Após ver o sobrinho e o cunhado no restaurante, Marcelo se aproxima dos dois.
Marcelo: – Alexandre?
Matheus: – Tio Marcelo!
Alexandre: – Oi Marcelo. –responde com uma cara péssima.
Marcelo: – Oi Matheus. –o fotógrafo da um beijo na testa do sobrinho.
Alexandre tenta ignorar o cunhado que continua.
Marcelo: – Onde está Carol?
Alexandre: – Bom, se ela não está aqui é porque não veio.
Marcelo: – Obviamente, eu perguntei porque ela me disse que vocês iam viajar para o litoral esse final de semana.
Alexandre: – Então, nem tudo o que as pessoas dizem elas fazem. Matheus! Vem que a gente já vai embora.
Pai e filho saem do restaurante e Matheus se despede do tio.
Matheus: – Tchau tio Marcelo!
Marcelo: – Tchau querido!
Marcelo observa a atitude do cunhado e fica desconfiado.
Ingrid: – Que homem grosso hein?
Marcelo: – Tem alguma coisa errada, Carol me disse que os três viajariam e agora o vejo só com meu sobrinho aqui.
Ingrid: – Vai ver aconteceu algum imprevisto Cello, vamo jantar?
Marcelo: – Vamos, mas isso tá estranho, amanhã eu vou procurar a Carol.
Amanhece o dia na capital e na mansão Brito de Carvalho…
Verinha desce do carro junto com Graziela, Sônia já as aguardava.
Verinha: – Sônia querida, que óculos lindo esse seu, é daquela grife italiana que te apresentei?
Sônia: – Não Verinha, este foi presente do Inácio. –responde em tom de riso.
Verinha: – Bom de qualquer forma, é um luxo!
Graziela: – Sônia não repara que a mamãe veio bastante entusiasmada hoje.
Sônia: – Tudo bem Graziela.
Verinha: – Então Sônia, onde estão àquelas roseiras lindas que você mesma cultivou? E aquele seu jardineiro super eficiente?
Sônia: – As roseiras ficam do outro lado da mansão, e o Jonas deve estar tomando café há essa hora.
Verinha: – Ai Sônia me leva para ver suas obras de arte, por favor?
Sônia: – Claro, vamos, eu pedi para Ofélia trazer um suco pra gente em seguida.
Graziela: – Eu já conheço até demais suas roseiras Sônia, vou entrar e falar com meu noivo.
Sônia e Verinha se dirigem a parte do jardim onde ficam as roseiras e ao chegarem no local se deparam com uma cena bastante desagradável.
Verinha: – Sônia! Que horror! Quem fez isso?
Sônia: – Meu Deus, eu não sei! –Sônia parece não acreditar no que vê.
As roseiras foram todas destruídas, cortadas as pétalas e as rosas de uma maneira que não se dava nem para aproveitar.
Sônia fica nervosa e chama por Jonas.
Sônia: – Jonas! Jonas!
Verinha: – Isso querida chama ele, quem sabe ele não pode ajudar.
De imediato, o jardineiro chega ao local do incidente.
Jonas: – Bom dia dona Sônia, dona Verinha. O que houve? Nossa, mas quem fez isso?
Sônia: – Não sei Jonas, você não viu nada?
Jonas: – Não senhora, eu sinto muito.
Sônia: – Tudo bem, você não tem culpa.
Jonas: – A senhora parece bastante nervosa.Precisa de ajuda?
Verinha: – Sim querido, vamos Sônia, vamos entrar e ver quem pode ter feito isso.
Sônia: – Não precisa se preocupar Jonas, obrigada. Vamos entrar Verinha, eu não tô me sentindo bem.
Verinha: – Claro Sônia, vamos. Até mais meu lindo. –acena para Jonas.
Verinha e Sônia entram na sala de estar onde Eduardo e Graziela conversavam.
Eduardo: – Mamãe você tá bem? O que houve?
Sônia: – Onde está seu pai filho?
Eduardo: – Já está descendo, o que houve mãe?
Sônia: – Destruíram todas as rosas que eu havia cultivado.
Graziela: – Mas quem faria uma maldade dessas? Já perguntou aos empregados?
Verinha se intromete.
Verinha: – Já perguntamos ao Jonas, o jardineiro, ele é um rapaz bastante confiável e ele disse que não viu nada.
Eduardo: – Não sei nem o que dizer mãe.
Neste momento, Inácio desce as escadas.
Inácio: – Bom dia a todos. O que está acontecendo?
Sônia: – Alguém destruiu todas as minhas rosas Inácio.
Inácio: – Mas quem? Tem certeza que não foi algum bicho, inseto, sei lá?
Sônia: – Claro que não, aquilo foi coisa de gente e gente mal intencionada.
Inácio: – Não podemos acusar ninguém sem provas e outra coisa Sônia, são meia dúzia de rosas, daqui a pouco você compra mais.
Sônia: – Essas tinham um valor maior Inácio, fui eu mesma que as cultivei.
Inácio: – Bom, tanto faz, acione o sistema de câmeras para ver o que houve, eu preciso ir para a construtora.
Antes que o executivo pudesse sair pela porta, tia Leonor vem descendo as escadas com a tesoura de jardinagem usada por Maria Estela.
Leonor: – Sônia você esqueceu sua ferramenta no meu quarto, ela deveria estar no jardim.
Inácio: – Já sabemos quem cortou suas rosas, foi a tia Leonor.
Sônia: – Tia Leonor, mas, por quê? –pergunta ainda sem acreditar.
Leonor bastante confusa, não sabe o que está havendo.
Todos ficam surpresos, Edu tenta amenizar.
Eduardo: – Mamãe, não leve em conta, tia Leonor não sabe o que faz.
Sônia: – Eu não acredito que ela tenha feito isso.
Verinha: – Bom se não foi ela, quem então Sônia?
Inácio: – Está meio difícil de acreditar que não foi tia Leonor, enfim, estou atrasado, tenham todos um bom dia. –o executivo da um beijo em Sônia e sai.
No cortiço…
Carla parecia bem animada ao telefone.
Carla: – Claro que sim meu amor! Que horas? Tudo bem estarei mais linda do que nunca te esperando.
Dulce observava o jeito da sobrinha ao telefone e quando ela desliga, a doceira começa a falar.
Dulce: – Minha filha tenha cuidado com essas pessoas com quem você se relaciona.
Carla: – Ah tia, já vai começar? A senhora deveria se preocupar com a santinha da Ligia.
Dulce: – Não envolva sua prima na conversa, eu tenho o mesmo carinho pelas duas. E outra coisa Carla, você não me dá satisfação de nada, eu me preocupo com essas suas saídas minha filha.
Carla: – Tia eu até entendo sua preocupação, mas eu não acho que tenha que ficar dando satisfação da minha vida pra senhora, eu já sou bem grandinha.
Ligia aparece e rebate as palavras da prima.
Ligia: – Engano seu Carla, você não contribui em nada dentro de casa, come , dorme , faz o que quer aqui. Tem que dar satisfações pra tia sim.
Carla: – Ligia você só não é mais patética porque é apenas uma. Escreve aí na tua agenda, que eu vou sair desse buraco que vocês chamam de casa logo, logo.
Ligia: – Não me vem com essa história de novo Carla.
Carla: – Não me vem você com esse teu papo careta, cafona, você é muito suburbana garota. E essa conversa já deu, tchau pra vocês.
Carla sai e Ligia nota que sua tia está bastante triste com toda aquela discussão.
Ligia: – Tia não fica assim. A Carla não merece nenhuma lágrima sua.
Dulce: – Eu sei filha, não queria que fosse assim, mas por outro lado vai ser bom mesmo se essa menina tomar um rumo na vida.
Na construtora Brito de Carvalho…
Suzana escuta atrás da porta Maurício fazendo uma reserva por telefone num restaurante.
Maurício: – Isso querida, não fumantes, perfeito, para dois, obrigado.
Suzana está decidida a se vingar do executivo e de Carla.
No casa de Carolina…
Alguém bate a porta e Carolina atende.
Carolina: – Marcelo, que surpresa! –ela parecia bastante desconsertada ao ver o irmão.
Marcelo: – Carol, bom dia! Como você está?
Carolina: – Estou bem! Só não esperava te encontrar tão cedo.
Marcelo: – Carol eu vim aqui porque nós precisamos conversar.
Carolina: – Aconteceu alguma coisa?
Marcelo: – Me diz você Carol. Porque anda mentindo pra mim?
Carolina: – Mas eu não menti Marcelo, do que você está falando?
Marcelo: – Você não viajou com o Matheus e o seu esposo. O que houve?
Carolina: – Eu senti um mal estar meu irmão, você sabe, eu ando meio frágil.
Marcelo: – Carol, eu não vou insistir, mas não leva esse relacionamento as últimas consequências.
Carolina: – Como assim meu irmão?
Marcelo: – Eu sei que esse casamento não faz bem a você, desde o começo eu sempre soube.
Carolina: – Marcelo você é o meu único irmão, minha única família, eu não posso mentir pra você e não estou mentindo agora.
Marcelo: – Tá minha irmã, eu não vou mais te alugar com essa história. Não esquece que você tá me devendo um passeio com o meu sobrinho.
Carolina: – Claro que não, acho que próximo final de semana que vem dá certo meu irmão.
Marcelo: – Tudo bem, se cuida, tenho que ir.
O fotógrafo da um beijo na irmã e vai embora.
Carolina fica pensativa, ela sabe que o irmão tem razão e precisa urgentemente tomar uma decisão em sua vida.
De volta à mansão dos Brito de Carvalho…
Verinha, Sônia e Graziela aproveitam a piscina apesar do incidente com as rosas da anfitriã.
Sônia: – Vai dar um trabalhão cultivar todas aquelas rosas novamente.
Verinha: – Ah minha querida, mas com um jardineiro forte, charmoso e competente como o Jonas tenho certeza que rápido você recupera o prejuízo.
Sônia: – Sim, o Jonas é ótimo!
Graziela: – Tenho certeza que dona Leonor não fez por maldade, tadinha, deve ser difícil viver nessas condições mentais.
Sônia: – Custo a acreditar que tenha sido ela Graziela.
Maria Estela chega perto das três para cumprimentá-las.
Maria Estela: – Verinha, Graziela, Sônia bom dia, tudo bem?
Verinha: – Olá Maria Estela, eu estou ótima, mas a Soninha está bem arrasada, você viu o que fizeram com as rosas dela?
Maria Estela: – Não, o que houve Sônia?
Sônia: – Destruíram todas as minhas rosas.
Maria Estela: – Mas como? Quem entraria aqui para fazer uma coisa dessas?
Verinha: – A principal suspeita é a dona Leonor que desceu as escadas com a arma do crime hoje mais cedo.
Sônia: – É verdade.
Maria Estela: – Bom, eu não posso dizer nada, afinal, eu alertei ao meu filho e a você Sônia sobre o comportamento agressivo de Leonor.
Sônia: – Mesmo tendo visto ela com aquela tesoura nas mãos, eu duvido que ela tenha feito tamanha maldade.
Maria Estela: – Se não foi ela, pode ter sido algum fantasma não é Sônia? Enfim, pelo menos a Leonor não fatiou uma de nós, o que seria bem pior.
A megera se retira e entra de volta a mansão.
Verinha: – Maria Estela anda bem irônica ultimamente hein?
Sônia: – Ela quer se livrar de tia Leonor , esse é o problema.
Na Construtora…
Maurício sai mais cedo para o almoço, ele vai buscar Carla. Suzana sai em seguida e entra num táxi.
Suzana: – Segue aquele carro, por favor?
Já distante da construtora, Maurício pega Carla na porta do cortiço e segue para o restaurante.
Suzana observa de longe, os dois pombinhos almoçando juntos.
Suzana: – Que desgraçados! –resmunga para si mesma.
Quase uma hora depois, Carla e Maurício saem do restaurante em direção ao cortiço novamente.
Suzana pega novamente um táxi e os segue de volta.
Maurício deixa Carla na frente do cortiço e continua para a construtora.
Carla procura sua chave na bolsa. Sem que ela perceba, Suzana se aproxima.
Suzana: – Ei garota, quero falar contigo!
Fim do Capítulo
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