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Capítulo 15

Participação especial: Jéssica, irmã mais nova de Joana, que veio passar a noite com a irmã.
 
CENA 01 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA – INTERNA.
CONTINUAÇÃO IMEDIATA DO CAPÍTULO ANTERIOR:
Helena entra no quarto de João Victor
Helena: Misericórdia, esse quarto vive uma bagunça. Não sei como esse guri sobrevive aqui dentro.
Ela começa a mexer nas coisas de João, e acha a buchinha de cocaína.
Helena, perplexa: Não, não pode ser! Meu filho não faria isso.
Close no rosto assustado de Helena.
Helena: João Victor, meu menino! Por que?
Ela senta na cama e começa a chorar.
 
MAIS TARDE, NA SALA DO APARTAMENTO…
 
João chega e vê sua mãe sentada no sofá.
João: e aí mãe? Tudo beleza?
Helena: Tudo beleza, João? Você pode me explicar o que significa isso?
Ela mostra a buchinha de cocaína pra ele, que fica assustado.
 
CENA 02 – NOITE – APARTAMENTO DE ARISTIDES E OFÉLIA – INTERNA
 
Aristides chega ao quarta com uma bandeja e um prato de sopa para servir à mulher que está deitada.
Ofélia: Ari! Não precisava se preocupar comigo. Eu já estou melhor.
Aristides: Precisa sim! Deixa eu cuidar de você! E ai como está???
Ofélia: Estou melhorando… Só estou preocupada com o resultado dos meus exames.
Aristides: Pois é, meu amor. Mas tome essa sopinha. Foi feita com muito amor e vai te fazer ficar melhor.
Ofélia: Obrigada, meu amor. – os dois trocam um selinho.
 
CENA 03 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA – INTERNA
 
Helena, nervosa: Anda, João! Estou esperando uma resposta sua.
João: Mãe, eu não sei como isso foi parar aí, eu…
Helena: Me fala a verdade, João Victor. Eu achei isso aqui no seu quarto, no meio de suas coisas. Quem colocaria isso nas suas coisas? A Zoraide, por acaso?
Zoraide, que assistia a discussão: Ih patroinha, me tira fora dessa por que eu não me meto com essas coisas de droga aí.
João: Eu não sei, mãe, talvez os meus amigos tenham colocado lá nas minhas coisas por engano, não sei.
Helena: Falando nisso, seu João, eu só vou falar uma vez só: EU NÃO QUERO MAIS SEUS AMIGOS AQUI EM CASA. A bagunça que vocês fizeram aqui não tem dimensão. E outra, olha o tipo de gente que você ta andando. Usuários de drogas, João Victor. Eu vou acreditar que isso não veio de você e que surgiu no seu quarto por alguma armação dos seus amigos. Mas que eu saiba que você usa isso aqui. Eu acabo com a tua raça. Agora, pelo amor de Deus dá um fim nisso aqui!
João sai com a buchinha de cocaína. Helena senta no sofá com a mão Na cabeça.
 
CENA 04 – NOITE – CASA DOS BARRETO – INTERNA
 
Joana e sua irmã, Jéssica, se preparam pra dormir.
Jéssica: Oh, minha irmã! Como você tá?
Joana: To tão destruída… Minha família acabou. Minha vida acabou.
Jéssica: Mas, Joana. Eu sempre te disse que essa historia um dia seria descoberta da pior maneira possível. Você deveria esclarecer tudo desde o início.
Joana: Você não me entende, Jessica. Eu não podia fazer isso. Eu simplesmente estava de mãos atadas, a cada dia mais envolvida com isso, com esse segredo. Você acha que eu não tinha vontade de contar tudo para o Francisco? Lógico que tinha. Mas ele nunca entenderia. Como não me entendeu agora.
Jéssica: Eu sei que a situação está muito difícil pra você mas, agora, você precisa juntar forças para superar. E outra, você tem o Olavo. Mais do que nunca, ele precisa de você e você precisa dele.
Joana: Essa é minha outra preocupação, minha irmã. O Olavo. Logo saem os resultados dos exames dele, e eu morro de medo que o pior aconteça.
Jéssica: Calma. Vamos pensar positivo, tá. O jeito agora é levantar a cabeça, sacudir a poeira, e se reerguer.
Joana, abraçando a irmã: Oh meu amor! Obrigada por vir passar a noite comigo.
Jéssica: Você lembra quando ainda morávamos juntas e dormíamos no mesmo quarto? Eu brigava com os meus namorados e ia chorar no seu colo.
Joana: Lembro. Você sempre foi namoradeira. Cada dia com um. – as duas riem.
Jéssica: Não. Também não era assim. Então. Você sempre cuidou de mim. Hoje estou retribuindo.
Joana, alisando o rosto da irmã: Você cresceu tanto. E me da tanto orgulho… Mas agora, vamos dormir que já tá tarde.
As duas se deitam e Jessica apagão abajur.
 
CENA 05 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA – INTERNA.
 
Helena está deitada na sua cama, mas não consegue dormir. De repente, alguém bate a porta.
Helena: Quem é?
Mirella, do lado de fora: Oi, mãe… Sou eu, Mirella. Posso entrar?
Helena: Claro, filha. Entra.
Mirella entra no quarto e se deita na cama.
Mirella: E aí, mãe? Como você tá?
Helena: Pois é, minha filha… To na correria. Mas to bem…
Mirella: Tá bem mesmo? É por que a sua carinha não me diz isso…
Helena: Ah! Minha filha… É que minha vida tá tão complicada. Hoje tive uma discussão tão ruim com seu irmão. As vezes me dá vontade de sumir, sabe…
Mirella: Ah.. Não fica assim, mãe… Logo tudo vai se resolver.
Helena: Tomara, minha filha. Ah! Você não me contou como foi a festa.
Mirella: Ai, mãe! Foi tão incrível. Tudo de bom.
Helena: To vendo… Pela sua carinha da pra ver que foi maravilhosa mesmo.
Mirella: Mãe, eu preciso de um conselho.
Helena: Pode falar, filha. Sou toda ouvidos.
Mirella: Então… Eu conheci um rapaz nessa festa. A gente dançou e tal, e rolou nosso primeiro beijo. E eu to apaixonada por ele.
Helena: Nossa, filha, mas já? Apaixonada?
Mirella: Pois é. E ele também está apaixonado, e quer namorar comigo. Mas eu não sei se aceito.
Helena: Filha, como esse rapaz te trata? Você conhece bem ele?
Mirella: Então, mãe, conheci ele na festa. Ele é um rapaz maravilhoso! Lindo, me trata bem, super simpático…
Helena: Filha, faça o que o seu coração mandar. Eu, no seu lugar o conheceria melhor, por mais que ele não gostasse, pediria para esperar um pouco. Mas você já é adulta. Só procure não se machucar ok?
Mirella: Ta bom mãe… Ah! Outra coisa… Posso dormir aqui com você?
Helena: Dormir comigo? Olha o seu tamanho, dona Mirella! – as duas riem
Mirella: Tá bom… To indo pra minha cama…
Helena: Não… Mentira, deita aqui com a mamãe.
As duas se deitam e Helena abraça Mirella por trás.
Helena: Meu bebezão. Te amo tanto!
Mirella: Também te amo, mãe.
As duas dormem.
 
AMANHECE O DIA EM ESPERANÇA. E OS TRABALHOS DE DIVULGAÇÃO DA EXPOSIÇÃO. EM VÁRIOS PONTOS DA CIDADE HÁ OUTDOORS ANUNCIANDO O EVENTO.
*Trilha musical: Coldplay – Viva la Vida
 
CENA 06 – DIA – GALERIA ART’VIDA – SALA DE HELENA – INTERNA:
 
Helena: e então, Daniel? Quase tudo pronto para o nosso evento.
*Fad out da trilha musica.
 
Daniel: Pois é, Helena. Para o Vernissage já está tudo encaminhado também.
Helena: Ótimo. Logo, logo você se vê livre de mim.
Daniel: Não fala assim, Helena. Você é uma pessoa maravilhosa, mas nós não conseguimos mais conviver juntos. Eu estou fazendo isso justamente pensando na sua felicidade também
Helena: Você? Pensando na minha felicidade? Conta outra, Daniel. Mas, deixa pra lá. Bom, vamos trabalhar que temos muito a fazer ainda.
Daniel: Ok.
Daniel sai da sala. Helena fica olhando para o nada pensativa.
 
CENA 07 – DIA – APARTAMENTO DE BRUNO – INTERNA:
 
Bruno e Fernanda estão tomando café e conversam:
Fernanda: Que ódio daquela Helena. Não vejo a hora de me casar com o Daniel e acabar logo com isso
Bruno: Calma, meu amor. Ta chegando o nosso dia. Daqui a pouco você estará livre desse povo todo.
Fernanda: É… Mas vou me livrar um pouco antes da Helena
Bruno: Como assim?
Fernanda: Espere e verás.
Bruno: Ih. Não to gostando desse tom.
Fernanda: E não é pra gostar mesmo. Aquela Helena vai ter o que merece.
Close no olhar maléfico de Fernanda
 
A imagem congela e se transforma em um quadro pintado a óleo em uma grande exposição juntamente com outros quadros.
 
FIM DO CAPÍTULO 15-” ”>-‘.’ ”>

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