En las cercanías de Alcatraz
Capítulo VIII – Na trilha do caos

Quarto de motel

Entre os gemidos alternados de Carmen e Arthur ouve-se o som de uma balada entrando pela janela entreaberta e o balançar das cortinas floridas. Na cama bagunçada daquele quarto de motel barato Carmen está sentada sobre Arthur fazendo movimentos bruscos enquanto ele segura sua cintura. Um gemido mais alto de ambos e ela se deita sobre ele. Arthur acaricia os cabelos de Carmen, que fecha os olhos ainda sentindo os prazeres daquela noite.

Arthur
– Obrigado, minha delegada.

Carmen abre os olhos, encara aquele homem e sorri.

Carmen
– Sua delegada é?

Arthur
– Ué, pode ser, não pode?

Carmen se desvencilha dos braços fortes de Arthur. Fica de joelhos na cama diante dele e pode se observar as curvas do seu corpo nu. Ele se ajeita com as costas na cabeceira da cama. Ela o beija fervorosamente, depois afasta o rosto do rosto dele.

Carmen
– Por enquanto sou delegada de Alcatraz. E olha que este lugar precisa muito de mim.

Carmen se levanta procurando suas roupas íntimas. Coloca a calcinha, coloca o sutiã e fica de costas para Arthur, para ele ajudar a fechá-lo. Procura por suas roupas jogadas pelo quarto e, então, seu celular começa tocar.

Carmen
– Pronto!

Ela escuta por alguns segundos. Muda o semblante. Senta incrédula na cama. Arthur nota que é algo sério.

Carmen
– Ok, ok. Fique calma. Eu vou já pro hospital. E o Joaquim?

Carmen levanta segurando o telefone no ouvido com o ombro enquanto veste as calças.

Carmen
– Obrigada querida. Diz pra ele que a mamãe passa aí depois. E diz que o papai vai ficar bem, por favor.

Carmen desliga o celular. Olha para Arthur e cai em desespero. Arthur se levanta e a segura em seus braços.

Arthur
– O que houve?

Carmen
– É o Jairo. Joaquim chamou a vizinha porque ele estava passando mal. Quando Donana foi ver, Jairo tinha desmaiado. Ela chamou a ambulância. Ele está mal. Eu…

Carmen procura sua blusa e a coloca.

Carmen
– …eu preciso ir pro hospital.

Arthur
– Quer que eu vá com você?

Carmen
– Não precisa…depois nos falamos.

Penitenciária Araúdes Trigueiro

A policial Valéria abre o portão do corredor 4 da ala 1 às pressas. Ouve-se o alvoroço das detentas batendo nas grades das celas. Valéria fecha o portão e segue correndo pelo corredor até a cela 20, a cela em que está Rebeca.

Na cela 20

Rebeca está montada sobre a detenta Jerusa lhe dando vários socos. Fabiana está caída em um canto da cela com um corte no rosto. Ela levanta cambaleando, junta uma faca artesanal e vai por trás de Rebeca, lhe dando uma gravata e apontando a faca em seu pescoço.

Fabiana
– Agora chega sua vadia!

Valéria bate com força o cacetete na grade.

Valéria
– Larga a guria, Fabiana.

Fabiana sorri debochando e levanta segurando Rebeca sob seu controle.

Fabiana
– Essa aqui chegou ontem aqui e já tá achando que manda em tudo, Valéria. Ela vai aprender quem manda aqui. Se aqui tá assim, ela acha que vai sobreviver lá na ala 2?

Valéria chama reforço pelo rádio acoplado em sua farda.

Valéria
– A gente tá sabendo, Fabiana. Guria nova. Larga ela que ela vai ficar quietinha ali no canto, não é Rebeca?

A jovem de cabelos vermelhos agoniza com a faca artesanal de Fabiana no seu pescoço.

Valéria
– É sério, Fabiana. Vamo acabar com tudo isso e evitar que o julgamento de vocês seja pior do que já vai ser.

Fabiana olha para Valéria, olha para Jerusa limpando o sangue do nariz e da boca e empurra Rebeca para o chão. Ela fica lhe apontando a faca.

Valéria
– Muito bem Fabiana. Agora joga essa faca pra cá, vai.

Mais duas policiais se aproximam e empunham suas armas em direção da cela 20.

Valéria
– Já tá tudo sob controle aqui…não é?

Fabiana aproxima-se de Rebeca e lhe dá um forte murro. Joga a faca artesanal para fora da cela e vai ajudar Jerusa na pia. Sem tirar os olhos das três detentas, Valéria se agacha e junta a faca guardando-a na cinta.

Valéria
– Cela 20 vai ficar vazia, podem ter certeza. Solitária para as três. Gertrudes não vai amolecer pra vocês só porque estão à espera do julgamento.

A diretora Gertrudes abre o portão e o silêncio perpetua entre as presas. Altiva e serena, ela atravessa o corredor com passos firmes e pesados. Chega em frente a cela 20 e encara as três detentas dali.

Gertrudes
– Que pouca vergonha, ein?

Ela olha para as três policiais ali presentes.

Gertrudes
– Cada uma de vocês pega uma dessas aí. Levem-na pro banho de mangueira gelada e depois joguem-as na solitária.

A diretora encara novamente as detentas.

Gertrudes
– Uma semana pra cada uma acho que vai fazer bem.

Quarto de Hospital

Jairo está em um leito isolado e todo entubado. Respira por aparelhos. Seu estado de saúde é bastante debilitado. O tumor está agindo novamente. Agora está aguardando o resultado dos exames, mas provavelmente o câncer tenha se manifestado novamente como os médicos tinham lhe falado.

Através de uma janela de vidro, Carmen o observa. A delegada chora desesperada. Lágrimas de dor. Lágrimas de culpa.

Carmen
– Você tem que ser forte, meu amor. Tem que sair dessa mais uma vez…

Um médico jovem e alto se aproxima da delegada. É o doutor Prestes, que está de responsável sobre o caso de Jairo.

Prestes
– Carmen Sanchez?

Carmen se vira enxugando as lágrimas.

Carmen
– Sim?

O médico lhe estende a mão.

Prestes
– Doutor Henrique Prestes. Oncologista chefe do hospital. Estou responsável pelo caso do seu marido.

Carmen
– E como ele está, doutor? É o tumor novamente se manifestando?

Prestes coloca a mão sobre o ombro da delegada pedindo pra lhe acompanhar. Eles seguem pelo corredor à direita em direção aos elevadores.

Prestes
– Venha até meu consultório e vou lhe deixar à par de tudo enquanto esperamos os exames ficarem prontos. Mas sinto lhe informar que a cirurgia será mesmo necessária.

Penitenciária Araúdes Trigueiro

As luzes amareladas de um estreito corredor são acesas. Valéria e as outras duas policiais surgem levando Rebeca, Fabiana e Jerusa algemadas. Cada policial com uma detenta. Elas param cada uma delas em frente à uma estreita porta de ferro, tiram as algemas de suas mãos e tiram os trincos das portas.

Valéria
– Três refeições ao dia. Sem ver a luz do sol por uma semana. Reflitam sobre o que aconteceu hoje.

Valéria e suas colegas empurram as detentas para dentro de três respectivas celas. Rebeca observa aquele lugar minúsculo e escuro. Um pequeno quarto com um vaso no fundo e um colchonete caindo aos pedaços. A porta às suas costas se fecha e a escuridão toma conta.

Jardim do Hospital

Carmen Sanchez anda pelo caminho de pedra que a leva da porta lateral do hospital até um jardim florido com belas estátuas e uma linda fonte de águas cristalinas, que está localizado em um canto externo do estacionamento. Ela soluça e esfrega constantemente os olhos em uma tentativa de esconder as lágrimas que teimam em cair pelo seu rosto.

O lugar encontra-se vazio naquele momento. Carmen senta em um banco de pedra que fica de frente para a fonte. Ela fica a observar aquelas águas e o som que elas entoam. Fecha os olhos tentando ser forte, mas cai em desespero. Deita a face sobre as pernas e chora. O mundo não é um lugar perfeito. A vida nos prega peças e, muitas vezes, pensamos em desistir. Precisamos ser mais fortes do que esta tentação porque adiante pode haver um caminho de flores e, então, nosso dia tornar-se mais colorido.

Carmen ouve passos que se aproximam de onde ela está. Levanta a cabeça, limpa os olhos inchados e vermelhos de tanto chorar e nota um senhor de idade caminhando com dificuldades e se aproximando da mureta da fonte. Ele segura em sua mão um lindo buquê de flores amarelas e brancas enquanto lágrimas também brotam em seus olhos. Aquele senhor encara a delegada e, gentilmente, lhe entrega as flores.

Carmen
– Pra mim? Eu…eu não…

Senhor
– Você tá precisando…pra alegrar um pouco seu dia.

Carmen sorri um pouco sem jeito e pega o buquê.

Carmen
– São lindas!

O senhor se aproxima do banco em que ela está.

Senhor
– Posso?

Carmen
– Fique à vontade.

O senhor senta-se ao lado da delegada. Alguns segundos em silêncio e ele a encara estendendo a mão.

Senhor
– Ohh, que falta de educação a minha. Sou Arlindo.

Carmen
– Carmen. Delegada Carmen Sanchez.

Arlindo
– Você é então a famosa delegada Carmen? Aquela que é a única capaz de pôr Alcatraz nos eixos?

Carmen volta a sorrir sem jeito.

Carmen
– Às vezes as coisas saem do nosso controle seu Arlindo.

Arlindo
– Sei bem como é delegada.

Carmen olha para o buquê na sua mão, sente o perfume que exala, sorri satisfeita.

Carmen
– Estas flores tinham outro destino, não é seu Arlindo?

Arlindo
– Eu sou o responsável por cuidar aqui deste jardim…tava colhendo as flores lá do fundo e, já devia tá acostumado com o dia-a-dia aqui no hospital, mas…

Arlindo olha para trás, para uma ambulância chegando.

Arlindo
– … é um caso novo à cada dia e não tem como se acostumar, não. Vi os familiares de uma senhora lá atrás chorando sua morte e, foi inevitável, lembrei da minha velha…

Carmen nota as lágrimas que voltam a escorrer dos olhos cansados daquele simpático senhor.

Carmen
– Muito obrigada pelas flores, seu Arlindo. O senhor acalentou minha alma neste momento.

Arlindo pega um lenço do bolso da sua calça e enxuga as lágrimas.

Arlindo
– Seja o que for que esteja passando delegada…acredite que tudo possa melhorar. Na delegacia, cuidando de todos nós ou…

Arlindo se vira para o hospital às suas costas.

Arlindo
– …ou aqui, onde muitas vezes tudo termina…

O senhor se ajeita novamente no banco.

Arlindo
– .. o que você não pode, minha filha… é perder o controle da situação. Seja forte. Esteja firme para encarar os momentos difíceis.

Carmen se emociona com as palavras de Arlindo.

Carmen
– Foi bom conversar com você.

Arlindo sorri.

Arlindo
– Bom, vou continuar meu trabalho. Cuidando deste jardim acredito que posso fazer a vida de quem passa aqui um pouco mais colorida e gentil.

Carmen sente o perfume exalado pelas flores novamente enquanto o senhor se retira indo cuidar dos seus afazeres.

Na porta lateral do hospital Arthur surge, de camisa social clara de mangas arremangadas, calça jeans e óculos escuros. Ele tira os óculos ao ver Carmen próxima à fonte.

Arthur
– Carmen?

Ela escuta a voz lhe chamando e se vira. Levanta ao ver Arthur e ambos se encontram no meio do caminho. Carmen chora nos braços dele.

Arthur
– Eu vim assim que vi tua mensagem…fica calma. Vai dar tudo certo.

Na solitária da penitenciária Rebeca está no escuro, sentada com as costas apoiadas na parede de frente para a porta de ferro. O colchonete velho que é usado para dormir está todo despedaçado ao seu redor. Ouve-se sons de passos que se aproximam. Rebeca levanta a cabeça quando a janelinha da porta é aberta e uma claridade ilumina o local. Pelo suporte deslizante um prato de comida é colocado e logo a janelinha é fechada.

Rebeca se levanta e vai até o suporte. Olha com desprezo para aquela comida e joga o prato plástico no chão espalhando comida por toda a cela. Ela fica de frente para a porta e começa bater com força com os punhos na mesma.

Rebeca
– Seus filhos da puta! Me tirem daqui! Ou tragam uma comida decente, seus “merda”!

Suas atitudes são em vão. Ninguém lhe responde. O silêncio perpetua. Rebeca desliza com os punhos na porta caindo de joelhos. Ela chora alguns instantes imóvel ajoelhada perante a porta. Se levanta e vai até os destroços do colchonete, pega um fiapo de esponja e coloca ao lado de outros três fiapos em um canto da cela. Esta era a terceira refeição do dia. Nas contas de Rebeca, ela completara o quarto dia na solitária, só precisaria aguentar mais três dias.

Cafeteria do Hospital

Carmen e Arthur estão sentados frente à frente em uma mesinha no lado externo da cafeteria do hospital. De onde estão, a delegada consegue avistar seu Arlindo cuidando do jardim. Carmen toma um gole do seu café sob observação de Arthur, que despeja a água com gás de uma garrafa no seu copo.

Carmen
– Eu tô com muito medo.

Arthur toma um gole da água do copo.

Carmen
– Eu não sei se ele vai aguentar. Na verdade nem os médicos sabem…

Arthur
– Precisa ser confiante.

Carmen
– …estes tumores sempre acabam voltando mais forte. Sabe Arthur, eu não acredito nenhum pouco nesta história de se curar de um câncer. Não existe isso. Todos que conheço que tiveram uma leve melhora, ficaram bons por um tempo e depois esta maldita doença voltou com força total para derrubar.

Carmen bate com o punho cerrado na mesa chamando atenção das pessoas ao redor.

Carmen
– Droga, Arthur. Que merda!

Arthur
– Calma, Carmen. Tu não pode se desesperar assim. Tem que ser forte. Por você, pelo Joaquim.

Carmen
– Eu sou uma droga de mãe. O Joaquim tava sozinho com o Jairo quando e passou mal. Eu não tava lá pra acudir ele.

Carmen olha para os lados e se inclina sobre a mesa cochichando.

Carmen
– Tu sabe aonde eu tava Arthur? Tu sabe. Não fizemos a coisa certa, você sabe. Não agora. Não neste momento.

Arthur fica sem palavras. Toma um gole da sua água encarando Carmen à sua frente.

Arthur
– Jairo vai pra cirurgia?

Carmen volta as costas para o encosto da cadeira. Toma um gole do seu café.

Carmen
– À esta altura já deve estar indo pra sala de cirurgia. Não sabem quanto tempo vai levar. Não sabem se adiantará de alguma coisa. Não sabem nem se ele vai sair vivo desta maldita cirurgia.

Carmen olha na direção do seu Arlindo. Ele, muito simpático, interrompe seu serviço e abana para ela sorrindo.

Carmen
– Arthur? Você se sente melhor olhando para aquele lugar? Consegue esquecer que está em um hospital onde a morte sempre ronda?

Carmen puxa a cadeira do seu lado e pega o buquê de flores que ganhou do seu Arlindo.

Carmen
– Ele me deu. O jardineiro.

Carmen aproxima o buquê do seu olfato sentindo o aroma.

Carmen
– Acho que ele tem alguma razão, embora as flores também lembrem os mortos.

Casa na Favela da Geral – Região Norte de Alcatraz

Uma senhora de longos cabelos brancos e andar arcado, usando um vestido cinza florido, entra em um portão de cercado baixo carregando sacolas de mercado e uma bolsa à tira colo. Ela fica em frente à uma porta de madeira gasta e procura algo dentro da bolsa. Tira um chaveiro com três chaves e coloca uma delas na fechadura abrindo a porta daquela casinha simples caindo aos pedaços.

Sua mão calejada pousa na fechadura ao lado da porta e acende a luz iluminando um ambiente singelo: uma casa pequena com móveis velhos. Ela larga as duas sacolas do mercado sobre a mesa de madeira gasta, joga sua bolsa em cima de um sofá velho, de onde um gato malhado mia e se espreguiça vindo ao seu encontro. A mulher é Dulce, antiga funcionária da Clínica Frederick Angels e suposta enfermeira que era amiga de Rebeca. Ela foi demitida pelo diretor Henrique, passou um tempo como paciente presa em um quarto da clínica, mas depois da visita da delegada Carmen, Henrique resolveu mandá-la para sua casa.

Dulce senta em uma poltrona toda rasgada pelo seu gato. Ele pula em seu colo implorando por algum carinho.

Dulce
– É Bartolomeu…precisamos fazer alguma coisa. Rebeca não pode ficar lá naquele “muquifo”.

Padaria do seu Rodrigues

Seu Rodrigues está escorado no balcão olhando as últimas notícias no noticiário da televisão. Raúl entra.

Rodrigues
– Como estamos seu Raúl? Notícias da delegada e seu Jairo?

Raúl
– Olá portuga. Tô chegando agora de uma investigação, não falei com ela ainda. Pretendo ligar daqui a pouco, mas antes preciso de um café.

Raúl senta na banqueta do balcão. Seu Rodrigues se retira para a cozinha.

Rodrigues
– É pra já!

Raúl fica pensativo vendo o noticiário onde falam do tráfico na região. Minutos depois seu Rodrigues volta trazendo seu café.

Rodrigues
– Um café quentinho pro amigo.

Raúl tira os olhos da televisão. Sorri para o portuga agradecendo pelo café.

Rodrigues
– Malditos traficantes! Delegada Carmen terá problemas com esses aí.

Raúl
– Eu que o diga. Tava investigando os “tipos”. Desde que a menina matou o Catarina as coisas pioraram. O comando tá com um Zé ruela, que vai incomodar muito.

Raúl toma seu café na companhia do seu Rodrigues. Quando está terminando outros dois policiais entram no local: capitão Soares e soldado Reis.

Raúl
– Capitão…soldado.

Soares
– Tudo certo Raúl? Notícias da Carmen?

Raúl toma o último gole do seu café largando a xícara sobre o balcão.

Raúl
– Vou saber agora. Preciso ligar pra ela.

Ele se levanta, olha para seu Rodrigues.

Raúl
– Coloca na conta, por favor.

Raúl retira seu celular do bolso e sai discando para Carmen Sanchez.

Sala de Espera do Hospital

Carmen Sanchez se despede de Arthur na porta da sala de espera da UTI. Se desfazem de um abraço caloroso.

Arthur
– Se precisar liga, por favor. Não importa a hora, venho correndo.

Carmen
– Obrigada!

Carmen se volta para a sala. Um ambiente pequeno, com suas paredes pintadas de branco, um aquário grande em uma parede e três poltronas de três lugares em cada uma das outras paredes. A sala está vazia. Carmen se senta na poltrona de frente para o aquário e fica observando os peixes coloridos. Seu celular toca e ela imediatamente pega-o baixando seu volume e o atendendo em seguida.

Carmen
– Pronto!

Ela escuta por alguns segundos.

Carmen
– Certo Raúl…vou precisar da tua ajuda…

Ela se levanta e fica de pé em frente ao aquário.

Carmen
– …sim, mas Jairo tá em cirurgia, o que posso fazer? Você…vo…

Carmen altera a voz, mas se contém para não subir o volume.

Carmen
– …preciso que você me mande por email tudo que conseguiu e eu dou uma olhada aqui pelo celular.

Carmen escuta por mais alguns segundos.

Carmen
– Ok, entendi. Preciso saber quem ele é, idade, família…tudo. pra ter assumido o tráfico, pouca coisa ele não é.

O doutor Prestes aparece na porta da sala de espera.

Carmen
– O doutor chegou. Preciso desligar. Me manda tudo, por favor.

Carmen desliga o telefone guardando-o no bolso. Prestes se aproxima. Sua expressão preocupa a delegada, que sente os ombros pesarem e o seu mundo desabar. Ele coloca as mãos segurando os braços de Carmen. Estes momentos não são fáceis nem para um médico do cacife do doutor Prestes.

Prestes
– Seja forte, delegada.

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

  • Que tenso esse ep.
    Amigo que cena maravilhosa da Carmen com o jardineiro Arlindo. Muito poética.
    Rebeca sofrendo na cadeia. Mas ela também é sapeca, né? Tinha que tá brigando? Essa Rebeca não tem jeito! Não imagino o que você vai fazer com Rebeca e Dulce. Aparentemente vai rolar treta envolvendo essas duas, será?
    Odeio o Arthur! Pronto, falei!
    Você abriu mais uma lina narrativa, e creio que vai fechar com o fim da temporada, e essa linha está com esse novo traficante. É possível que ele esteja envolvido com Rebeca tbm! Vamos ver!

    • Carmen e Arlindo, a cena é linda mesmo, bastante tocante…
      Uhuuuu, tá fazendo maratona de Alcatraz, adoreiiiii! Vamos lá. Faltam dois!!!

  • Que tenso esse ep.
    Amigo que cena maravilhosa da Carmen com o jardineiro Arlindo. Muito poética.
    Rebeca sofrendo na cadeia. Mas ela também é sapeca, né? Tinha que tá brigando? Essa Rebeca não tem jeito! Não imagino o que você vai fazer com Rebeca e Dulce. Aparentemente vai rolar treta envolvendo essas duas, será?
    Odeio o Arthur! Pronto, falei!
    Você abriu mais uma lina narrativa, e creio que vai fechar com o fim da temporada, e essa linha está com esse novo traficante. É possível que ele esteja envolvido com Rebeca tbm! Vamos ver!

    • Carmen e Arlindo, a cena é linda mesmo, bastante tocante…
      Uhuuuu, tá fazendo maratona de Alcatraz, adoreiiiii! Vamos lá. Faltam dois!!!

  • Ai, minha santa Genoveva, só o que faltava mesmo acontecer isso com o Jairo. Ele não merece passar por nada disso, tô começando a pegar muito ranço pela Carmem, e vou culpar ela a série inteira se ele morrer.

  • Ai, minha santa Genoveva, só o que faltava mesmo acontecer isso com o Jairo. Ele não merece passar por nada disso, tô começando a pegar muito ranço pela Carmem, e vou culpar ela a série inteira se ele morrer.

  • Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

    Publicidade

    Inscreva-se no WIDCYBER+

    O novo canal da Widcyber no Youtube traz conteúdos exclusivos da plataforma em vídeo!

    Inscreva-se já, e garanta acesso a nossas promocionais, trailers, aberturas e contos narrados.

    Leia mais Histórias

    >
    Rolar para o topo