“Fascinação”
[CENA 01 – ESTÚDIO SUA CANÇÃO/ NOITE]
(Alice e Augusto continuam ao lado de Lauro, no centro do palco. Felipe está na plateia, tão ansioso quanto a filha)
LAURO – A voz vencedora da 3° temporada de Sua Canção é… (suspense) … Alice Almeida! (Alice já esperava, mesmo assim se emociona, plateia levanta, batem palma e alguns gritam o nome dela. Augusto sorri, fica feliz pela vitória dela. Felipe sobe no palco e abraça a filha. Os jurados também sobem para o palco, e abraçam os demais participantes que vieram participar da final. O programa se encerra)
Dias Depois…
[CENA 02 – CASA DE PEDRO/ SALA – Q. DE PEDRO/ TARDE]
(Pedro, Frederico e Miguel chegam em casa após realizarem a missa de 7° dia de Carla. Pedro, sem conversar com ninguém vai direto para o quarto)
FREDERICO – (tentando falar com ele, antes de subir) Precisa de alguma coisa, Pedro? (Pedro não responde, continua indo direto para o quarto. Miguel caminha até o sofá, triste)
MIGUEL – O que vou fazer da minha vida agora?
FREDERICO – (se aproxima dele) Você precisa se manter forte, pelo o Pedro. Enquanto a Paula ainda estiver no hospital, somos os mais próximos dele agora. Não podemos deixá-lo sozinho.
MIGUEL – E não vou. Não vou deixar esse garoto. Eu sei o quanto a Carla o amava, e eu vou ajudá-lo a encontrar o pai. Aliás… (levanta, ficando de frente para Frederico) …você não tem nenhuma pista de quem seja esse cara?
FREDERICO – Não. Não tenho ideia. Quando eu reencontrei as meninas, Carla já estava grávida, e eu também nunca quis perguntar quem era o pai, porque na época estava tentando me reaproximar delas.
MIGUEL – Não importa. Tenho certeza que esse cara deve continuar morando no Rio, e vou ajudar o Pedro a encontrá-lo.
[QUARTO DE PEDRO]
(Pedro está ao lado de seu berço, triste. Lembra do enterro de sua mãe)
Dias Atrás…
[CENA 03 – CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA/ DIA]
(Pedro está em pé em frente ao túmulo de sua mãe, que havia acabado de ter sido fechado. Felipe e Alice estão um pouco distantes do túmulo, observando-o)
FELIPE – Perdeu a mãe, a tia entrou em coma… o que vai ser da vida desse garoto?
ALICE – Bem que podíamos convidá-lo para morar com a gente. Ele é seu sobrinho.
FELIPE – Nós nem sabemos se ele vai continuar no Rio, filha. Ou se vai continuar morando no sítio do avô. (Alice recebe uma mensagem em seu celular, se afasta de seu pai em direção ao carro. Felipe continua observando Pedro)
FREDERICO – (se aproximando de Pedro) Chegou a hora de irmos, Pedro. (Pedro continua olhando para o túmulo de sua mãe, em silêncio, Frederico toca no ombro dele) Você tem mais 10 minutos, está bem? (se afasta de Pedro)
Agora…
[CENA 04 – CASA DE DÁCIO/ Q. DE DÁCIO/ TARDE]
(Dácio está deitado em sua cama, olhando para o teto, lembra do dia que sua mãe veio até sua casa)
Dias Atrás…
[CENA 05 – CASA DE DÁCIO/ SALA/ NOITE]
(Dácio continua olhando para Salete em sua frente. Seu pai se aproxima dele, antes que Salete falasse alguma coisa)
SALETE – Como você cresceu, meu filho!
HORÁCIO – Claro, você o abandonou ele ainda era uma criança.
DÁCIO – Quem é está mulher? Por que ela me chamou de filho?
SALETE – Eu sou sua mãe! (se aproxima dele, mas desiste logo em seguida) Eu te vi na TV…
HORÁCIO – Por isso você voltou, né? Sua interesseira…
SALETE – Eu não sou interesseira. E eu quero conversar com o meu filho. Por favor, Dácio… deixa eu contar a minha versão da história.
DÁCIO – (ansioso) Eu não quero ouvir você agora. A Letícia morreu, ela precisa de uns documentos. (sobe para o quarto, apressado)
HORÁCIO – Como assim a Letícia morreu, filho? Dácio…
SALETE – Quem é Letícia?
HORÁCIO – É a prima dele. Não sei se você percebeu, mas você não vai conseguir falar com ele hoje. Então, se nós da licença. Tenho que ajudar meu filho. (caminha em direção à porta)
SALETE – Eu quero me aproximar dele, Horácio. Preciso explicar para ele, que eu não o abandonei.
HORÁCIO – Acho meio difícil ele te ouvir agora!
SALETE – Eu volto outro dia, não se preocupa. (pega sua bolsa, e caminha em direção à porta) Boa noite. (Horácio não responde, Salete vai embora, Horácio fecha a porta e sobe para o quarto de Dácio)
Agora…
[CENA 06 – CASA DELLE ROSE/ Q. DE SALETE/ TARDE]
(Salete está sentada em uma cadeira em seu quarto, segurando uma foto de Dácio quando era bebê. Larissa bate na porta do quarto)
LARISSA – (entrando) Salete, as meninas estão te esperando para mostrar o número que elas irão exibir essa noite. (Salete não ouve) Salete? Está me ouvindo?
SALETE – (voltando ao normal) Oi, querida! (guarda a foto do filho) Não ouvi você chegar.
LARISSA – O que você está esperando para ir atrás dele novamente?
SALETE – Sinceramente, não sei. Porque a minha única vontade é voltar até aquela casa, e conversar com meu filho. Contar para ele o porquê deu ter ido embora, e ter o deixado ainda bebê.
LARISSA – Se você quiser eu vou com você.
SALETE – Não precisa, querida. Eu apareci na vida dele e ele estava passando por uma situação difícil. Talvez precise de um pouco mais de tempo, para termos nossa conversa.
LARISSA – Como a senhora quiser então.
SALETE – As meninas estão prontas?
LARISSA – Sim.
SALETE – E seu número? Quer alguma dica?
LARISSA – Não precisa, meu número está pronto também.
SALETE – Se você está dizendo, confio em você. Logo eu desço, está bem! (sorri para Larissa, que entende o recado que precisava ficar um tempo sozinha. Larissa sai do quarto, Salete pega a foto do filho novamente)
[CORREDORES]
NATHANIEL – (encontrando Larissa) Conseguiu falar com ela?
LARISSA – Sim. Ela precisa de um tempo sozinha.
NATHANIEL – O filho novamente?!
LARISSA – Sim, e vamos que ela precisa do tempo dela. Logo ela vai ver o número que vocês prepararam.
NATHANIEL – Na verdade eu estou curioso mesmo é com o seu número de abertura. Anda, conta aí pra mim vai, o que você irá cantar?
LARISSA – A noite você saberá, junto com as meninas.
[CENA 07 – CASA DE ANA/ Q. DE ANA/ TARDE]
(Ana está deitada em sua cama, olhando para o teto, pensa no dia em que Alan apareceu na porta da casa dela fugindo)
Dias Atrás…
[CENA 08 – CASA DE ANA/ SALA/ NOITE]
(Ana continua surpresa, ao ver Alan aparentemente com medo em sua porta)
ALAN – Deixa eu entrar, Ana, por favor?!
ANA – Claro, entra. (Alan entra, vai até o sofá, tira sua mochila das costas e a coloca ao lado) Agora, que história é essa de que você fugiu de casa?
ALAN – Minha mãe vai embora amanhã. Eu não quero ir embora, Ana. Eu não quero ficar fugindo, pra daqui um tempo minha mãe voltar a fazer a mesma coisa.
ANA – Eu sei que você não quer ir, mas ela é sua mãe… se você fugir, ela pode chamar a polícia, e as coisas podem se complicar mais ainda.
ALAN – Que chame. Eu não vou com ela. Minha mãe é doente, que recusa tratamento.
ANA – Pois usa isso, Alan. Usa isso contra ela, que eu tenho certeza que justiça nenhuma vai deixá-la ir embora. Pode até, obrigá-la a fazer um tratamento.
ALAN – Para isso eu preciso que alguém acredite em mim, e queira me ajudar. Não tenho condição nem de me manter sozinho, Ana, imagina encontrar alguém que me ajude.
ANA – Vai por mim, fugir não é a melhor solução. E lembre-se, você não está sozinho. Eu estou aqui, sabe que pode sempre contar comigo, para o que precisar. (se aproxima dele) Só não faz isso… (o abraça, Alan chora)
Agora…
[CENA 09 – CASA DE DANIEL/ SALA/ TARDE]
(Samuel está na sala vendo TV, quando Daniel chega em casa)
DANIEL – Desculpa a demora. (Samuel continua em silêncio) As lojas nesse final de ano estão cheias. Mas consegui comprar algo. (caminha até o sofá, coloca a sacola que trazia no chão, Samuel continua o ignorando) O senhor passou o dia nesse sofá? (Samuel não responde) Por quanto tempo o senhor vai continuar fazendo isso, pai? Por favor, fala comigo… eu não aguento ver o senhor me tratando assim. Como se eu não estivesse aqui, como se eu não existisse. (Samuel continua vendo TV, sério) Pai, fala comigo… (tem vontade de chorar, porém acaba segurando. Vendo que seu pai não falaria com ele, pega sua sacola e sobe para o quarto, de cabeça baixa. Na sala, Samuel lembra do dia que viu o vídeo de Daniel com Henrique)
Dias Atrás…
[CENA 10 – CASA DE DANIEL/ SALA/ NOITE]
(Samuel continua com o celular nas mãos, vendo o vídeo de Daniel e Henrique na cama)
SAMUEL – O que significa isso?
DANIEL – (nervoso) Do que o senhor está falando? (olha para o celular)
SAMUEL – Deste vídeo que acabei de receber com esse teu amigo Henrique.
DANIEL – (nervoso) Eu posso explicar… (caminha pela sala)
SAMUEL – No vídeo estar bem nítido que é você, Daniel. Você e aquele garoto, na cama… (falando com repulsa das cenas que viu)
DANIEL – (sem saber o que dizer) Eu…
SAMUEL – O que estar acontecendo, filho? Quero que você me explique e eu quero a verdade.
DANIEL – Ele não devia ter feito isso com o senhor. As coisas não deviam ter acontecido assim.
SAMUEL – O que tá nesse vídeo é verdade, então?
DANIEL – (para de andar, ansioso) É melhor o senhor se sentar…
SAMUEL – Eu não quero me sentar. Quero entender o que tá acontecendo?
DANIEL – Está bem. (respira fundo) Eu… Eu sou… Eu sou gay! (Samuel fica surpreso com o que ouve) Eu sou gay, pai!
SAMUEL – Que piada é essa?
DANIEL – Não é piada. Eu sou gay. Eu gosto de meninos.
SAMUEL – Não, não pode ser. Eu te eduquei corretamente… Te dê princípios, te criei dentro dos ensinamentos da nossa igreja.
DANIEL – E eu sou gay! Eu sou assim, pai… É como eu nasci!
SAMUEL – Não. Eu errei em alguma coisa. Eu não fui um bom pai, é isso. Eu não te ensinei a ser homem.
DANIEL – Não se ensina a ser homem, pai. Assim como não se ensina a ser gay. É assim que eu sou, o senhor tem que aceitar.
SAMUEL – Não, eu não aceito. Eu não tenho um filho gay. Eu vou te ensinar a ser homem. Nem que para isso eu tenho que quebrar uma promessa que eu fiz para sua mãe, antes dela morrer. (se aproximando dele, fúria crescendo em seu corpo)
DANIEL – O senhor vai me bater agora?
SAMUEL – A vontade que eu tenho é essa. Mas com violência não se resolve nada. Vou procurar um tratamento, vou te curar disso.
DANIEL – Isso não é doença, pai! (se afasta dele, com medo do jeito que Samuel o observava) Eu sabia que o senhor nunca iria me aceitar dessa forma.
SAMUEL – E não vou mesmo. Não quero essa vergonha para a minha família. Ainda bem que a sua mãe não está viva para passar por isso. Imagina meu Deus, a vergonha que ela sentiria.
DANIEL – Ou talvez ela me aceitasse como eu sou de verdade.
SAMUEL – Sua mãe jamais te aceitaria. Tínhamos um sonho de construir uma família intriga, temente a Deus, criada nos princípios da Igreja.
DANIEL – Quer dizer que eu não posso amar Deus, por ser do jeito que eu sou?
SAMUEL – Não, porque Deus não te ama. Para Ele, você é algo… anormal!
DANIEL – Anormal? O senhor me ver como anormal?
SAMUEL – Sim. Que Deus me perdoe com o que vou dizer agora, mas preferia mil vezes que você tivesse morrido naquele parto, talvez assim sua mãe estaria viva agora, e não estaríamos passando por está decepção.
DANIEL – Lamento então ter o decepcionado. Mas, felizmente eu sou assim. E quer saber, eu devia agradecer ao Henrique por ter postado esse vídeo, não aguentava mais fingir. Porque agora eu posso ser quem eu quiser.
SAMUEL – Enquanto você estiver morando embaixo desse teto, você será quem eu quiser.
DANIEL – Não vou não. Se o senhor quiser pode me colocar para fora de casa, não ligo. Talvez assim seja melhor, né? Porque assim o senhor não precisaria morar com o anormal aqui. (sobe para o quarto, chateado. Samuel caminha até o sofá, e chora)
Agora…
[CENA 11 – CASA DE DÁCIO/ Q. DE DÁCIO/ TARDE]
(Dácio continua deitado em sua cama. Chega uma mensagem de Daniel, mas como das outras vezes, Dácio não responde. Horácio bate na porta do quarto do filho e entra)
HORÁCIO – Afim de conversar, filho?
DÁCIO – Não. (guarda o celular) Quero ficar sozinho apenas.
HORÁCIO – (se aproxima da cama, senta-se ao lado de Dácio) Eu sei que você ainda está sentindo a morte de sua prima. Só que você não pode ficar o dia inteiro aqui dentro.
DÁCIO – Aqui eu não corro o risco de me machucar.
HORÁCIO – (entendeu a indireta) Sua mãe…
DÁCIO – Eu não quero falar dela, por favor.
HORÁCIO – Está bem! Estou lá embaixo se quiser conversar. (Dácio não responde, Horácio faz um carinho na perna do filho, levanta da cama e sai do quarto)
[CENA 12 – PIZZARIA/ TARDE]
(Eduardo chega com a mochila de entrega vazia. Deixa a mochila em cima do balcão, senta-se no banquinho e pensa no enterro de Letícia)
Dias Atrás…
[CENA 13 – CEMITÉRIO NOSSA SENHORA DA MISERICÓRDIA/ DIA]
(Eduardo está ajoelhado ao lado do túmulo de Letícia, chorando. Dácio está ao lado dele, em pé, triste. Cássia e Regina estão um pouco distantes do túmulo, ambas de óculos escuros. Após observar alguns segundos, o choro de Eduardo sobre o túmulo, Regina se aproxima de Dácio)
REGINA – (se aproxima próximo ao ouvido dele) É hora de irmos, Dácio.
EDUARDO – (rígido) Espero que esteja satisfeita.
REGINA – Falou comigo, rapaz?
EDUARDO – (levanta, fica de frente para ela) Era isso que você queria, né?
REGINA – Não fala bobagens, moleque. Vamos embora, Dácio. (vira-se para ir embora)
EDUARDO – Me diz o que conseguiu com isso, hã? Não ganharam o programa. Não receberão mais a pensão que o pai dela deixou para filha. O Brasil inteiro sabe da fraude que você e sua filha são.
REGINA – Eu não vou discutir com você, rapaz. Estou muito cansada, você estar exausto, vai para casa vai. Descansa um pouco.
EDUARDO – Espero que mantê-la presa dentro de casa, tenha válido a pena. (Regina se aproxima de Cássia, e as duas vão embora)
DÁCIO – Relaxa, Eduardo. Não vale a pena isso.
EDUARDO – (volta a se ajoelhar no túmulo) A gente devia ter continuado a busca para a cura dela. Talvez ela ainda estaria com a gente.
DÁCIO – Do jeito que a doença tinha avançando, acho meio difícil. (caminha até ele, toca no ombro dele) Vai para casa, vai. Você precisa dormir um pouco. Toma um banho, descansa. E se precisar conversar, estou aqui viu. (Eduardo não responde, Dácio vai embora, e Eduardo continua ajoelhado no túmulo, chorando)
Agora…
[CENA 14 – PIZZARIA/ TARDE]
(Laila havia colocado mais encomendas dentro da mochila, como Eduardo estava viajando em sua lembrança, não percebe a chamando)
LAILA – Eduardo? (o cutuca) Ei, Eduardo…
EDUARDO – Oi. Desculpa. (pegando a mochila, e os endereços)
LAILA – Melhor você se concentrar. Ultimamente, você tem andado bem distraído.
EDUARDO – Não vai mais acontecer. (coloca a mochila nas costas, e sai da lanchonete. Laila o observa, preocupada)
Anoitecendo…
[CENA 15 – CASA DELLE ROSE/ CAMARIM – Q. DE LARISSA – BOATE/ NOITE]
(as garotas estão se preparando para o número desta noite. Algumas estão terminando o cabelo, as roupas, maquiagens, Salete entra no quarto)
SALETE – Olá, meninas. Como estão? (repara em algumas que estão prontas com o figurino) Maravilhosas, meninas. Espero que todas consigam um cliente hoje. Vão conseguir, o número de vocês está ótimo. Estou sentindo falta de alguém aqui… cadê a Larissa?
IONE – Disse que precisava de um tempinho, então foi para o quarto dela.
SALETE – Bem meninas, quero todas prontas em 20 minutinhos, hein. Logo a casa irá abrir. (sai do quarto e vai para o quarto de Larissa)
[QUARTO DE LARISSA]
(Larissa está frente ao espelho, com um vestido longo, preto… Salete bate na porta, entra)
SALETE – Uau, que linda.
LARISSA – (virando-se para ela) Obrigada!
SALETE – Preocupada com alguma coisa?
LARISSA – Só a ansiedade de sempre, nada demais.
SALETE – Então que tal colocarmos um sorriso neste lindo rosto. (Larissa sorri) Qual a música que irá cantar?
LARISSA – A senhora sabe o quanto eu a admiro, mas, saberá daqui a pouco.
SALETE – Quando você faz esses mistérios, porque certamente escolheu uma ótima música. Está bem então… Relaxe, e vá para o palco. Abriremos a casa daqui a pouco. (sorri para Larissa, sai do quarto em seguida. Larissa volta a olhar para o espelho, sorri. O cabaré é aberto, os clientes logo começam a entrar. Homens e mulheres começam andar pelo espaço amplo e agradável. Alguns escolhem algumas mesas, fazem seus pedidos, outros preferem ficar no balcão. Salete está andando entre eles, cumprimentando a maioria. A cortina do palco é aberta, e Larissa se encontra no meio dele, e já chama atenção de alguns clientes)
[CENA DE MÚSICA – FASCINAÇÃO (ELIS REGINA)]
Os sonhos mais lindos sonhei 1
De quimeras mil um castelo ergui
E no teu olhar, tonto de emoção 2
Com sofreguidão mil venturas previ
O teu corpo é luz, sedução 3
Poema divino cheio de esplendor
Teu sorriso prende, inebria e entontece 4
És fascinação, amor
Teu sorriso prende, inebria e entontece 5
És fascinação, amor
1. Larissa olha para Nathaniel que está no piano dando sinal para ele começar a tocar. Larissa começa a cantar, olhando para frente. Ao longo da música serão mostradas cenas de outros núcleos.
2. Eduardo está em seu quarto, deitado em sua cama, olhando uma foto de Letícia pelo celular, chorando. Dácio está sentado em sua cama, pensando em sua mãe.
3. Pedro está deitado em sua cama, e lembra de sua mãe. Felipe, chega em casa, e vai direto para o sofá, e também pensa em Carla.
4. Um cliente que observava Larissa cantar, caminha até Salete que também estava admirando-a no palco. Ele cochicha algo em seu ouvido, Salete sorri, chama um dos garçons, que lhe entrega uma chave. O cliente recebe a chave e vai em direção aos quartos.
5. Larissa olha para Salete, que apontava para o cliente indo para os quartos. Larissa entende o recado, e antes que a música parasse de tocar, mostra uma cena de Larissa abrindo a porta do quarto que o cliente escolheu e entra. O mesmo, está deitado na cama, esperando-a. Larissa fecha a porta.
Contínua no Capítulo 02…
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