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Capítulo 05

Na casa de Pedro, a festa continua. . . E Camilo está com a palavra.

CAMILO: Esta é uma noite muito especial para mim , para minha família e para a família de meu amigo Pedro, pois nossos filhos estão querendo formar uma nova família. Chamo aqui a frente a minha família, minha querida esposa Santa e meu filho Luiz. Quero também a presença do meu amigo Pedro de sua esposa Sonia e de sua filha Dyana, minha futura nora. É com muito respeito a esta família tão honrosa , em nome de meu filho , quero neste momento meu amigo Pedro e senhora Sonia pedir a mão de sua filha Dyana em casamento para meu filho Luiz.

PEDRO: E é com muita satisfação meu amigo Camilo, que cedo a mão de minha filha Dyana em casamento a seu filho Luiz. Eu e Sonia abençoamos esta união. União esta que irá fortalecer ainda mais o laço de amizade que nos uni a tantos anos e consequentemente será para a vida toda.

Luiz coloca a aliança de noivado no dedo de Dyana, todos se cumprimentam

PEDRO: EU quero dizer ainda, que daqui a 6 meses, quando receberemos a outra metade do pagamento do café, estaremos anunciado a data do casamento dos nossos filhos e todos aqui presentes já podem se sentirem convidados.

Todos aplaudem e começam a se dispersarem, pois já é tarde e no outro dia retornarão para receberem a paga do serviço prestado na colheita. Conforme o combinado.

Dona Terezinha, não tem o costume de ficar acordada até a esta hora da noite, por tanto se acomodou num cantinho do galpão com sua boneca nos braços e ali mesmo, despercebida por todos, acabou dormindo.

As famílias sócias, entraram ainda para a casa de Pedro, para juntos guardarem todo o dinheiro recebido , como pagamento da primeira parcela, da venda do café.

FILIPE: Continuo achando que papai não deveria ter ficado com este dinheiro aqui em casa.

CAMILO: Não se preocupe Filipe. Vai dar tudo certo

PEDRO: Meu filho. Já te disse que estamos entre pessoas boas. Ninguém tem a intenção de nos roubar.

SANTA: Então é melhor guardar logo, pois temos que ir pra casa.

SONIA: E o dia amanhã será tenso e intenso.

PEDRO: Verdade, vamos colocá-lo aqui neste baú. . . pronto está guardado e podemos descansar.

Luiz e Dyana estão na varanda curtindo os primeiros momentos de noivos.

Todos se despendem, Camilo e sua família vão embora e Pedro se recolhe com a sua também.

Após todos terem se dispersados e já estarem dormindo, no galpão onde aconteceu a confraternização e onde dona Terezinha se entregou ao cansaço e acabou dormindo, no silencio da noite sertaneja, a velho senhora se desperta com o barulho de alguns passos rápidos no pátio ao redor da casa de Pedro. Então ela se assenta, ali mesmo onde dormira e observa pensativa, aquele homem que ali está. Ou que ela pensa está.

D. TEREZINHA: (Olhando e pensando) mas o que esse homem está fazendo aqui ainda, a esta hora? E pra que ele está colocando aquilo na cabeça? E. . . Ele vai entrar na casa de seu Pedro pela Janela?

Dona Terezinha viu um homem entrando na casa de Pedro pela janela e em seguida pulando de volta com uma maleta na mão.

D. TEREZINHA: Devo estar dormindo ainda e o sono está fazendo eu ver coisas. Vou pra minha casa. Vamos Aparecida, para nossa casa, lá você poderá dormir sossegada em seu berço minha filhinha . . .

Dona Terezinha, então saiu em direção à sua casa e conversando com sua boneca, ou seja, com a Aparecida.

Um novo dia se despontava na fazenda dos sócios e amigos Pedro e Camilo. E com este novo dia era chegada a hora daqueles valentes trabalhadores , que bravamente trabalharam durante um bom período do ano na lavoura de café, receberem o seu tão suado pagamento. Então, todos já estavam se aglomerando enfrente a casa de Pedro para assim pegarem seu dinheiro.

Lá estava dona Terezinha e Aparecida, a boneca, para presenciar e testemunhar a satisfação de cada trabalhador.

BENTO: Bom dia dona Terezinha. Como vai a senhora.

D. TEREZINHA: Bom dia Bento. O senhor vai receber também?

ROSA: Nós só viemos nos alegrar com nossos companheiros dona Terezinha.

BENTO: Somos aposentados D. Terzinha.

Enquanto isso, no interior da casa.

CIDA(bate na porta do quarto de Pedro e Sonia): Seu Pedro! Dona Sonia!

SONIA(De dentro do quarto): O que você quer Cida?

CIDA: Venham logo até a sala.

PEDRO: Vamos Sonia , ver do que se trata.

Pedro e Sonia vão às pressas .

PEDRO: O que foi Cida? Por que essa aflição toda?

CIDA: Veja a janela seu Pedro!

SONIA: Meu Deus! O dinheiro Pedro!

Pedro corre até o baú onde o dinheiro fora guardado.

PEDRO: Não! Não pode ser!

Filipe e Dyana chegam à sala.

SONIA: Filhos, o dinheiro sumiu!

DYANA: Como assim? . . . Como isso aconteceu?

CIDA: Alguém arrombou a janela e levou todo o dinheiro.

FILIPE: Calma papai. Não se desespere.

PEDRO: Filho peça ao Valter para ir buscar o delegado. E você vá chamar o Camilo.

Na casa de Camilo.

CAMILO: Já estão prontos pra gente ir para a casa de Pedro?

LUIZ: Sim papai. Vamos?

SANTA: (Olha da janela e vê Filipe chegando apressado)Filipe está vindo aí.

LUIZ : (vai ao seu encontro): Bom dia Filipe.

FILIPE: Luiz por favor chame seu pai rápido.

CAMILO(Surge na porta): O que aconteceu Filipe?

SANTA: Fale logo menino.

FILIPE: O dinheiro seu Camilo.

CAMILO: O que tem com dinheiro?
FILIPE: Roubaram todo.

LUIZ: Roubaram?

CAMILO: Vamos logo!

Todos vão o mais rápido que conseguem.

Na casa de Pedro, todos que ali esperam pelo seu dinheiro, não estão entendendo nada do que está acontecendo. E principalmente pela chegada do delegado.

PEDRO: O que vou dizer pra essa gente delegado?
SONIA: Calma Pedro!
PEDRO: Calma Sonia? Como vou ter calma , sabendo que nossos trabalhadores, todos estão ali esperando o que desapareceu?

DELEGADO: No momento , o que o senhor tem que fazer é falar a verdade pra todos!

PEDRO: Não é possível. Bem que Filipe me avisou. E agora? Tanto esforço, tanto trabalho, tanta espera! Quantos sonhos! Pra nada! Tudo por água abaixo. O que vou fazer?

Camilo chega.

CAMILO: Pedro é verdade?

PEDRO: Sim meu amigo! Levaram todo o dinheiro. O meu , o seu e o de nossos guerreiros que estão lá fora.

LUIZ: Mas não ficou nenhuma pista? Ninguém viu nada?

FiLIPE: Não Luiz. Já olhamos tudo. O que se tem é esta janela arrombada.

Lá do galpão, que outrora serviu para ambientar uma festa, hoje está sendo lugar de espera. Cosme e Damião discorre. . .

COSME: Quanta esperança no coração de cada um desses que aqui esperam por pagamento.

DAMIÃO: A decepção, a preocupação e a incerteza, tão logo chegarão em cada coração.

CONTINUA. . . . . .

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