obra escrita por
YAGO TADEU

A

PRISCILA, A INFIEL

Se pergunto o motivo
De ainda estar vivo…
É que morrer não é desculpa
Pra qualquer que seja a culpa

A

Volte para seu quarto. IMEDIATAMENTE!- Lisbela mandou como se estivesse dando uma última chance. O ultimato em seus olhos.

Priscila continuou empunhando a faca, foi quando flashs do rosto de Mateus invadiram seu estado mental e seu sangue começou a esfriar.

Lisbela a acompanhou andar de costas até a sala com a faca colada á garganta. Priscila tratava-se como uma refém de si mesma. Lisbela bateu palmas com a expressão fechada, como se Priscila fosse um número de um circo.

Não se aproxime, senão você vai me perder. – A empregada deu mais dois passos para trás – Me deixe em paz!- agora as lágrimas escorriam quentes pelo rosto – Não dê mais um passo, senão vou me matar. – uma lágrima marcou o chão. Priscila chegou até a porta, ameaçando desobedecê-la.

Priscila saiu da casa olhando fixamente nos olhos de onça da patroa. Lisbela deu um passo á caminho da porta e a empregada decidiu correr. Rapidamente entrou na trilha de terrae sumiu com a faca em mãos. A patroa a assistia da varanda. Ela não veio atrás de mim… Ela tem medo que eu me mate, ela tem medo de me perder. Esse é o seu ponto fraco. Levantou poeira passando pelo celeiro. Priscila procurava desesperadamente uma direção.

Não há nada de bom neste lugar. – Ted estava entediado. Érika lhe deu um beijo em seguida enquanto olhavam os jornais e revistas na entrada da mercearia. Ela deu um sorriso para confortá-lo.

Árvores, lagos e um aroma de terra. – Érika adorava esse clima que só o interior proporcionava.

Por Deus Érika. – Ted não concordava – Não há nada de belo nesse lugar. – Ted olhou para os jornais e forçou o olhar – O quê? 1942? Porque vendem jornais de 1942? – o jornaleiro ignorou e permaneceu limpando o balcão com um pano imundo.

Ted, por favor.- Érika falou baixo – Pode ser que vendam artigos antigos pra uma coleção. – Ted sorriu sem ver sentido no que sua mulher acabara de dizer.

Sua mãe não vem nunca. – Ted não via a hora de voltar á Montenegro.

Dérick escolhia as batatas nas espaçosas bacias. Desatento derrubou três delas no chão e as pegou rapidamente de modo agitado.

Dérick você não está bem. – a mãe voltou á questioná-lo pela sétima vez – Me diga o que está acontecendo?

Mãe, fale baixo. Eu só posso te dizer que você precisa ficar mais um pouco aqui, nós temos que se salvar juntos. – Maristela ficou ainda mais preocupada. Pôs a mão no peito.

Se salvar? Eu achava que Priscila estava enlouquecendo, mas há sim algo de errado aqui.

Eu também quero saber o que há de errado aqui?- Érika indagou entrando na pequena seção de verduras e legumes enquanto Ted aguardava na porta da mercearia.

Falem baixo. Por Deus… – Dérick pediu deixando-as intrigadas – Vocês devem acompanhar o que eu digo, se eu disser que vamos ficar mais um pouco vocês tem que concordar, diga isso a Ted. – Érika olhou para Maristela e ambas esboçaram o mesmo olhar assustado.

Dérick, você precisa nos contar a verdade, quem está te ameaçando? – Érika o pressionou.

Só finjam que tudo está normal, sigam os meus passos por favor. – Érika não entendia assim como sua mãe, mas as duas já notavam que algo muito perigoso estava em jogo ali. Porque ele não quer dizer? O que há neste lugar? Maristela se encafifou com aquilo e Érika não foi diferente.

Agora podemos ir?- Ted perguntou quando eles saíam da mercearia.

É óbvio Tedysson. – Maristela respondeu indo em direção á seu Astra cinza.

Porque ela nunca me chama de Ted?- ele perguntou no ouvido da esposa.

Você tá cansado de perguntar isso. – Érika se aproximou do carro e Ted olhou espantado.

Mas… o que é isso? – ele se agachou ao notar os pneus furados. Xingou chutando as rodas, e sentindo vontade de socar o veículo.

Os da minha mãe também estão. – Dérick observou engolindo seco. Maristela limpou o suor da testa, lamentando.

Ah… Que droga!- ela reclamou iniciando-se nela uma ansiedade pelo que ouvira do filho há pouco. Mas sentia que precisava ficar calma. Érika e ela, trocaram olhares de preocupação.

E agora o que faremos? – Ted perguntou olhando preocupado.

Façam assim… Me ouçam. Eu vou atrás de um caçador que conheci ali na mata e ele pode nos ajudar com os pneus. É o único que pode nos ajudar. – Dérick gesticulou uma ferramenta.

Quer que eu vá com você Dérick?- Ted se levantou desamassando a camisa social rosa.

Não, não. – ele recusou no mesmo momento – Podem voltar andando, eu vou buscar o caçador. Descansem e fiquem tranquilos.

Tem certeza Dérick?- a mãe perguntou suspeitando. Seu filho estava muito estranho.

Absoluta. Me ouçam, voltem para casa e eu consertarei os veículos.

Despediram-se de Dérick. Voltaram á trilha debaixo do início de mais um dia ensolarado. Ted achou ter visto um vulto entrar na igreja, mas se realmente alguém entrara não notou, foi muito rápido. Voltou á trilha.

O que será que está acontecendo?- Maristela estava muito preocupada. Érika tentava chegar á uma conclusão sobre o que poderia estar abalando o irmão além da separação.

Do que vocês falam?- Ted perguntou entrando no meio das duas que caminhavam mais atrás.

Dérick disse apenas para ficar calmos e seguir suas ordens.- Érika contou e ele se impressionou.

Nossa, o que será? Dérick devia ter contado á vocês.

Tem algo errado com esse lugar e com as pessoas daqui.- Maristela disse sem mais dúvidas. Esperava que não fosse algo grave.

Não creio que seja isso…

É isso. – Maristela interrompeu a filha – Há algo muito errado com esses moradores e creio eu que principalmente com a patroa de Priscila. – Érika olhou para baixo temendo que fossem algum tipo de criminosos.

É, agora é esperar pra ver. – Ted se sentiu inquieto ao saber disso.

É Tedysson… – Maristela disse e respirou fundo trocando a sacola de mão. Ted mal suportava ouvi-la.

Quando chegaram á casa, se depararam com a ausência de Priscila. Notaram o acidente que havia acontecido e as desculpas esfarrapadas de Lisbela culpando animais da selva os fizeram acreditar parcialmente. Lisbela aproveitou para apresentar seus filhos Andy e Anne ás seus receados visitantes. Apenas Érika foi simpática com as doces crianças. Lisbela sentou no sofá e após alguns minutos chamou Érika e Maristela para ajudá-la com o jantar. Apenas Érika aceitou e Lisbela não insistiu. A chefe de cozinha não se dispôs a cozinhar com a simples camponesa.

Talvez vocês possam dormir e partir com o carro consertado amanhã de manhã. – Lisbela disse com uma feição mais gentil e caridosa.

Eu vou conversar com Ted e com os outros depois. – a garota loira e magra descascava batatas.

Ok. – Lisbela temperava o frango quando Anne puxou sua saia – Diga Anne. – a garota cochichou.

O que ela disse em seu ouvido?- Érika perguntou curiosa. Seus olhos observaram a tímidez da garota.

Ela disse que gostou muito de você e que queria você como nossa empregada.

Nossa. – Érika sorriu buscando palavras enquanto cortava as batatas sem cautela – Que honra.

Bom, o convite fica em aberto. Amanhã no café da manhã direi algo mais. – pôs um fundo de suspense.

Algo mais?- Érika ficou muito curiosa e intrigada – Mas e se formos embora á noite?

Sim, desculpe mas não posso estragar a surpresa. Você não vai saber antes da hora exata. – Lisbela brincou e Érika voltou a se concentrar com um ar de sorriso no rosto. Andy vinha correndo á cozinha com um carrinho de madeira em mãos.

Posso te chamar de Rafaela?- Andy indagou repentinamente.

Pode. Mas como sabe que meu sobrenome é Rafaela?- Érika se surpreendeu.

Acho que seu irmão disse algumas vezes. – explicou, e ela deu um contagiante sorriso. Andy era tão carismático.

Não quero ficar. – Maristela se recusava encostada na cabeceira da cama do quarto – Quero ir embora. EM-BO-RA!

Se ninguém vir consertar teremos que ficar. – Ted colocava as malas ao lado do guarda-roupa – Vamos fazer o quê?

Estou com medo que aconteça algo com Dérick. – Maristela colocou as duas mãos nos longos cabelos castanhos como quem lamenta. Ted pouco se importou com sua preocupação.

Sem sinal de rede, sem sinal pra ligações, sem sinal, sem sinal. Érika chamava da cozinha avisando que o almoço estava pronto.

Preciso imediatamente encontrar o caçador Hoffman. Talvez ele saiba como mandar esses malditos para o inferno. Dérick chegou na saída de SweetVillage e se assombrou. Dois moradores brejeiros sorriram para ele entre as árvores, o chamando com um aceno.

Merda. Merda!- Dérick deu alguns passos para trás e o mais novo mostrou a língua o provocando.

Dérick saiu de lá no mesmo instante. Era suicídio tentar fugir naquele momento. Praticamente correu em passos acelerados. Como vencer eles? Passou entre o cínico olhar dos moradores, atravessados com perversidade nítida nas pupilas. Como escapar? Como?

Ele abriu a porta com os as mãos suando frio. O sorriso cínico veio logo em seguida.

Seu filho chegou Maristela. – Lisbela avisou com um sorriso histérico estampado no rosto. Maristela chegou á sala. Eram quase duas da tarde e sua preocupação era imensa.

Dérick, não imagina como estava preocupada. – seus olhos estavam aflitos – Onde está Priscila?

Eu não encontrei o caçador e não sei onde está Priscila. Priscila sumiu. – respondeu apenas. A patroa fez uma cara de espanto.

Nossos carros estão na vila? Onde está Priscila? – Maristela não conseguia entender. Sua inquietação a fazia ser desagradável.

Como Priscila sumiu?- Lisbela também esboçou uma leve alteração. Maristela olhou desconfiada para Dérick que temeu tentando escapar do furor crescente no olhar de Lisbela.

Priscila o beijou com força. Ainda assustada com a própria reação diante daqueles maciços olhos amarelos. Sim, havia algo dentro deles, havia algo dentro dele, algo em sua pálida expressão e misteriosa personalidade que a levara a ficar imersa nesse amor improvável. Era para ele tentar matá-la. Mas senhor Edgar, o barqueiro e louro branco transformara uma dimensão incalculável de distância em uma relação mais próxima do que em vida talvez aconteceria.

Você tem que fazer o que eu falo. – Senhor Edgar disse enquanto as mãos dela tocava os suspensórios nas costas da larga camisa branca dele – Nós vamos fugir no barco, vou ajudá-la a fugir.

Eles se abraçavam na igreja, o único lugar que poderiam ter paz em SweetVillage.

Eu não sei o que dizer. – Priscila o abraçou mais uma vez. Ele era seu único conforto no momento.

Não há nada pra dizer, você não tem que explicar. Simplesmente aconteceu. – seus lábios finos aproximavam-se aos poucos dos lábios grossos dela – Vou ajudá-la a fugir, deixe eles que se salvem sozinhos, pense no seu filho, ele precisa de você, eu não quero… Não quero que fique presa nesse lugar para sempre. – ele a olhava com carinho. Havia grande amor em seu olhar. Uma paixão estava nascendo.

Surpreendente. – a voz feminina cortou o diálogo. Florinda entrava ali como penetra de encontro á dois – Então, quer dizer que estão juntos?- Florinda colocou as duas mãos na cintura.

Aconteceu Florinda. – Priscila sentiu-se estranha ao dizer isso – Simplesmente aconteceu…

Priscila, acho que está na hora de eu te apresentar alguém.

Você não está do lado dela. – Edgar suspeitou de suas intenções e temeu que quisesse fazer mal á ela – Vamos Priscila, não ouça ela. – senhor Edgar a puxou pelo braço.

Espere Priscila!- Florinda tentou falar. Priscila olhou para trás curiosa para saber o que Florinda diria.

Edgar, Florinda quer me ajudar. – ele a levou andando acelerado pelo tapete carmesin – Deixe eu ouvi-la.

Não, ela pode estar desejando sua morte também. Você não pode ouvi-la. – Senhor Edgar estava cego por Priscila. Abriu seu guarda-chuva vermelho caminhando colado com ela, e tapando seu rosto diante dos Villages.

Florinda havia perdido mais uma chance de trazer a grande verdade á Priscila.

Agora estava perto, estava perto de fugir daquele lugar. Duas olhadas para as casas, nenhum morador vagando. Senhor Edgar a puxou pela escuridão da trilha de terra. Passaram pelo lago de Reis entre a mata, onde se beijaram debaixo do guarda-chuva vermelho de Edgar ouvindo o som da corredeira após o lago no sossego aparente da noite. Como dois vultos na escuridão, eles romperam arbustos, assombraram animais tentando desviar do caminho da casa de Lisbela que levava ao barco no lago após a subida. Vivia uma sensação de medo apaixonante. Priscila sentia-se uma eterna incosequente.

Pode ser que ela esteja me vendo. – Priscila estava ofegante no fim da subida.

Não, ela não está na janela. Vamos logo Priscila .- Edgar a puxou e enfim chegavam ao barco – Desça, desça. Rápido.

Ela firmou o pé no barco e desceu. Priscila lembrou no mesmo momento de quando chegara aquele lugar. Se recordou de tudo que havia passado. Foram mais que doze dias, foi como se estivesse há meses ali. Agora sentada no barco e ele já estava sendo bem remado por Edgar que fazia força nos velozes movimentos com o remo.

Onde quer que você esteja, você vai lembrar de mim?- lamentava ter gostando tanto dela.

Seus lábios quiseram falar, mas se calou por mais tempo do que deveria. Ajeitou os cabelos loiros curtos para trás e encarou bem os olhos amarelos que remava como ninguém.

Edgar. – ela disse e uma lágrima brilhou em suas pupilas – Edgar…

Diga. – ele parou de remar. O escuro da noite começava a dominar.

Eu causei a morte de Mateus e fui uma decepcionante mãe para Ítalo, não há mais nada para tentar e não há mais nada para ser, há para morrer e me resta isso. – agora sua emoção fazia as lágrimas se desprenderem de suas pupilas e escorrerem sem controle – Chega! eu não quero ir. Eu quero ficar com você, eu aceito morrer. – Priscila afirmou decidida e Edgar congelou sua face esbranquiçada até o lento arregalar dos olhos da cor de girassóis. Ele tem que deixar eu ficar. Não desejo mais viver.

A noite chegou, Dérick e Ted abriram a porta e Maristela fez uma expressão de preocupação.

Não encontramos Priscila. – Ted entrou e foi até Érika no sofá.

Mas… Onde ela está? Não é possível.- Maristela reclamou sem entender o sumiço da nora – E nossos carros?

Talvez, somente amanhã encontrarei o caçador. – Dérick sentiu seus olhos tremerem – Eu acho que Priscila… morreu. – Dérick sentou no sofá ameaçando chorar.

Quê isso Dérick? Ela logo volta. Você está estranho. – Maristela se levantou da poltrona e sentou ao lado do filho. Érika se comoveu com o irmão. Lisbela balançava a cadeira com um ar de tédio, bocejando com o drama dos Gilbert.

Não fique assim, ela está há algumas horas sumida mas logo volta, o lugar é pequeno. – A irmã percebeu logo que seu emocional estava abalado – Amanhã a gente vai embora Dérick. Com toda a certeza. – ela acariciou os cabelos pretos sempre muito carinhosa.

Érika, porque não vamos dar uma volta pra tentar encontrá-la?- Lisbela sugeriu levantando da cadeira de balanço – Eu já coloquei Anne e Andy para dormir. – Érika concordou com a cabeça e olhou para Ted.

Vamos sim. – Érika levantou do sofá e Ted também.

Eu vou junto. – Ted desconfiou – Maristela fique com Dérick, eu vou com Érika e… Lisbela. – Lisbela ouviu Ted, e passou por todos fazendo questão de olhar nos olhos de Dérick:

Fique tranquilo. – se aproximou tocando a mão dele. Dérick a encarou tendo seus olhos atravessados pelo olhar dela – Nada acontecerá com Priscila. – Ela tinha um sorriso escondido entre os lábios – Vamos encontrá-la.

Érika abriu a porta se despedindo da mãe. Eles saíram e Maristela olhou bem fundo nos olhos do filho. Estavam sozinhos.

Agora você vai me dizer a verdade. O que está acontecendo aqui Dérick?- Maristela indagou passando suas mãos nas ralas barbas do rosto dele.

Você quer mesmo saber mãe?- Dérick não sabia como contar e nem por onde começar – Vou direto ao ponto.

Claro, conte pra mim.- Maristela teve um péssimo pressentimento – Conte Dérick.

Eles… – Dérick viu um vulto passar na janela da cozinha e temeu – Eles são…

São criminosos? Chantagistas? Diga Dérick, o que eles são?

São todos mortos. – Dérick contou de uma vez e ela apertou sua mão preocupada – O jornaleiro, o barqueiro, o dono do bar, a patroa… São todos mortos.

Chocada Maristela balançou a cabeça, sua expressão atônita não compreendia.

Dérick qual é seu problema? Porque diz isso?- Maristela se levantou indignada – Quer acabar louco como seu pai?- Maristela se estressou e segundos depois se arrependeu de dizer isso.

Você precisa me ouvir, seu filho está desesperado, eu sou seu filho e você deve me ouvir. Você tem que me ouvir…

Vamos olhar próximo do lago, quem sabe ela não escorregou ou caiu quando andava por ali. – Lisbela disse carregando um lampião de forte luz. Ted estranhou mas Érika decidiu segui-la.

Me espere Érika, fica esperta com essa mulher.- Ted cochichou fazendo gestos metros mais atrás – Ela é esquisitona.

Ted, sem cismas. – Érika tentou falar baixo – Depois diz que meu irmão é implicante. – Ted passou o braço por seu ombro.

Vamos subir mais essa subida e já estaremos lá. Esse morro velho já me cansou muito… – Lisbela sorriu tão serena e tranquila que impressionava Érika. Ted viu um barco após o fim da subida. O ar de sorriso de Lisbela se desmanchou no mesmo momento. Ela está traindo Dérick com o barqueiro. Ted pensou olhando para Érika com uma certa pena. Érika vai vê-los juntos.

Érika, eu não queria que visse isso.- Ted disse enquanto Lisbela permanecia como uma desagrada estátua.

O que eu não posso ver?- Érika deu um impulso e correu até o topo do morro desobedecendo o pedido. Seu peito ofegante pareceu sufocá-la, e aquela cena foi um golpe inesperado para ela. Priscila beijando outro homem? Priscila traindo Dérick?

Meu Deus. – Lisbela demonstrava decepção – Que decepção. Que decepção. Ela parecia tão correta. Parecia uma moça tão certa. Pobre Dérick. – pôs a mão sobre a testa.

Ela era sim correta, ela era tão confiável. Mas… Porque? Foi tão inesperado que a tocou no mesmo momento. Sob um punhado de estrelas, Érika balançou a cabeça incrédula e colocou as duas mãos na boca quando seu rosto se envidraçou.

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