombras é nossa melhor opção.

Olhei para os dois e então entendi o recado. Delfian precisava ser detido, só assim traríamos as duas de volta, e para isso precisávamos recuperar as chaves perdidas.

Essa era a nossa única chance de vitória e nenhum de nós estava disposto a perder.

 

 

CONTINUA? …

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