CENA 1. COLÔMBIA. FAZENDA. EXTERIOR. NOITE.

Imagem de uma grande fazenda, e a legenda.: Sierra Nevada de Santa Marta, Colômbia.

CENA 2. FAZENDA. CORREDOR/ESCRITÓTIO. INT. NOITE.

CAM acompanha passos de Dom Lázaro entrando no escritório, dele a CAM vai para Iuri sentado na cadeira, de frente para a mesa de Dom Lázaro.   Apresentar legenda para as falas de Dom Lázaro.

DOM LÁZARO — (espanhol) Olha quem estás aqui. Quem resolveu dar as caras. Iuri Delt, seja bem-vindo. Foi bem recebido? Trataram-te bem?

IURI — Melhor impossível, Dom Lázaro.

DOM LÁZARO — (espanhol) Bom, bom… Acredito que tu tenhas boas notícias para mim, estou certo? (oferece charuto) Aceitas?

IURI — Não, obrigado. .. Veja bem, Dom Lázaro, eu consegui boa parte do que estou lhe devendo. E certeza…

DOM LÁZARO — (espanhol) Eu sou um homem muito paciente, sabes Iuri?! Sim. Eu estou a um passo de mandar Lúcio fazer um desenho naquela parede com seus miolos. Tu sabes que já me enrolou o suficiente para eu fazer isso contigo há muito tempo. Sua sorte é que você é bom no que faz. O problema é que tu andas sozinho, sem proteção. Quando te abaixas fica com a retaguarda a vista. Tu não tens dinheiro pra me pagar; eu sei disso.

IURI — (tenso) Tenho! Tenho sim! Uma boa parte dele está no Caribe, a outra eu …

DOM LÁZARO — (aos empregados/espanhol) Me traga os documentos. Ah, não. Estás aqui. (ao Iuri) Um momento, estás aqui. Suas contas congeladas no Caribe, a certidão de óbito do magnata indiano Mustath Larim, que ia lhe pagar milhões se estivesse vivo, pelo roubo do quadro Águas de Maré; de Paris…  tenho a ficha completa de todos os seus passos. Veja aqui, tu estás sendo procurado pela Interpol, a sua cara estampada em vários sites, Iuri Delt. Nem seu nome podes usar mais. Em outras palavras, homem… Estás fudido.

IURI — Eu tenho uma grana guardada, eu posso… eu posso conseguir.

DOM LÁZARO — (espanhol) Ó rico! Enquanto dormes sob teus tetos dourados, ao abrigo do frio, não sabes que milhares de teus irmãos, iguais a ti, estão estirados sobre palha? O infeliz que sofre de fome não é teu igual? A essas palavras teu orgulho se revolta, bem o sei; consentirás em dar-lhes esmola, mas a aperta-lhe a mão, fraternamente, jamais! (ao capanga) Mate-o!

O capanga de Dom Lázaro já saca seu revolver; instantaneamente Iuri da um pulo da cadeira, tentando argumentar algo por sua vida.

IURI — não, não, não… Eu tenho a grana! Eu tenho! Vamos conversar! Eu juro que tenho! Dom Lázaro! Eu tenho a grana. Eu tenho a grana! Tá no Brasil! Tá no Brasil! Eu juro!

DOM LÁZARO — (ao homem/espanhol) Espere. (ao Iuri) Disse Brasil? Que é? Dinheiro de corrupção? Aliciou a um político?

IURI — Não! Não. O Colar Neil Lane’s. Tá no Brasil! Tá lá; juro. Eu sei onde tá. Eu sei com quem tá!

DOM LÁZARO — (espanhol) Me enganas. Este colar sumiu há anos. Ninguém sabe o paradeiro, estás me em/

IURI — (corta/nervosíssimo) Pelo amor, Dom Lázaro! Em nome da nossa amizade! Confia! Eu quero mais que nunca sanar essa minha dívida com o senhor.

DOM LÁZARO — (espanhol) Porque já não trouxe?

IURI — Eu pretendia vende-lo. Chegar com a grana em mãos.

DOM LÁZARO — (pensa/espanhol) Por todo esse aborrecimento que me faz passar. Traga-me o colar e eu lhe dou hum milhão de dólares. Quero que esse colar seja meu.

IURI — A divida que eu tenho com o senhor não chega a tanto, hum milhão é pouco…

DOM LÁZARO — (espanhol) Não é pouco, é justo. Tem dois dias. E pra mostrar que não estou brincando.

Dom Lázaro faz um sinal para seu capanga com os dedos como se estivesse cortando com uma tesoura. Ele se levanta e sai. Iuri não entende, os capangas de Dom Lázaro seguram Iuri.

IURI — Que isso? Não! Me larga! Me larga!

Um deles mostra estar com uma tesoura de jardineiro. Iuri se desespera!

IURI — (gritando enlouquecido) Não!! Que isso aí? (off) Pra que isso aí? Me larga! Não! Não! Para! Não faz isso! Não, não, nãooooooo.

Corta para o CORREDOR.: Dom Lázaro caminhando pelo corredor fumando o charuto e tomando uísque, ouvindo os gritos de Iuri.

ABERTURA

 Narrador — Episódio: Antes ele do que eu.

CENA 3. CASA LONGARAY. SALA. INT. DIA.

Continuação da última cena do episódio anterior. Liége cercada pela polícia, pelo marido e por Christian que está lhe chantageando.

GIOVANNI — Fala que quê tá acontecendo, Liége?! Qual é o motivo desse alvoroço todo? Chamou polícia, o Christian tá aí, me ligou desesperada, o que foi que aconteceu?

POLICIAL — Nós recebemos um chamado de invasão. Alguém invadiu a casa?

LIÉGE — (nervosa) É. É que… eu…

Liége olha para Christian, ele olhando para ela com um ar de prepotente.

LIÉGE — Eu não sei, eu… eu tô nervosa.

GIOVANNI — (se irritando) Nervosa com o que? Se você não falar nada a gente nunca vai saber! Você tá tremendo, Liége! Eu tô preocupado! É com as crianças? É com eles?

LIÉGE — É! Não, não é… eu não sei. Eu…

CHRISTIAN — Calma! Espera. Dona Liége! Olha aqui. Para. Pensa. Se acalma. Está todo mundo aqui pra ajudar. Seja lá o que for, pode contar o que aconteceu.

LIÉGE — (tensa) Eu não posso, eu não posso… Eu não sei o que…/

GIOVANNI — (corta) Eu estava numa reunião importante, cruzei a cidade pra chegar aqui, você tem que me dar uma explicação.

CHRISTIAN — Sejamos compreensivos. Dá pra ver que ela está muito abalada. (a Liége, dando um aviso subliminar) Mas olha, Liége… eu posso garantir que está tudo bem, que vai ficar tudo bem. A Thay está bem, está ótima, nem saiu de casa hoje. Eu posso garantir a você que nada de ruim vai acontecer com ela.

GIOVANNI — Liége, você não pode se retrair tanto assim. Olha, olha bem, não tem ninguém aqui que possa fazer algum mal. Você tem que nos falar: o que quê tá acontecendo?

CHRISTIAN — Você pode ter certeza de que/

LIÉGE — (pouco alterada) Tá legal! Parem, parem! Parem de falar! Me deixa pensar! Para! (pra Christian) Tá bom! Tá legal! (se vira aos policiais) Vocês me desculpem, eu preciso raciocinar, eu fiquei muito nervosa com o que me aconteceu. (começa a raciocinar) Eu estava no trabalho, e recebi uma ligação. Isso, uma ligação. Uma ligação dizendo que … que… que minha filha tinha sido sequestrada, a Thailyz. Isso, foi isso… Eu pirei. Eu fiquei nervosa. Eu liguei pra polícia, (pro marido) eu liguei pra você. Eu fiquei sem bateria no celular. Eu não sabia o que fazer…

POLICIAL — Nós fomos informados que se tratava de invasão domiciliar.

LIÉGE — Pois é, então… é que eles gritaram comigo por telefone, me apavoraram. Eu corri pra casa, porque minha filha não ia sair de casa hoje. Eu cheguei até pensar que eles tivessem invadido minha casa, por isso eu liguei dizendo que tinham invadido. Entende? nossa… e minha mãe aqui também, eu não gosto nem de pensar. Eu vim correndo pra cá, em choque. Cheguei em casa, o Christian estava aqui e disse que… que ela estava no banho, e minha pressão caiu, eu fiquei muita nervosa com tudo isso. Travei. Travei, travei as pernas.

THAILYZ — Mãe? Que quê tá acontecendo aqui, gente?

LIÉGE — (corre abraça-la) Ah, minha filha! Graças a Deus está tudo bem com você! Eu nem imagino que seria de mim se te acontecesse alguma coisa.

THAILYZ — (curiosa) Tá bom, mãe, mas o que houve? Que aconteceu?

Giovanni puxa os policiais para um canto.

GIOVANNI — Ao menos tudo foi esclarecido, não passou de um susto.

POLICIAL — Realmente isso acontece muito mais do que a gente pensa. Os caras ligam da cadeia pra fazer esse tipo de golpe, dizem que estão com um parente seu, e nervosa com a situação a pessoa acaba fazendo tudo que eles querem. Tem que ficar esperto. Ela não fez errado em chamar a polícia.

GIOVANNI — Já que está tudo esclarecido. Eu agradeço demais a cooperação de vocês e a paciência, né?! (risos) Eu os acompanho até lá fora.

Giovanni vai saindo com os policiais, CAM vai até Liége e Thailyz, Christian de canto.

THAILYZ — Não aconteceu nada de mais, só a vovó que passou mal. Por isso que te liguei.

CHRISTIAN — Eu vou indo nessa.

THAILYZ — O que? Não, fica mais um pouco.

Thailyz vai para perto de Christian, Liége a segura.

LIÉGE — Não!

THAILYZ — Que foi, mãe? Não posso falar com meu namorado?

LIÉGE — Não é hora. Não era nem pra ele estar aqui, e você sabe disso.

CHRISTIAN — Desculpe, dona Liége; sua mãe está certa, Thay. É melhor eu ir, dar as caras um pouco no trabalho.

THAILYZ — Me larga mãe, deixa eu levar ele até a porta.

Thailyz se solta e se agarra nele e vai indo. Liége vê aquilo sem poder fazer nada.

CHRISTIAN — (off) Tchau, dona Liége!

CENA 4. CASA LONGARAY. FRENTE. EXT. DIA.

Thailyz se despedindo de Christian.

THAILYZ — Minha mãe me apresenta cada uma. Agora vem com esses papinhos de sequestro. Ninguém merece.

CHRISTIAN — Ah, amor, se põe no lugar dela. Você também ficaria apavorada.

THAILYZ — Hum… tá defendendo ela, é?

CHRISTIAN — Dona Liége é casca grossa, mas eu tô sabendo domar a fera. Beijo, linda! Eu vou nessa.

THAILYZ — (beijo) Tchau, lindo! Até mais…

Thailyz entra na casa, Christian caminha alguns passos já pegando o celular. Ligando para Darwin.

CHRISTIAN — (cel.) Darwin, ela caiu na rede. Tá no papo… Isso, isso, escuta… Agora, é só questão de tempo. Em menos de 12 horas esse colarzinho vai estar em nossas mãos!

CENA 5. CASA LONGARAY. SALA. INT. DIA.

Liége tensa ainda com a situação. Giovanni no celular, num canto. Thailyz vem da rua, vai querer subir. Liége a interrompe.

LIÉGE — Você. Você! Aqui. Quero conversar.

THAILYZ — Ih, lá vem sermão.

LIÉGE — Não, não é sermão. Não é.

THAILYZ — Duvido.

LIÉGE — Não é sermão. É realidade. Eu quero conversar com você sobre esse namoro aí.

THAILYZ — Mãe, o que aconteceu hoje, ele veio aqui só/

LIÉGE — Não é sobre hoje, não sobre ontem é sobre o todo. Eu sinceramente, filha, não vejo futuro nisso.

Essa altura Giovanni desligou o telefone e está ouvindo a conversa.

THAILYZ — Não começa a desdenhar meu namoro.

LIÉGE — Você tem muito que aprender em relação aos homens, Thailyz; às vezes eles não são o que realmente parecem ser. Eu quero que você analise bem essa situação. E se você analisar com olhos de quem está por fora você vai entender do que estou falando.

THAILYZ — Não quero começar uma relação com muito blablabla e mimimi.

LIÉGE — Termina com esse cara! Eu já não sei mais o que dizer. Termina com ele!

THAILYZ — Peraí mãe! Não é assim. Até ontem estava tudo bem, até ontem estava tudo numa boa. Hoje, acontece um deslize desse e você já quer que eu termine com ele?

LIÉGE — Thailyz! Thailyz! Eu não quero brigar com você, eu não quero nada disso! Eu só quero que você me entenda, quero que você me escute com atenção. Depois que você se livrar desse cara eu tenho certeza de que você vai achar alguém que realmente te mereça. Ele é mais velho, ele não…

THAILYZ — Senhora tá ouvindo a besteira que tá dizendo? Não tem menor cabimento. Você não me dá um argumento forte pra terminar com ele. Eu não vou terminar meu namoro porque você não foi com a cara dele. Não é você que tem que gostar do meu namorado.

LIÉGE — Vocês não combinam!

THAILIZ — A gente se entende!

LIÉGE — Ele não serve pra você!

THAILYZ — Eu amo ele!

LIÉGE — (gritar com toda força) E O QUE É QUE VOCÊ ENTENDE DE AMOR?

Silêncio paira no ar. Somente Liége ofegante e arrependida de ter dito isso. Tempo para retomar o fôlego.

LIÉGE — Desculpe… desculpe.

THAILYZ — Você tá certa. Talvez eu não entenda de amor, mas é com ele que eu vou descobrir.

Thailyz dá de ombros e sobe as escadas. Giovanni fitando Liége.

GIOVANNI  — (sarcástico) Mandou bem, Liége.

LIÉGE — (abalada)Fala com ela. Vai lá, fala com ela. Eu não tô podendo no momento. Parece que o mundo… caiu na minha cabeça.

Corte contínuo para:

CENA 6. CASA LONGARAY. QUARTO IANE. INT. DIA.

Iane vê a movimentação de Thailyz passando pelo corredor.

IANE — Thailyz! Thailyz!

Iane rápida derruba uma bandeja no chão, fazendo barulho.

IANE — Ai, ai, ai, socorro, ajuda! Thailyz!

Thailyz entra no quarto correndo.

THAILYZ — (preocupada) Que foi, vó?! Que foi?

IANE — (rápido) Nada, nada, caiu um negocinho aqui! Nada de mais.

THAILYZ — Ai, vó que susto que me deu.

IANE — Que foi? Que gritaria foi aquele lá embaixo? Que quê aconteceu?

THAILYZ — (suspirar) Ai, a mãe tá querendo que eu termine com Christian.

IANE — É? Por quê?

THAILYZ — Maluquice dela. Ela acha que eu não sei o que é amar.

IANE — Ora, mas quem ela pensa que é pra saber dos teus sentimentos? Você ama ele mesmo?

THAILYZ — Claro que sim!

IANE — Então, o conselho que te dou é que você deve lutar pelo seu amor. (tosse) Se você acha que ele valha a pena, lute por ele. Até mesmo porque são raros os caras que gostam de garotas acima do peso que nem você.

THAILYZ — Ai, vó. Você não consegue perder a oportunidade de alfinetar né?! Não estava nem reconhecendo, agora sim…

Giovanni aparece na porta.

GIOVANNI — Thailyz! Podemos conversar?

CENA 7. AEROPORTO. GUICHÊ. EXT. DIA.

Atendente chama o próximo da fila. É Iuri disfarçado com uma barba e um óculos esquisito. A atendente pega seus documentos, olha a foto do visto, são aparecidos.

ATENDENTE — (simpática) Viajem ao Brasil a trabalho ou a passeio, Sr. Muniz?

IURI — Vine a visitar a mi hija. Cuánto tiempo sin verte. (mostrar uma foto) Ver, cómo es bella.

ATENDENTE — Muito bonita. Seja bem-vindo ao Brasil, sr. Muniz. Beijo pra sua hija.

IURI — Muchas gracias!

Ao pegar seus documentos, Iuri mostra que lhe falta um dedo. Pega seus documentos e caminha para a saída do aeroporto.

CENA 8. AEROPORTO. FRENTE. EXTERIOR. DIA.

Iuri entra em um táxi.

IURI — Te dou 300 reais se me levar até Miripituba.

TAXISTA — Opa! Vamos lá.

IURI — Se chegar em uma hora de dou 500.

TAXISTA — O quê?! Então, se segura aí moço!

CENA 9. CASA LONGARAY. QUARTO THAILYZ. INTERIOR. DIA.

Giovanni tendo uma conversa com Thailyz.

THAILYZ — Minha mãe é louca. Não pode me ver feliz.

GIOVANNI — Não fale isso. Você sabe que não é verdade. Tenta entender que hoje foi um dia estressante pra ela. Depois do susto, ela achou melhor que devia te proteger. Ela ainda tá assoberbada com tudo que aconteceu. Eu quero te ajudar a provar que ela está errada em relação ao… como é mesmo o nome dele? Christian! Isso. Que ele é um rapaz gente boa, e que ama nossa filha como ela também ama ele. Certo?

THAILYZ — Valeu pai.

GIOVANNI — Como prova disso. Pra aliviar a tensão. Vamos sair hoje. Cinema, depois jantar. Todos nós. Incluindo teu namorado.

CENA 10. CASA LONGARAY. SALA. INTERIOR. DIA.

Giovanni falou com Liége sobre o assunto da cena anterior.

LIÉGE — Impossível. Eu não posso. Eu ainda tô muito abalada. Mas vão vocês, eu preciso ficar um pouco sozinha, pensar, colocar a cabeça no lugar. Também não quero deixar a mamãe sozinha.

GIOVANNI — Você quem sabe. Só acho que você deveria ser mais agradável um pouco.

LIÉGE — Eu tento… eu vou tentar. Vão vocês, vai ser melhor assim. Não quero desagradar à noite de vocês.

Liége se retira, Giovanni ainda chama por ela.

GIOVANNI — Liége, peraí… também não é assim.

CENA 11. DELEGACIA. SALA MEIER. INTERIOR. DIA.

Roger passando as informações para Meier sobre o caso do Christian.

MEIER — Quer dizer que ela chamou a polícia e depois disse que foi engano?

ROGER — Inventou uma desculpa qualquer.

MEIER — Tem angu nesse caroço.

Roger e Bryan se entreolham por causa do erro na frase de Meier.

MEIER — (cont.) Meu bigode tá coçando. Tem sim.

ROGER — Pra mim, tá tudo normal.

MEIER — Porque é cego. As coisas podem estar ali, na ponto desse teu nariz de tucano, que você não consegue enxergar. Deixa, deixa pra mim. Eu vou investigar esse lance de perto. Pra fazer esse trabalho tem que ser alguém que usa o cérebro.  Me dá o endereço da casa.

CENA 12. BARRACO. INTERIOR. DIA.

Christian animado que seu plano deu certo e Darwin ainda inseguro.

DARWIN — Tem certeza que ela vai cooperar?

CHRISTIAN — Eu vi o medo nos olhos dela. Se liga, amanhã vamos estar com o colar no nosso bolso. Pode confiar. Hoje, eu só quero paz. Relaxar… (celular recebe uma mensagem) Ih, é a Thailyz. (ler) “Papai convidou você pra sair com a gente hoje à noite. Vamos?”

DARWIN — E aí? Vai ou não vai?

Christian pensativo.

CENA 13. CASA LONGARAY. SALA. INTERIOR. NOITE.

Thailyz abre a porta para Christian.

THAILYZ — Que rápido. (beijo) Só falta o Aleff, tá se enrolando com aquele cabelo, e ainda não sabe que boné usar.

CHRISTIAN — Sua mãe não vai?

THAILYZ — Ela preferiu ficar, e cuidar da minha avó. Melhor assim.

Giovanni vem da cozinha, e Aleff descendo as escadas.

GIOVANNI — E aí, Christian. Vamos logo que eu não quero pegar os piores lugares.

ALEFF — O filme é 3D?

Eles saem.

CENA 14. CASA LONGARAY. QUARTO IANE. NOITE.

Liége massageando as mãos de Iane.

IANE — Qual problema você tem com o namorado da Thailyz, Liége? Pelo que todos falam, ele é um ótimo rapaz. Nem preto ele é. Não tô entendendo tua implicância.

LIÉGE — Como você é arrogante e preconceituosa.

IANE — Se falar a verdade é ser isso, então eu sou.

LIÉGE — Eu tenho meus motivos.

IANE — Quais? Pode falar… pra mim pode falar. Afinal, guardamos segredos de anos, não é? Somos amiguinhas confidentes.

CENA 15. BARRACO. INTERIOR. NOITE.

Darwin tomando cerveja, assistindo TV. Ele dá risada do que está assistindo. De repente Iuri entra chutando a porta do barraco. Darwin leva um susto. Iuri procura pelo colar.

DARWIN — (surpreso) Iuri?! Que isso cara? Minha por/

IURI — (corta) Cadê meu colar?

DARWIN — Que isso, irmão?! A gente tá conseguindo pra você, caralho! Você nos deu um prazo…

IURI — (sacar uma arma) Eu vou perguntar só mais uma vez: cadê o meu colar?!

DARWIN — pelo amor de Deus, cara, abaixa esse negócio, você tá louco… vamos conversa!

IURI — Onde é que tá o teu amiguinho? Ele tá aí, esse desgraçado? Chama ele!

DARWIN — Ele tá dando um jeito de conseguir o/

Iuri dá um soco em Darwin; que cai no chão.

IURI — Cansei dessas mentiras, dessas desculpas!

Iuri levanta Darwin com umas das mãos, o deixando de joelhos e agarrando sua cara com a mão (enfaixada) que perdeu o dedo,… e encosta o cano da arma na sua cabeça.

IURI — Não brinca comigo, porra! Eu vou acabar com a tua vida de merda se não me disser agora onde tá a minha joia!

DARWIN — Eu digo, eu digo… eu falo. Não atira, tá legal? Eu vou mostrar a casa, eu te levo lá, eu levo, mas não atira, por favor…

No meio da fala Lorelaine aparece na porta e se esconde de Iuri e começa a ouvir a conversa.

IURI — Vocês mexeram com a pessoa errada! Eu preciso da merda desse colar hoje! Se você estiver me enganando eu mato você, volto aqui acabo com aquela puta que você chama de mulher e ainda dou cabo daqueles filhotes de rato que ela chama de filhos.

DARWIN — Não, não. As crias não… Não tem erro, eu vou te levar na casa.

IURI — Vamos invadir aquela casa, meter o terror e recuperar a minha joia! Vamos merda!!

Iuri sai chutando Darwin porta a fora. Lorelaine que estava escondida, corre pegar o telefone.

CENA 16. CINEMA. FILA. INTERIOR. NOITE.

Giovanni, Aleff, Thailyz e Christian na fila para comprar os ingressos.

THAILYZ — Ai, eu estou louca pra assistir esse filme.

Tocar o celular de Christian.

CHRISTIAN — ué! Preciso atender. Só um pouquinho.

ALTERNAR COM: BARRACO. INT. N.: Lorelaine preocupadíssima com o que acabou de acontecer.

LORELAINE — (cel.) Christian! Christian! O Iuri! Ele tá louco, enlouqueceu! Ele invadiu aqui em casa pegou o Darwin!

CHRISTIAN — (cel.) Calma, espera eu não tô entendendo nada, fala devagar.

LORELAINE — (cel./explicar nervosa) O Iuri tá armado, tá descontrolado. Ele veio aqui, pegou o Darwin e mandou ele dizer onde estava o colar. Eles acabaram de sair daqui. O Iuri quer aquele troço de qualquer jeito, eles estão indo pra casa dessa gente…

Thailyz se aproxima. Christian demostrar nervosismo, desliga.

THAILYZ — Christian, que foi? Aconteceu alguma coisa?

CHRISTIAN — É! Aconteceu, eu preciso embora. Desculpe, Thailyz!

THAILYZ — Como assim, Chris?!

CHRISTIAN — Não, é sério! Minha tia avó, muito querida, se acidentou no banheiro. Eu preciso ver ela…

THAILYZ — Peraí, eu vou com você!

CHRISTIAN — Não! Não precisa! Eu não quero estragar/

THAILYZ — (corta) Imagina! Eu vou com /

CHRISTIAN — (rude) NÃO!  (mais suave) Por favor, Thay, minha linda… eu realmente preciso ir. Vai ser melhor.

THAILYZ — Tá bom, tá bom então.

CHRISTIAN — Pedi desculpas pro seu pai por mim, ok?! (beijo) Eu te amo!

THAILYZ — Também te amo.

Christian sai correndo as pressas. Thailyz olha ele sair.

CENA 17. CASA LONGARAY. FRENTE. EXT. NOITE.

Darwin estaciona o carro na frente da casa Longaray.

DARWIN — É essa aí.

IURI — Como é que vocês fazem pra entrar?

DARWIN — O Christian ficou amigo da família, eles convidam e ele entra.

IURI — Vamos, bate na porta, chama teu namorado, e aí invadimos.

DARWIN — Eu acho que ele não tá aí.

IURI — (aponta da arma no queixo de Darwin) Você tá me enrolando? Não é essa a casa?

DARWIN — É essa sim, só que ele me disse que ia sair com a garota, ele disse que a garota convidou ele pra sair, foi isso. Eles não devem estar em casa. Não deve ter ninguém em casa.

IURI — E essas luzes acessas? Hein?! Vou meter chumbo nesse teu/ VAMOS LÁ! Vamos entrar na casa, assim que eles chegarem, SURPRESA!

Eles descem do carro. Vão atravessar a rua, um carro passa entre eles e Darwin sai correndo. Iuri até tenta correr atrás dele com a arma em punho, mas desiste.

IURI — Desgraçado.

Iuri vai até a porta da casa. Olha em volta.

CENA 18. CASA LONGARAY. SALA. INTEIOR. NOITE.

Liége vem da cozinha com um prato de sopa em uma bandeja.

LIÉGE — Ai, tá quente, tá quente…

Ela ia subir as escadas, toca a campainha.

LIÉGE — Droga, logo agora.

Liége deixa a bandeja em uma mesinha, e vai atender a porta. Abre a porta e tem uma arma apontada na sua casa.

IURI — Shiiu… nem um pio.

Liége espantada, com os olhos arregalados. Iuri vai entrando e fechando a porta.

CENA 19.   MIRIPITUBA. TRÂNSITO. EXTERIOR. NOITE.

Um táxi andando pelas ruas, quem está nele é Christian com muita pressa.

CHRISTIAN — Mais rápido!! Vai!

CENA 20. CASA LONGARAY. SALA. INT. NOITE.

Liége na mira de Iuri.

LIÉGE — Por favor, moço… eu/

IURI — Cala boca! Eu mandei dizer nada! (olhar em volta) cadê ele?

LIÉGE — Ele quem? Eu não sei quem/

IURI — Eu não gosto, eu não gosto desse joguinho.

LIÉGE — Você tá procurando o Christian?

IURI — Ah… então aquele maldito não mentiu. É essa a casa. Eu quero saber do que é meu! Cadê aquele filho da puta? Quem mais tá na casa?

LIÉGE — Ninguém, ninguém, só eu!

IURI — Não tá mentindo pra mim, não, piranha?!

LIÉGE — Só a minha mãe, no quarto, mas ela… ela não representa risco nenhum pra você.

IURI — Cadê aquele desgraçado? Ele sabe onde tá!

LIÉGE — O que você tá procurando?

IURI — Uma joia! Uma joia que ele me roubou!

LIÉGE — Desculpe, mas eu não sei nada de joia, eu não sei quê que tá acontecendo?

IURI — cala boca! Cala boca! Enquanto ele não aparece, vamos lá buscar a sua mãe!

LIÉGE — Não! Não, ela não pode…

IURI — vamos sim, quero que todo mundo participe da festa, vamos lá!

LIÉGE — Peraí, você não tá entendendo!

IURI — Cala essa boca maldita! Quer levar um tiro na cara! Vamos!

LIÉGE — Não, por favor, não…

CENA 21. CASA LONGARAY. QUARTO IANE. INT. NOITE.

Iane ouvindo os gritos; Iuri invade o quarto de Iane empurrando Liége pra dentro.

IURI — Entra aí… vamos.

IANE — Que isso?! Que é? Quem é você?

IURI — Um amiguinho da família, vó! Vai, levanta o buzanfa flácido daí, bora!

LIÉGE — Escuta que eu tô te dizendo, moço, ela não pode se levantar da cama, ela é paraplégica, ela não tem a movimentação das pernas…

IURI — Ah, mas que saco… Eu mereço.

IANE — É um assalto? Mas leva tudo aí, homem, que tá perdendo tempo?

IURI — Cala boca! Fica quieta as duas, para com o choro. Vai pra lá, com a tua mãe! Caladinhas. Se não passo ferro nas duas. Responde só o que eu perguntar. Que hora chega o Christian?

IANE — Christian? Quem é Christian, gente?

LIÉGE — Ele não vai aparecer. Ele não mora aqui.

IURI — Se continuar mentindo pra mim, eu vou estourar os miolos da sua mãe que não vai ter alvejante no mundo que limpe a sujeira desse quarto!

LIÉGE — Eu não tô mentindo… a gente não conhece ele direito, ele aparece de vez em quando. Se sua bronca é com ele, porque não foi atrás dele?

IURI — Eu faço as perguntas aqui. Mas pra esclarecer as suas ideias. Uma coisa que me pertence está escondida nessa casa, e só quem sabe onde ela está é o Christian.

Isso ameniza um pouco o raciocínio de Liége;

IANE — Calma, rapaz! Você está insano, não está pensando direito. Se acalma, dá pra ver que você não gostaria que isso estive acontecendo.

IURI — Vocês vão morrer, hoje… vocês vão morrer!

CENA 22. CASA LONGARAY. FRENTE/SALA. EXT/INT. NOITE.

O táxi estaciona na frente da casa. Christian desce do carro e corre pra dentro da casa. NA SALA. Ele entra com tudo, não vê ninguém. Sobe as escadas correndo.

CENA 23. CASA LONGARAY. QUARTO IANE. INT. NOITE.

Liége e Iane acudas. Iuri nervosíssimo com a arma na mão.

LIÉGE — Não precisa disso. A gente vai fazer tudo pra cooperar com você.

IURI — Eu já perdi demais na minha vida, eu perdi minha grana, perdi o respeito, eu perdi a dignidade quando me deixei roubar por dois idiotas, eu perdi meu dedo… Eu perdi tudo, não me falta perder mais nada… Só falta perder a insanidade… E hoje eu vou matar todo mundo!

Christian entra no quarto.

IURI — Ah, mas olha só quem resolveu parecer! Eu vou te matar agora!

CHRISTIAN — Iuri! Cara, espera aí… Eu vou te dar o colar, eu sei onde tá, não precisa dessa arma.

IURI — Vem aqui, vem aqui. Eu tô louco pra fazer isso aqui, vem aqui.

Iuri dá uma coronhada com a arma na cabeça de Christian.

IURI — Maldito filho da puta. Cadê a porra do meu colar, caralho?!  Ah, mas você vai me contar essa história direitinho… vamos lá, todo mundo pra sala!

CHRISTIAN — não, perai… o colar tá…

Iuri dá um chute em Christian que cai novamente no chão.

IURI — Eu falei pra sala, desgraçado!

Iuri chuta Christian pra fora do quarto.

IURI — Vamos vagabundas! Aqui, eu não vejo quem chega… Vamos porra!

LIÉGE — Não, não.. ela não pode sair daqui.

IURI — Eu falei pra sala, agora!

LIÉGE — Pelo amor de Deus, moço, ela não pode…

IURI — Não pode, vamos ver se não pode!

Iuri pega Iane pelos cabelos, gritaria das duas.

IURI — vai pra la! Vamos, vamos ver se não pode.

Iuri arrasta Iane no chão pelos cabelos; ela não para de gritar.

IANE — Me larga! Ah!! Para com isso!

LIÉGE — Não faz isso, para…

IURI — Vamos vagabunda, pra sala!

CENA 24. CASA LONGARAY. SALA. INTERIOR. NOITE.

Christian desce as escadas zonzo com a pancada que levou na cabeça. Liége aparece implorando para Iuri soltar sua mãe. Iuri larga ela no alto da escada.

IURI — (p/ Iane) Fica aqui, onde eu possa te ver.

LIÉGE — Moço, por favor, não faz isso…

IURI — (p/ Liége) Vamos, desce piranha…!

Iuri desce a escadas empurrando Liége. Liége vê Christian e começa a estapear ele.

LIÉGE — Desgraçado, maldito!

IURI — Ô, ô… vamos parar com esse carinho!

Liége ofegante vai para um canto.

CHRISTIAN — Tá legal… vamos conversar.

CENA 25. CASA LONGARAY. FRENTE. EXTERIOR. NOITE.

Estaciona um carro do outro lado da rua, dentro dele estão o delegado Meier e policial Richer.

MEIER — Essa é a casa?

ROGER — Essa.

MEIER — Vamos ficar de butuca; ficar de olho em qualquer coisa suspeita. Não sei, mas essa chamada a polícia que ela fez não tá me deixando quieto. As luzes estão acessas. Tem gente em casa.

CENA 26. CASA LONGARAY. SALA. INTERIOR. NOITE.

Continuação da cena 24.:

IURI — Não quero conversar! Quero o que você me roubou a 10 longos anos atrás!

CHRISTIAN — Essa foi a maior burrada de toda minha vida, roubar você. Eu vou devolver. Eu vou buscar. Mas eu preciso que você me prometa que não vai matar ninguém aqui.

IURI — O quê? Tá em posição de fazer exigência, por um acaso? Vai pegar o que é meu, merda!

CHRISTIAN — Não, sem antes você me prometer que não vai fazer mais nenhum mal contra essa família!

IURI — (se aproximar) Se você não for buscar meu colar agora, eu vou dar um tiro naquela vagabunda!

CHRISTIAN — Se você fizer isso, vai ter que me matar também porque eu não vou dizer onde tá porcaria de colar nenhum, e você vai ter que se virar em mil pra achar alguma coisa valiosa dentro dessa casa enorme!

IURI — (GRITO) Você… você… (riso nervoso) Você é ousado, cara. Ousado. Tá bom! Tá legal. É promessa que você quer? Então tá… Eu prometo, eu prometo. Eu prometo não esmigalhar os miolos de ninguém hoje. Agora, vai buscar.

CHRISTIAN — Eu vou. Eu vou buscar. Mas antes… não quer tomar uma sopa?

IURI — O que?!

Christian quebra o prato de sopa que havia perto deles – que Liége havia deixado. Iuri vira o rosto, Christian rapidamente aproveita e segura a mão dele com a arma. Os dois entram em disputa pela arma. Liége tensa, não sabe o que faz. Christian prensa Iuri na parede; isso faz com que a arma caia no chão. Liége corre para a cozinha. Iuri e Christian começam a trocar socos. Christian leva um soco, e acerta.

CENA 27. CASA LONGARAY. COZINHA. INTERIOR.

Liége entra na cozinha desesperada; muito ritmo, não sabe o que faz, abre as gavetas procurando algo. Encontra encima do balcão um faqueiro. Liége pega a maior faca que tem e corre para a sala.

CENA 28. CASA LONGARAY. SALA. INT. NOITE.

Iuri e Christian em luta corporal. Liége vem da cozinha com a faca em mãos.

LIÉGE — (muito tensa) Para! Parem com isso agora, eu mato vocês! Parem com isso agora!

Liége empunhando a faca, apontando para eles muito nervosa, trêmula; Iuri acerta Christian em cheio, que cai no chão. Iuri aproveita e cai por cima e começa acertar vários socos na cara de Christian.

LIÉGE — Chega! Para! Sai da minha casa!

Iuri deixa Christian zonzo, cuspindo sangue. Iuri apenas olha para Liége desesperada com a faca.

IURI — Que isso, madame? Vai me estripar aqui no meio da sala?

LIÉGE — Você não me conhece, não sabe do que sou capaz de fazer!

IURI — Então, vem puta! Me fura. Quero ver! Me degola com essa faca de cozinha. Vem, olha aqui, vem me tirar outro dedo. Pode vir.

LIÉGE — Se afasta de mim, se não eu vou/

Iuri rapidamente pega no braço dela e com uma torção lhe tira a faca; fazendo a faca cair nos degraus da escada. Liége grita de dor.

IURI — Pensou que ia me fazer ter medo de você?

Iuri não percebe, mas Christian volta pra cima dele. Iuri empurra Liége, que cai sobre alguma mesinha perto. Iuri agarra Christian pelo pescoço.

IURI — Me fala onde escondeu minha joia?!

Iane aflita assistindo tudo lá de cima da escada. Iuri aperta mais forte sufocando Christian.

A partir desse momento muito ritmo: Liége acerta um vaso em Iuri, que deixa Christian cair no chão. Liége sobe nas costas de Iuri, ele se vira e a derruba nos primeiros degraus da escada. Christian chuta a virilha de Iuri, que se contorce; Christian aproveita e pega um cinzeiro e acerta na cara de Iuri, que se vira e vai cair encima de Liége; Liége pega a faca que estava nos degraus da escada e Iuri cai sobre ela.

CAM em slow.: Iuri caído encima de Liége, ela com os olhos arregalados, mostrar a faca gravada no meio do peito de Iuri, ele olha para ela; Liége completamente horrorizada. Iuri fechando os olhos.

Liége atônita, escandalizada dá gritos ao tirar o corpo de cima dela. Esfrega as mãos, que estão sujas com sangue, nas roupas e sem querer no rosto. Christian ofegante se escora em algo. Iane do auto da escada viu tudo de camarote, nervosa, mas também aliviada. Começa a tocar a música Little Bitty Pretty – Thurston. Liége em estado de pânico vendo o corpo no chão, olha para Christian que coloca as mãos na cabeça ao se deparar com a situação. Damos um close nas reações dos três, e também no corpo estendido no chão. Damos um plano geral na sala.

Encerramos com a música.

FIM DA 1ªTEMPORADA

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