É noite, e vemos David andando pela mata. Ele parece estar um pouco perdido, está ofegante e olha para os lados sem saber para onde ir.

— Aurélio! Cadê você?

Enquanto caminha, ele vê ali no fundo daquela floresta, uma cabana. Quando fita aquele lugar, ouve passos nos arbustos, ele fica parado por alguns instantes e quando dá um passo pra frente, ouve o barulho nas folhagens começando a aumentar. Ele sente que está em perigo e corre imediatamente para a aquela cabana.

Ele começa a bater forte buscando por ajuda.

— Socorro! Socorro! Alguém me ajuda! Eu acho que tem alguém atrás de mim. Olá!!

Ele vê que os passos nas folhagens estão aumentando, então gira o trinco da porta, e estando aberta, ele entra, fecha e fica por alguns instantes ofegante olhando para a porta de cabeça baixa.

Enquanto está respirando, vemos a silhueta de alguém ali perto. Se trata de uma garotinha de aproximadamente uns 8 anos de idade, que fica olhando pra ele por alguns instantes. David não diz nada, apenas fita a garota igualmente ela com ele.

Até que a garota expressa com uma voz mesclada de criança com outra voz mais grossa e macabra:

— Você deveria ter escutado, David.

David vira para tentar abrir a porta e a mesma já não se encontra mais lá, apenas a parede daquela cabana.

David começa a bater na parede em desespero, pois aquela garota não parecia uma pessoa normal.

Vendo a sua luta incessante. A garota dá um sorriso macabro e continua a pronunciar:

— Você não deveria ter ido, David. Fique aqui para sempre… Comigo!

David continua a bater na parede desesperado em sair daquele lugar. A garota começa a cantarolar o nome dele.

— Daaaaavid! DAVID!

Batendo cada vez mais forte naquela parede, com o coração a ponto de saltar para fora. David solta um grito desgarrado misturado com lágrimas e muita dor.

— AAaaaaaaaaaaaahhh!!

Em seguida, vemos ele deitado em uma cama e se levantando desesperado e com o rosto completamente suado.

David percebe que o que acabara de ter não passava de um sonho, ou melhor, um terrível pesadelo.

 

 


OPENING:


 

 


 

 


 

                  EPISÓDIO 2:

O QUE HÁ DE ERRADO, DAVID?


 

David fica por um tempo ofegante olhando para os lados ali em seu quarto, até que Aurélio entra ali de uma vez bastante eufórico.

— DAVID! DAVID!

— A… Aurélio? Desculpa, eu estava tendo um…

— … Não conseguiu ouvir?

— O quê?

— Tem alguma coisa acontecendo lá no Sta Agatha, eu acho que invadiram o local, vamos! Levante-se!

David rapidamente se levanta da cama, ele vê a espingarda na parede e decide pegá-la. Aurélio e David saem correndo do local e enquanto isso, o Sta. Ágatha está vivendo um pesadelo.

Sarah e Olívia estão correndo, viram o corredor e se agacham por instantes.

— O que tá acontecendo?

— Eu sabia que cedo ou tarde isso iria acontecer de novo, eu sabia!

— Acontecer de novo? Do que você tá falando?

— Esse asilo tem um mal escondido, está acontecendo da mesma forma que aconteceu há mais de 20 anos com o Mr. Harris. Alguém libertou o mal no Sta. Agatha novamente.

Judith continua a ameaçar a todos daquele local. A madre superiora pega a sua cruz e tenta detê-la com orações.

— Em nome do pai, do filho e do Espírito Santo, eu te…

Judith solta um grito.

֫— AAAAAAAAAHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHHH! NÃO PODEM ME DETER!

A madre superiora cai no chão testemunhando o poder descomunal por qual Judith está sendo dominada. Neste momento, o padre Albert tenta negociar com ela.

— Judith, pare com isso! A senhora não pode deixar esse ser te dominar, seja forte!

Judith vira lentamente para o padre Albert e começa a sorrir de maneira sarcástica.

— Hahaha! Eu já disse! (Sua voz começa a engrossar) Judith não está mais aqui! Vocês acham que podem me vencer, mas não podem!

A madre Mary Hellen tenta fazer de tudo para que Judith acorde enquanto está dominada por aquela força maligna.

— Judith, a senhora é forte, vai conseguir vencer esse mal dentro de você, não deixe ele vencer, Judith!

— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA! TARDE… DE-MAIS.

Judith corre para dentro do asilo, todos ficam em alerta, o padre Albert grita:

— Ela vai machucar os velhinhos! Precisamos detê-la!

Dentro do asilo, pode-se ouvir o desespero de cada um daqueles velhinhos ouvindo os gritos, foi como se o mal que acabara de ser libertado tivesse perturbado a paz deles. As freiras uma a uma, vão aos quartos acalmá-los.

A madre superiora vai até um interfone e exclama:

— Irmãs! Enfermeiros! Protejam os velhinhos, tranquem os quartos imediatamente!

Todos ouvem o chamado e começam a trancar as portas uma por uma. David e Aurélio chegam ali no jardim tentando saber o que está acontecendo.

— Padre Albert!

— Aurélio? David? O que fazem aqui?

— Ouvimos os gritos, o que houve?

Neste momento, os guardas chegam até o local.

— Parece que estamos tendo outro caso igual aconteceu em 94, senhor Aurélio.

— Quê? Mr. Harris?

David, curioso, pergunta:

— Que outro caso? Quem é Mr. Harris?

Os guardas questionam ao padre Albert.

— Padre! O que podemos fazer?

— Escuta, esse é um trabalho diferente, temos que arrumar uma forma de neutralizar a dona Judith sem que ela se machuque. Ela não parece, mas é muito forte, a coitada já está completamente fora de si… Teremos que rezar muito pra conseguir salvá-la.

Dentro do asilo, Sarah está contando a Olivia tudo o que ocorreu no Sta. Agatha anos atrás.

— Eu vim pra esse lugar totalmente incrédula de tudo, mas foi naquela noite, naquela maldita noite em que eu vi o próprio demônio andando de 4 patas nos corredores dessa instituição, eu era apenas uma jovem enfermeira de 20 e poucos anos, eu estava no corredor quando vi o Mr. Harris passando por mim como um animal.

— Ai, meu Deus!

— O pior de tudo, Olivia! É que ele tinha 73 anos e nem conseguia se mover direito. Naquela noite houve morte neste lugar, a irmã Cecília morreu e consequentemente o próprio Mr. Harris.

— Meu Deus! Como eles conseguiram deter isso?

— O padre Albert realizou um exorcismo, mas isso não era muito comum mesmo naquela época e agora que estamos no século 21 então, ninguém vai acreditar que uma senhora ficou “possuída” assim do nada.

— Precisamos fazer alguma coisa, talvez… Algum sedativo pra detê-la.

— Olha… Pra uma novata até que você é esperta, menina. Vamos até a enfermaria.

 

Olivia e Sarah se levantam para irem até a enfermaria. Enquanto isso, o padre Albert e os outros entram no asilo na busca por Judith.

— Precisamos encontrá-la, ela pode ferir alguém.

Aurélio questiona:

— Acha que está acontecendo a mesma coisa com o Mr. Harris em 94, padre?

— Receio que sim, Aurélio.

Mary Hellen vai de encontro com eles no corredor.

— Padre Albert!

— Madre… Está acontecendo de novo. O mal voltou a surgir neste lugar.

Na enfermaria, Sonia e algumas enfermeiras estão tentando acalmar os velhinhos que estão ali.

— Xiii, calma, calma, vai dar tudo certo. Não chorem, não chorem. Meu Deus, o que tá acontecendo aqui?

Sarah e Olivia chegam até a enfermaria.

— Sônia!

— Sarah? Olívia? O que tá acontecendo?

— Escuta, não temos muito tempo. Precisamos de um sedativo urgente.

— Um sedativo?

— O mais forte que você tiver, não tem ideia do que estamos lidando.

— Tudo bem, eu vou pegar. Um minuto.

Enquanto isso, Ruth está trancando todos os quartos dos velhinhos para deixá-los seguros do ataque de Judith. Quando está prestes a trancar mais uma das portas, alguém coloca as mãos sob seus ombros.

— AAAAh! Irmã Irene, a senhora me assustou.

— Vi você sozinha e decidi ajudar.

— Muito obrigada, mas já estou quase terminando esse setor, as outras irmãs nos andares de cima já estão fazendo isso e…

Ruth olha para além dos ombros de Irene.

— Irmã? O que houve?

Irene olha pra trás e Judith está ali as observando e dando uma risada maquiavélica.

— Irm… Irmã Irene…

— Destranque a porta com cautela.

— Eu… Eu…

Ruth atende ao pedido e começa a girar a chave na fechadura. Então Judith estica os braços e começa a correr em direção a elas.

— DEPRESSA, IRMÃ RUTH!

Ruth destranca a porta, as duas entram imediatamente e quando estão prestes a fechar, Judith coloca um dos braços na porta e força as irmãs a lutarem para que ela não entre.

— SEGURA FIRME, IRMÃ RUTH!

— EU NÃO CONSIGO!

— A GENTE TEM QUE TIRAR O BRAÇO DELA DA PORTA!

Ruth olha para o quarto e vê um crucifixo na parede ao lado da porta. O tira da parede e diz:

— Me perdoe por isso, oh Altíssimo!

Ruth crava o crucifixo no braço de Judith várias vezes. Sangue começa a jorrar do braço dela. Irene tenta chutar a porta, e Judith, vendo que não tinha outra alternativa, retira o braço da fresta da porta e as irmãs conseguem fechar e trancá-la.

— Ai, meu Deus! Meu Deus!

— Irmã Ruth, você está bem?

— Eu… Eu não sei.

— Tá acontecendo a mesma coisa que aconteceu com o Mr. Harris anos atrás, esse asilo não é mais seguro.

Na enfermaria, Sonia consegue o sedativo e entrega para Sarah.

— Sei que é difícil você ouvir isso de mim, mas… Obrigada!

— O que vocês vão fazer com isso?

— Fique aqui e proteja a todos, voltaremos em breve. Vamos, Olivia!

As duas saem imediatamente da enfermaria.

Elas estão no corredor dando passos apressados.

— Você acha que o sedativo vai funcionar, Sarah?

— Levando em consideração que estamos tratando com alguém que está possuído por um demônio, vamos ter que rezar muito pra que funcione.

Neste momento, a irmã Cláudia aparece no corredor para elas.

— Senhoritas!

— Irmã Cláudia, é a senhora?

— Irmã Cláudia?

— Não tenho tempo para explicar, mas duas de nossas irmãs estão correndo perigo, a Ruth e a Irene estão encurraladas pela Judith. Rápido!

A irmã Claudia, juntamente com Olivia e Sarah, vão em direção ao local onde Judith encurralou as irmãs.

Enquanto isso, a madre superiora, o padre Albert e os outros continuam dando seus passos atrás de Judith, até que a madre para por alguns instantes.

— Esperem, estão ouvindo isso?

Eles param por instantes e ouvem batidas fortes em uma porta e os gritos de Judith.

— É no outro corredor! Vamos!

Judith continua tentando arrombar a porta daquele quarto. Ruth e Irene estão usando toda a força que tem para impedir que tal tragédia aconteça. No final de um dos corredores, vemos o padre Albert e os outros chegando, e ele levanta a voz:

— Judith! Já chega!

Judith para de bater na porta e olha novamente para eles. No final do outro lado do corredor, a irmã Cláudia está vindo na frente e aponta a direção para Olivia e Sarah.

— Ela está bem ali, depressa!

Sarah e Olivia correm na frente, avistam os outros do outro lado, Sarah levanta a seringa pra cima para que eles possam ver.

— Vamos tentar sedá-la! Mas precisamos de ajuda.

O padre Albert vendo aquilo alerta aos demais:

— Essa não, precisamos sedá-la. Guardas, precisamos dar um jeito de segurar essa mulher.

— Sim, padre!

Os guardas se aproximam de Judith cautelosamente, ela se afasta da porta e fica no meio do corredor. A madre superiora de onde está, tenta acalmá-la.

— Judith, estamos tentando te ajudar, o que há dentro de você é profano e vai te fazer mal.

Os guardas estão temerosos, aquela mulher poderia esmagar o crânio de alguém com um único soco, como reagir perante a tal situação?

O padre Albert se aproxima, percebe que terá que apelar para outros meios. Ele pega a sua cruz e aponta pra ela.

— Demônio que habita nas profundezas do inferno, como se atreve a invadir o corpo dessa filha de Deus?

Judith começa a se retorcer, seu corpo vai ficando mais fraco.

— Deixe essa serva do Senhor em paz, espírito imundo!

— PAREM! PAREM!

Judith se ajoelha no piso e fica com as mãos na cabeça como se estivesse sentindo muita dor. A madre superiora olha para Sarah e diz:

— AGORA!

Sarah imediatamente vai até as costas de Judith e aplica o sedativo, a mulher sente uma pressão, Sarah se afasta, Judith tenta se levantar novamente e em seguida cai no chão inconsciente.

Por alguns segundos, tudo fica em silêncio. Sarah ainda incrédula do que fez, questiona:

— Conseguimos?

O padre Albert responde:

— Por ora.

Olivia se aproxima dela, se agacha e coloca a mão na sua testa.

— Ela tá queimando em febre, precisamos leva-la à enfermaria antes que…

 

Neste momento, Judith abre os olhos de uma vez e agarra o braço de Olivia.

— AHHHHHH!!! ME SOLTA!

Ela se levanta e pressiona o pescoço de Olivia.

— ME SOLTA! ME SOLTA!

Todos ficam desesperados.

— OLIVIA! OLIVIA!

— SOCORRO, POR FAVOR!

— Você acha que vai escapar? Acha que vai escapar? Vou fazer questão de juntar você com a tua mamãezinha.

— NÃAAAO! NÃAAO!

Judith segura o pescoço de Olivia com toda a força. Os demais ficam completamente sem ação, quando Olivia estava prestes a desfalecer, veio um disparo que explode a cara de Judith manchando todo o rosto de Olivia e fazendo com que ela caia no chão, tossindo e com o rosto e parte de sua roupa manchada de sangue.

Todos olham para trás e viram que David foi quem atirou com a sua espingarda. Aurélio o questiona:

— David?

— Me desculpe! Mas… Ela ia matar a Olivia. Não… Não tinha outro jeito… Me desculpa.

David se senta no chão colocando a espingarda do lado dele, as irmãs Ruth e Irene saem do quarto e testemunham aquela cena.

— Ai, meu Deus! O que houve aqui?

No chão daquele corredor, vemos o corpo nu e sem vida de Judith, sangue e partes de seu cérebro esparramados pelo chão,e Olivia ainda ali agachada tentando recuperar o fôlego e totalmente impactada com o que acabara de acontecer.

Aquela noite jamais será esquecida por todos eles, talvez a pior noite que eles já passaram naquela instituição… Pelo menos por enquanto.


Horas depois…

 

É madrugada, o sol ainda não nasceu e vemos todas aquelas pessoas do lado de fora do pátio do Sta. Agatha dando seus depoimentos em relação ao que aconteceu nesta noite. Ruth e algumas das irmãs estão recebendo os cuidados necessários dos paramédicos ali mesmo, ao igual que Olivia que recebeu alguns arranhões, mas nada grave.

Vários policiais estão ali, peritos tiram várias fotos da cena do “crime”. Alguns minutos depois, vemos o corpo de Judith que está coberto por um lençol preto, ser levado para dentro de uma das ambulâncias.

Dentro da enfermaria, alguns velhinhos estão chorosos e Sônia tenta fazer de tudo para acalmá-los.

Do lado de fora está David sentado na calçada completamente atônito e sem saber como será o seu destino daqui por diante. O padre Albert chega até ele juntamente com Aurélio.

— David?

— Pa… Padre. Eles vão me prender, não é? Vão me prender por eu ter atirado naquela senhora.

— Na verdade, entramos em um acordo e os guardas da instituição disseram aos policiais que foi um deles que atirou na Judith. Como eles estão no STA. Ágatha para proteger o local, será visto como legítima defesa, deixamos o teu nome totalmente de fora disso.

— Mas… E a espingarda? Vão encontrar as minhas digitais, vão…

— … Já cuidamos de tudo, David. Detesto ter que fazer esse tipo de coisa, terei que me confessar perante a Deus por conta dessa mentira, mas você é uma pessoa muito especial para o Seu Aurélio e para todos nós, não seria justo você ir para a cadeia por causa de algo que você sequer tem culpa.

— Eu, eu… Eu não sei como agradecer.

— Cuide-se, jovem. Mas não fica aqui dando bandeira, melhor você ir para a tua casa descansar.

— Eu acompanho ele, padre Albert.

— Perfeito, Aurélio. Se me permitem, vou conversar com os policias, até mais!

Aurélio e David vão se afastando dali pelo jardim para irem até o casebre. David avista Olivia de longe sendo tratada por um paramédico, ela acena com a cabeça e ele contribui de igual modo e segue caminho.

— Eu não entendo, Aurélio. Por que me acobertaram?

— Você já teve problemas demais, David. Não podíamos correr o risco de você ir pra cadeia por matar uma idosa possuída por sabe lá o quê.

— O senhor estava conversando com o padre sobre um tal de Mr. Harris. Quem era esse?

— Vamos caminhando! Lá dentro eu explico tudo.

 

Horas depois, o padre Henry está no gabinete pastoral conversando com o padre Albert.

— Por que não me chamou, padre Albert? Isso foi uma tragédia!

— Era mais de meia-noite, padre Henry! Em primeiro lugar, não queria fazer você vim até aqui em plena madrugada, e em segundo lugar, eu não tinha cabeça pra mais nada, foi tudo muito rápido! Quando me deparei, a dona Judith já estava dominada e tentando machucar as irmãs.

— Mas confirmou mesmo que era um caso de possessão demoníaca?

— Podemos dizer que sim- Ele fala enquanto senta na poltrona- Está acontecendo a mesma coisa que em 94.

— Sobre o Mr. Harris? Eu era adolescente na época, mas fiquei sabendo desse caso.

— Não tem ideia do quanto aquela experiência foi desgastante e devastadora pra mim, padre Henry. Em todos os meus anos de sacerdócio, nunca tinha visto algo tão maligno como aquilo. Nesse dia também perdemos pessoas de nosso meio, enfim, foi horrível! Tão horrível quanto essa noite que passamos. O que me consola é que com exceção da própria Judith, não perdemos mais ninguém.

— Não me deixes mais de fora dos acontecimentos do asilo, lembre-se que daqui por diante tudo isso também será minha responsabilidade.

— Estou certo que é um homem de palavra, padre Henry. Mas precisa estar preparado pra esse tipo de situação que nem se compara a pastorear uma paróquia.

Enquanto isso, na enfermaria, o doutor Petter está conversando com os enfermeiros e completamente perplexo com o que ocorreu na noite passada.

— Mas isso é logicamente impossível, a dona Judith sofria de um problema na bacia, como ela poderia se movimentar com tanta facilidade pelo asilo dessa forma?

Sarah o responde ríspida:

— Se estivesse aqui, saberia que ninguém está inventando nada.

— Não era meu dia de plantão, e como eu iria imaginar que…?

— …O mal não tira um dia de plantão, doutor Petter! Ou falando bem a sua língua, a saúde não pode esperar.

— Está falando assim comigo simplesmente por eu não estar aqui na noite do ocorrido?

— Estou falando assim justamente por você achar que estamos brincando com coisa séria ou inventando fantasias e também porque acho um cúmulo que todos os enfermeiros tenham que morar no Sta. Agatha enquanto o médico bonitão não tem contrato em período integral, é por isso e outras coisas que eu odeio esse maldito lugar!

A madre superiora chega neste momento e tenta acalmar Sarah.

— Enfermeira Sarah, sei que está nervosa, mas não precisa descontar no doutor Petter, ele não tem culpa do que aconteceu.

— Claro que ele não tem culpa, ele nunca vai tá envolvido com seus pacientes. Se não fosse a Sônia e a Olívia ontem, sabe lá Deus o que teria acontecido conosco.

— Sarah, sabemos muito bem do risco que corremos ontem à noite, mas não podemos…

— … Não podemos o quê, madre? Vai ignorar que tá acontecendo a mesma coisa que em 1994? A Judith estava possuída! Ouça bem com todas as letras que eu vou falar pausadamente para que a senhora entenda: P-O-S-S-U-Í-D-A. Eu vou ter que desenhar ou rezar um terço pra senhora perceber?

A madre Mary Hellen até tenta argumentar, mas sabe que a enfermeira no fundo está certa, então prefere apenas cumprimentar a todos com um aceno de cabeça e se retira do local.

Horas mais tarde, David está cavando em um canto no jardim para colocar uma muda de planta, Olivia chega por ali e o chama.

— David!

— Senhorita Olivia! O que faz aqui?

— Podemos conversar um minuto?

— Claro, claro.

Minutos depois, ambos estão sentados em um dos bancos do jardim conversando.

— Eu não sei o que deu em mim, eu nunca atirei em ninguém em toda a minha vida, eu só caçava e nada além disso.

— Não tem que se preocupar em relação a isso, David. Salvou a minha vida, talvez teria acontecido coisa pior se não tivesse feito isso.

— Ela não estava parando de jeito nenhum, e quando vi ela te machucando, eu… Eu… Senti a necessidade de fazer alguma coisa, sabe? Eu já… Eu já me arrependi demais por não conseguir proteger as pessoas à minha volta e aquele medo, por questão de segundos, me fez tomar coragem de puxar o gatilho.

— Por que está dizendo isso?

— Sabe, Olivia. Eu não gosto de contar sobre a minha vida pra ninguém, sempre achei que isso era uma coisa muito pessoal e continua sendo, mas… Com você eu sinto que posso confiar.

— Não precisa me contar nada se não quiser.

— Não, eu… Eu preciso. Bom… Eu já fui casado há um tempo, eu morava com a minha esposa e a minha filha Janet em Chelmsford. Tínhamos uma vida feliz, tranquila, eu já era especializado em várias coisas, estava terminando minha graduação em botânica, por isso minha paixão por plantas.

— Nossa, isso é muito bom!

— Pois é… Realmente era muito bom.

— Mas então o que aconteceu?

— Bom, aí é que tá. Certo dia, minha esposa, minha filha e eu estávamos fazendo uma viagem de carro, era pra ser um fim de semana no interior, a minha filha havia acabado de completar 8 anos, eu queria dar um presente de aniversário pra ela, mas um presente diferente, sabe? Sair um pouco da rotina, de toda a bagunça do condado de Essex e etc. Como eu sempre fui um cara muito comunicativo, as pessoas geralmente gostavam de mim, então no dia que a gente estava no carro viajando, chegou uma mensagem no meu celular… Maldita hora que essa mensagem chegou!

— O que tinha na mensagem?

— A Rachel, minha esposa, disse: “David, chegou mensagem no teu celular”. E eu, obviamente, nunca precisei esconder nada da minha esposa, então ela leu a mensagem, o pior é que o conteúdo da mensagem era inocente, mas naquele dia eu percebi que minha mulher estava guardando um ciúmes doentio há muito tempo e só estava esperando uma única brecha pra poder explodir. A mensagem era de uma colega do curso… E eu te juro, Olivia, que éramos apenas colegas de classe, a mensagem dizia: “Oi, David! Que bom que vamos fazer esse trabalho juntos, espero que tenha uma boa viagem e quando você retornar, combinamos pra nos encontrar e começar a trabalhar nisso. Beijos, Jess.”

David para por uns instantes, respira fundo e dá continuidade.

— Eu só não sabia que aquela mensagem seria definitivamente a minha sentença de morte. A Rachel surtou! Ela começou a fazer acusações pesadas pra mim dizendo que eu a estava traindo, começou a esbravejar sem parar na frente da nossa filha. Eu, eu ficava tentando acalmar ela dizendo que era apenas uma colega do curso e não tinha nada de mais, então ela ficou ainda mais furiosa, bateu na minha cara, estávamos em uma estrada com uma curva bem estreita. A minha Janet começou a chorar enquanto a gente brigava feito dois adolescentes no carro. “Parem de brigar, por favor, parem!”, ela dizia. Então foi nesse momento que… A Janet se soltou do cinto, ficou tentando de uma certa forma “apartar” a gente. Foi aí que sem querer eu entrei na faixa da contramão, estava tão nervoso, com tanta raiva, pela primeira vez eu senti essa raiva pela minha própria esposa… Foi aí que o caminhão veio de frente com a gente, eu me assustei com a buzina, o caminhão desviou para um lado, eu perdi o controle do volante, tentei frear bruscamente e o carro virou no asfalto.

— Meu Deus, David!

Já com muitas lágrimas nos olhos, David tenta dar continuidade à sua história.

— Com o carro virado de ponta-cabeça, eu comecei a despertar aos poucos, minha visão ainda estava um pouco turva, então olhei para o lado e vi minha esposa que estava ali, igualmente ferida, mas estava bem, conseguia ouvir a respiração dela. Mas foi quando eu olhei pra frente, quando eu olhei pra frente que… Que eu vi… Eu vi ali no asfalto… A minha pobre menina… Espatifada no chão como uma boneca de pano.

— Meu Deus, David! Eu… Eu…

— … Como ela estava sem cinto, foi arremessada pra fora do carro no momento do impacto. A minha esposa começou a acordar e nem precisei falar nada, a primeira coisa que ela viu foi nossa filha ali na pista. Ainda conseguimos leva-la para o hospital, ainda tínhamos esperança, mas depois de algumas horas de espera, o médico veio em nossa direção e disse:

“Sinto muito, mas a tua filha não resistiu”.

— Naquele dia… Naquele dia meu mundo desabou, anos tendo uma vida pacata, com uma família linda e… Em único dia tudo foi por água abaixo.

— Eu sinto muito, David. Eu sequer consigo imaginar a dor de perder um filho.

— Naquele dia eu não perdi apenas a minha filha, perdi a minha esposa, a minha vida e a minha dignidade. A Rachel ficou tão furiosa que imediatamente tirou tudo de mim, não permitiu que eu voltasse a pisar os pés na nossa casa, jogou as minhas roupas e minhas coisas pra fora. Eu já não tinha mais ninguém, então peguei minhas coisas e fiquei num hotelzinho por enquanto. Então eu perdi a vontade de viver, larguei a faculdade, e com o passar dos anos, comecei a beber, eu ainda tinha um bom capital no banco, mas por conta do meu vício com bebida, eu fui vendo esse dinheiro se esvair como fumaça, eu estava deprimido, a depressão batia na minha porta todos os dias. E quando eu pensava que minha vida já era um inferno… Eu comecei a ter pesadelos, e não eram simples pesadelos, era a minha filha, a minha Janet. Eu via ela, Olivia! E muitas vezes eu nem precisava estar dormindo, eu via ela na minha frente me afrontando dizendo que eu a abandonei, dizendo que a morte dela foi minha culpa. Toda vez que ela aparecia, eu ficava assombrado, não queria sair de casa, meu coração doía tanto, tanto… Então eu cheguei no meu limite!

— O que você fez?

— Eu estava num quarto de hotel, então deixei a rádio ligada, peguei um lençol, amarrei fazendo um nó e pendurei na viga do teto, eu subi em cima de uma cadeira, coloquei o nó no meu pescoço… Eu estava disposto a desistir de tudo! De tudo! Quando eu estive a ponto de descer daquela cadeira e acabar com a minha vida de vez… Eu ouvi o anúncio na rádio! Que precisavam de jardineiros para o Sta. Agatha na Irlanda do Norte e soube que era um asilo de freiras… Foi aí que eu senti um pequeno fragmento de fé brotando no meu coração. Sim! Eu desisti! Eu parei pra pensar: Talvez Deus ainda tem algo pra mim. Então peguei minhas economias (o que sobrou delas), consegui pagar o quartinho de hotel sem precisar arrancar dinheiro de ninguém, peguei as minhas coisas e só tinha o dinheiro da passagem de ida pra Irlanda! Era pegar ou largar, eu nem sabia que eu ia ser contratado. Então peguei aquele ônibus, tentei parecer o mais aparentável possível quando chegasse lá. Então finalmente eu cheguei no Sta. Agatha! Fiquei assustado com a imensidão do lugar, a madre Mary Hellen é que geralmente fazia as contratações, mas dessa vez o padre Albert foi quem fez, então fui chamado para ir até o gabinete dele e…

=FLASHBACK= 4 ANOS ANTES…

O padre Albert começou a falar comigo.

— Tem experiência com jardinagem, rapaz?

— Bom, eu estava fazendo graduação em botânica, então entendo bem de plantas.

— Olha! Isso é muito bom! O Seu Aurélio precisava muito da ajuda de alguém mais jovem pra trabalhar com ele.

Foi nesse momento que o Aurélio entrou no gabinete e eu o conheci pela primeira vez.

— Bom dia, padre! Me chamou?

— Sim, Aurélio! Quero que conheça o David, ele veio para a vaga de jardineiro.

— Muito prazer, jovem!

— O… O prazer é meu.

— Então… Ele vai trabalhar conosco?

— Bom… Sim, ele irá.

— Espera, é sério?

— Claro, rapaz. No momento em que o vi passar por aquela porta, percebi que era a pessoa perfeita para o cargo.

— Mas assim tão rápido? Eu nem estava preparado.

— Aproveite as oportunidades, garoto.

— Muito, muito obrigado, padre.

O Aurélio me cumprimentou e ficou muito feliz com a minha contratação, ele disse que precisava fazer algumas coisas e saiu do gabinete. O padre Albert falou sobre mais algumas coisas comigo e quando eu estava prestes a sair por aquela porta, ele me chamou.

— Filho! Tem um minuto?

Eu me virei pra ele já com medo de ter feito ou dito alguma coisa errada, o respondi:

— Sim?

Ele se levantou da poltrona e veio em minha direção com um olhar bondoso e cheio de compaixão. Ele pegou as minhas mãos e olhou bem nos meus olhos dizendo:

— Eu conheço esse olhar.

— O… O que disse?

— Você acha que a tua vida acabou, que não há mais salvação pra você, mas… Veja só! Deus te trouxe até aqui!

Devo admitir que nunca acreditava 100% quando as pessoas diziam que às vezes Deus usa outras pessoas pra falar conosco, mas naquele dia eu senti Deus no padre Albert, minhas pernas estavam bambas, meu coração ficou acelerado, eu tentava pronunciar algumas palavras e minha voz ficou embargada e as palavras foram se transformando em soluços fazendo com que minhas lágrimas chegassem mais depressa.

— Eu vejo em você, nos teus olhos… Tanta dor, tanta amargura, a sensação de… De ter perdido tudo, mas eu te digo uma coisa, David: Ainda não acabou pra você! Deus te trouxe aqui para um propósito, eu ainda não sei o que é e prefiro não querer entender, mas esse teu coração ainda pulsa… Então comece a usá-lo!  Não deixa teu coração parar de bater.

Quando o padre falou isso, eu comecei a chorar tanto, mas tanto, eu apertei as minhas mãos contra o meu peito, chorava como uma criança, então o padre Albert me abraçou, eu senti que estava sendo abraçado por um pai, eu chorava e soluçava e tudo o que o padre Albert dizia era:

— Calma, calma, vai passar, vai passar…

 

=FIM DE FLASHBACK=

 

Olivia já se encontra emocionada e com lágrimas nos olhos com tudo o que David está lhe contando.

— Depois disso, acho que não preciso mais te contar o que ocorreu, né?  Estou aqui no Sta. Agatha desde então.

— David, eu… Eu nunca imaginei que você havia passado por tudo isso, agora sei que é um homem forte e valente, me orgulho de ter conhecido alguém como você aqui.

— Eu estou tentando, sabe? Estou tentando refazer a minha vida tudo de novo.

— Eu nunca fui casada, não sei se… Estou preparada pra isso, mas vendo toda a tua experiência de vida, isso me dá uma injeção de ânimo, me faz ter mais fé nas pessoas.

— Você é uma pessoa muito boa, Olivia. Não merecia ser escrava desse mundo cheio de maldade e…

David olha por trás dos ombros de Olivia.

— O que foi?

Ele fica paralisado, sua respiração começa a ficar acelerada, é aí que vemos a imagem de sua filha Janet ali parada com um sorriso maquiavélico olhando para ele.

— Você nunca vai ter paz, David! Eu nunca vou deixar você em paz.

— Não!

Olivia vira lentamente para trás, se levanta e seu olhar fica completamente sério.

— Deixa ele em paz!

A figura espectral de Janet, surpresa, diz:

— Consegue me ver?

— Sim, eu consigo! E se não quiser que você tenha mais problemas, eu sugiro que desapareça da nossa frente agora mesmo e deixe o David em paz.

David fica surpreso, pois não esperava que Olivia estivesse vendo a mesma coisa que ele.

— Não se meta, sua beata de merda!

— Você não é a filha do David. Pare de atormentá-lo usando a imagem da criança! A Janet está com o Senhor. E você, demônio, está usando o rosto dela para atormentar este homem, mas enquanto eu estiver aqui, você não vai mais aparecer.

Olivia segura a sua pequena cruz no colar e aquela imagem fantasmagórica de Janet começa a ficar bastante nervosa até que ela desaparece de vez.

David se levanta do banco e fica sem acreditar no que acabara de acontecer.

— Como? Como você fez isso? Achei que só eu podia ver.

— Eu tenho um dom, David. Esse dom na maioria das vezes me causa muitos problemas, mas… Dessa vez eu posso usá-lo para algo bom. Quero que entenda uma coisa: Aquela não é a tua filha, algum espírito imundo está usando a imagem dela para te atormentar, mas você precisa ser forte, você está numa batalha espiritual contra a depressão e contra você mesmo, então preciso que seja forte! Você vai conseguir vencer… Tenha fé nisso!

Naquele momento, David percebeu mais do que nunca que o seu propósito naquele asilo era muito maior do que ele mesmo imaginava e que a presença de Olivia em sua vida poderia fazer um grande significado para ele.

SALA DE REUNIÕES- 19H.

Todas as irmãs do Sta. Agatha se encontram ali na sala de reuniões onde tem uma mesa bastante larga. As irmãs se encontram ali conversando umas com as outras, até que a madre superiora chega. A irmã Cláudia está vindo acompanhando-a mais atrás. Ela para de frente à mesa e diz:

— Irmãs… Boa noite! Creio que a esta altura do campeonato, já devem imaginar o motivo de eu ter solicitado essa reunião com todas vocês, não é?

Uma das irmãs se pronuncia:

— Madre, é verdade que o que aconteceu com a dona Judith pode ser considerado um caso de possessão demoníaca?

— Pelas vias de fato… Sim, irmã Jessel.

Todas as irmãs começam a fazer o sinal da cruz temerosas.

— O que aconteceu na noite de ontem mostrou que nós não estamos sozinhos. Por algum motivo as trevas entraram neste lugar.

A irmã Ruth diz:

— Foi exatamente o que a Judith falou… Ela disse que as trevas dominaram esse lugar. E se… E se o Sta. Agatha não for mais seguro nem pros velhinhos e nem pra nós?

As irmãs começam a olhar e cochichar umas com as outras.

— Silêncio, irmãs! Silêncio! Não quero assustá-las. Mas quero alertar desde então que da mesma forma que Deus não descansa, o diabo também não descansará.

A irmã Cláudia sussurra baixinho pra ela mesma.

— Ele está nos rondando como um leão…

A madre completa:

— … E ele está esperando apenas uma brecha pra tentar nos derrubar. Irmãs, estejam preparadas! Se nunca entraram numa guerra espiritual antes… Pois agora vocês irão entrar.

As irmãs ficam temerosas, seus corações estão aflitos, a madre superiora mesmo dando a notícia de forma tão enérgica, também está sentindo o peso da responsabilidade sob suas costas. A irmã Cláudia a observando mais atrás e com as mãos no peito e com muito temor diz:

— Madre Mary Hellen, tome cuidado. Por favor… Tome cuidado.

 

 

 

 

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  • Primeiramente quero parabenizar ao autor Melqui Rodrigues por mais um capítulo incrível e posteriormente quero falar sobre o capítulo em si. De antemão exclamo: Fodaaaaa!!!
    Me prendeu do início ao fim, principalmente na cena de ação, a qual afirmo ser um verdadeiro teste para cardíaco. Adrenalina a mil. Conheci de melhor maneira o David, me aprofundando e ficando sensibilizado com sua história tão triste e traumática, cujas marcas deixadas em seu peito são profundas. Mas tbm entendi o motivo de muitas coisas ocorridas anteriormente. Enfim, incrível. Simplesmente incrível. Profunda, muito viva essa história, realmente real.

    • Amigo, primeiramente pra mim é uma honra ter teu comentário aqui, pois sabe bem que teus feedbacks são sempre importantes pra mim. Afinal de contas, me conhece desde que tudo isso era mato kkkkk.

      Eu tenho um apelo afetivo muito grande por esse episódio, ele é lindo e ao mesmo tempo triste e melancólico. Obrigado mais uma vez!

  • Cara o 2 episódio da medo sim e muito mas o arco dramático consegue te derrubar…
    Uma obra prima sem tamanho
    Parabéns pelo trabalho melqui

  • Até aqui meu Episódio favorito, não só por ter acertado uma das minhas teorias mas por toda sua construção e desenvolvimento. David, é desde o primeiro material promocional divulgado de Rest Home meu personagem favorito e agora saber mais sobre ele, sua história e seu estado atual é demais, tá melhor que tudo que eu imaginei. E o episódio ainda é assustador e inesperadamente brutal, sério, meu Episódio favorito. Só venham novos capítulos. Novamente 5/5 ⭐

    • Eu tenho um apego emocional enorme por esse episódio. David é sem dúvidas um personagem muito humano e que carrega consigo, traumas de um passado triste e depressivo. Sua realidade mostra o quanto somos frágeis e propensos a passar por esse tipo de situação. Não tiro nenhum mérito seu, achar esse o melhor episódio, porque ele é simplesmente perfeito!

      Obrigado, meu amigo!

  • Primeiramente quero parabenizar ao autor Melqui Rodrigues por mais um capítulo incrível e posteriormente quero falar sobre o capítulo em si. De antemão exclamo: Fodaaaaa!!!
    Me prendeu do início ao fim, principalmente na cena de ação, a qual afirmo ser um verdadeiro teste para cardíaco. Adrenalina a mil. Conheci de melhor maneira o David, me aprofundando e ficando sensibilizado com sua história tão triste e traumática, cujas marcas deixadas em seu peito são profundas. Mas tbm entendi o motivo de muitas coisas ocorridas anteriormente. Enfim, incrível. Simplesmente incrível. Profunda, muito viva essa história, realmente real.

    • Amigo, primeiramente pra mim é uma honra ter teu comentário aqui, pois sabe bem que teus feedbacks são sempre importantes pra mim. Afinal de contas, me conhece desde que tudo isso era mato kkkkk.

      Eu tenho um apelo afetivo muito grande por esse episódio, ele é lindo e ao mesmo tempo triste e melancólico. Obrigado mais uma vez!

  • Até aqui meu Episódio favorito, não só por ter acertado uma das minhas teorias mas por toda sua construção e desenvolvimento. David, é desde o primeiro material promocional divulgado de Rest Home meu personagem favorito e agora saber mais sobre ele, sua história e seu estado atual é demais, tá melhor que tudo que eu imaginei. E o episódio ainda é assustador e inesperadamente brutal, sério, meu Episódio favorito. Só venham novos capítulos. Novamente 5/5 ⭐

    • Eu tenho um apego emocional enorme por esse episódio. David é sem dúvidas um personagem muito humano e que carrega consigo, traumas de um passado triste e depressivo. Sua realidade mostra o quanto somos frágeis e propensos a passar por esse tipo de situação. Não tiro nenhum mérito seu, achar esse o melhor episódio, porque ele é simplesmente perfeito!

      Obrigado, meu amigo!

  • Simplesmente foi fenomenal, épico e super interessante acompanhar este episódio. Não sabia muito do David, e saber que ele ganhou uma segunda chance, me faz me interessar ainda mais pelo personagem. Agora é ouvir Cassiane

  • Simplesmente foi fenomenal, épico e super interessante acompanhar este episódio. Não sabia muito do David, e saber que ele ganhou uma segunda chance, me faz me interessar ainda mais pelo personagem. Agora é ouvir Cassiane

  • Perfeito esse episódio!!! Estou em choque com Judith causando horrores no Sta.Agatha. Por pouco não matou a Olivia. David foi um herói, emocionante a sequência dele contando para Olivia tudo o que ele viveu antes de está ali. Ansiedade a mil para o próximo episódio

    • Muito obrigado! Realmente esse episódio foi bem tenso no início. O flashback do David é muito triste e emocionante. Amanhã o terceiro episódio. Obrigado por comentar!

  • Perfeito esse episódio!!! Estou em choque com Judith causando horrores no Sta.Agatha. Por pouco não matou a Olivia. David foi um herói, emocionante a sequência dele contando para Olivia tudo o que ele viveu antes de está ali. Ansiedade a mil para o próximo episódio

  • Que bagagem emocional esse episódio apresentou! (palmas) Não tirando o mérito do ato inicial (o ocorrido com a pobre da Judith), mas sem sombra de dúvidas a parte do David é o ponto maior desse episódio. A carga emocional e profunda desse momento, a mensagem que ficou nas entrelinhas, mostra o quão inconstante é a vida. Por mais estável que seja, por mais que tudo esteja bem, um simples gatilho, pode colocar tudo de ponta a cabeça. E o modo como superarmos e reconstruímos o “muro caído” é o que vai revelar o quanto somos fortes e o quanto temos a oferecer ainda neste mundo. David, mostrou-se ser um exemplo disso. Parabéns, Melqui! Indo ler o terceiro hehehe

    • Sim, amigo. Esse episódio sem dúvidas é um exercício até mesmo para nós como seres humanos. Nos ensina que a vida é uma roda gigante, às vezes estamos lá embaixo e ás vezes estamos lá em cima. David realmente é um personagem muito “real” se pararmos pra pensar. Obrigado por esse feedback incrível!

  • Que bagagem emocional esse episódio apresentou! (palmas) Não tirando o mérito do ato inicial (o ocorrido com a pobre da Judith), mas sem sombra de dúvidas a parte do David é o ponto maior desse episódio. A carga emocional e profunda desse momento, a mensagem que ficou nas entrelinhas, mostra o quão inconstante é a vida. Por mais estável que seja, por mais que tudo esteja bem, um simples gatilho, pode colocar tudo de ponta a cabeça. E o modo como superarmos e reconstruímos o “muro caído” é o que vai revelar o quanto somos fortes e o quanto temos a oferecer ainda neste mundo. David, mostrou-se ser um exemplo disso. Parabéns, Melqui! Indo ler o terceiro hehehe

    • Sim, amigo. Esse episódio sem dúvidas é um exercício até mesmo para nós como seres humanos. Nos ensina que a vida é uma roda gigante, às vezes estamos lá embaixo e ás vezes estamos lá em cima. David realmente é um personagem muito “real” se pararmos pra pensar. Obrigado por esse feedback incrível!

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