História baseada num relato escrito, enviado à minha clínica em Março de 2005. O envelope volumoso foi deixado na soleira da porta. Ao abri-lo, havia um bilhete o qual pedia para que eu lesse com cuidado, e que só divulgasse depois de dez anos a partir da data ali especificada. Confesso que não me senti impelido a ler, pois, julguei ser uma mera brincadeira de mal gosto. No entanto, a curiosidade foi mais forte. Para minha surpresa, deparei-me com um relato no mínimo fantástico.

Fernando Menezes (nome fictício), consultor de empresas, ao voltar da festa de formatura, resolveu parar numa loja de conveniências. Ao sair, foi surpreendido por uma luz que o envolveu. Por um tempo ficou desaparecido. Retornou, ou foi deixado, no mesmo local, completamente desorientado. A partir daí, sem entender o porquê, passou a ser perseguido por homens desconhecidos. Refugiou-se em um apartamento simples, mas a pressão psicológica o fez tentar contra sua própria vida. Foi nesse momento fatídico que tudo mudou. Segundo o manuscrito, Fernando afirma que, para que a verdade não viesse à tona, agentes o mantiveram prisioneiro num hospital psiquiátrico localizado no interior do estado de São Paulo. Verdade ou não, cabe ao leitor decidir.  A mínima ideia.