Escuta hoje, o bom Pastor,

Vem no aprisco te abrigar,

Foge do lobo enganador,

Pois ele quer te devorar

 

“Cordeiro”

 

LICURGO

Aquela bomba. O tempo todo estava na minha jaqueta. Ela encontrou no meu esconderijo secreto. E escondeu dentro da minha jaqueta. Ela foi esperta. Eu não teria pensado nisso.

Sabe como eu descobri aquele esconderijo? Aquele quarto era do meu tio Marcos, aquele que parecia um urso? Lembra? Lá do primeiro episódio? Voltando às minhas histórias de quando eu tinha 11 anos.

Era o quarto que minha Vó Biza odiava porque sempre estava bagunçado. E você sabe, minha Vó Biza detestava bagunça e barulho.

Enfim, eu não conhecia aquele compartimento no assoalho. Até que uma semana antes da minha tia Ângela morrer, minha Vó surtou.

Ela acordou de madrugada e toda a casa levantou com ela. Ela dizia que um grilo estava cantando.

 

Nós procuramos esse grilo por toda a casa, mas não o achamos em lugar nenhum. Meu Vô foi pra plantação, meu tio Marcos foi pra vila.

E eu fiquei o dia inteiro em casa. Procurando o grilo barulhento com a minha Vó. Ela estava perturbada naquele dia.

O sofá estava virado, a mesa da cozinha estava em pé e toda a casa parecia estar de cabeça para baixo. Ela bagunçou toda a casa naquele dia.

Eu olhava para ela e sentia medo. Seus cabelos brancos estavam assustados na cabeça. Suor, poeira e loucura cobriam-na.

Mas, ela não parava um segundo de procurar aquele maldito grilo que cantava perpetuamente.

Na verdade ele só cantou até o amanhecer. Mas a Vó Biza não parava de escutá-lo em sua cabeça. Para ela, o grilo cantou durante dois dias e duas noites.

Até que no terceiro dia de busca eu entrei pela centésima vez no quarto do meu tio Marcos. Eu estava cansado e deite perto da cama.

Naquele momento deitado, como num sonho ruim. Eu ouvi o canto do grilo novamente.

Eu rastejei para debaixo da cama e consegui identificar de onde vinha o canto. Consegui puxar a madeira do assoalho e descobri o compartimento secreto.

O grilo pulou e eu o matei satisfeito.

Mas havia alguma coisa além de um grilo dentro daquele compartimento. Algo assustador que eu preferia nunca ter descoberto.

No pátio da casa, o vermelho pulsante do fogo cercava os corpos caídos no chão. Um inferno quente caminhava ao redor daquelas pobres almas jogadas à morte.

Não. Ele não morreu. Licurgo estava inteiro. Jade não foi tão fria ao ponto de deixar aquela bomba escondida na jaqueta.

Os planos dela eram de deixar a fazenda antes do amanhecer. Sozinha.

Ela acordou, pegou o telefone e guardou na mochila que estava na camionete. Depois entrou no quarto de Licurgo e tirou a bomba da jaqueta. Ela escondeu a bomba no compartimento onde havia encontrado.

Foi o tempo de esconder a bomba e escutar correntes arrastando pelo chão lá fora. Licurgo acordou e levou uma flechada. A partir daí você conhece a história.

 

Licurgo está desmaiado nos braços de Jade. Ela dá alguns tapas no rosto dele fazendo-o acordar.

Os destroços da casa, ainda caem ao redor das duas pobres almas. Licurgo olha com lágrimas nos olhos a casa da Vó Biza derreter em chamas. Toda uma vida e toda uma história parecem virar cinza de repente.

Toda a plantação arde e chamas. O fogo lambe ininterruptamente toda erva verde da fazenda. O celeiro e o estábulo se desfazem com o calor intenso.

– Licurgo, levanta! Temos que buscar ajuda!

– Vai embora e me deixa morrer em paz. Eu não posso deixar a minha terra.

– Você não tem escolha. Tem uma flecha envenenada no seu peito.

– Nós não temos chances Esmeralda. Você está com o tornozelo machucado e eu tenho um ferimento que arde e parece consumir minha carne por dentro.

– E, se eu tirar a flecha? Talvez melhore! – diz Jade tentando ser otimista – É isso que eu vou fazer!

Jade segura na flecha e começa a puxar lentamente. A ponta da flecha rasga ainda mais a carne de Licurgo fazendo sangrar com mais intensidade.

 

Ele estrebucha de dor e grita muito alto.

– Para!!! Isso dói demais! – Licurgo pede rangendo os dentes e fincando suas unhas na terra.

– Precisamos de uma faca pra cortar isso. Onde podemos encontrar uma? – Jade pergunta.

– Estava tudo na casa.

– O avião! Podemos usar a hélice ou os destroços como bisturi! Vamos até lá e tiramos esse veneno que esta espalhando ainda mais. Precisamos tirar essa flecha.

– O avião está fora dos limites da fazenda. Você ainda não entendeu? Se sairmos agora as bestas vão nos matar! Não podemos deixar a fazenda! – ele diz gemendo de dor.

– Não podemos esperar até o amanhecer. Você não vai aguentar! Isso tá muito feio e piorando.

– Você não precisa se preocupar comigo! É só aguardar até o amanhecer e você pode ir embora. Eu vou tentar não morrer – diz Licurgo gritando com a dor no peito.

– Eu não vou deixar morrer aqui sozinho! Você vai comigo até o avião! Você foi corajoso pra me tirar dos destroços quando o monomotor caiu. E agora eu não posso deixá-lo aqui. Eu não sou assim. Eu vou te ajudar! – ela diz determinada.

Apartamento de Jade. Chá de panela. Família reunida, amigos, presentes para a casa. Panelas, copos, panos de prato, micro-ondas, jarras de suco.

Marieta está cercada por dondocas enquanto fala de sua maquiagem. Jade está encostada no canto da parede. Seu corpo está na sala, mas sua mente volta para aquela sexta-feira à noite.

 

Ela mostra a foto para Roberval e depois aponta a arma para ele.

Roberval ainda esboça surpresa abrindo a boca levemente. Nenhum som sai de sua boca. Jade aperta o gatilho, e uma bala percorre o trajeto do cano da arma até o peito de Roberval.

Jade deixa sua mão cair, ao mesmo tempo em que uma lágrima pesada cai do seu olho.

Na sala, alguém lhe tira do transe e lhe puxa para a frente da TV.

– Bem, agora que está só a mulherada, eu queria mostrar algo para a noiva – diz Marieta radiante.

“Senta, senta e presta atenção”, dizem algumas dondocas ao pé do ouvido de Jade.

Ela senta em frente à TV, enquanto Marieta aperta o play de um vídeo. No monitor, Lucas aparece com uma pedra de Jade na mão, ele diz: “Essa não é a minha pedra preciosa, mas, ela carrega o mesmo nome da mulher da minha vida. Minha mãe pediu pra fazer esse vídeo. Ela insistiu muito. Queria que eu dissesse quem era essa mulher incrível que iria casar comigo. Eu fiquei meio assustado, porque Dona Marieta não costuma gostar das minhas namoradas. Mas, ela insistiu tanto que eu não pude recusar”.

“A Jade é uma mulher incrível! Ela é charmosa, tem uns olhos que qualquer um se apaixonaria. E um sorriso que me deixa bobo. Eu amo quando ela sorri. Seus dentes tão alinhados. As covinhas no rosto, e um olhar sapeca que lembra até inocência. Se eu não tivesse tocado e falado com ela a primeira vez, eu diria que ela era um anjo. Um anjo doce disposta a conquistar meu coração. Sua pele, seu toque, tudo na Jade é perfeito. Mas, além de beleza ela tem um coração cheio de graça. Ela é tão sensível, misericordiosa, paciente e humana. Acho que a Jade seria incapaz de matar uma barata. Ela tem palavras tão doces, tão aconchegantes que me deixam em paz. As crianças da Instituição a amam incondicionalmente. Elas dariam a vida para proteger a Jade, e eu também”.

“Amor, eu amo te amar e tenho certeza que viveremos plenos por que além do amor temos confiança um no outro. E essa confiança é o que vai nos sustentar quando o amor não for tão intenso”.

Jade levanta se derramando em lágrimas. As pessoas ao seu redor tornam-se borrões falantes e andantes. Ela corre chorando culpada para o banheiro.

 

Licurgo caminha com dificuldade apoiando-se em Jade. Eles desviam das chamas que ainda consomem toda a relva.

Há uma discrepância entre o sombrio céu e o vermelho pulsante do fogo que destrói aquele sítio.

Chegando ao limite da cerca, Licurgo se apoia na madeira e encara a floresta sombria. Jade também se apoia tomando fôlego.

– Pronto, agora é só pular e andar alguns metros até chegarmos ao monomotor – diz Jade cansada e ofegante.

– Droga, isso dói demais! Como você acha que vamos fazer isso? – ele diz com a mão no ferimento.

– Eu pulo na frente e te espero!

Quando está prestes a pular a cerca, Jade sente o chão tremer. As folhas se mexem agonizantes e é possível escutar as pegadas dos monstros correndo ao redor.

Os monstros rosnam, esperando os dois pularem a cerca. Licurgo ainda vê olhos vermelhos e brilhantes se esconderem atrás dos arbustos.

 

– É só pularmos e seremos o jantar desses monstros. Não podemos ir! – diz Licurgo sem esperança.

– E, agora? O que faremos? Vamos esperar a morte?

Licurgo senta na terra e geme com a flecha cravada em seu peito. O mundo ao redor deseja que eles morram. É só isso que importa.

LICURGO

– A minha infância foi bem peculiar. Tudo parece ter acontecido nesse período. Não bastava um grilo mudo que cantava na cabeça da minha avó, agora um pequeno monstrinho guardado em um pote de geleia envolto em um líquido amarelado.

Foi isso que eu encontrei embaixo da cama do meu tio Marcos. Uma miniatura de um monstro, escondido embaixo do assoalho.

Ele parecia uma ratazana adulta e sem pelo. Dentes pontiagudos e braços que pareciam as asas de um dragão em formação. Uma imagem tenebrosa. Eu não fazia ideia do que aquele monstrinho estava fazendo escondido ali. E, sinceramente eu tive medo de descobrir.

Meu tio Marcos me flagrou com o pote do monstro nas mãos. Ele encostou o meu rosto no chão e apertando disse: “Se você abrir a sua boca e falar alguma coisa sobre isso, eu te mato moleque. Eu juro que te mato”.

Eu não queria provar a fúria do meu tio. Então, decidi ficar calado. Só uma coisa me assustou mais do que ameaça do meu tio. Foi o monstro que abriu os olhos e me encarou com ódio.

 

Ainda sentado e sem esperança Licurgo enxerga uma pá que está alguns metros à sua frente.

– Temos que pensar em algo! Não dá pra ficar aqui esperando! – diz Jade.

– Eu tive uma ideia! – diz Licurgo caminhando até a pá

– O quê?

– Ele disse que iria me ajudar. E logo me mandou cavar um buraco. Acho que lá está o nosso auxilio!

– Que buraco? Do que você tá falando? – ela pergunta confusa.

– Precisamos de armas contra essas bestas, e a nossa única arma é o pó do diálobu. Eu acho que sei onde podemos encontra-lo. Tem uma cova que eu cavei, mas não encontrei nada. Mas, tem que ser isso. Tem que ser o diálobu que está enterrado lá. É a nossa única salvação. Se conseguirmos o pó, sairemos a qualquer momento. Os monstros não irão nos perseguir se estivermos com essa arma. Você me entendeu?

– Quer dizer que você cavou um buraco que tem o pó. E você quer ir até lá, pegar esse pó e se defender dos monstros? É isso? – pergunta Jade.

– Na verdade eu não encontrei o pó, mas o diálobu só existe embaixo do solo. Ele disse que eu deveria cavar em um determinado local. Aciho que ele estava tentando me dizer algo. Dizer que o pó do diálobu estava enterrado ali – Licurgo diz esperançoso.

– E se não tiver pó lá? Onde fica essa cova?

– Fica na floresta. No lado oposto da trilha que vai para a vila. É um caminho que nos leva mais longe do resgate – diz Licurgo.

– Você acha que o pó está enterrado lá?

– Sim, eu acho! – ele diz com mais convicção.

– Então vamos! – diz Jade.

 

Jade sai do banheiro com os olhos inchados. As mulheres que ocupam todos os espaços possíveis da sua casa, lhe puxam novamente para a frente da TV.

“Venha, venha, ainda não terminou”, elas dizem eufóricas.

Enquanto isso, Marieta regozija com o constrangimento de Jade.

Novamente na tela da TV, Lucas volta a falar:

“Eu tinha que falar isso. E, não poderia deixar de citar. Eu acredito muito no significado dos nossos nomes. Acredito que eles dizem muito sobre a nossa personalidade. E, tomei o cuidado de pesquisar o significado do nome. Agora deixa eu pegar minha cola. Jade é símbolo de pureza e serenidade para os povos do Oriente. São muitas as propriedades da pedra Jade, todas as diferentes cores do jade possuem propriedades curativas, mas cada cor protege um órgão diferente. As propriedades comuns a todos os jades é que eles melhoram a existência da pessoa que o utiliza.

“É isso aí Jade! Você é a minha cura!

– Já chega! – diz Jade levantando e explodindo em ódio – Saiam todas da minha casa agora! Eu não quero mais ninguém aqui!

Jade empurra todas as dondocas que surpresas não entendem a atitude da noiva.

– Saiam todas agora! Saiam da minha casa, eu não quero mais ninguém aqui! – grita Jade derramando lágrimas.

Marieta é um das últimas a sair. Ela encara Jade e diz: Eu serei a sua pior inimiga! – e sorri com um brilho no olhar.

Jade bate porta com força e desaba chorando copiosamente.

– Eu fiz tudo errado! Merda, eu ferrei com tudo! – chora Jade com as mãos na cabeça.

Licurgo e Jade chegam até o limite da cerca e encaram o breu da floresta.

 

– Vamos, não podemos parar, temos que ir! – Jade diz decidida.

– Nós vamos morrer!

– Seja otimista homem. Vai dar tudo certo! A cova fica muito distante?

– Não, ela está nos túmulos.

Jade pula a cerca e ajuda Licurgo. Ele se apoia no ombro dela e os dois caminham pela floresta escura.

– Rápido! – ele diz sussurrando.

Os dois apressam os passos. Sombras e rosnados se mexem atrás deles.

Jade ainda tenta olhar para trás, mas perde a coragem e fechando os olhos continua andando o mais rápido o possível.

Um galho seco se quebra atrás deles. É possível escutar as patas e os rosnados se aproximando.

– Estamos perto? – pergunta Jade.

Eles chegam à cova e Licurgo pula apoiando a pá no chão. Jade pula também e ele começa a cavar o chão como se a sua vida dependesse daquele instante.

Licurgo cai gemendo e Jade segura a pá e continua a cavar desesperada. As paredes da cova parecem apertá-los ali dentro. Calor e medo sufocam os dois dentro daquela cova.

Um buraco aberto e os monstros pulam a cova preparando o bote.

– Vamos merda! Onde está o pó?! – grita Jade.

– Você não pode parar! Continua a cavar! Os monstros estão vindo.

Mais uma besta salta a cova e uma gosma escorre da sua boca cheia de dentes afiados.

É possível escutar um exército de bestas correndo em direção à cova. O chão treme com o batalhão de monstros pesados e ferozes.

Licurgo olha para cima esperando o ataque iminente.

Prestes a pular dentro da cova e despedaçar os mortais, a besta sente o cheiro do pó e percebe quando um chafariz de diálobu sai do buraco.

O pó parece brotar do solo. Jade e Licurgo enchem as mãos e jogam o pó para os ares. As bestas correm em retirada, enquanto eles riem com medo e euforia. O som das pegadas se afasta. Os rugidos cessam.

Licurgo sente uma pontada aguda em seu peito e cai sentindo mais dor. Jade segura a flecha cravada, e pondo muita força, arranca-a do peito de Licurgo.

 

Ele grita com a dor insuportável. O sangue começa a jorrar do ferimento aberto.

Jade pega um punhado do pó do diálobu e joga no ferimento.

– Espero que o diálobu o cure – ela diz sem forças.

– Obrigado!

– Acho que agora estamos quites. Você me salvou na queda do monomotor. E eu tirei uma flecha envenenada do seu peito.

– Você ainda me deve uma. Eu ajudei a curar seu tornozelo – ele diz com um sorriso de sofrimento.

– É verdade. Você me ajudou de forma milagrosa. É mágico, você sabia? Como acontece? – ela pergunta curiosa tentando respirar normalmente.

Licurgo parece delirar ao falar: “Já disse que ninguém pode saber disso. Há coisas debaixo do sol que ao homem não é permitido saber, mas somente usufruir. E você pode usufruir. Talvez tateando, como um cego na escuridão, você consiga encontrar. Mas, é mais fácil ele te achar”.

– Ele… é a pessoa que você fala ao telefone?

Licurgo fica em silêncio.

– Sabe, eu admiro isso. A paz de estar em paz. De viver num lugar isolado sem a internet, TV, sem os holofotes, sem o brilho das câmeras. Sem o desejo de deixar um legado, uma história, um nome. Você não tem ambições. Vive cada dia pra cuidar de uma fazenda e sente-se feliz falando ao telefone todo fim de tarde. Eu queria ser assim como você. Sem as angústias que os desejos causam. Hoje o que a maioria quer é o reconhecimento, likes, inscritos e a aprovação de todos. Queremos fama. Estamos esquecendo de nós mesmos. Cuidamos tanto da nossa imagem nas redes sociais e esquecemos de cuidar da nossa família. Contamos nossa rotina pra várias pessoas pelo facebook, mas saímos de casa sem dar bom dia pros nossos parentes. Eu queria viver assim. Simples!

– Você pode começar hoje. É danoso viver uma indecisão. Há bagagens que não acrescentam em nada só trazem peso – ele diz revirando os olhos, parecendo estar em transe.

– Ok, e agora o que fazemos? – ela pergunta mais aliviada.

– Vamos juntar todo o pó que pudermos e sair desse buraco. O diálobu é a nossa arma.

Jade levanta animada – É isso aí, vamos sair daqui e armados!

Um estrondo ecoa por toda a floresta. Um barulho de madeira seca se partindo reverbera entre as árvores.

– O que foi isso? – pergunta Jade.

– Parece tronco quando se parte!

As bestas arrastam um tronco oco e pesado pela floresta. Elas empurram o tronco em direção ao buraco em que Jade e Licurgo estão. É impossível enxergar esses monstros na escuridão da floresta.

– Vamos! Vamos juntar o pó e dar o fora daqui! Rápido! – grita Licurgo fazendo careta de dor.

Um tronco gigante é lançado em cima do buraco bloqueando a saída. Os espaços laterais não são grandes o suficiente para que os dois perseguidos saiam. Eles estão ferrados novamente.

– Mas que droga é isso? Eles nos trancaram aqui dentro! – grita Jade com medo.

Licurgo ainda tenta empurrar, mas o tronco é muito pesado e não sai do lugar.

– Isso não é bom. Isso não é bom – diz Licurgo angustiado.

– A ideia de vir pra cá foi sua. Agora você tem que nos tirar daqui! – diz Jade.

– Mas o que eu posso fazer? É impossível remover esse tronco!

– Faz alguma coisa Licurgo! – grita Jade desesperada.

É! Os monstros não esperaram eles pensarem em algo não. E, já começaram a piorar a situação.

De repente, terra começa a cair dentro da cova. Escutamos o som de milhares de patas cavando o chão e lançando terra dentro do buraco.

– Mas o que é isso! Meu Deus o que tá acontecendo – Jade grita eufórica.

– Merda! Isso é uma armadilha! Vamos morrer sufocados!

Terra e mais terra cai dentro do buraco. Licurgo bate no tronco acima da sua cabeça. Jade chora com medo de morrer.

As muitas bestas cavam o chão jogando toda a terra possível naquele maldito buraco.

– Se não sairmos agora, iremos morrer de qualquer forma.

Os dois já tem terra batendo nos joelhos. Lágrimas de desespero brotam dos olhos de Jade.

– Eu não quero ser enterrada viva! Eu quero sair daqui! – ela grita debatendo-se nas paredes da cova – Socorro, alguém ajude! Socorro!

Os monstros parecem com lobos, corpo de leão, dentes afiados destilando ódio. Eles cavam o chão enterrando Jade e Licurgo vivos.

 

 

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  • Aiiii meu Deus! Quando eu penso que eles v&#227o sair de um sufoco, j&#225 entram em outro. Senhor!!

    • Muito sufoco heim! Mas, depois da tempestade vem a calmaria. Ou talvez venha mais tempestade ainda! kkkkk

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