Hospital Central de Londres, 13:00.

Todos os heróis estão reunidos em uma parte em especial do hospital, Cristhian está em uma cadeira de rodas acompanhando aquela intrigante “reunião”. O Capitão Dan está passando o “update” de tudo o que aconteceu para o General Maximilion.

— Como podes ver, general. Esses foram nossos únicos sobreviventes que permaneceram conosco. E a verdadeira Dra. Fionna está na ilha juntamente com a garotinha Emily.

— Eu vi nos noticiários a Dra. Fionna se entregando dizendo que ela foi a causadora da expansão do vírus, mas eu nunca imaginei que se tratava de um plano de vocês para despistar o Dr. Addan.

— Um plano que não deu certo no final das contas. A Jennifer acabou ficando naquele presídio a toa, por sorte ela sabe se cuidar.

Brian ressalta:

— Desculpa minha intromissão, mas desde cedo vocês estão falando dessa Jennifer, quem é essa mulher afinal e onde ela está?

Ouve-se uma voz feminina.

— Falavam de mim?

E para a surpresa de todos, Jennifer chega ao recinto. Dessa vez com sua verdadeira aparência do que vimos no presídio. Ela possui cabelos longos loiros e com mechas pintadas de rosa, usa uma maquiagem forte e roupas bem exóticas. O Capitão Dan se aproxima dela e a apresenta para todos.

— Senhoras e senhores, por fim eu terei a honra de apresentar a vocês a senhorita Jennifer Houston, ou melhor, “A Rainha do Disfarce”.

Hillary cochicha com Brian.

— Então essa aí é a tal da Jennifer?

— Pra mim parece mais o cosplay da Arlequina.

— Cala a boca!

Dan segue com as apresentações.

— Foi ela quem, disfarçada da Dra. Fionna, segurou a nossa barra enquanto tentávamos deter o Dr. Addan.

— É uma honra finalmente poder conhecer a todos vocês, queridos. Apesar de que nosso plano foi um fracasso, mas devo admitir que até que foi divert… Uau!

Jennifer observa com mais precisão o general Maximilion.

— Sir Maximilion? É uma honra conhecê-lo pessoalmente.

— Compartilho do mesmo sentimento, senhorita. Vejo que já me conheceu por outras bandas.

— A vida de uma espiã contratada pela polícia militar da Inglaterra tem lá as suas vantagens. Acabo conhecendo muita gente.

Dan: Bom, agora que estamos aqui, o General tem algumas palavras para vocês.

— Obrigado, capitão Dan! Vejo que vocês tiveram muita sorte por ter tido um líder competente como o capitão regendo vocês durante esses dias de tormento. Porém, nenhum de vocês podem voltar mais à Grã-Bretanha, mais precisamente não poderão voltar para o local onde vocês moravam. Sei que praticamente todos vocês perderam seus lares e até mesmo familiares após a expansão da infecção. Em Londres essas criaturas já começaram a invadir, mas ainda dá pra controlar, só que precisamos arrumar uma fórmula de deter tudo isso, mas até lá… Ofereço a todos vocês um abrigo, um local distante da zona urbana da cidade onde possam recuperar suas energias e pensar em uma estratégia de reverter essa solução. E claro que o lugar que estou me referindo é a minha casa.

Todos perguntam em uníssono:

— A tua casa?

Central da Ilha da Phoenix, 13:10.

Makoto, Emily e Fionna continuam naquela sala vivendo esse momento tão esperado.

— Pai, me disseram que o senhor tinha morrido.

— É uma longa história, meu amor. Mas agora eu estou aqui e prometo que não vou te deixar de novo.

— O senhor tem sorte por ter a filha que tem, Sr. Ishihida. A Emily e também a Lisa são garotas sensacionais.

— A propósito, não sabe onde está a minha filha Lisa?

— A última vez que eu vi a Lisa foi no C.E.P quando estávamos tentando deter o Dr. Addan, depois não soube de mais nada. Precisamos encontrar um modo de entrar em contato com ela, com o capitão Dan e com todos que estão lá fora.

— Não sei se isso é possível.

— Mas eu vou dar um jeito.

Alguém se aproxima. Makoto se afasta rapidamente de Emily. Se trata de um dos guardas do Dr. Addan. Ele entra na sala, olha pras duas e em seguida olha para Makoto.

— Sr. Ishihida? Fico surpreso ao vê-lo aqui.

— A senhorita Ashley pediu para que eu viesse avaliar a garotinha.

— Ah sim, claro! A Dra. Ashley. Mas não vim aqui pelo senhor… Dra. Fionna?

— Sim?

— O Dr. Addan quer vê-la em seu escritório.

Fionna arregala os olhos. Emily puxa a os dedos dela.

— Doutora, não vá! Ele vai te machucar.

— Que garotinha impertinente essa!

— Não se preocupe, Emily. Eu não tenho medo do Dr. Addan. Pois diga a ele que irei agora mesmo, senhor.

— Ótimo! Pode me acompanhar?

— Claro.

Emily tenta impedi-la.

— Não, não vá!

— Fique tranquila, Emily. O Dr. Makoto vai cuidar de você. Não é, senhor?

— Claro, doutora Fionna, claro.

Fionna sai da sala acompanhada do guarda. Minutos depois voltamos ao hospital de Londres onde o general Maximilon continua dando o seu argumento.

— … Na minha casa vocês poderão ter conforto, segurança e tudo o que precisam. É um lugar perfeito para quem acabou de escapar de uma guerra. Como se fosse um “Oásis”.

Victor: Um oásis?

— Sim, considere uma bênção divina no meio desse deserto todo que vocês passaram ou vão passar.

Scott: Desculpa, mas… Como o senhor vai abrigar tanta gente?

— Calma, jovem herdeiro do capitão Dan. Temos espaço de sobra. Capitão Dan, tem previsão de quando o garoto terá alta?

— Creio que no máximo em 3 dias.

— Me avise de antemão para eu preparar tudo em minha casa para recebê-los. Vocês não podem ficar três dias seguidos aqui nesse hospital.

— Com certeza irei preparar tudo, general. Obrigado pela confiança.

— Eu é que agradeço, capitão.

— Sendo assim eu preciso me retirar. Com licença.

Os militares presentes batem continência ao general e este se retira do local.

Jennifer: Então… Quando vamos começar a nos divertir?

Central da Ilha da Phoenix, 13h30.

O guarda acompanha Fionna até a porta do imenso escritório do Dr. Addan, assim que ela está dentro do local, o guarda se retira fechando a porta. O Dr. Addan está sentado em sua poltrona de costas para Fionna. Ela vai se aproximando e antes de pronunciar qualquer palavra, ele quebra o silêncio.

— Fico feliz que tenha aceitado o meu convite, Dra. Fionna.

— E por acaso eu tinha outra escolha? O que você quer?

— Hahahahaha, você não mudou nada, não é?

Ele se levanta da poltrona e fica de frente para Fionna.

— Por que não se senta para conversarmos melhor?

— Eu prefiro ficar em pé.

— Como queira, então… Fionna, sabes bem o motivo de eu tê-la poupado e trazido você até aqui não é?

— Ah claro, tirando a parte que você é um velho tarado? Deve ter sido isso.

— Tens a boca muito suja para uma mulher que está praticamente nas minhas mãos.

— Fala logo o que você quer, Dr. Addan! Se veio com rodeios eu saio daqui agora.

— Espere! Não saia!

— Então pare de rodeios e fale logo o quer de mim?

— Fionna, é lamentável que você seja tão ingrata a mim depois de todos esses anos tratando você como uma das minhas melhores cientistas.

— Ingrata eu? Acho que estamos falando de outra pessoa não é mesmo, Dr. Addan?

— Ah querida! Você não entende a consistência de tudo isso. Não entende a verdadeira essência de poder ter um mundo inteiro em suas mãos.

— Eu não sei e nem quero saber.

— Mas saberás. Não só saberás como vai me ajudar para que minha ambição seja concretizada, assim como me ajudou com os cães lá na Organização Phoenix.

— Do que está falando?

— Realmente eu trouxe você aqui por um motivo, Fionna… E o motivo é essa garotinha que está com você.

— O que tem a ver a Emily com isso?

— Ow! Então ela se chama Emily? Sempre fui mal de decorar nomes, principalmente de pragas insignificantes… Mas talvez essa garota não seja tão insignificante para os meus planos como eu pensei que seria.

— O senhor está variando, já está tão velho e caquético que quando abre a boca, só sai besteira.

— Minha cara Fionna, antes eu tivesse variando porque convém pra você não é mesmo? Mas para a sua infelicidade eu continuo vívido e mais lúcido do que nunca. E é por isso que eu vou dar início ao meu novo experimento.

— Novo experimento?

— Eu vi como aquela garotinha controlava aquele cão infectado lá no C.E.P. Porque foi o mesmo cão que eu coloquei no quarto de vidro para matá-la. E adivinhe? Ele não a matou, muito pelo contrário, a ajudou a se libertar do local. Que tipo de garota faz algo assim? E sabe qual é o pior? …

Addan fica bem próximo ao rosto de Fionna.

— … Eu acho que você sabe disso e está me escondendo alguma coisa. Estou errado, Dra. Fionna?

Fionna hesita a princípio, mas prefere respondê-lo.

— Admito que o feito que a Emily fez me surpreendeu tanto quanto o senhor. Eu não tinha ideia de que a garota poderia fazer isso. Eu também descobri isso lá no C.E.P, mas não sabemos a origem desse dom e nem quais efeitos colaterais.

— É por isso que está aqui, Dra. Fionna. Para que estude uma fórmula de que essa garota possa controlar os seus “poderes” ao nosso favor. Se ela conseguir isso, podemos comandar um exército de criaturas ao comando dessa pirralha.

— Pra quê? O que o senhor vai ganhar com tudo isso?

— Simples. Eu vou convencer a realeza britânica que eu tenho a solução para reverter o vírus, um vírus que, segundo a mídia, você quem provocou.

— Não vai se safar disso.

— Em quem você acha que eles vão acreditar, Fionna? Em mim que sou um grande cientista renomado e respeitado em todo o Reino Unido ou uma cientista louca e fracassada que ao ver de todos está presa? Vamos colocar as nossas cartas na mesa e vê quem sai ganhando.

Fionna começa a pensar consigo mesma:

“Talvez eu realmente possa estudar o DNA da Emily, mas ele não pode descobrir que ela é filha do Sr. Makoto”.

— Ficou muda de repente, Fionna?

— Se eu te ajudar… O que ganho com isso?

— Por enquanto… A minha segurança. Já dei ordens a todos para que não façam nenhum mal nem a ti e nem a jovem Emily.

— Eu farei isso pela Emily. Mas se acha que algum dia eu irei me prostrar aos seus pés… Está muito enganado, Dr. Addan.

— Hahahahaha! Eu adoro esse teu senso de humor, Fionna! Agora pode se retirar, o guarda que está na porta vai te acompanhar ao local que te corresponde.

O Dr. Addan volta a se acomodar em sua poltrona. Fionna está quase saindo do local, mas antes disso ela vira novamente para o Dr. Addan e pronuncia.

— Pode ficar tranquilo, Dr. Addan. Cedo ou tarde essa máscara vai cair.

O Dr. Addan não a responde e apenas olha pra ela com um sorriso irônico.

3 dias depois…

Em um lugar extremamente belo e verdejante, Cristhian acaba de sair de um carro e é acudido por Victor.

Dylan e Lisa estão ali para recebê-lo.

Lisa: Bem vindo de volta, Cristhian!

Cristhian: Espera aí, que lugar é esse?

Dylan: Essa é a casa do General Maximilion.

Cristhian: Quê? Vocês só podem estar de brincadeira, isso aqui é uma mansão! Igual daquele filme lá do Jardim Secreto. Olha o tamanho desse jardim e dessa casa! E se ela for assombrada? Como é que eu vou dormir à noite? Ai meu Deus, eu vou morrer!

Dylan: Eu estou começando a aceitar a ideia que seria melhor ter deixado ele lá no hospital. Ele fala demais!

Lisa: Detesto ter que concordar contigo.

Assim como Cristhian pronunciou, a mansão do general é realmente esplêndida com um enorme jardim verdejante. Do lado de trás da casa existe um campo de 2KM de expansão com vários itens de treinamento. O interior da casa é completamente luxuoso com cerca de 28 quartos e suítes, cada quarto possui um banheiro.

A casa possui três andares com corredores longos entre uma extremidade à outra, a sala de jantar é quase do tamanho de um restaurante de pote médio na Inglaterra. Cristhian entra na casa acompanhado por Victor e pelos outros e ele fica completamente boquiaberto com tudo o que está vendo.

— Isso só pode ser um sonho! Não tem como ser real, não tem.

Todos os demais estão ao pé da escada para dar-lhe as boas vindas.

— BEM VINDO DE VOLTA, CRISTHIAN!

— Calma aí, pessoal. Não é meu aniversário.

May: A gente sabe, bobo. Não quer dizer que não estejamos felizes com a tua volta.

Brian se aproxima de Cristhian.

— E nada como ter o cara mais durão que conhecemos de volta com a gente, né não?

Brian dá um tapa com força no ombro de Cristhian.

— Aaaaaai!

— Desculpa, eu fiz algo de errado?

Ele olha para os demais e todos o estão olhando fulminante.

— Ah meu Deus, me desculpa! Eu esqueci que você acabou de tirar uma bala do peito.

— Nem chegue perto de mim, Brian. Você é perigoso.

Hillary: Oh Trevor!

Trevor: Eu?

Hillary: Por que não leva o Brian pra brincar com você?

Brian: Espera, ele me levar pra brincar? Mas não era pra eu levar ele pra…

Trevor: … Vamos! Vamos, Brian!Vamos brincar no jardim!

Brian: Deixa eu pensar… Quem chegar por último é a mulher do padre!

Os dois saem correndo para fora da casa, todos ficam olhando para aquela cena e Hillary indaga.

— Maturidade mandou lembranças, viu?

O general se aproxima de Cristhian.

— É um prazer tê-lo aqui, jovem Cristhian, agora eu posso dizer que a família está quase completa… Está faltando…

Ouve-se a buzina de um carro do lado de fora. Todos saem para ver do que se trata. É uma limusine luxuosa que acaba de parar ali em frente. O chofer desce do veículo para abrir a porta de trás e vemos apenas pés femininos descendo da limusine. O general está na entrada da casa e os demais estão logo atrás dele.

A mulher tira seus óculos e diz:

— Cheguei, papai!

Todos: Papai?

— É um prazer revê-la, minha filha!

A filha de Maximilion se chama Claire, jovem belíssima, olhos verdes, cabelos castanhos escuros, cerca de 1,70 de altura, silhueta definida e sorriso encantador.

Alguns minutos depois já dentro da casa, todos estão na sala conversando e o general aproveita o momento para apresentar melhor a sua filha.

— Essa é a minha filha Claire, ela estava passando uns dias na Ásia e agora está aqui de volta.

— Muito prazer a todos vocês, eu soube de tudo o que aconteceu e quero que saiba que estarei aqui pra o que for preciso. Não precisam ficar acanhados comigo, serei uma boa anfitriã e amiga de vocês.

Lisa: Desculpa, mas… Se você sabia de tudo o que está acontecendo aqui, por que voltou pra cá? Não seria mais vantajoso se a senhorita tivesse ficado na Ásia?

— Bom, eu tenho um bom motivo para ter voltado, não é papai?

— Claro que sim, filha. Ela voltou porque dentro de alguns dias será o casamento dela.

May: Uau! Meus parabéns!

Claire: Obrigada!

Hillary: E quem é o felizardo?

Maximilion: É o Henry, ou melhor, o príncipe Henry.

Ninguém fala uma só palavra, Claire continua olhando para os demais sorrindo, mas não entende a “paralisação” de todos.

— Gente… Tá tudo bem?

Dylan: Desculpa, mas… Com quem a senhorita vai se casar mesmo?

Claire: Com o Príncipe Henry XVI, gente. Um dos netos da Rainha.

Dylan: Tá bom, gente, eu estou indo nessa!

Hillary: Eu acho que vou ver o que o Brian e o Trevor estão aprontando. Com licença!

May: A Lisa e eu temos que fazer uma limpeza de pele, não é amiga?

Lisa: Ah sim, claro. Tchauzinho!

Cristhian: Eu… Eu vou pro meu quarto.

Cristhian dá os primeiros passos e depois vira pra eles novamente…

— Alguém sabe onde fica meu quarto?

Marco: Eu te levo até lá, bambino.

Todos foram deixando a sala ficando apenas o general, Claire, o capitão Dan, Victor, Scott, Ellie e Jennifer.

Claire: Eu disse alguma coisa errada, pai?

Maximilion: Espero sinceramente que não.

Minutos depois no quarto de Cristhian…

Dylan: Como ela pode ser noiva do príncipe da Inglaterra? A gente tá frito!

Cristhian: Por quê?

Dylan: Maninho… A gente tá na casa da futura princesa e posteriormente rainha da Inglaterra. Você entende o peso da gravidade dessa frase?

— E daí? A gente morava num apartamento com um bando de loucos, aqui pelo menos eles parecem não ser desajuizados.

— Claro, nós somos os desajuizados aqui, Cristhian. Eles são pessoas da realeza, a gente até então não tinha nem onde cair morto.

— De fato não temos onde cair morto. Eu estou com fome, que horas eles dão o lanche?

— Mas você só pensa em comer, pelo amor de Deus!

— E o que há de errado nisso?

Em um dos corredores da casa, May está saindo de seu quarto e Scott a encontra.

— May!

— Scott? Tá tudo bem?

— Sim, sim. Eu estou bem, é que… Eu na verdade vim pedir desculpas.

— Pedir desculpas do quê?

— Bom, acho que não tratei você e nem os outros como mereciam. Talvez possa me achar um bruto, mas eu não sou.

— Não se preocupe, eu não cheguei a pensar isso de você.

— É sério?

— Claro. E outra, estávamos correndo perigo com aquele monstro. Não tínhamos tempo pra pensar em muita coisa.

— É verdade, mas que bom que vocês estão bem.

— Que bom que voltou, Scott! O capitão Dan estava precisando de alguém como você e nada melhor que o filho dele… Bom, eu vou ali.

May vira as costas e ele a chama mais uma vez.

— May!

— Sim?

— Você… Vai fazer alguma coisa importante agora à tarde?

— Se a pergunta é se eu tenho algum compromisso… Não, não ainda.

Scott apenas sorri.

Central da Ilha da Phoenix, 14h00.

Fionna está com uns cilindros em mãos e pelo visto em alguns tubos tem o sangue de Emily. Ela olha no computador e vê uma planilha mostrando as células de DNA e vê que as mesmas não apresentam nenhuma reação. O Senhor Makoto chega neste instante.

— Nada?

— Não. Pra ser sincera está cada vez mais difícil chegar a uma conclusão.

— Acho que estamos fazendo isso à toa. A Emily não pode ficar toda hora a tecer de nossas pesquisas como se fosse um rato de laboratório.

— É, eu sei… Escuta, senhor Ishihida. O que tem naquela porta no centro do corredor? Aquela com o símbolo de radiação?

— Não vá até lá.

— Então o senhor também sabe?

— Por favor, doutora. Não me faça que eu me prejudique mais ainda.

— Eu não quero te prejudicar, senhor Makoto. Eu quero saber o que diabos se esconde atrás daquela porta que o senhor e a Ashley se recusam a me contar?

— O Dr. Addan restringiu o acesso àquela porta somente para algumas pessoas.

— E isso inclui o senhor e a Ashley não é?

— Por favor, senhorita… Não faça isso.

— Escuta, a gente está do mesmo lado, queremos sair dessa ilha e nos livrarmos de vez do Dr. Addan… Mas o senhor precisa me ajudar.

— Não vai querer saber o que tem lá dentro.

Makoto se retira da sala deixando Fionna falando sozinha. Ela continua intrigada porque algo de muito estranho reside por trás daquela porta.

Mansão Maximilion, 16h00.

May e Scott estão no jardim da casa sentados em umas cadeiras dentro de um gazebo simples que tem ali.

— Caramba, May! Você passou por isso tudo tentando salvar a irmã da tua amiga?

— Sim, foi um pesadelo!

— Mas você foi muito inteligente em ter pensado em tantas coisas com tão pouco tempo.

— Eu acredito que foi o extinto de sobrevivência, eu não teria pensado em tanta coisa assim a longo prazo.

— Acho que você seria perfeita para as estratégias militares.

— Eu? Ah não brinca! Eu… Eu não sou muito a favor das guerras.

— Eu também não, mas… O que a gente pode fazer? Temos que guerrear!

— Eu só queria que esse pesadelo acabasse logo. A gente tem sofrido muito. Eu tenho a Lisa e a Emily como minha família, na verdade elas são minha família. Tirando elas eu não tenho mais ninguém, então…

— Você tem a mim agora.

May reage com estranheza.

— Quer dizer… Você tem a todos nós, agora estamos todos juntos nessa, certo?

— Sim, você tem razão. Dos males a pior… Eu gostei de ter conhecido todos vocês.

— Eu é que fico feliz com isso. Bom, eu vou lá dentro vê se o meu pai ou qualquer um dos outros precisam de ajuda. Se precisar conversar… Eu estarei sempre disponível.

— Obrigada.

Scott sai e deixa May sozinha e o tanto pensativa. Até que ela ouve a voz de Trevor juntamente com Brian atrás do Gazebo.

— Eca! Que nojo! A May tá gostando do filho do capitão.

— Trevor??

Brian ressalta:

— Ele quem tá falando, não posso fazer nada.

— Mas vocês dois estão impossíveis hoje, saiam daqui! Fora!

Central da Ilha da Phoenix, 16h40.

Fionna está guardando alguns itens laboratoriais em uma sala, uma das cientistas aparece na porta.

— Doutora, estaremos a aguardando lá embaixo para o chá das 5.

— Claro, em 10 minutos eu estarei lá, obrigada!

A outra médica sai. Fionna verifica se não esqueceu de mais alguma coisa, ela retira as luvas e joga numa lixeira. Ela fecha a porta e vai andando pelo corredor até se deparar com a “misteriosa” porta.

Ela no corredor hesita em querer observar, dá um passo pra frente pra seguir o caminho, mas vacila o olhar e observa pra ver se não tinha ninguém a vendo. Ela chega perto daquela porta metálica com um símbolo indicando radiação em vermelho.

Ela toca na porta e vê um painel onde pede uma senha de acesso.

— Droga! Precisa de senha. Espera, e se…

= = FLASHBACK 1 = = Noite em que um agente do Dr. Addan vai até a casa de Fionna.

Fionna destranca a porta e percebe que se trata de uma pessoa utilizando uma máscara de oxigênio e também estava vestido por um tipo de uniforme, ela ao vê-lo questiona:

— Pois não?

— Você é a Dra. Fionna?

— Sim, sou eu mesma.

— O Dr. Addan pediu para que eu te trouxesse essa pasta (ele mostra a pasta prateada e entrega nas mãos de Fionna).

— Poderia me dizer o que tem de tão especial nesta pasta?

— Isso você mesma vai descobrir, este papel tem o número da combinação para você abri-la, use com sabedoria.

Ele entrega um papelzinho à Fionna e se afasta da porta.

= = FLASHBACK 2 = = Fionna está na delegacia juntamente com os demais.

Fionna pega a pasta e coloca a combinação na qual o enviado do Dr. Addan lhe entregou. Todos os que estão ali presentes se aproximam para ver do que se trata.

— Vamos lá, a combinação é 765…

= = FIM DE FLASHBACKS = =

— Vamos lá, Fionna! Tenta se lembrar, 765… Eu preciso me lembrar. Será que eu ainda tenho o papelzinho? Eu vou ver se encontro no meu outro jaleco.

Fionna sai às pressas dali pra procurar a combinação que usou naquela pasta há alguns dias atrás.

Mansão Maximilion, Quarto do Capitão Dan, 16h50.

O Capitão Dan juntamente com o General Maximilion chamou a todos os seus soldados para se reunirem e discutirem a situação. Victor, Scott, Hillary, Ellie, Marco e Jennifer estão ali presentes.

— Bom, preciso ser breve o que eu tenho a falar pra vocês.

Brian entra no quarto interrompendo-o.

— Desculpa a demora, eu estava… Deixa pra lá! Podem começar.

— Bom, eu reuni vocês aqui em especial sem a presença dos garotos porque é óbvio que as decisões que tomarmos daqui em diante vai afetar a todos nós. Sabemos que o Dr. Addan é um homem extremamente perigoso, e além disso ele possui pessoas ao redor do mundo inteiro que trabalham pra ele. Queremos formar um contra-ataque, mas precisamos ser muito mais espertos.

Maximilion: Com certeza o Dr. Addan tem seguranças espalhadas em todos os locais naquela ilha, um passo em falso pode ser o nosso fim.

Dan: De fato, por isso que precisamos mais do que nunca da ajuda de vocês.

Jennifer: É naquela ilha onde a verdadeira Dra. Fionna está, não é?

Dan: Sim, Jennifer. A mulher por qual você se disfarçou e até se arriscou pra esconder a identidade dela, foi levada para aquela ilha junto com a garotinha Emily, a irmã da Lisa.

Jennifer: Esse Doutor Addan é pior do que eu mesma imaginei.

Maximilion: É por isso que precisamos ser cautelosos, não só quando formos pra lá, mas precisamos redobrar a vigilância em qualquer lugar que estivermos. Pois não se esqueçam que ainda temos os humanos sendo infectados em nosso país e não sei até quando isso vai continuar.

Scott: Pai, qual é o teu plano?

Dan: Bom, certamente vamos reforçar ainda mais a nossa equipe, tem algumas pessoas que podem nos ajudar nessa caçada, vou contatá-las logo depois.

Victor: E enquanto aos garotos?

Dan: Temo que chegou a hora de… Darmos por fim uma destinação para estes garotos!

Brian curioso pergunta:

— Qual?

O capitão Dan hesita por instantes, olha para todos os demais e em seguida responde:

— Eles terão que ser treinados.

Central da Ilha da Phoenix, 17h00.

Fionna está procurando no quarto onde a deixaram, o jaleco que ela usou quando estava no C.E.P, até que finalmente encontra e começa a revirar os bolsos.

— Ai meu Deus, tem que tá aqui, tem que tá aqui!

Ela acaba encontrando o papelzinho e lá está a combinação.

— É isso! 7650987! Tomara que seja a mesma senha para abrir aquela porta.

Minutos depois, vemos Fionna de frente àquela porta. Como estava no horário do chá das 5, provavelmente não teria muito movimento naquele corredor. Ela começa a digitar a senha no painel e quando termina de digitar o último número, com as mãos ainda trêmulas, ela aperta “OK”.

Fionna fecha os olhos com medo do que poderia acontecer, mas o painel fica verde e a porta se abre. Fionna não pôde acreditar que conseguiu descobrir a senha que dá acesso àquela porta, ela não hesita muito e entra imediatamente antes que alguém chegasse ali e descobrisse.

Ela entra no local, a porta é fechada, ela percebe que ali parecia mais uma espécie de “Santuário Científico”, a iluminação é azulada, nada com muito brilho dando a sensação que ela estava em uma sessão de teatro. Ela vai andando observando o local até que encontra algo que chamou a sua atenção.

É um enorme recipiente de vidro de cerca de 5 ou 6 metros de altura com água dentro, ela percebe que tem algo ali, mas não está conseguindo ver direito. Quando se aproxima, vê uma “ilha” de equipamentos e sem querer, puxa uma alavanca fazendo que todo o recipiente ficasse iluminado e ela percebe algo logo de cara.

Fionna coloca as mãos na boca impressionada diante do que está vendo.

— Ai meu Deus! Mas o que é isso?

 

 

Próximo Capítulo:

Terça- 29 de Outubro.

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  • Naaaaaao. O que há no recipiente de vidro com cerca de 5 à 6 metros de altura com água dentro???????
    Top o capítulo. Sereno, informativo…tipo, preparando o terreno…palmas palmas palmas!!

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