“Acreditar”
[CENA 01 – SHOPPING/ LANCHONETE/ DIA]
(Felipe continua olhando para Luana, a mesma está pálida sem saber como dizer a verdade para Felipe)
FELIPE – Então, Luana?! Por que a Alice e o Pedro não podem namorar?
LUANA – Oras, por que… por que…
FELIPE – Por que??
LUANA – Por que os dois são parentes! Até onde eu sei, os dois são primos…
FELIPE – E o que tem os dois serem primos? Quando namorávamos, quantos amigos que conhecemos que já namorou com um primo ou uma prima. Não vejo problema nenhum os dois se relacionam. Para falar a verdade, particularmente até aprova essa relação. Pedro é um garoto legal, do bem, e eu vejo o quanto ele faz bem para a Alice.
LUANA – Os dois não podem se envolver, Felipe. Você não pode permitir isso…
FELIPE – Por que não? (Luana continua nervosa, procurando uma forma de contar a verdade) Preciso saber um bom motivo para não aceitar a relação dos meninos. (enquanto Luana pensava em como contar a verdade, o celular de Felipe toca) Alô? Oi, Túlio. Como assim ele quer alterar cláusulas do contrato? Alterar o que? Não, está bem. Eu estou voltando para a empresa agora. Tá, estou indo pra aí. (levanta da mesa, desliga o celular) Bem, eu tenho que ir, Luana. E desculpa mas eu não vejo motivos para proibir o namoro dos garotos. (sai da lanchonete, Luana o observa indo embora, praticamente sem saber o que dizer)
[CENA 02 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ SALA/ DIA]
(Pedro e Ramon continuam em pé um de frente para o outro. Ramon aparenta está sério, o que preocupa um pouco Pedro)
PEDRO – Alguma coisa com a banda?
RAMON – É isso que está acontecendo!
PEDRO – Não entendi?
RAMON – Eu sei que você está procurando o seu pai, e que isso tem dedicado um tempo seu, mas…
PEDRO – Mas o que, Ramon?
RAMON – Você não está totalmente conectado com a banda, Pedro.
PEDRO – Como assim? Posso não está 100% nos ensaios ou chegar atrasado, mas nunca deixei a banda de lado.
RAMON – Eu sei, eu sei cara. Eu só quero pedir a você, um pouco mais de dedicação nessa nova fase do programa. É a fase eliminatória, você sabe o quanto é importante ganhar este programa.
PEDRO – Sim, eu sei. E não seria capaz de fazer nada que prejudicasse você ou o pessoal. Olha, amanhã eu resolvo essa situação do meu pai. Assim que tiver o teste comprovando que o Mauro é o meu pai biológico, vou poder me dedicar mais à banda. Eu garanto a você.
RAMON – Desculpa se eu tô parecendo um pouco rígido, é que quando se trata da banda…
PEDRO – Eu entendo, de verdade. Não precisa se preocupar, que assim que eu resolver essa história do meu pai, vamos poder focar nos ensaios e ganhar Band Night. (Ramon sorri, os alunos entram na sala, junto com o professor. Todos vão para seus lugares, a aula inicia)
[CENA 03 – CASA DE OTÁVIO/ SALA/ DIA]
(Otávio continua em pé à frente de Saulo, surpreso)
OTÁVIO – Desculpa, mas o senhor disse que era o meu…
SAULO – (com um leve sorriso) Sou o seu pai!
OTÁVIO – (fica sério) Eu não tenho pai! (sorriso de Saulo logo desaparece) O que tinha me abandonou assim que eu nasci.
SAULO – Eu tinha meus motivos, filho.
OTÁVIO – Não me chama de filho.
SAULO – Será que eu posso entrar? Podemos conversar?
OTÁVIO – Minha mãe não está, e ela não gosta que eu fale com desconhecidos enquanto ela não está em casa.
SAULO – Eu não sou um desconhecido. Sou o seu pai. E mesmo assim, ela sabe que eu viria aqui.
OTÁVIO – Sabe?
SAULO – Sim, sabe. A gente conversou ontem. Eu disse que viria te visitar hoje.
OTÁVIO – Ela não me contou nada.
SAULO – Eu que pedi que ela não contasse nada, porque eu queria fazer uma surpresa. (os dois ficam alguns segundos em silêncio) Posso entrar?
OTÁVIO – O que você quer falar comigo?
SAULO – Só quero conversar com o meu filho. (Otávio pensa em não o deixar entrar, mas acaba permitindo. Saulo entra e os dois vão até o sofá) A casa não mudou quase nada nesses últimos anos.
OTÁVIO – Minha mãe fez questão de mudar nada, por minha causa. Eu meio que já me adaptei a todos os cômodos.
SAULO – Imagino. Posso sentar?
OTÁVIO – Sim. (Saulo senta, observa Otávio andando até o outro sofá, sentando-se) Então… sobre o que você quer conversar?
SAULO – Bem… na verdade, nem sei como começar isso.
OTÁVIO – Talvez, poderia começar dizendo por que abandonou sua esposa e seu filho recém-nascido. Ah é, você os abandonou porque o menino havia nascido cego.
SAULO – Não é bem assim. Eu tive motivos para ter que ir embora…
OTÁVIO – Ah é? (estressando-se) E que motivos eram esses para você ter deixado a sua esposa que tinha acabado de ter um bebê sozinha?
SAULO – Eu estava doente. Na verdade, ainda estou doente. (Otávio se acalma) Eu tenho pouco tempo de vida, filho.
OTÁVIO – O que?
SAULO – Eu fui diagnosticado com um câncer de pulmão. E tenho praticamente poucos meses de vida.
OTÁVIO – Isso é sério?
SAULO – É.
OTÁVIO – Então, por isso que você voltou? Você quer aproveitar seus últimos meses com sua família?
SAULO – Também… mas, voltei porque estou a procura de dinheiro para um tratamento.
OTÁVIO – Dinheiro?
SAULO – Ontem, conversando com a sua mãe, ela disse que veio juntando dinheiro nos últimos anos em uma poupança para você.
OTÁVIO – Sim, eu sei dessa poupança.
SAULO – Eu não sei ao certo quanto deve ter lá, mas eu também não preciso de muito. Eu só preciso do suficiente para ajudar a iniciar meu tratamento e quem sabe prolongar os meses de vida que eu ainda tenho. (Otávio fica pensativo por alguns segundos, depois começa a ri)
OTÁVIO – Acho que eu entendi tudo.
SAULO – Entendeu?
OTÁVIO – Sim. Você voltou não porque está morrendo e quer recuperar o tempo com a sua família. Você voltou para tentar conseguir dinheiro da gente.
SAULO – Não, quer dizer… por uma parte é verdade. Mas é para um bom motivo, filho. É para o meu tratamento.
OTÁVIO – Não me vem com essa, por favor. Eu posso ser cego, mas conheço muito bem o que está acontecendo ao meu redor. E pelo tom de sua voz, você não parece nenhum pouco doente.
SAULO – Como não? É claro que estou… (começa a tossir) É que antes de vim para cá… (tosse) …tomei um remédio que tem aliviando. (tosse)
OTÁVIO – E essa tosse repentina surgiu do nada?! (levanta do sofá, em direção à porta)
SAULO – (para com as tosses, levanta e o segue) Filho, por favor, me escuta…
OTÁVIO – (grita) Eu já disse para você não me chamar de filho! Eu não tenho pai, o meu morreu assim que eu nasci. (abre a porta) Agora, por favor vai embora daqui.
SAULO – Eu sei que eu errei…
OTÁVIO – Eu não quero ouvir mais nada. Vai embora! (Saulo não diz mais nada, abaixa a cabeça e vai embora. Otávio fecha a porta, volta para o sofá, senta-se, sério)
[CENA 04 – CASA DA LUANA/ SALA/ DIA]
(Luana chega em casa, ainda preocupada com a conversa que teve com Felipe)
VERÔNICA – (vindo da cozinha, ver a filha sentada no sofá, apreensiva) Chegou da conversa com o ex marido. Pela cara, parece que não foi nada bem, hein. (Luana não responde) Não vai me dizer sobre o que vocês conversaram? (Luana ainda não responde) Luana? (se aproxima dela) Tá me ouvindo?
LUANA – O que é, mãe?
VERÔNICA – Eu que pergunto o que é? Estou quase meia hora aqui conversando com você, e você não me responde.
LUANA – Desculpa, é que estava pensando em algo.
VERÔNICA – Como foi a conversa com o Felipe?
LUANA – (levanta do sofá, em direção ao quarto) Tenho que ligar para alguém, depois a gente conversa.
VERÔNICA – (senta-se no sofá) Essa aí ficou maluquinha depois que se divorciou.
[Q. DE LUANA]
(Luana entra em seu quarto, tranca a porta, senta-se na cama e faz uma ligação)
LUANA – Alô, Sérgio! Você precisa me ajudar!
[CENA 05 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(é hora do intervalo, alguns alunos estão no refeitório, outros estão no pátio, assim como Pedro, Ramon, Dácio, Alan e Ana. Todos estão sentados em uma mesa, conversando, animados. Manuela e suas amigas entram no pátio, e sentam-se próximos deles)
ÉSTER – Você ainda não recebeu a resposta de aprovação do programa?
MANUELA – Ainda não. Eu também fiz a minha inscrição na semana passada, talvez o email com a resposta demore ainda. E mesmo assim, não estou tão confiante de que irei ser aprovada. Meu vídeo não ficou tão legal assim.
THALITA – Você vai entrar, Manu. Tenho certeza.
ÉSTER – Eu também tenho. E o melhor, você vai entrar e também vai ganhar este programa. (repara em Alice aparecendo no pátio) Esfregará na cara de certas pessoas que não é a única que tem talento para ganhar um programa igual Sua Canção. (as três observam Alice indo até a mesa de Pedro)
PEDRO – (enquanto Pedro conversa com os demais garotos, Ana estava mexendo no celular, sem manter contato com Dácio) A gente precisa marcar um dia para irmos à praia. Só o pessoal mesmo. Vamos levar o violão, cantar umas músicas.
ALICE – (aparecendo ao lado dele) Cantar músicas?! É comigo mesmo. Olá, gente. Oi, Pedro.
PEDRO – Oi, Alice.
RAMON – Está conseguindo administrar sua agenda de shows com a faculdade, Alice?
ALICE – Sim, estou. Tem sido uma tarefa fácil, por enquanto. Mas, tento o máximo priorizar os shows.
RAMON – Entendo. Quando ganharmos o programa, também iremos priorizar os shows que a banda irá fazer.
ALICE – Com o Pedro cantando para vocês, tenho certeza que irão ganhar sim. Mas, eu ouvi que vocês estavam combinando de irem à praia. Quando vai ser?
PEDRO – Estamos vendo data ainda, possivelmente após nos apresentarmos na fase eliminatória.
RAMON – É. Para comemorarmos a nossa vitória para a semifinal.
ALICE – Então assim que vocês tiverem a data, me avisem. Posso preparar uma festa bacana pra gente. (Pedro olha para Ramon, o ver feliz com a ideia)
PEDRO – (tentando contar a empolgação de Ramon) A gente vai ver ainda, tá.
ALICE – Tá. Vamos cantar?
PEDRO – O que?
ALICE – Vamos cantar. Se você está morando comigo, precisa se acostumar que independente de qualquer lugar, se bateu a vontade de querer cantar uma, eu vou cantar.
PEDRO – Sério?
RAMON – Se você não estiver a fim, eu quero.
ALICE – Tá, pode ser. Eu só quero cantar. (se afasta de Pedro, rumo à Ramon que levanta e a segue até o centro do pátio, Alice começa a cantar)
[CENA DE MÚSICA – KIDS (ONEREPUBLIC)]
[ALICE]
Days when 1
We’d fight, we’d fight ’til I would give in
Yeah, perfect disasters
We were reaching, reaching for the rafters
[RAMON]
And on most of the days we were searching for ways 2
To get up and get out of the town we were raised, yeah
‘Cause we were done
[PEDRO]
I remember 3
We were sleeping in cars, we were searching for OZ
We were burning cigars with white plastics tips ’til we saw the sun
And we said crazy things like
[ALICE E RAMON]
I refuse to look back thinking days were better 4
Just because they’re younger days
I don’t know what’s ’round the corner
Way I feel right now, I swear we’ll never change
[ALICE E PEDRO]
Back when we were kids 5
Swore we would never die
You and me were kids
Swear that we’ll never die
[PEDRO]
Lights down 6
And we drive and we’re drivin’ just to get out
Yeah, perfect disasters
Yeah, we were swinging, swinging from the rafters
[RAMON]
Hey
We were dancing in cars, we were looking for ours
We were naming the stars after people we knew ’til we had to go
And we were saying things like
[ALICE E PEDRO]
I refuse to look back thinking days were better 7
Just because they’re younger days
I don’t know what’s ’round the corner
Way I feel right now, I swear we’ll never change
Back when we were kids
Swore we would never die
You and me were kids
Swear that we’ll never die
[PEDRO E RAMON]
Nights when we kept dancing 8
Changing all our plans and
Making every day a holiday
Feel the years start burning
City lights they’re turning
Something ’bout this feels the same
Back when we were kids
Swore we would never die
You and me were kids
Swear that we’ll never die
[ALICE]
I refuse to look back thinking days were better 9
Just because they’re younger days (you and me were kids)
I don’t know what’s ’round the corner
Way I feel right now, I swear we’ll never change
You and me were kids
1. Alice caminha pelo palco, seguindo o ritmo da música. Ramon apenas a observa, assim como Pedro.
2. Ramon começa a cantar e caminha até Alice. Pedro, que continuava sentado, começa a sentir vontade em querer cantar também.
3. Pedro levanta-se, começa a cantar e se aproxima deles que estão no centro do pátio. Um aglomerado de alunos aos poucos começam a se formar.
4. Pedro e Alice cantam um de frente para o outro, vendo que estava sobrando, Ramon se afasta um pouco.
5. Alice se afasta de Pedro e começa a cantar junto com Ramon, Pedro apenas os observa. Alguns alunos começam a dançar durante a música, inclusive Manuela.
6. Thalita começa a dançar junto com Manuela, Éster para não ficar de fora, começa a dançar também.
7. Alice e Pedro voltam a cantar um de frente para o outro, ambos animados. Alan havia levantando e estava dançando no centro do pátio também.
8. Alice volta a se afastar de Pedro, que começa a cantar com Ramon.
9. Alice sobre em um dos bancos e encerra a música em pé nele. Todos aplaudem pela a apresentação.
Anoitecendo…
[CENA 06 – CASA DE OTÁVIO/ COZINHA/ NOITE]
(Otávio está sentado à mesa, enquanto sua mãe estava terminando de preparar o jantar. Ele continua pensando na conversa que teve com Saulo hoje pela manhã)
SILVANA – Amanhã terei o dia de folga, filho. A cliente que havia agendada comigo, teve que remarcar, pois precisou resolver um assunto amanhã.
OTÁVIO – Bom, né.
SILVANA – Sim, é. (repara que Otávio está quieto demais) Tudo bem, filho?
OTÁVIO – Meu pai veio aqui hoje pela manhã.
SILVANA – (para de arrumar a mesa, senta-se) Quem veio aqui?
OTÁVIO – Meu pai. Ou melhor, aquele que diz ser meu pai.
SILVANA – Vocês conversaram?
OTÁVIO – Conversarmos por poucos minutos apenas. Acredita que depois desses anos todos, da gente não ter recebido nenhuma notícia dele, ele aparece dizendo que estava doente e que precisava do meu dinheiro. O mesmo dinheiro que a senhora veio economizando anos, com muito trabalho.
SILVANA – Ele contou da doença dele?
OTÁVIO – Contou. Tentou me sensibilizar com uma história aí.
SILVANA – Você não acreditou na história dele?
OTÁVIO – Mamãe, eu conheço os tons de voz das pessoas. E a voz dele não parecia nenhum pouco de alguém cansado. Ele me disse que vocês conversaram ontem. A senhora que viu ele pessoalmente, ele parecia abatido ou com alguém que realmente estava doente?
SILVANA – Bem, ele me parecia triste, preocupado. Mas abatido não.
OTÁVIO – Ele pode está fingindo, igual fingiu uma grise de tosse hoje, quando eu o questionei.
SILVANA – Mas, filho… pode acontecer também dele realmente está doente.
OTÁVIO – Eu tenho as minhas dúvidas, mamãe.
SILVANA – E se ele realmente estiver, e estamos o julgando mal. Se ele tem mesmo poucos meses de vida. Você não acha que ele merece passar os últimos meses ao seu lado. (Otávio não responde, fica sério)
[CENA 07 – CASA DE ANDRÉA/ SALA/ NOITE]
(Douglas chega em casa, e encontra Andréa vendo TV)
DOUGLAS – O papai já chegou?
ANDRÉA – Ainda não.
DOUGLAS – Beleza, quando ele chegar me avisa. Quero perguntar se eu posso ir amanhã junto com ele e o Pedro pegar o resultado. Quero está lá nesse momento.
ANDRÉA – Que está junto com a família, né.
DOUGLAS – Exatamente.
ANDRÉA – Tá, quando ele chegar eu te mando mensagem.
DOUGLAS – Beleza, prima. (vai em direção ao quarto, Andréa volta a prestar atenção na TV)
Amanhecendo…
[CENA 08 – LABORATÓRIO/ DIA]
(Mauro está no laboratório com o resultado do teste nas mãos. Douglas e Pedro estão em frente dele, ansiosos)
DOUGLAS – Bem, chegou a hora da verdade, né.
PEDRO – Eu estou confiante que dará positivo.
MAURO – Saberemos agora. (abre o envelope, retira o teste, o abre e ler atentamente, fica em silêncio por alguns segundos)
DOUGLAS – Então, pai… que é o resultado? Posso chamar o Pedro de irmão já!
MAURO – (olha para os garotos, um pouco sério) O resultado deu negativo. (o sorriso esperançoso que estava no rosto de Pedro desaparece) Eu não sou o seu pai, Pedro!
[CENA 09 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(Ivo vem da cozinha todo arrumado, o que estranha Rita)
RITA – Vai à algum lugar irmão?
IVO – Vou. Tenho uma reunião com um conhecido que tem uma gravadora. Vou apresentar umas músicas dos garotos. Quem sabe até não consigo um contrato.
RITA – E a lanchonete?
IVO – Você ficará tomando de conta. É bom que você já vai acostumando, para quando eu precisar me ausentar mais.
RITA – Mas, irmão… eu não sei se vou conseguir cuidar dela sozinho. Você que conhece todos os preços, os clientes…
IVO – Relaxa, Rita. Logo mais estou de volta. Pela manhã a movimentação também não é tão grande assim. Você vai se sair bem. (sorri e vai embora em seguida. Rita fica em pé ao lado do caixa, olha ao redor, e se sente um pouco perdida)
[CENA 10 – COLÉGIO ESTADUAL OLIVEIRA SANTOS/ PÁTIO/ DIA]
(Pedro entra no colégio, caminha pelo pátio de cabeça baixa até seus amigos)
DÁCIO – (levanta do banco que estava, fica de frente para Pedro) Então, Pedro?! Saiu o resultado? O Mauro realmente é o seu pai.
PEDRO – (decepcionado) Não. O resultado deu negativo. Meu pai não é o Mauro.
DÁCIO – Sério? (pela cara de decepção de Pedro, ele percebe que está falando a verdade) Poxa, cara. Eu posso fazer outra pesquisa, talvez tenha outras pistas…
PEDRO – (caminha até o banco, senta-se) Melhor deixar isso pra depois, Dácio. Eu estava tão esperançoso de que finalmente eu tinha encontrado meu pai, e no final de tudo, voltei para a estaca zero de novo.
RAMON – (se aproxima dele) Não fica assim, cara. (toca em seu ombro) Apesar de tudo, você não está sozinho. Vamos está aqui sempre com você.
PEDRO – Eu sei turma. E agora que isso acabou, que eu voltei a não ter pai novamente… (os garotos se incomodam com o jeito que Pedro falou) … vou poder focar na banda, Ramon.
RAMON – Não pense nisso agora.
PEDRO – Preciso. Foi o que a gente combinou ontem. Assim que esse assunto encerra-se eu me dedicaria a banda. E é o que vou fazer. Vamos nos preparar e vamos arrebentar nessa nova fase!
Dias Depois…
[CENA 11 – BAND NIGHT (ao vivo)/ PALCO/ NOITE]
(Luciana está no centro do palco, iniciando o programa. Plateia está em pé batendo palmas, assim como os jurados)
LUCIANA – (animada) Boa noite, plateia. Boa noite, queridos jurados. E está começando mais um Band Night, esse programa animado das suas Quintas-feiras. O programa de hoje está especial, porque você que está aí em casa vai poder participar, e vai poder salvar a sua banda favorita. Então, se você ainda não fez o seu cadastro em nosso site, corre lá agora, faça e se prepare para votar na sua banda. Lembrem-se que a votação só é válida, durante a apresentação de cada banda, após isso, a votação será encerrada e os pontos não serão mais computados. Então, façam logo seu cadastro. E se você já fez, só aguardar a votação iniciar e votar à vontade. Das 12 bandas que se apresentaram nos programas anteriores, 6 irão deixar a competição hoje. As 6 bandas mais votadas, irão para a semifinal no próximo programa. Lembrando, que na etapa anterior, 5 bandas que conseguiram o maior número de pontos acumulados durante as três noites de apresentação, começam está fase com 10 pontos na frente. Então, se a sua banda não conseguiu esses 10 pontos, mais um motivo para você entrar agora no nosso site e se preparar para votar. Bem, sem mais delongas, vamos a nossa primeira apresentação. (é mostrado um pequeno VT, da banda Órbita Três. Após isso, os garotos já estão no palco, plateia vai a loucura assim que eles começam a cantar)
[CENA DE MÚSICA – BELIEVER (IMAGINE DRADONS)]
First things first 1
I’ma say all the words inside my head
I’m fired up and tired of the way
That things have been, oh-ooh
The way that things have been, oh-ooh
Second things second
Don’t you tell me what you think that I could be
I’m the one at the sail, I’m the master of my sea, oh-ooh
The master of my sea, oh-ooh
I was broken from a young age 2
Taking my sulking to the masses
Writing my poems for the few
That look at me, took to me, shook to me, feeling me
Singing from heartache from the pain
Taking my message from the veins
Speaking my lesson from the brain
Seeing the beauty through the
Pain!
You made me a, you made me a believer, believer
Pain!
You break me down and build me up, believer, believer
Pain!
Oh let the bullets fly, oh let them rain
My life, my love, my drive, it came from
Pain!
You made me a, you made me a believer, believer
Third things third 3
Send a prayer to the ones up above
All the hate that you’ve heard
Has turned your spirit to a dove, oh-ooh
Your spirit up above, oh-ooh
I was choking in the crowd
Building my rain up in the cloud
Falling like ashes to the ground
Hoping my feelings, they would drown
But they never did, ever lived, ebbing and flowing
Inhibited, limited
Till it broke open and rained down
And rained down, like
Pain! 4
You made me a, you made me a believer, believer
Pain!
You break me down and build me up, believer, believer
Pain!
Oh let the bullets fly, oh let them rain
My life, my love, my drive, it came from
Pain!
You made me a, you made me a believer, believer
Last things last 5
By the grace of the fire and the flames
You’re the face of the future
The blood in my veins, oh-ooh
The blood in my veins, oh-ooh
But they never did, ever lived, ebbing and flowing
Inhibited, limited
Till it broke open and rained down
And rained down, like
Pain!
You made me a, you made me a believer, believer
Pain!
You break me down and build me up, believer, believer
Pain!
Oh let the bullets fly, oh let them rain
My life, my love, my drive, it came from
Pain!
You made me a, you made me a believer, believer
1. Pedro está no centro do palco, aparentemente sério no início da música. Plateia ainda eufórica com o início da apresentação.
2. Alice e Felipe estão na plateia levantando a galera, principalmente Alice, que também não parava de tirar os olhos de Pedro. Os garotos ao longo da música se empolga, e contagia mais a plateia.
3. A expressão do rosto de Pedro se suaviza um pouco mais, ele começa a se soltar no palco, olha durante a música para o pessoal da banda, que fazem a segunda voz para a música.
4. Alice pega seu celular e começar a digitar em sua rede social, pedindo para que seus seguidores votassem na banda de Pedro.
5. Pedro encerra a música, todos os integrantes levantam e são aplaudidos de pé pela plateia e jurados.
[CENA 12 – CASA DE ALICE/ SALA/ NOITE]
(Paulo e Viviane estão na sala vendo TV, e estão vendo a apresentação dos garotos)
PAULO – A senhora também sente a mesma sensação que eu quando ver o Pedro cantar?
VIVIANE – Que ele me lembra o Felipe, quando era mais jovem.
PAULO – Sim.
VIVIANE – Essa animação dele no palco, essa energia. Deve ser típico dos jovens.
PAULO – Pra mim não tem nada de típico. Acho que tá mais para parentesco.
VIVIANE – Como assim, filho? (campainha toca, a empregada vai atender, Luana entra e vai até a sala)
LUANA – Boa noite.
VIVIANE – (levanta-se, fica de frente para Luana) Boa noite, Luana. Surpresa você aqui essa hora.
LUANA – Eu preciso conversar com o Felipe. (olha para Paulo) E o assunto é sério!
[CENA 13 – HOSPITAL/ Q. DE PAULA/ NOITE]
(Paula está deitada, aparentemente em coma ainda. Gaspar aparece ao lado dela e a observa por alguns segundos)
GASPAR – (caminha até ela) Acho que chegou a hora de acordar, Paula. (toca não mão dela, e no mesmo instante, Paula desperta)
Contínua no Capítulo 30…