Em briga de marido e mulher…

Jonas continuou correndo pelos dutos de esgoto como Yon ordenou que fizesse, esperava vê-lo em breve, assim que a luta acabasse e ele saísse vitorioso, então os dois continuariam a busca por Pandora e Afea, e assim poderiam continuar o caminho. Ate lá Jonas se materia seguro e prtegeria as chaves como tinha prometido.

– Essa é a nossa única chance, sombra atrai sombra. enquanto estivermos juntos seremos um alvo fácil, caso algo aconteça comigo quero que fique com isso. – Yon entregou-lhe a própria chave para que ele – Entregue-a a Alfea ela saberá o que fazer.

As palavras dele ainda ecoavam em sua mente, como uma promessa, mesmo tremendo, ainda tomado pelo medo Jonas se forçou a seguir a diante. Tomando uma nova bifuacação no tuneo sujo e mal cheiroso Jonas torcia para estar no caminho certo.

– Onde vocês estão? – Perguntou ele para o além, buscando pistas de onde pudesse estar.

Para onde quer que olhasse, tudo parecia cada vez mais igual. A lembrança de Pandora em sua mente fez as quatro chaves em seu peito queimarem. puxando-as para fora da camisa Jonas percebeu um estranho brilho envolvendo todas elas e a medida que avançava o brilho ia ganhando mais força.

– Luz nao pode existir sem sombra. – a ideia tornava-se obivia agora.

 energia atrai energia, era assim que Delfian sabia cada passo deles Yon atraia a sombra até eles da mesma forma que ele era atraído pela luz de Pandora. Agora sabia para onde ir, guiado pela luz das chaves certamente encontraria o que procurava.

O garoto andou por mais um tempo, apontando suas chaves para qualquer caminho que aparecesse diante dele, o brilho delas tornava-se cada vez mais intenso a medida que se aproximava de seu objetivo. Uma abertura acima dele surgiu revelando um complexo de selas, esgueirando-se nas sombras ele se aproximou.

A luz dentro da sala tornava-se mais intensa assim como as que estavam em seu pescoço.

– Pandora, é voce? – Ele chamou baixinho.

– Jonas! – A voz dela soou acima dele.

– Sou eu, vocês estão bem? – Ele se aproximou com cautela.

– Sim, está com a minha chave? – Ela perguntou deitando-se junto a pequena abertura.

– Tenho cinco das sete chaves aqui comigo.

– Preciso da minha. – A garota pediu.

Jonas retirou o cordão do pescoço procurando uma das chaves entregou-a a pandora pela pequena brecha.

– O que fazemos agora? – Ele perguntou sem saber o que fazer.

– Precisamos sair daqui. – Pandora fizera um rapido movimento com a propria chave no ar.

Um segundo depois uma passagem se abriu diante de Jonas, sem pensar duas vezes Jonas entrou no portal levando-o direto para onde as duas garotas estavam.

– Yon me pediu que lhe entregasse isso. – Jonas retitou de seu cordao a chave que Yon lhe dera e entregou a Alfea. – Ele disse que voce saberia o que fazer.

– O que aconteceu? – Quis saber Alfea olhando a chave das sombras em suas maos. – Ele nunca se separa disso.

– Fomos emboscados nos dutos pelo velho do saco. – Jonas respondeu triste. – ele acabou ficando para traz.

– Isso é bem do feitio dele. – a mulher sorriu, ja sabendo dos planos do marido. – Nós precisamos continuar, logo ele nos encontrará.

– Voce nao esta pensando em… – Pandora nao conseguia acreditar no que Alfea cogitava fazer.

– Exatamente. – Interrompeu Alfea antes que ela terminasse a frase. – É o que precisamos fazer.

– Para onde? – Jonas pareceu nao entender a gravidade da proposta feita pot ela.

– Voce esta ficando louca ou o que? – Pandora temia pelo pior.

– Voce quer acabar com isso ou nao princesa? – Alfea foi certeira em sua pergunta.

Pandora parou por um momento antes de olhar para Jonas e para Alfea

– Ele nao esta ptonto. – Pandora tentou argumentar.

– Voce esta? – Alfea rebateu tocando na ferida mais uma vez.

Ela sabia que Pandora nao se sentia pronta para o que estava por vir, mas diferente de Jonas, a menina havia sido preparada desde a infancia para isso. Alfea sabia a resposta que viria a seguir, sabia da dificuldade em adimitir que mesmo sendo a escolhida para tal feito.

– Nao, nao estou pronta, – Pandora rebateu triste. – eu tenho medo por mim e por ele.

– Esta tudo bem! – Alfea a tranquilizou – Quando se esta com medo do escuro, lembre-se de acender a luz minha querida.

– Nao tem outro jeito nao é?

– Sim princesa, esse é o unico jeito.

 

 

Girando sua chave mais uma vez Pandora abriu com facilidade o cadeado da sela que as prendiam. Por sorte suas coisas estavam penduradas na ala dos guardas, aproximando-se furtivamente de seus pertences ela preparou uma mistura de ervas criando uma poção do sono dissipada no ar em forma de um pó fino, em poucos instantes os mostros que se mantinham de guarda adormeceram.

Os tres seguiram pelos corredores sem muita dificuldade, chegando ao templo dentro da fortleza. Diferente do que esperavam, nao havia ninguem guardando a porta, nenhum sinal de vida fora avistado, nenhum tambor, canção ou dança em honra a deusa da noite. Antes onde haviam duzias de monstros fuzilando-as com os olhos, fazendo piadinhas e rindo das duas agora nao havia ninguem.

– Esta muito queto, nao esta? – Pandora perguntou vasculhando o local.

– Facil demais. – Alfea checava o caminho a cada curva.

– Era para estar cheio de monstros aqui. – Jonas concluiu. – Eles estao me caçando.

– Errado criança, eles estao nos caçando. A ideia era nos usar como barganha para chegar ate voce. O que mudou? – Alfea questionou.

A guerreira permaneceu a frente do grupo, pronta para qualquer mudança brusca, olhando para os dois fez um sinal para que se preparassem para o que estava por vir.

– O que houve aqui? – Pan perguntou surpresa.

O lugar estava impecavelmente limpo, mesmo depois do banho de sangue de horas atras, Pandora esperava ver uma horda de monstros esperando por eles, tendo em vista a presença de Jonas e Yon ali. Alfea hergueu sua chave apontando-a para todas as direçoes possiveis esperando que ela brilhasse mostrando-lhes o caminho tomado. Pandora fizera o mesmo com a sua, enqanto Jonas observava atentamente. Depois de um tempo sem encontrar nenhum vestigio as duas pararam a busca.

– Nos estamos sozinhos. – Pandora concluiu triste.

– Não, nos nao estamos sozinhos. – Alfea interrompeu, – Nao é mesmo meu amor.

Um sorriso surgiu nos labios de Jonas, o garoto nao conseguiu se conter de alegria ao ve-lo. Yon estava ali, vivo diante deles, por todo o corpo as marcas de uma dura batalha junto a elas a respiracao pesada revelando o cansasso.

– Alfea! – Ele chamou com dificuldade antes de dar um passo diante deles e desmaiar.

– Yon! – Jonas tentou correr para ajuda-lo, mas foi impedido por Pandora.

– Mantanham-se afastados. – Alfea mantinha os olhos fixos no marido, alguma coisa nele parecia estar diferente.

– Alfea…. – Pandora tentou argumantar mas foi rispidamente interrompida.

– Nao se intrometa! – Ela mantinha o olhar duro

Jonas encarou as duas por um instante sem entender o que estava acontecendo ali. A garota por sua vez ergueu a chave em seu pescoço girando-a no ar em uma fexadura imaginaria. A chave adiquiriu o brilho magico envolvendo os dois com um escudo de proteção.

– O que esta acontecendo? – Perguntou ele a garota ao seu lado.

– Voce nao esta vendo? – Pandora rebateu apontando para os dois, – Ela vai lutar com ele.

Jonas ainda nao entendia o que estava acontecendo ali, ver seu mestre, vivo e bem era para ser motivo de alegria para todos, porem apenas ele parecia se importar com o bem estar de Yon.

– Voce ainda nao percebeu nao é? – Perguntou Pandora percebendo o olhar perdido que Jonas lhe lançara.

– Perceber o que? – Jonas olhava para Alfea e para Pandora perdido.

– Ele nao esta mais do nosso lado! – Alfea explicou pondo se em posição de batalha. – Venha meu querido, somos so voce e eu agora.

sem perder tempo a mulher deu um salto para traz tomando uma certa distancia dos dois, ela parecia estudar muito bem o local antes de tentar qualquer movimento. Pandora puxou Jonas para um canto afastado, girando sua chave de luz no ar ergueu um escudo protetor, separando-os de qualquer vestigio da batalha

– Como queira. – Respondeu Yon avançando contra ela, garras afiadas e dentes prontos para cravarlhe a carne, Afea por sua vez usava de tamanha agilidade protegendo-se e esquivando de cada golpe com maestria.

– Precisamos ajudar. – Jonas demonstrava inquietude, enquanto Pardora permanecia calma vendo o desenralar da luta.

– Essa luta nao é nossa. – Rebateu a garota. – Volte sua atenção ao que esta acontecendo a sua frente e tente aprender com isso. É tudo o que podemos fazer no momento.

O choque entre eles fez o salao tremer, os dois estavam envoltos em uma aura quase liquida, que se misturava a medida que se atacavam.

Alfea estava sofrendo.

– Por que voce esta fazendo isso Yon! – Disse ela enquanto seus rostos estavam quase juntos.

– A luz nunca me aceitou Alfea. – Ele respondeu com um silvo abafado.

– O reino da luz pode nao te-lo aceitado, mas eu te aceitei como voce é, nunca te pedi que mudasse em nada. – ela tinha os olhos marejados e a voz embargada. – sabe por que?

Yon parou por um instante, olhando fixamente em seus olhos. O lobisomem parecia estar perdido em seus proprios pensamentos. Qualquer um ali juraria por qualquer um dos deuses, ou apostaria um braço ou perna talvez que Yon estava perdido em uma lembrança.

– Eu amo voce Yon. – Alfea aconchegava a propria barriga. – Nos amamos voce.

Yon estremeceu.

Olhando a esposa por um instante ele pareceu recobrar a conciencia. Lagrimas rolavam por seu rosto.

– Alfea… – Pandora entendera onde a mulher diante dela queria chegar.

– Nao diga nada princesa.

– Isso foi um erro. – Berrou Yon aos prantos caindo no chao.

Alfea aproximou-se dele, acariciando o rosto quase monstruoso do marido enquanto ele olhava para ela.

– Isso foi um erro! – Ele disso por fim. – voce sabe disso.

– Isso foi uma escolha, minha escolha. Amar voce nunca foi um erro. – ela respondeu acariciando-lhe o queixo. – O que trago aqui é o fruto da nossa escolha.

– Um filho… – Yon se deixou cair levando as maos ao rosto para esconder as lagrimas.

– Nosso filho. – Rebateu Alfea se aproximando dele.

Os dois abandonaram-se um nos braços do outro. A chave de Alfea brilhou por um segundo envolvendo-os com uma luz quente e aconchegante. Fechando os olhos, o casal se entregou ao momento, e um nos braços do outro, deixaram que os labios se encontrarem em um beijo apaixonadamente demorado.

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo