DESCONFIADOS

 

C1. CASA DA FARRA. KARAOKÊ. PALCO. INTERIOR. NOITE.

No palco: Giovanni no vocal, Thailyz e Aleff no corro de fundo. Apresentar um show, bem animados, cantando a música do grupo Blitz – Mais uma de amor (Geme Geme). Talvez seja necessário uso do Playback se atores não souberem cantar (também não importa, o que importa é parecerem estarem animados).

Aleff que por deveras é marrento, se solta e leva tudo na brincadeira. Thailyz adora tudo, jeitinho simples de esquecer os problemas. Giovanni como fã de Evandro Mesquita – faz jus ao ídolo – imitando seus trejeitos.

((sim, pessoal: a música inteira))

GIOVANNI — Essa é mais uma das manjadas histórias de amor… que já aconteceu comigo, com você e com todo mundo… É a história de um cara que perdeu a gata e da gata que perdeu o cara… diz mais ou menos assim: (começa a cantar) Perdi meu amor…

THAILYZ E ALEFF — No paraíso

Eles cantam a música. Bem animados, e contagiam a todos. Plateia curte o embalo dos três.

Giovanni fingi estar tocando guitarra, todo animado. E vai para “plateia”.

GIOVANNI — Minha alma geme por você

THAILYZ E ALEFF — Geme geme uh! uh!

GIOVANNI — Por vocêêêê oh

THAILYZ E ALEFF — Geme geme ah!

GIOVANNI — Por você

THAILYZ E ALEFF — Geme geme uh! uh!

No fim ele se empolga, pula, rodopia, dança… animado com sequencias de foco de câmera.

GIOVANNI — Por vocêêêê… he-he-he! Ho-ho! He-he! Hoo!

THAILYZ E ALEFF — Geme geme ah

A CAM vai saindo do ambiente, para mostrar a fachada do lugar onde eles estão. De nome: CASA DA FARRA. Um letreiro luminoso e piscando diz: Karaokê.

 

ABERTURA

 

     NARRADOR      — Episódio: Desconfiados.

C2. LUGAR ERMO. ESTRADA DE CHÃO. EXT. NOITE.

Percebemos a tensão que pairou no ar. Meier com tom ameaçador, quer saber o que está acontecendo. Liége ainda escondida na mata; e Christian sem-saída.

MEIER —— (querendo saber de Liége) Você tá sozinho?

Christian não sabe o que responder. Liége assistindo; Meier perde a paciência.

MEIER —— Fala rapaz!!

Liége sai do meio da mata, se revelando.

LIÉGE —— Ei! Ei! Que houve? Que tá havendo aqui, gente?

Meier dá um passo para trás, ainda mais curioso.

MEIER —— Que tá acontecendo aqui? Que vocês estão fazendo aqui, no meio desse matagal?

LIÉGE —— (nervosa) Primeiramente, calma, aí, meu senhor! O senhor me desculpe, mas está me deixando nervosa, que isso? Senhor é polícia?

MEIER —— Delegado. Delegado Meier. Parei aqui, achando que precisassem de ajuda, porta-malas aberto, e me deparo com vocês saindo do mato.

LIÉGE —— Senhor Meier, o senhor se acalme, tá me deixando nervosa. Não é nada disso que o senhor está pensando. (procura olhar para Cris, precisando de um apoio para engambelar o velho) Tudo aqui tem explicação. Nós somos gente de bem. Eu sou do bem. Eu posso garantir isso pro senhor.

MEIER —— Quem vê cara não vê coração.

LIÉGE —— Essa sua abordagem é necessária, eu entendo, eu no seu lugar faria a mesma coisa…

Christian se contorce, e a CAM consegue pegar atrás de sua cintura a arma que pegou de Iuri. Meier atento, ainda não baixou a sua arma.

LIÉGE —— (CONT.) está certíssimo. Isso aqui tem explicação.

MEIER —— Então começa.

LIÉGE —— Meu nome é Liége Longaray, sou casada com advogado Giovanni Longaray, um homem conhecido nessa cidade. Isso que está acontecendo aqui, nem deveria estar acontecendo.

Meier ao ouvir “advogado” já começa a baixar a arma.

MEIER —— Ainda não me falaram o que estão fazendo aqui.

LIÉGE —— Perdão, eu estou tão nervosa com isso tudo, que nossa!

MEIER —— E o moço aí, não fala?

LIÉGE —— Uma tragédia! (buscar emoção) Uma tragédia terrível.

Christian fica tenso.

LIÉGE —— Eu não estou aguentando mais, eu vou ter que falar. (engasgada com choro) O senhor me desculpe, não está sendo fácil pra mim.

Meier olha para Christian; Christian sem reação diante disso, apenas de olhos arregalados.

LIÉGE —— Nós íamos cometer algo terrível. (chorar) Eu tenho vergonha de falar…

CAM foca na arma que Christian esconde, e no olhar de Meier para ele. Liége fazendo drama.

MEIER —— Pode falar.

Christian pronto para pegar sua arma. Meier curioso e atento.

LIÉGE —— A minha cachorra morreu..!

Liége se debulha em lágrimas e abraça Meier. Christian sente o mesmo alívio de como se estivesse pegando fogo e alguém o apagasse. Meier surpreso, e sem entender o que tá acontecendo, e até está curtindo o abraço, afinal há tempos que uma mulher do porte de Liége não o abraça. Liége continua sua encenação.:

LIÉGE —— Morreu, morreu… e eu não queria que minha filha soubesse disso. Eu não queria que minha filha soubesse disso, eu não queria que ela soubesse que eu… ai, ai.. que eu atropelei a minha cachorrinha na garagem. Ela não ia me perdoar! Ela não ia me perdoar! Eu pedi ajuda ao Christian aqui, pra enterrar a cachorra em um terreno desses qualquer e mentir pra ela que… que a cachorra havia sumido. O senhor entende que eu não poderia machucar o coraçãozinho da minha linda filha, que// em pensamentos ia saber que tem uma mãe assassina de cachorr//

Liége começa a ficar tonta.

LIÉGE —— Ai, ai… eu tô passando mal. A minha pressão. Pelo amor de Deus, a minha pressão.

Liége começa a bambear as pernas, e se apoiando em Meier. Que guarda a sua arma para segura-la.

MEIER —— Calma, calma… fica tranquila. Não se preocupe… o, olha aqui. Dona Liége!

LIÉGE —— Eu não enxergo nada! …

MEIER —— Calma, calma. Vai ficar tudo bem. (p/ Christian) Rapaz, não fique aí olhando! Pega ela aqui.

Christian se prontifica em ajudar.

LIÉGE —— Tá me dando um teto-preto. Eu preciso do meu remédio. Eu preciso!

MEIER —— (ao Cris) Vai! Pega o remédio!

CHRISTIAN —— (bem tonto) Que? Que remédio?

LIÉGE —— Na minha casa! (olhar para ele como se dissesse: se liga, cara!) Na minha casa!!

MEIER —— Vamos te levar pro hospital!

LIÉGE —— Não! Não precisa… só preciso do meu remédio. Só isso. Me leva pra casa! Eu vou morrer! Eu vou morrer!

Liége finge desmaio. Meier a agarra; para não deixar cair no chão.

MEIER —— Não vai ter jeito, vamos levar ela pro hospital. Me ajuda a coloca-la dentro do meu carro. Rápido!

Eles colocam-na no banco do carona do carro de Meier.

MEIER —— Hospital mais próximo, me segue!

CHRISTIAN —— Sim senhor!    

Ao fechar a porta do carro, Meier se afasta para entrar no carro. Liége abre os olhos para Christian e faz um sinal com os olhos para ele se mandar; com a boca, sem som: Foge!

Christian se espanta com isso tudo, corre para o carro de Liége.

CHRISTIAN —— (deslumbrado) Essa mulher não existe. Essa mulher não existe!

Meier sai com seu carro disparado, Christian vai atrás.

C3. CASA DA FARRA. KARAOKÊ. MESAS. INT. NOITE.

Depois de suas apresentações. Aleff comendo, Giovanni bebendo, Thailyz ao telefone.      

THAILYZ —— Que saco! Christian não atende, não manda mensagem.

ALEFF —— Claro, namorar com você é como assistir uma opera de quatro horas, sem intervalos. (risos)

THAILYZ —— Porque você não engasga com isso aí e morre?

GIOVANNI —— Ô, ô, ô… calma aí, minha gente. Não vamos estragar a noite.

ALEFF —— Tá bom, opera não. Talvez um jogo de bingo em um asilo. (rir)

THAILYZ —— (nem dá moral) Eu tô preocupada, pai. Esse vesgo aí disse que viu a mamãe com Christian.

GIOVANNI —— Você acha mesmo que a tua mãe e o Christian iam estar no mesmo carro? A troco de quê?

THAILYZ —— Liga pra mãe. Fala com ela pra me deixar mais tranquila.

GIOVANNI —— Sua mãe não tá legal hoje, Thay. Você viu o susto que ela tomou. Ela deve estar até dormindo uma hora dessas.

C4. HOSPITAL. SALA ATENDIMENTO. INT. NOITE.

Técnico de Enfermagem tirando a pressão de Liége.

TÉC. ENFER. —— Sua pressão está normal.

Meier por perto, observando.

LIÉGE —— Eu… eu me acalmei um pouco. Deve ter voltando ao normal.

TÉC. ENFER. —— É possível. Qual remédio que a senhora toma?

LIÉGE —— (se enrola) Eu tomo… o… Eu não lembro. Eu, ando tão atordoada esses dias que… Eu às vezes não me lembro nem se escovei os dentes antes de dormir, ou se deixei o gás aberto… chave na porta. Essas coisas.

TÉC. ENFER. —— Hum. Vou por isso na sua ficha.

MEIER —— Pra onde foi o seu genro? Ele parou de me seguir a um bom tempo, se mandou.

C5. MIRIPITUBA. CARRO LIÉGE. RUAS. EXT. NOITE.

Christian dirigindo o carro, ao celular falando com Valdivea (um amigo/conhecido).  

CHRISTIAN —— (cel.) Valdivea! Alô. E aí, irmão? Tudo bem? Sou eu, Christian. … Tudo, tudo. Cara, tô precisando da tua ajuda. Eu recebi uma encomenda inesperada de carne de ovelha. E precisa urgentemente que você me ajude. Eu sei que você tem aquele galpão lá no posto 26. … É, aquele cheio de freezer. Só preciso de um, ou metade de um. … Sim. Sei… Sim, claro. Ah, tá bom. Tá beleza. … Sim. Eu falo com um frentista lá e ele abre pra mim? … Ah, tá. Beleza então, nossa cara você vai me quebrar um baita galho. Eu preciso armazenar essa ovelha se não eu estou fodido. Depois eu te compro uma do alambique. (risos) Pode cobrar! Valeu! Abraço.

Christian desliga o celular e respira um pouco mais aliviado.

C6. HOSPITAL. FRENTE. EXT. NOITE.

Liége e Meier saindo do hospital.

LIÉGE —— Deve ter se perdido. Minha filha está namorando um ‘boca aberta’. Pena que ela não se deu conta disso. Mas ele é boa gente, por isso eu aprovo esse namoro insano.

Meier não deixa de soltar suas indiretas.

MEIER —— É preciso saber bem ao fundo quem a gente põe dentro das nossas casas, dona Liége. Com esse rapaz, deve fazer o mesmo. Muito mais por estar entrando pra família.  

LIÉGE —— Senhor tem toda razão. (tenta escapar) Bom, vou pegar um táxi.

MEIER —— (insiste) Não, faço questão de lhe levar em casa, por favor.

LIÉGE —— (recusa) Não mesmo. A senhor tem mais o que fazer, que isso!? Já tomei demais do seu tempo. Pode seguir tranquilo. Tem um ponto de táxi bem ali. Obrigada.

MEIER —— Tá certo. Até mais ver.

Liége sai em direção ao táxi. Meier fitando-a intrigado.

C7. GALPÃO. EXTERIOR. NOITE.

O carro de Liége estaciona de ré até o portão do galpão. Um homem vestido de frentista se aproxima. Christian desce do carro, eles se encontram.

FRENTISTA —— Seu Valdivea me avisou que o senhor vinha. Eu abro o portão, e ajudo o senhor a colocar a carne no freezer. Tô vendo que o senhor está machucado.

CHRISTIAN —— Cara, não precisa se preocupar. Pode deixar que eu faço tudo sozinho. Só abrir ali pra mim.

FRENTISTA —— O posto tá com pouco movimento, eu posso ajudar.

CHRISTIAN —— (tom mais rude) Já disse que não precisa. Por favor, não insiste.

FRENTISTA —— Senhor que sabe. O freezer que separei é o que está no canto, com um cadeado e chave encima. Eu abro aqui, e senhor pode colocar o carro lá dentro, mais perto.

CHRISTIAN —— Perfeito. Muito obrigado.

C8. GALPÃO. INTERIOR. NOITE.

Christian abre o porta-malas. Constata o corpo de Iuri enrolado no tapete. Abre o freezer. Dá uma olhada para ver se vai caber. Olha em volta para conferir se está sozinho. Ninguém. Volta a fitar o ‘canudo’.

CHRISTIAN —— (tem tempo) Que fim de carreira, hein?! Um baseado gigante.

Christian tenta tirar o corpo de dentro do porta-malas. Tem que fazer mais força do que imaginava, mas, com dificuldade, consegue. E, com maior dificuldade ainda, consegue coloca-lo dentro do freezer. Limpa o suor do rosto antes de fechar a tampa do freezer depois de dar uma última olhada.

Christian fecha o freezer com um cadeado e o porta-malas do carro. Celular toca, é Liége.

CHRISTIAN —— (cel.) Onde você tá?

Alternar com RUAS. TÁXI. EXT. NOITE. Liége séria.

LIÉGE —— (cel.) Em um táxi, indo pra casa. Conseguiu se livra do…/ daquilo?

CHRISTIAN —— (cel.) Pelo menos por enquanto.

LIÉGE —— (cel.) Como assim, por enquanto?

CHRISTIAN —— (cel.) Depois eu te explico! Preciso sair daqui.

LIÉGE —— (cel.) Leva meu carro pra minha casa, agora. Minha família uma hora dessas já deve estar em casa. Rápido! (desliga)

Christian no carro dá a partida, sai do galpão, fecha o portão do galpão. CAM sai dali e vai até o freezer cadeado onde está o corpo de Iuri. Em um detalhe, percebemos que ele não travou o cadeado corretamente.

C9. CASA LONGARAY. GARAGEM. INT. NOITE.

O carro de Giovanni estaciona no seu lado da garagem. Desce Aleff correndo, apressado. Giovanni e Thailyz em seguida, sem pressa.    

ALEFF —— Sai, sai, sai! Tenho que soltar um barrão!

THAILYZ —— Relaxado. Que../ Ué, cadê o carro da mamãe?

GIOVANNI —— Que estranho. Será que ela saiu?

C10. CASA LONGARAY. QUARTO IANE. INTERIOR. NOITE.

Iane respondendo as perguntas de Thailyz e Giovanni.

IANE —— Eu passei mal do estômago e mandei ela comprar um remédio.

GIOVANNI —— (se revoltar) Há essa hora? Não tinha hora mais imprópria?

IANE —— Desculpe não poder aguentar até amanhã cedo, dr. Giovanni! Fala aqui  pra minha dor que isso não é hora!

GIOVANNI —— (ofender) Aproveitadora!

IANE —— (surpresa) Que?

THAILYZ —— (surpresa) Pai…

GIOVANNI —— Se aproveita da culpa da sua filha pra fazer dela gato e sapato. É, isso mesmo, alguém tem que falar.

THAILYZ —— (contendo-o) Para com isso, pai!

GIOVANNI —— (revoltado) Fazer a filha sair de madrugada pra comprar um remédio porque não quer levantar a bunda da cama pra cagar!

Thailyz puxando Giovanni para fora. Iane apenas ouvindo, nunca imaginou aquela postura do genro.

THAILYZ —— Chega pai, vamos sair daqui!

GIOVANNI —— (saindo) Não se preocupe, amanhã mesmo eu vou providenciar uma rolha pra senhora solucionar todos seus problemas!

Thailyz tira seu pai do quarto.

C11. CASA LONGARAY. SALA. INT. NOITE.

Thailyz ainda pasma com o que aconteceu. 

THAILYZ —— (boquiaberta) Que quê foi isso, pai?! Eu nunca te vi assim!

Depois de um suspiro ele se explica:

GIOVANNI —— Cansei, Thay! Cansei de desaforo. Eu mudei. Eu tô mudando. Cansei de ser aquele banana. Cansei de só ficar enfornado naquele escritório, com a cara amarrada naqueles papéis. Resolvi sair com vocês hoje pra curtir meus filhos. Curti minha vida. Chega! Chega de burocracia, de réus, de vítimas, provas, testemunhas e meritíssimos. Acabou! E acabou a exploração dessa velha! Se ela bater eu rebato!

Thailyz fica chocada com a rebeldia de Giovanni.

C12. ESQUINA. EXTERIOR. NOITE.

Christian entregando o carro de Liége para ela.

LIÉGE —— DEMORA! Foi desovar o presunto aonde, na puta que pariu?

CHRISTIAN —— Precisamos conversar.

Empurrando ele, entrando no carro:

LIÉGE —— Agora, não! Cai fora.

Christian insistente, segura a porta do carro.

CHRISTIAN —— Liége, é sério! Precisamos…

LIÉGE —— (corta) Eu preciso ir embora, larga a porta, tenho que chegar antes da minha família em casa!

CHRISTIAN —— Liége!

LIÉGE —— (gritando) Saaaaaai!!

Christian até se assusta e se afasta. Liége sai com carro a toda velocidade.

C13. CASA LONGARAY. SALA. INTERIOR. NOITE.

Liége entra em casa, se escora na porta, cansada, esse dia parece não terminar nunca. Giovanni aparece de surpresa para ela. 

GIOVANNI —— Liége!

LIÉGE —— (susto) Ai! Ai, que susto, Giovanni. Você/nossa, me assustou.

GIOVANNI —— Onde você estava? Veio correndo? Tá botando os bofes pra fora?

LIÉGE —— É… não, nossa. Foi o susto que você me deu. Eu… eu tive que sair. O dono da loja me ligou, ele disse que o alarme da loja estava tocando. Eu sou a gerente. Tive que ir ver. Mas tá tudo bem, foi só um sensor que deu defeito.

GIOVANNI —— Engraçado… você me diz uma coisa… e tua mãe me diz outra.

LIÉGE —— (nervosa) Que minha mãe disse?

GIOVANNI —— Falou que você tinha saído pra comprar um remédio pra ela. Porque vocês estão mentindo? … Porque tua mãe está acobertando essa tua saída? Porque estão me enrolando? (firme) Explica!

Pressão encima de Liége. Ela até está estranhando a atitude de homem de Giovanni. Ficamos por aqui.

 

FIM DESTE EPISÓDIO

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo