“Quente e Frio”

 

[CENA 01 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(as meninas continuam olhando uma para as outras, sem saber o que fazer, enquanto Alice foca-se unicamente em Manuela)
ALICE – Então? Eu posso me sentar com vocês?
ÉSTER – Não, querida. Porque aqui é um lanche entre amigas, e até onde eu sei, nós não somos suas amigas.
ALICE – Ainda bem não somos mesmo! E eu nunca que iria me sentar com vocês. A estranha que só porque cresceu o cabelo, se acha popular. E as “vai com as outras”, que fingiam ser minhas amigas apenas para receber presentinhos meus.
THALITA – Isso não é verdade, Alice. Certo que gostávamos das roupas que você dava para gente, sapatos… mas nunca pedimos nada, você que nos dava.
ÉSTER – Ela dava isso para mostrar o quanto ela era superior a gente, Thalita. Que o querido papaizinho dela, compraria vestidos mais bonitos e mais caros, quantos ela quisesse.
ALICE – Vocês são muito invejosas, mesmo. Não sei porque vim perder meu tempo aqui. (vira-se para ir embora, mas lembra de uma coisa) Aliás, vocês estão sabendo do meu show daqui alguns dias?
THALITA – Não. Não esperava que fosse assim tão rápido.
ALICE – E não seria, eu que dê uma ajudinha. Eu acho que se vocês derem uma pesquisadinha na internet, ainda devem encontrar alguns ingressos disponível. Embora, eu tenha certeza que já esgotaram. Se não tivessem me trocado por essa esquisita aí, talvez eu daria alguns ingressos vips para vocês. Então, boa sorte para encontrar um! (sorri, e caminha em direção ao balcão)
ÉSTER – (ver Thalita pegando o celular e pesquisando algo) O que você está fazendo?
THALITA – Estou vendo se os ingressos dela realmente se esgotaram.
ÉSTER – Nem pensar que você vai comprar um ingresso dela, Thalita!
THALITA – Eu não vou comprar, só vou verificar. (continua pesquisando)
ÉSTER – Nem se eu ganhasse um ingresso para assistir de camarote, eu não iria para este show. Alice continua sendo a mesma garota mimada de sempre. (repara que Manuela ficou calada, e imagina que seja por Alice tê-la a chamado de esquisita) Não liga para o que ela falou. Você não é…
MANUELA – (interrompendo-a, levanta a cabeça sorrindo) Eu não ligo para o que ela disse. Eu sou feliz como eu sou, e é isso que importa.
ÉSTER – É assim que se fala.
[BALCÃO]
(Alice senta-se em um banquinho em frente ao balcão, e espera por Ivo. Como ele não estava na lanchonete, imaginou que esteja na cozinha. Rita a ver, e decide falar com ela)
RITA – Oi. Parabéns por ter ganhado o programa, sabia que ia ganhar desde o início.
ALICE – (mexendo no celular, não dando muita atenção em Rita) Obrigada. O Ivo vai demorar lá dentro?
RITA – Não. Deve está buscando alguns pedidos. (fica um silêncio entre as duas) Não quer pedir alguma coisa?
ALICE – Não, obrigada. (continua mexendo no celular, assim que ver Ivo saindo da cozinha, guarda o celular e caminha até ele)
IVO – Oi, Alice.
ALICE – Oi. Vim te trazer um ingresso vip, para o meu primeiro show aqui na cidade.
IVO – Uau, obrigado por ter lembrado de mim. (coloca a bandeja que trazia no balcão, pega o ingresso)
ALICE – Te aguardo lá viu. Afinal, sou grata por você ter cantado comigo na etapa dos duetos.
IVO – Que isso, foi um prazer ter cantado com você naquele dia.
ALICE – Então você vai, né?
IVO – Tentarei.
RITA – Você só trouxe um ingresso?
ALICE – Sim. (volta a ignorá-la) Então é isso. Te trouxe o ingresso, e te aguardo lá.
IVO – Obrigado. (Alice pensa em ir embora, mas foca-se na mesa onde Manuela está, e ao vê-la sorrindo com suas amigas, sente uma pontada de ciúmes)
ALICE – Antes deu ir, gostaria de cantar uma música.
IVO – (sorriso) Opa, pode ficar à vontade! (pega a bandeja, guarda o bilhete no bolso) Enquanto isso, tenho que atender algumas mesas. (se afasta de Alice, que continua olhando para a mesa onde Manuela está. Caminha até a máquina de karaokê, procura uma música, seleciona e em seguida vai em direção ao palco)

[CENA DE MÚSICA – HOT N COLD (KATY PERRY)]

You change your mind 1
Like a girl changes clothes
Yeah, you PMS like a bitch
I would know
And you over think
Always speak cryptically
I should know
That you’re no good for me

Cause you’re hot then you’re cold 2
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down
You’re wrong when it’s right
It’s black and it’s white
We fight, we break up
We kiss, we make up

(You)
You don’t really want to stay, no
(You)
But you don’t really wanna go, oh
You’re hot then you’re cold
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down

We used to be 3
Just like twins, so in sync
The same energy
Now’s a dead battery
Used to laugh about nothing
Now you’re plain boring
I should know
That you’re not gonna change

Cause you’re hot then you’re cold 4
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down
You’re wrong when it’s right
It’s black and it’s white
We fight, we break up
We kiss, we make up

(You)
You don’t really want to stay, no
(You)
But you don’t really want to go, oh
You’re hot then you’re cold
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down

Someone call the doctor 5
Got a case of a love bi-polar
Stuck on a roller coaster
Can’t get off this ride
You change your mind
Like a girl changes clothes

Cause you’re hot then you’re cold
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down
You’re wrong when it’s right
It’s black and it’s white
We fight, we break up
We kiss, we make up

You’re hot then you’re cold 6
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down
You’re wrong when it’s right
It’s black and it’s white
We fight, we break up
We kiss, we make up

(You)
You don’t really want to stay, no
(You)
But you don’t really want to go
You’re hot then you’re cold
You’re yes then you’re no
You’re in and you’re out
You’re up and you’re down

1. Alice começa cantar olhando especificamente para a mesa onde está Manuela e as outras meninas.
2. Assim que chega ao refrão da música, ela retira o microfone do suporte e começa a andar pelo palco, as pessoas que estava na lanchonete se animam.
3. Alice está andando pelo palco, animando o pessoal e os convidando para dançar junto com ela.
4. Assim que chega o refrão novamente, Alice começa a dançar, e as pessoas que foram até o palco, dançam junto com ela.
5. Alice retorna para o centro do palco, volta a focar nas meninas, que continuam sentadas, fingindo que não estavam curtindo a música.
6. Ivo ver a alegria que ficou a lanchonete, volta para o balcão e presta atenção no final da apresentação, sorrindo. Alice encerra a música olhando diretamente para Manuela e sendo aplaudida.

[CENA 02 – CASA DE OTÁVIO/ RUA/ TARDE]
SAULO – Eu sei que você faz costura aí pra fora… (coloca a mão no bolso, e retira algumas notas de dinheiro do bolso) …e tenho certeza, que a o dinheiro que você junta só dá para o básico. Por isso, eu queria deixar esse dinheiro pra você. É pouco, mas acho que vai ajudar você e o garoto.
SILVANA – (ri) Não acredito nisso.
SAULO – Do que você tá rindo? Você não vai pegar o dinheiro?
SILVANA – Eu te procurei naquele dia, e você disse na minha cara que não queria saber de mim ou do meu filho. Agora vem aqui, me oferecendo dinheiro.
SAULO – Eu não esperava aquele encontro. Estava assustado, quando cheguei em casa, pensei melhor, e vi que talvez eu possa ajudar um pouco.
SILVANA – Não precisamos da sua ajuda. Não precisamos de nada que venha de você. Então fique com esse dinheiro e vai gastar com o seu filho “saudável”.
SAULO – Aceita, por favor. Eu sei que a situação não deve estar sendo fácil.
SILVANA – Não queremos nada de você. Então faça o favor e volte para a sua família. Porque você mesmo decidiu não fazer parte dessa. (deixa-o sozinho na rua e vai para dentro de casa, Saulo guarda o dinheiro no bolso, fica alguns segundos em frente à casa, depois vai embora)

[CENA 03 – PIZZARIA/ TARDE]
(Pedro e Dácio continuam conversando, felizes, como se os problemas que ambos estão vivendo, tivessem desaparecido)
PEDRO – Nossa, esses meses que passei aqui foram um dos melhores. Não vejo a hora das aulas começarem, deu rever o pessoal.
DÁCIO – E pensar que você corria o risco de ser excluído assim como eu era.
PEDRO – É.
DÁCIO – E agora, tá aí… quase famoso, arrebentou muito na estreia do programa ontem.
PEDRO – Você assistiu?
DÁCIO – Claro que eu assisti, você acha que eu ia perder?!
PEDRO – Vamos ensaiar amanhã para o próximo programa. Vai ser lá na lanchonete do Ivo, se você estiver afim. (Eduardo entra na pizzaria, com mais uma entrega finalizada. Passa pela a mesa onde Dácio está, em direção ao balcão. Chegando lá, coloca a mochila ao lado e começa a conversar com Hiago)
DÁCIO – Vou ver. A lanchonete ficou um pouco distante de onde estou morando agora.
PEDRO – Preciso visitar sua casa, hein. Vamos marcar para um dia pra eu ir lá.
DÁCIO – Qualquer dia que você quiser. Minha família tem saído atrás de emprego, tenho ficado os dias sozinho.
PEDRO – Combinado então. É bom que já aproveitamos e iniciamos a busca pelo meu pai.
DÁCIO – Que coisa, né. Você encontrou uma pista sobre seu pai, e eu encontrei minha mãe.
PEDRO – Sério? Você a encontrou? Nossa, imagino a felicidade que você tá agora.
DÁCIO – Mais ou menos.
PEDRO – Ué, não era isso que você queria? Encontrar sua mãe?
DÁCIO – É, mas as circunstâncias mudaram.
PEDRO – Como assim? (Eduardo que estava conversando com Hiago, repara na mesa onde Dácio está, reconhecendo-o, decide ir até ele)
DÁCIO – É uma longa história, que não vem ao caso contar agora.
EDUARDO – (chegando à mesa) Dácio? Quase que não te reconheci aqui.
DÁCIO – Oi, Eduardo! (levanta-se e o abraça) Quanto tempo, né?
EDUARDO – Pois é, acho que a última vez que nos vimos, foi no enterro da Letícia.
DÁCIO – Pois é. Bem, esse é o Pedro, um amigo meu. Pedro, esse é Eduardo. Era namorado da minha prima.
PEDRO – (aperta a mão dele) Beleza, Eduardo?
DÁCIO – Mas e aí? Como é que você está?
EDUARDO – Estou superando. A perda da Letícia ainda mexe comigo.
DÁCIO – Eu sei como é. Mas, devemos seguir em frente, né. Tenho certeza que Letícia não iria gostar de ficarmos lamentando por ela não está mais aqui. Ela gostaria que seguíssemos em frente.
EDUARDO – Eu sei. (acha Pedro familiar) Eu não sei, mas acho que te conheço de algum lugar.
DÁCIO – Talvez você tenha o visto na TV. Ele está participando daquele programa de bandas…
EDUARDO – Band Night, sim! Você é o vocalista da banda Órbita Três, né?
PEDRO – Exato.
EDUARDO – Sua banda mandou muito bem ontem. (repara que Laila apareceu no balcão) Não é à toa que estão em 3° colocado. Mas, creio que vão ficar em primeiro se continuarem naquele ritmo.
PEDRO – O objetivo é este.
EDUARDO – Bem, agora o trabalho me chama. Foi bom te ver de novo, Dácio.
DÁCIO – Digo o mesmo.
EDUARDO – Licença. (vai para o balcão, Dácio senta-se, Pedro que observava Eduardo indo, repara em uma placa informando que a pizzaria precisava-se de funcionários)
PEDRO – Viu aquilo?
DÁCIO – (olhando para a placa) Não. Na verdade, nem tinha reparado.
PEDRO – Será que aceitam adolescentes?
DÁCIO – Procurando emprego também?
PEDRO – Sim. Preciso ajudar em casa.
DÁCIO – Posso perguntar para o Eduardo depois, talvez ele te ajude, te indicando para a gerente.
PEDRO – Opa, isso iria me ajudar muito, Dácio. (Eduardo passa por eles, acena e sai para fazer novas entregas)

[CENA 04 – LANCHONETE DO IVO/ TARDE]
(Alice volta para o balcão, ainda sendo aplaudida por algumas pessoas da lanchonete, sendo observada pelas as meninas na mesa)
ÉSTER – Mimada e egocêntrica!
THALITA – Repararam, que ela passou a maior parte da música olhando para gente.
ÉSTER – Ela tá com inveja, da gente está aqui se divertindo.
MANUELA – E ela ficará mais ainda depois de me ver cantando. (levanta-se, caminha até o karaokê confiante, seleciona uma música e vai até o palco)

[CENA DE MÚSICA – ROAR (KATY PERRY)]

I used to bite my tongue and hold my breath 1
Scared to rock the boat and make a mess
So I sat quietly, agree politely
I guess that I forgot I had a choice
I let you push me past the breaking point
I stood for nothing, so I fell for everything

You held me down, but I got up 2
Already brushing off the dust
You hear my voice, you hear that sound
Like thunder, gonna shake the ground
You held me down, but I got up
Get ready, ‘cause I’ve had enough
I see it all, I see it now

I got the eye of the tiger, a fighter 3
Dancing through the fire
‘Cause I am a champion
And you’re gonna hear me roar
Louder, louder than a lion
‘Cause I am a champion
And you’re gonna hear me roar
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
You’re gonna hear me roar

Now I’m floating like a butterfly
Stinging like a bee, I earned my stripes
I went from zero, to my own hero

You held me down, but I got up 4
Already brushing off the dust
You hear my voice, your hear that sound
Like thunder, gonna shake your ground
You held me down, but I got up
Get ready, ’cause I’ve had enough
I see it all, I see it now

I got the eye of the tiger, a fighter 5
Dancing through the fire
‘Cause I am a champion
And you’re gonna hear me roar
Louder, louder than a lion
‘Cause I am a champion
And you’re gonna hear me roar
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
You’re gonna hear me roar
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
(You’ll hear me roar)
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
You’re gonna hear me roar

Roar-or, roar-or, roar-or

I got the eye of the tiger, a fighter
Dancing through the fire
‘Cause I am a champion
And you’re gonna hear me roar
Louder, louder than a lion
‘Cause I am a champion
And you’re gonna hear me roar
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
You’re gonna hear me roar
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
(You’ll hear me roar)
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
Oh, oh, oh, oh, oh, oh, oh
You’re gonna hear me roar

1. Manuela sobe para o palco, destemida. Começa a cantar, suas amigas caminham até a máquina de karaokê, pegam dois microfones e vão para o palco, ficando atrás de Manuela, servindo como vozes de fundo para ela.
2. Alice, observa a apresentação das meninas, exalando inveja pelo corpo.
3. Manuela começa a andar pelo palco, animando a galera. Thalita e Éster percebem Alice enfurecida no balcão, e isso só as anima para cantar mais.
4. Enfurecida, Alice sai da lanchonete antes mesmo da música terminar. Manuela repara ela indo embora e sorri.
5. Manuela se aproxima de suas amigas, e encerra a música junto delas, também sendo aplaudidas pelo pessoal. As três agradecem, descem do palco e voltam para suas meses felizes.

Anoitecendo…

[CENA 05 – CASA DE PEDRO/ SALA/ NOITE]
(Pedro chega em casa, e encontra seu avô descendo as escadas, trazendo sua mala)
PEDRO – Vai viajar, vô?
FREDERICO – Que bom que você chegou, Pedro. Já estava pensando que iria voltar pra Minas, sem falar com você.
PEDRO – Como assim voltar para Minas?
FREDERICO – O José me ligou, filho. Colocaram fogo nas plantações de soja.
PEDRO – Sério? Quem fez isso?
FREDERICO – Tenho suspeita que sejam os produtores vizinhos. Eles sabem que a soja está crescendo naquela região, e como eu dediquei uma boa parte das minhas terras para esse plantio, sabem que tenho mais chance no mercado.
PEDRO – O senhor não quer que eu vá para ajudá-lo? (lembra-se da sua banda) Ah, não… tem a banda. Mas sem problema, o pessoal iria entender.
FREDERICO – Não precisa. Seus amigos precisam de você, sem contar que você iniciou suas buscas atrás de seu pai. Por falar nisso, falou com o seu amigo?
PEDRO – Falei. Ele irá me ajudar a encontrar aquele cara.
FREDERICO – Que bom. Eu não vou está aqui, mas qualquer informação que você descobrir, qualquer coisa que precisar, não esquece me ligar. Está bem?
PEDRO – Pode deixar, vô. (Miguel vem descendo as escadas)
MIGUEL – Está pronto, Frederico?
FREDERICO – Sim, estou.
MIGUEL – Já contou para o Pedro?
FREDERICO – Já.
PEDRO – Você vai com ele, Miguel?
MIGUEL – Só vou com ele até a rodoviária. Daqui a pouco estarei de volta.
FREDERICO – Preciso ir agora, filho. (caminha até Pedro e o abraça) Não esquece viu, qualquer coisa, é só me ligar.
PEDRO – Pode deixar. Digo o mesmo para o senhor. Quero ficar por dentro desse assunto também.
FREDERICO – Pode deixar que te manterei informado. Vamos, Miguel?
MIGUEL – Vamos. (Frederico pega sua mala, e caminha até a porta, Pedro e Miguel logo atrás)
FREDERICO – Tchau, Pedro.
PEDRO – Tchau, vô.
MIGUEL – É já que eu volto, Pedro.
PEDRO – Tá. (Miguel e Frederico vão embora, Pedro fecha a porta, caminha até o sofá e fica pensativo)

[CENA 06 – RODOVIÁRIA/ NOITE]
(Miguel e Frederico estão próximo ao ônibus)
FREDERICO – Eu não queria falar isso na frente do Pedro, mas, fica de olho nessa busca pelo pai dele. Tenho muito medo do que ele pode encontrar.
MIGUEL – Não se preocupa, Frederico. Tomarei conta do Pedro, pode ir cuidar do sítio tranquilo.
FREDERICO – Qualquer coisa me liga, viu.
MIGUEL – Digo o mesmo. (os dois se abraçam, Frederico caminha até o ônibus, acena para Miguel e entra. Miguel vai embora em seguida)

Amanhecendo…

[CENA 07 – LANCHONETE DO IVO/ DIA]
(os amigos de Pedro chegam à lanchonete, e estão no palco preparando-se para o ensaio, no entanto, Pedro ainda não havia chegado)
RAMON – (ligando para o celular de Pedro e ele não está atendendo) Onde está você, Pedro? (volta a ligar)

[CENA 08 – CASA DE PEDRO/ COZINHA – Q. DE PEDRO – SALA/ DIA]
(Miguel está na cozinha, terminando de lavar as louças. Ele estranha que Pedro ainda não havia descido, enxuga suas mãos, caminha até a sala, em direção ao quarto do garoto. Chegando ao quarto, bate na porta, entra e o encontra vazio)
MIGUEL – Pedro? (o procura pelo banheiro, sai do quarto, vai em direção ao quarto onde estão guardadas as coisas de Carla) Pedro, você está aí? (abre a porta, não o encontra, desce para a sala, falando um pouco mais alto) Pedro?! Onde será que esse garoto foi?

[CENA 09 – PIZZARIA/ DIA]
(Eduardo está preparando sua mochila para a sua primeira entrega do dia, coloca-a nas costas, vira-se para ir embora e dá de cara com Pedro)
EDUARDO – Pedro? Bom dia! Você por aqui tão cedo?
PEDRO – Bom dia. Pois é, eu vim pelo o anúncio de emprego.
EDUARDO – (surpreso) Você quer trabalhar aqui?

[CENA 10 – CASA DELLE ROSE/ SALÃO/ DIA]
(Daniel acordou cedo e decidiu andar um pouco pelo salão. Caminha próximo ao palco, observa ao redor, sobe e caminha até o microfone. Olha para os holofotes, fecha os olhos e se imagina cantando. É surpreendido com Nathaniel o chamando)
NATHANIEL – Olha só, já temos quem irá abrir a casa hoje.
DANIEL – (se afastando do microfone do susto que levou) Eu não te vi chegar. (pensa em descer do palco, mas é interrompido por Nathaniel)
NATHANIEL – Ei, pensa que vai pra onde? Quem sobe neste palco tem que cantar, querido. (caminha até a parte elétrica, ligando os equipamentos e holofotes)
DANIEL – Melhor não. As meninas estão dormindo ainda, não quero acordá-las.
NATHANIEL – Você não vai acordar ninguém, bobo. (volta para próximo ao palco) Anda, quero te ouvir.
DANIEL – (se aproxima do microfone) Qualquer música?
NATHANIEL – O palco é seu, querido! (pega uma cadeira, coloca em frente ao palco, e observa. Daniel fica em meio ao palco, pensando em uma música)

[CENA 11 – CASA DE MANUELA/ COZINHA/ DIA]
(Manuela está tomando café da manhã, quando sua mãe entra na cozinha)
SARA – Filha, estou indo, mas antes preciso te perguntar uma coisa.
MANUELA – O que?
SARA – Você realmente quer passar seu último ano em um outro colégio, longe de suas amigas? (Manuela não responde, pensativa)

[CENA 12 – CASA DE PEDRO/ SALA/ DIA]
(Miguel está vendo TV, um pouco preocupado por onde Pedro deve ter ido assim tão cedo. Campainha toca, já que não esperava ninguém, desliga a TV, e caminha até a porta)
MIGUEL – Já vai! (abre a porta, e se surpreende com quem está a sua frente) Karina!
KARINA – Oi, irmão! (o abraça)
MIGUEL – Que saudades minha irmã!

Continua no Capítulo 13…

A Widcyber está devidamente autorizada pelo autor(a) para publicar este conteúdo. Não copie ou distribua conteúdos originais sem obter os direitos, plágio é crime.

Pesquisa de satisfação: Nos ajude a entender como estamos nos saindo por aqui.

Publicidade

Inscreva-se no WIDCYBER+

O novo canal da Widcyber no Youtube traz conteúdos exclusivos da plataforma em vídeo!

Inscreva-se já, e garanta acesso a nossas promocionais, trailers, aberturas e contos narrados.

Leia mais Histórias

>
Rolar para o topo