Alguns dias depois.
Dyana e Luiz caminham de mãos dadas pela a estrada que dá acesso à lavoura de café.
DYANA: Faltam poucos dias para o nosso casamento.
LUIZ: Estou muito feliz por está me casando com você .
DYANA: E sua mãe. O que diz a respeito?
LUIZ: Ela continua irredutível. Diz não abençoar a nossa união.
DYANA: Luiz, sobre aquele rouba em minha casa do dinheiro, você acredita que pode ter sido seu pai também?
LUIZ: Olha meu amor. Pelo que aconteceu, aquele assalto protagonizado pelo meu pai e que culminou em sua morte; eu acredito que foi ele mesmo.
DYANA: Se foi ele, onde pode estar o dinheiro roubado?
LUIZ: Não sei. Sinceramente não sei. . . Mas, agora despertou minha curiosidade. Vou conversar com minha mãe, para ver se ela sabe de alguma coisa.
DYANA: Uma coisa é certa: ele levou aquele dinheiro todo para o banco ou está escondido em algum lugar. Talvez em sua própria casa.
LUIZ: No banco não está. A não ser que ele abriu uma nova conta. Mas ele não foi ao banco senão naquele dia que ele foi junto de seu pai para conseguir o empréstimo. Esse dinheiro deve estar lá em casa escondido. Vou procurar.
DYANA: Parece que estamos conversando sobre uma situação que não é real; que os envolvidos, não são aqueles homens amigos e sócios de longa data. Como a página da historia de nossas família virou bruscamente.
LUIZ: Isso tudo é inacreditável. . .
Os dois continuam seguindo pela estrada. . .
Rosa e Sônia estão conversando nas imediações da fazenda e lembram de Florina.
ROSA: Dona Sônia, aquela mulher, a tal de Florina, não voltou mais?
SÔNIA: Ainda não dona Rosa. Aliás, sua vinda e partida foi muito estranha. Disse que é nascida, que viveu aqui, mas não conhece ninguém e nem ninguem a conhece.
ROSA: Eu também concordo com a senhora. Muito estranha.
SÔNIA: Vamos ver se ela volta para os casamentos de Cida e Dyana.
ROSA: Mulher misteriosa.
Luiz deixa Dyana em casa e vai embora, pois já está quase anoitecendo e ele não gosta de deixar a mãe só.
LUIZ: Mamãe. . . Cheguei. . .
SANTA: Pensei que não fosse chegar antes de escurecer.
LUIZ: Por falar nisso mamãe, a senhora precisa arrumar alguém para morar com a senhora quando eu me casar com Dyana.
LUIZ: prefiro não falar sobre isso . Agora tenho outro assunto.
LUIZ: Que outro assunto? Mas, fale o da senhora que eu também tenho outro assunto para tratar com a senhora.
SANTA: Precisamos fazer os tramites para desfazer nossa sociedade com Pedro.
LUIZ: Desfazer com a parte que cabe a senhora, pois da minha não vou desfazer. Continuarei sendo sócio de seu Pedro e me tornarei seu genro em breve.
SANTA: Pois insisto em desfazer a minha.
LUIZ: Logo após o meu casamento trataremos disso então.
SANTA: E que outro assunto você quer tratar?
LUIZ: Tudo indica que foi o papai também que arrombou e roubou o dinheiro naquela noite na casa de seu Pedro. Mas, onde ele guardou esse dinheiro? A senhora sabe de alguma coisa.
SANTA: Até você chamando seu pai de ladrão. Luiz, seu pai foi um homem trabalhador.
LUIZ: Concordo, mas morreu como um bandido, em flagrante.
SANTA: Se foi ele, eu não sei de dinheiro nenhum.
Pedro e Sônia estão sentados na varanda e. . .
PEDRO: Não consigo acreditar no que Camilo fez. . . Trabalhamos tantos anos juntos. . . Sempre tinha algum prejuízo sem explicação, mas jamais desconfiei dele. Sempre fomos amigos próximos um do outro.
SÔNIA: Também não consigo acreditar no que ele fez. E agora podemos ver que aqueles prejuízos que aconteciam têm uma explicação.
PEDRO: Mesmo assim continua tendo uma grande estima por ele, mesmo estando morto.
SÔNIA: Mas você pode ter a certeza que ele não era seu amigo, era um traidor, falso, dissimulado. E se Santa sabe daquele dinheiro roubado aqui, ela está agindo da mesma forma do marido. Ela é cúmplice.
PEDRO: Vamos esquecer o que passou. Vou assumir as consequências e tocar nossa vida. Vamos casar nossa filha com o filho dele e abençoá-los. Que sejam felizes assim como eu e você fomos e somos.
SÔNIA: Verdade. Vamos preparar a festa deles, pois já está chegando o dia do casamento. Falta apenas uma semana.
DAMIÃO: Tudo caminha para um final feliz.
COSME: Mas para esse final feliz acontecer, depende de algumas decisões importantes.
No próximo capítulo:
Santa esconde a maleta em outro lugar;
Dona Terezinha sonha com a filha
Pedro fala da intenção da mãe em desfazer a sociedade.
CONTINUA. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .