Você está lendo:

Capítulo 17

VERNISSAGE – CAPÍTULO 17:

CENA 01 – TARDE – APARTAMENTO DE HELENA – INTERNA

Helena e João Victor almoçam juntos.

Helena: Meu filho, eu ando muito preocupada com você, você anda aprontando muito, e…

João Victor, interrompendo: Mãe, se é essa a sua preocupação, pode ficar despreocupada

Helena: Não é isso que eu to vendo, seu João. Todo dia é uma coisa diferente. Todo dia é uma que você me apronta. Quando não é cadeia é hospital.

João Victor: Ta bom, mãe. Quer saber? To saindo de casa.

Helena: como assim? Você pensa que é quem pra decidir sair de casa assim, sem mais nem menos?

João Victor: Eu já sou de maior, dono do meu próprio nariz. E, você que vai sair ganhando, por que não vai mais precisar se preocupar com o estorvo aqui que só causa preocupação.

Ele se levanta da mesa e sai da copa.

Helena: João… João… volta aqui, eu não terminei essa conversa… Droga!!!

Helena fica extremamente preocupada e nervosa.

 

CENA 02 – TARDE – PRAÇA DAS TRÊS CRUZES – EXTERNA

Joana e Francisco se encontram

Francisco: E então, Joana? O que você tem de tão importante pra falar?

Joana: Então, Francisco. É sobre o Olavo. Já saiu o resultado dos exames dele

Francisco: e aí

Joana: E aí que o nosso filho não está nada bem. Ele está com leucemia.

Francisco: O que? Como assim?

Joana: Pois é. E ele precisa de um transplante de medula o mais rápido possível.

Francisco: Mas como? E quem pode ser um doador?

Joana: Então. O médico falou que nós podemos ser doadores por sermos pais dele. Aí eu expliquei nossa situação, que você não é pai biológico do Olavo, e ele nos orientou a fazer os testes mesmo assim. Por que há casos de parentes próximos serem compatíveis. E eu queria saber se você me ajuda? Entra nessa luta comigo? – Francisco olha sério para Joana

Francisco: Sim, Joana. Você sabe que, pelo Olavo, você pode contar comigo pra tudo.

Joana: Ah, obrigada, Francisco. Você não sabe como isso me dá forças. Obrigado mesmo.

Os dois se olham sérios.

 

CENA 03 – TARDE –APARTAMENTO DE FERNANDA

Fernanda fala com Bruno pelo telefone.

Fernanda: Bruno, e aí, posso contar com você?… é, no vernissage… como não? Não foi você que me falou que estaria comigo pra tudo?… Eu não acredito que você vai amarelar agora… Seu froxo. – ela desliga o telefone. – Pelo jeito vou ter que fazer eu mesma… Helena que me aguarde.

 

CENA 04 – TARDE – FLASHES DA CIDADE.

Esta cena mostra diversas pessoas recebendo o convite para o Vernissage:

Prefeitura de Esperança – Prefeito Tavares: A Galeria Art’ Vida tem a honra de convida-lo para a Noite do Vernissage, que ocorrerá…

Secretaria de Turismo – Secretaria Luana: …Que ocorrerá às 19 horas e 30 minutos do dia dezesseis deste mês, nas dependências da galeria Art’Vida…

Jornal o Correio de Esperança – Jornalista – Sem mais para o momento, Agradecemos a vossa atenção e aguardamos a vossa presença.

 

CENA 05 – TARDE – APARTAMENTO DE ARISTIDES E OFÉLIA:

Ofélia e Aristides se preparam pra sair.

Ofélia: Ari, meu amor. Vamos, tenho que conversar com o doutor. O resultado dos meus exames saem hoje.

Aristides: Ta bom meu amor. Mas não há de ser nada.

Ofélia: Deus te ouça, meu amor. Deus te ouça.

Os dois saem do apartamento.

 

No hospital…

 

Aristides e Ofélia estão na sala do dr.

Ofélia: E então, doutor? O que deu nos meus exames?

Doutor: Então, dona Ofélia. As notícias não são nada animadoras. Você foi diagnosticada com um tumor maligno no cérebro. E, como ele já está avançado, não já mais o que fazer.

Ofélia, desesperada: Meu Deus, Como assim? Não pode ser, como não há um jeito? Tem que haver!

Aristides: Calma, meu amor, calma. – se dirigindo ao médico – Doutor, não há um tratamento, com medicamentos, ou algo do tipo?

Doutor: infelizmente não, seu Aristides. O único jeito seria uma operação, mas, pela idade avançada, ela não aguentaria. Eu sinto muito.

Close no olhar triste de Ofélia.

 

No corredor…

Ofélia chora e é consolada por Aristides.

Ofélia: Por que comigo? Meu Deus, por que?

Aristides: Calma, meu amor, vai ficar tudo bem!

Ofélia: Não adianta, Aristides, não vai ficar! Eu posso morrer a qualquer momento, você ouviu o médico falando que o meu caso não tem solução.

Aristides: Calma, meu amor. Eu vou estar aqui com você. Vamos enfrentar essa luta juntos.

Os dois continuam andando. Aristides abraça Ofélia, que chora copiosamente.

 

CENA 06 – FIM DE TARDE – GALERIA ART VIDA – SALÃO DE EVENTOS.

 

O Salão de eventos da galeria está todo ornamentado. Os quadros, todos estão apostos, uma decoração muito bonita.

 

Daniel: é… Amanhã é o grande dia.

Helena, andando pelo salão: Pois é… Daqui alguns dias, eu não estarei mais aqui.

Daniel: também não é bem assim, Helena. Você foi peça fundamental pra essa galeria chegar ao patamar de hoje. Você sempre estará na história dessa galeria.

Helena: Não seja hipócrita, Daniel. Vai dar uma semana após a exposição, e ninguém vai saber quem sou eu nessa galeria. Bom, tenho que ir. Tchau, até amanhã.

Daniel: Até amanhã.

Helena sai. Daniel fica andando pelo salão.

 

ALGUMAS HORAS DEPOIS…

 

CENA 07 – NOITE – APARTAMENTO DE HELENA:

Helena chega em casa. Zoraide está passando o espanador nos móveis da sala.

Zoraide: Boa noite, patroinha. Demorou hoje.

Helena: Boa noite, Zoraide. Pois é, sai da galeria e fui dar uma volta, sabe… Esfriar a cabeça. Amanhã é dia do vernissage, logo, logo tem a exposição. Muita coisa na minha cabeça.

Zoraide: Mas tudo vai passar, patroinha. Tudo vai se aprumar, e a senhora vai ser mais feliz.

Helena: Assim espero Zoraide. Tudo o que eu quero essa hora é um pouquinho de felicidade. Bom, vou para o meu quarto. Boa noite.

Zoraide: Boa noite, patroinha.

Helena sobe para o quarto.

 

Lá…

 

*Trilha Musical: Poor Me – Shania Twain.

Helena toma banho no banheiro da suíte. De repente, ela sai do banheiro com um roupão. Ela seca os cabelos e, já de pijamas, se deita para dormir. Algumas vozes começam a incomodá-la:

Cigana: moça. Existem pessoas que querem te destruir. Tome muito cuidado.

Close no incômodo de Helena, que se remexe na cama.

Uma voz feminina misteriosa: Chegou a sua hora! Você vai morrer!

Helena, assustada: Quem é você? O que você quer comigo?

Voz misteriosa: Não te interessa quem eu sou. O que interessa é que eu vou te matar.

Helena se levanta, assustada.

A imagem congela e se transforma em quadro pintado a óleo em uma grande exposição, juntamente com os quadros dos capítulos anteriores.

FIM DO CAPÍTULO 17.

-” ”>-‘.’ ”>

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo