CENA 1/ INTERIOR/ DIA/ MANSÃO RIOS/ COZINHA

         Ana Alice chega no cômodo e Judite, sua empregada, está limpando uma mesa.

         ANA ALICE – Judite, que bom que voltou! Como foi lá em Cabo Frio? Como tá a netinha?

         JUDITE – Bom dia, dona Ana! Foi pra lá de bom e a Clarinha é a coisa mais linda! Tirei muita foto dela, só falta revelar.

         ANA ALICE – Eu imagino, não tem coisa mais fofa que um bebezinho. Podiam ficar assim pra sempre, né? Depois que cresce, só dá trabalho…

         JUDITE – Mas bebê também dá muito!

         ANA ALICE – Enfim, filho dá trabalho, não tem jeito!

         Elas riem. Judite seca suas mãos depois de limpar a mesa e chega mais perto da patroa.

         JUDITE – Dona Ana, eu sei que eu já pedi muita coisa pra senhora… Mas será que posso pedir outro favor?

         ANA ALICE – Pode falar.

         JUDITE – (fala baixo) É que hoje meu filho sai da cadeia… E eu queria ir lá, vai ser no horário da tarde… Posso sair mais cedo?

         ANA ALICE – Que isso, Judite! Nem precisa pedir, nunca que eu ia negar isso.

         JUDITE – Ah, muito obrigada.

         ANA ALICE – De nada… É uma pena seu filho ter cumprido esse tempo todo, sem ter cometido nenhum crime…

         JUDITE – Um ano! Por causa de uma coisa que ele não fez… a senhora sabe da história… Mas o que importa é que ele vai sair!

         ANA ALICE – Isso ai!

         De repente, elas se assustam com barulhos de coisas quebrando, vindos do quarto de Giselle.

         JUDITE – Será a dona Giselle?

         ANA ALICE – Só pode! (vai saindo) Não tô dizendo que filho só dá trabalho!

         Judite ri.

         CORTA PARA/

CENA 2/ INTERIOR/ DIA/ MANSÃO RIOS/ QUARTO DE GISELLE

         Giselle está extremamente nervosa, suada e ofegante. Há alguns vasos e artigos de decoração quebrados. Ela lança o ultimo vaso inteiro do quarto na Tv, onde vemos Marisa apresentando seu programa, e quebra a tela do eletrônico. Nesse momento sua mãe entra, assustada com a bagunça.

         ANA ALICE – Você tá maluca, Giselle!

         GISELLE – (gritando) Aquela ordinária da Marisa! Ela me paga, eu vou matar aquela vagabunda!

         ANA ALICE – (olhando tudo em volta) Meu deus, você destruiu o quarto todo! O que aconteceu minha filha?

         GISELLE – A traíra da Marisa destruiu minha carreira, só isso! O que eu vou fazer agora?

         ANA ALICE – (pega nos braços da filha e senta com ela na cama) Como assim? Me explica direito? O que ela fez?

         GISELLE – Ela divulgou um áudio comprometedor ao meu respeito, naquele programinha dela! Ordinária! Nem sei como ela conseguiu aquilo…

         ANA ALICE – Mas você tem que se controlar, Giselle!

         GISELLE – (se levanta e roda no quarto) Controlar nada! Vou ligar pra ela. Cadê meu celular? (procura por alguns segundos) Aqui! (ela disca o número e espera)

         ANA ALICE – O que de tão grave assim tinha nesse áudio, filha?

         GISELLE – Ah, não enche agora mãe! Me deixa! (desliga o celular depois de tanto esperar) Ah sem vergonha não me atende! Merda! (pensa alguns instantes) Ela deve tá gravando. Vou na emissora! (vai pegar sua bolsa)

         ANA ALICE – Filha, não vai sair nesse estado! Você nem vestida direito tá!

         GISELLE – (se olha e vai no banheiro) É verdade! Não podem me ver mal vestida.

         ANA ALICE – Independente da roupa, filha, eu não vou deixar você sair desse jeito!

         GISELLE – (em off, gritando) Nem você nem ninguém vai me impedir de fazer o maior barraco com a Marisa naquela emissora!

         Ana Alice preocupada.

         CORTA PARA/

CENA 3/ STOCKSHOTS/ INT. E EXT./ DIA

         Sonoplastia: Oops!… I did it again – Britney Spears

         Takes de diversas pessoas em suas casas e em locais públicos, assistindo à Tv, surpresos com o áudio exibido no “POP +”. Elas comentam com pessoas ao lado, algumas riem, outras ficam horrorizadas.

         CORTE RÁPIDO PARA/

CENA 4/ INTERIOR/ DIA/ SUPERMERCADO DOIS IRMÃOS

         Laerte caminha ao lado do gerente até o escritório do estabelecimento e para, perto de algumas prateleiras, ao ver na tv a repercussão do áudio de Giselle.

         Fim do áudio em fade out.

         LAERTE – (falando baixo) Essa menina só faz merda…

         MANOEL – (sem entender) Oi?

         LAERTE – Nada, vamos!

         Enquanto os dois sobem as escadas até o escritório, Camila vem correndo no meio das prateleiras e chama pelo empresário.

         CAMILA – Laerte! Oi! (ela também sobe as escadas até chegar a ele) Preciso muito falar com senhor!

         Laerte sem entender e o gerente Manoel com expressão de total reprovação pela atitude de Camila.

         LAERTE – O que quer comigo?

         MANOEL – Como você sai assim do caixa, Camila. Você tá impossível!

         CAMILA – Desculpe, eu sei que não devia… Mas eu preciso muito entregar isso pro Laerte (mostra o gravador).

         LAERTE – Pra que isso? Gravou alguma reclamação sobre o trabalho! (ri, ironicamente)

         CAMILA – Não. Eu tentei te entregar sábado, no show da sua filha, mas acabei não conseguindo… Então decidi gravar de novo. É uma música minha.

         LAERTE – (pega o gravador) Música?

         MANOEL – Música? Como assim? Dá um jeito de voltar a trabalhar, Camila…

         CAMILA – (confiante) É. Soube que estava procurando uma nova cantora pra agenciar, e eu queria te mostrar meu talento.

         LAERTE – (indiferente) Ah, bacana… Talvez eu ouça. (ele volta a subir as escadas, com o gravador)

         MANOEL – (fala baixo, nervoso) Volta pro caixa, anda!

         O gerente acompanha Laerte e Camila volta, ainda muito confiante.

         CORTA PARA/

CENA 5/ INT. E EXT/ DIA/ PADARIA DA TERÊ   

         Vemos da fachada da padaria de Terezinha, o movimento no bairro e Olinda, chegando no estabelecimento.

         Dentro da padaria, Tarcísio limpa a mesa de onde acabaram de sair um casal de clientes, e se aproxima de Terezinha, no balcão.

         TEREZINHA – Sua ajuda aqui tá sendo “maravilhótima”, Tarcísio! Às vezes fico doida aqui, sozinha.

         TARCÍSIO – Tô amando te ajudar, bom pra passar o tempo…

         TEREZINHA – Não tô reclamando não tá? Mas por que decidiu vir pro Rio tão cedo? É outubro ainda… Sua faculdade começa quando?

         TARCÍSIO – Final de fevereiro… (pensativo) Mas já tava difícil ficar lá no interior…

         TEREZINHA – Por que? Problema com a família?

         TARCÍSIO – Família sempre dá algum problema né, tia. Mas minha mãe/

         Terezinha corta ao ver Olinda entrar, insatisfeita.

         TEREZINHA – Bom dia, Olinda!

         OLINDA – Bom dia. (se senta e suspira) Ah, que dor!

         TEREZINHA – Dor onde? Tá passando mal?

         OLINDA – Dorzinha aqui na barriga, nada demais… Mas as vezes dá uma pontada. Deve ser alguma coisa que eu comi. Me vê um café aí.

         TEREZINHA – Pega ali pra ela, Tarcísio. Esse aqui é o filho da minha cunhada Dulce, Olinda! Lembra?

         OLINDA – Como cresceu, né? (pega o café da mão dele) Tá um homão já!

         TARCÍSIO – Que isso… Como tá a Camila?

         OLINDA – Tá bem… Passa lá em casa qualquer dia. (pausa) E o Kaio, Terê? Soube da história dele com a minha filha…

         TEREZINHA – Ah, comadre, Kaio nem fala direito comigo! Só sei que ele se declarou!

         TARCÍSIO – Ele me contou… Mas ela só quer amizade com ele.

         OLINDA – É o que eles sempre foram, né? Cresceram juntos, correndo nessa pracinha ai!

         TARCÍSIO – Pois é… Mas o Kaio tinha outros sentimentos…

         OLINDA – Tadinho… Eu adoraria que os dois namorassem, mas se minha filha não quer… Fazer o que! O que importa é não acabar a amizade.

         TEREZINHA – Isso que é importante.

         OLINDA – (termina o café num gole só) Ih, preciso ir. Tenho diária hoje lá em copa…

         TEREZINHA – Vai com deus!

         TARCÍSIO – Tchau!

         Olinda sai, com a mão na barriga.

         CORTA PARA/

CENA 6/ EXTERIOR/ DIA/ UFRJ

         Entardece na cidade. Takes aéreos da Universidade Federal do Rio de Janeiro. De longe, vemos Kaio e Henrique caminhando juntos.

CENA 7/ INTERIOR/ DIA/ UFRJ

         Kaio e Henrique caminham pelo corredor, com pouca movimentação.

         HENRIQUE – Cara, fique boladão que tu saiu sem mim.

         KAIO – Ué, qual problema? Se eu te chamasse você nem ia poder, por causa da sua namorada.

         HENRIQUE – Não, tô solteiro já.

         KAIO – Putz. Sabia que não ia durar muito!

         HENRIQUE – Mas voltando aqui… Eu sempre te chamo pra sair e você nunca vai, mas com seu primo foi fácil, fácil…

         KAIO – Mas é por que ele insistiu muito…

         HENRIQUE – Sei… Me diz uma coisa aqui… Aquele Tarcísio é bicha?

         KAIO – (surpreso) Por que tá perguntando isso?

         HENRIQUE – Tava na cara né, aquele jeitinho dele.

         KAIO – Hum… Ele é gay sim, ele me disse naquela noite.

         HENRIQUE – (ri) Imagina o pessoal da sala sabendo que você tá saindo com seu primo viadinho.

         KAIO – (nervoso) Que isso, cara? Não tô te reconhecendo, ta parecendo moleque da 5° série!

         HENRIQUE – Ih, ficou nervosinho…

         KAIO – Piada boba. (ele anda mais rápido, deixando Henrique pra trás)

         HENRIQUE – Qual foi, Kaio!? Pera aí.

         Henrique tenta alcançá-lo.

         CORTA PARA/

CENA 8/ EXTERIOR/ DIA/

          Sonoplastia: Drama

         Vemos a fachada da cadeia, devidamente protegida, e um grande portão. Judite, a empregada de Ana Alice, se aproxima devagar, e para em frente, esperançosa e feliz.

         Segundos depois, o portão se abre e dele sai JOSIAS (29 anos, pele parda, cabelos curtos e encrespados), filho da empregada. Eles se abraçam fortemente.

         JUDITE – (chorando) Oh meu filho… Que saudade eu tava.

         JOSIAS – (chorando) Também, mãe…

         Eles continuam abraçados por alguns segundos, até que Judite põe as mãos no rosto dele e fala confiante.

         JUDITE – Agora é vida nova, né?

         JOSIAS – (sorrindo e limpando as lágrimas) Vida nova!

         Fim do áudio em fade out.

         CORTA PARA/

CENA 9/ EXTERIOR/ DIA

         Takes da movimentação nas ruas do Rio de Janeiro. Vemos um carro sendo conduzido de forma estranha numa longa avenida.

         CORTE RÁPIDO PARA/

         Completamente descontrolada, Giselle dirige seu carro. Ela entra em uma rua menos movimentada, estaciona de maneira incorreta, em frente a um grande prédio. É a emissora de tv, onde é gravado o programa “POP +”, apresentado por Marisa.

         Nervosa, ela desce do carro e passa por uma linda fachada decorada com pinheiros e flores.

         CORTE RÁPIDO PARA/

CENA 10/ INTERIOR/ DIA/ EMISSORA/ RECEPÇÃO

         Giselle chega na recepção, de decoração chique e moderna. Há uma recepcionista, sentada atrás de uma mesa de escritório, ao lado uma mesinha de centro, rodeada por algumas poltronas e perto da porta, um segurança.

         GISELLE – A Marisa Moreira ainda está gravando? Pode ver pra mim queridinha.

         RECEPCIONISTA – Boa tarde! Só um instante… (olha no computador)

         GISELLE – (nervosa) Dá pra ser rápido, amor?

         RECEPCIONISTA – Hoje ela iria gravar até as 16 horas.

         GISELLE – (olha no relógio) Então ela já deve tá chegando…

         CORTE RÁPIDO PARA/

         Marisa caminha pelo corredor da emissora, acompanhada por Armando, visivelmente abalada.

         MARISA – Olha, eu acho que preferia ter perdido meu emprego do que ter feito essa trairagem com a Giselle…

         ARMANDO – Agora é tarde né… A bomba já explodiu!

         MARISA – Ela é quem vai explodir comigo!

         ARMANDO – Tomara! Aí você fala isso no programa também.

         MARISA – Para de palhaçada, Armando.

         ARMANDO – (animado) Hoje o programa com certeza foi recorde de audiência. Se bobear, tem até jornalistas aí fora.

         Marisa e Armando chegam na recepção e ela fica surpresa com a presença e a abordagem de Giselle.

         GISELLE – Tá aí, a vagabunda!

         MARISA – Calma Gi/

         Giselle avança pra cima de Marisa, que se esconde dos tapas dela, atrás de Armando.

         GISELLE – Sua traíra, piranha! Eu vou te esquartejar!

         Armando tenta segurar Giselle, a recepcionista fica chocada com o barraco, o segurança se aproxima e pega nos braços da cantora.

         GISELLE – (tentando se soltar das mãos do segurança) Eu vou acabar com sua raça!

         MARISA – Giselle, pelo amor de deus, eu não tive escolha…

         ARMANDO – Ninguém aqui tem culpa se você só fala merda, o cantorazinha fracassada!

         GISELLE – Cala a boca seu ridículo! Meu assunto é com essa amiga da onça ai!

         MARISA – Amiga, eu juro que eu não queria ter feito aquilo…

         GISELLE – Sua falsa! (grita e esperneia) Me solta que eu preciso dar na cara dessa mulher! Me solta!

         ARMANDO – Leva essa louca pra fora por favor? Anda!

         O segurança acata as ordens de Armando e vai levando Giselle, que continua a gritar. Funcionários na emissora observam o escândalo.

         CORTE RÁPIDO PARA/

         O segurança bota Giselle na rua. Marisa, Armando e os funcionários atrás. Rua pouco movimentada, mas com dois paparazzi perto de um carro, que começam a tirar fotos das loucuras de Giselle.

         GISELLE – (gritando) Eu vou acabar com todos vocês! Isso não vai ficar assim! (se vira pros paparazzi e tenta os agredir) Vão tirar fotos da mãe de vocês! Seus fofoqueiros de merda! (dá o dedo do meio para as câmeras) Vagabundos!

         Nesse momento, um carro freia bruscamente no meio da rua. É Aristóteles, que desce rapidamente e pega Giselle pelos braços.

         GISELLE – Que isso? Me larga!

         ARISTÓTELES – (levando-a a força até o carro) Vamos embora daqui! Anda! Chega de escândalo!

         GISELLE – Solta, eu ainda não acabei!

         O empresário consegue, finalmente, leva-la até o carro e dá partida. Os paparazzi fotografam tudo, se divertindo com o barraco. Marisa permanece chocada.

         MARISA – Que horror…

         ARMANDO – (feliz) Essa semana o “POP+” vai superar até “O Clone” na audiência!

         CORTA PARA/

CENA 10/ INTERIOR/ DIA/ SUPERMERCADO DOIS IRMÃOS

         Camila está trabalhando e termina de passar as comprar de uma cliente. Ao vir o próximo, ela se surpreende ao notar que é Bruno.

         CAMILA – Ué, tá fazendo o que por aqui?

         BRUNO – Minha mãe pediu pra comprar umas coisas no mercado, aí decidi vir um pouquinho mais longe pra te ver.

         CAMILA – Nossa! (ri) Que honra.

         BRUNO – Seu expediente demora a acabar?

         CAMILA – Poxa… Hoje tenho que fazer hora extra.

         BRUNO – (colocando o pouco que comprou na mochila) Não tem problema. Eu espero. Cantando.

         CORTE RÁPIDO PARA/

         Camila continua a trabalhar e observa, sorrindo, Bruno tocando violão e cantando perto de fachada do supermercado. Eles trocam alguns olhares. Volta e meia, pessoas que passam deixam um trocado na capa do violão de Bruno. Instantes.

         CORTA PARA/

CENA 11/ EXTERIOR/ NOITE

         Mais tarde, Camila sai do supermercado, junto com meia dúzia de funcionários, e logo atrás, o gerente Manoel fecha as portas. Bruno a observa do outro lado da rua.

         CAMILA – Tchau, seu Manoel!

         ENERSTO – Tchau! Vê se não me arruma mais problema.

         Camila ri, atravessa a rua e encontra Bruno. Eles se beijam e caminham pela calçada.

         BRUNO – Tá sendo uma má funcionária, é?

         CAMILA – Ih, seu Manoel adora me implicar.

         BRUN0 – Sei…

         CAMILA – É que hoje o dono da rede esteve aí.

         BRUNO – Sério? Pra que?

         CAMILA – Sei lá, foi conversar com o gerente. Mas ele é o empresário da Giselle Rios, o cara que eu tentei entregar a música no show.

         BRUNO – Ah, entendi… Hoje você conseguiu entregar.

         CAMILA – (feliz) Consegui! Tô achando que dessa vez eu vou ficar famosa.

         BRUNO – Ai ai… Você já sabe o que eu acho disso né?

         CAMILA – Sei, Bruno. Mas é meu sonho, ué. Você vai ter que aceitar isso se quiser ficar comigo.

         BRUNO – Não, tudo bem! Só que esse lance de fama não é tão bom assim.

         CAMILA – E tu já foi famoso pra saber?

         BRUNO – Bom/

         CAMILA – (corta) Como que ser reconhecida pelo meu trabalho e ainda ganhar dinheiro com isso não é tão bom assim? É maravilhoso!

         BRUNO – Mas você sabe que esses empresários só exploram os artistas né.

         CAMILA – Olha… Nada do que você me falar vai me impedir de continuar com isso. É meu sonho desde criança.

         BRUNO – (beija o rosto dela) Tá bom… Minha cantora!

         Camila sorri e eles continuam a andar.

         CORTE RÁPIDO PARA/

         O casal finalmente chega em frente à casa de Camila e param no portão.

         BRUNO – Amanhã a gente se vê?

         CAMILA – Sim… Até hoje você não me deu seu número.

         BRUNO – Não tenho celular… Mas você pode ligar lá pra pensão.

         CAMILA – (tira o celular da bolsa) Pera aí. Qual é o número?

         BRUNO – 32/

         O telefone de Camila toca no momento em que ela ia anotar o número de Bruno.

         CAMILA – (estranha) Ué, que número diferente… (atende) Alo? Oi? (pausa) O que? Minha mãe? (nervosa) Ai meu deus! Qual hospital? (pausa) Tá, tá, tô indo.

         Camila desliga o telefone e fala com Bruno, desesperada.

         CAMILA – Minha mãe! Desmaiou no trabalho!

         BRUNO – Onde ela tá?

         CAMILA – Os patrões dela levaram ela pro hospital… Meu deus, o que aconteceu com minha mãe!?

         Close em Camila, muito abalada.

FIM DO CAPÍTULO

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