Era um pouco incomodo entrar naquela sala. Uma sala cheias de maquinas. Lucca se sentiu em casa em meio a todo aquele maquinário, apesar dele nunca ter visto algo parecido com aquilo na vida. 

Eram quatro computadores de última geração, monitorando cada um uma área distinta de Ézius e no centro da sala uma roldana de metal com cinco pedras de cores distintas flutuando envoltas por um arco ires multicolorido. Ao redor de todo aquele maquinário uma espécie de ar gelado pairava, ajudando a resfriar toda a sala. 

Uma força gravitacional puxava quatro rajadas de energia vindas de algum lugar por uma abertura no teto sendo canalizada na pedra que se encontrava no centro, num ziguezague sem fim. Os dados eram armazenados de forma aleatória, como se a própria máquina estivesse viva.

Aquilo o fez lembrar do amigo de lata que ele havia deixado tomando conta de seus corpos na sala de casa.

— Isso não estava aqui quando eu fugi. — Disse Aredhel olhando incrédula para um dos monitores. — Este monstro está acabando com toda a Ézius de uma vez.

— Toda essa energia está sendo direcionada pra quatro pontos específicos de Ézius. Você sabe porquê? 

— Ele quer libertar as quatro feras reis para poder acabar com o restante da humanidade.

— Como assim? 

— Antes, humanos e bestiais viviam em harmonia, até os seres humanos começaram a retirar da natureza muito mais do que ela podia repor. — Milla os interrompeu. — Assim uma guerra foi travada e os homens escravizados. Até o dia em que cinco guerreiros apareceram e salvaram a terra de Ézius aprisionando as quatro feras reis em casulos de energia…

— Os homens que sobreviveram a esta guerra tiveram que reaprender a utilizar os poderes vindos da natureza, terra, fogo, agua e ar, criando novas fontes renováveis de tecnologia e assim o continente de Tecnus surgiu. — Aredhel completou.

— Quer dizer que toda a população humana de Ézius vive na cidade do início? — Lucca parecia intrigado.

As peças começaram a se encaixar em sua mente.

— Na cidade do início e nesse castelo.

— Como isso funciona exatamente? — Ele quis saber.

— O rei oferece a busca da matéria prima, viajando aos quatro continentes em busca de materiais que possam ser usados na fabricação de utensílios garantindo a reposição da matéria prima. E ainda proteção militar a cidade do início.

— Em troca nos confeccionamos as peças para a manutenção dos campos de força que mantem os monstros longe da cidade. Mas de algum modo esses campos de força pararam de funcionar. Fazendo com que várias criaturas começassem a nos atacar novamente.

— É essa coisa que está fazendo isso. — ele respondeu analisando os gráficos com um pouco mais de atenção. — Essa máquina tem sugado todos os tipos de energia existente em Ézius, renováveis e não renováveis. Em alguns meses não existirá mais nada.

— Nós temos que desligar essas maquinas, ou Ézius morrerá.

 

***

 

Lucca Souza era considerado um gênio, mas nem todo o seu conhecimento sobre as maquinas o fez ter certeza de como aquilo realmente funcionava. Aquela máquina era capaz de converter energia natural em nanotecnologia que estava sendo armazenada naqueles quatro computadores.

— O que tem nesta sala? — ele perguntou mostrando a Aredhel um mapa de todo o castelo.

— Essa é a sala do trono aqui ao lado. Aqui era a antiga sala do concelho, onde papai se reunia com os senhores feudais de Ézius para discutir como usar a matéria prima de forma mais satisfatória e sem agredir o ambiente.

— Então aqui tem uma porta de acesso direto a sala do trono?

— Sim.

— Toda a energia roubada está sendo direcionada parta esta sala. O que quer que esteja acontecendo é lá que nós vamos encontrar todas as respostas. — Disse Lucca fazendo alguns cálculos mentais. — Eu vou entrar e ver o que está acontecendo, vocês duas procurem por prisioneiros e os libertem.

— Eu vou com você! — Aredhel respondeu decidida. — Depois libertamos os escravos.

– Nao! Nos nao temos muito tempo – Ele respondeu resignado. – Precisamos trabalhar em multiplos pontos para que isso fuincione. Veja…

Ele apontou para a unica janela aberta.

Aredhel viu os quatro feixes de luz vindos dos quatro cantos de Ezius, entao compreendeu, os anjos tinham cumprido a primeira parte de sua missão e agora restava pouco tempo para o fim de tudo.

– O que quer que façamos? – Milla perguntou, entendendi em fim a gravidade daquele momento.

– Apenas sigam o plano.

 

***

 

a partir dali os dois se separariam, depois de lhe mostrar os pontos aos quais evitar, mostrando a maneira mais rapida e segura de se chegar a sala do trono sem ser notado Aredhel partiu em direção as masmorras com um plano em mente. Resgatar os prisioneiros e ir embora daquele lugar o quanto antes.

Por onde quer que passasse era impossivel nao notar o banho de sangue que ocorrera ali, muitos haviam morrido defendendo seu lar e os poucos vivos que se opuzeram aos monstros deveriam estar presos para servir de alimento no futuro.

Cruzando o os estabulos a princesa de Ezius se dirigiu ata a cozinha, lugar de mais facil acesso por aquele caminho para adentrar ao castelo, se tivesse sorte chegaria ao primeiro ponto extrategico onde uma das tres chaves mestras estavam depois rumaria para o calabolso onde os prisioneiros deveriam estar.

Por sorte ela crescera entre aquelas paredes, conhecendo cada canto, esconderijo e passagem secreta o que lhe permitiria entrar e sair sem ser notada, resgatar os prisioneiros e leva-los para uma area segura. Com a bomba sonifera que o Anjo lhe dera nas maos, a princesa ponderara sobre o que fazer: jogar uma bomba de gaz num lugar umido e abafado poderia nao ser a melhor opção. Em vez de salva-los ela poderia por em risco a vida de todos. ela precisaria juntar os poucos guardas em um lugar so para que pudesse acionar a bomba pondo todos para dormir de uma so vez

seus nervos estavam a flor da pele, o medo a impedia de seguir em frente, se falhasse ela poria em risco a missao de Lucca e a vida de seu povo. As feras reis nao tinham o costume de serm piedosas.

– Vamos garota! – Disse a si mesma. – Voce não foi criada para isso?… Proteger seu povo, entao deixe de ser medrosa e lute.

Diante dela estava o portao de ferro que dava acesso as masmorras, o lugar permanecia fechado a maior parte do tempo e apenas tres pessoas naquele castelo tinham a chave de acesso ao lugar, o guarda responsavel pelo turno, o chefe da guarda, responsavel pela entrada e saida de mantimentos e prisioneiros 

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