Do Autor

Marcelo Maia

 

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CENA 01 – Rua/ EXT. / MANHÃ.

 

Os dois observando a casa, simples em uma rua pacata.

Elis – É aqui.

Perso – O que meu amor?

Elis – É aqui sua nova casa, vamos recomeçar aqui.

Perso – Jura? Posso entrar?

Elis – Claro que pode, é nossa casa. Vamos ser feliz aqui.

Perso – Você planejou tudo isso?

Elis – Há anos eu venho pensando nisso. Nossa casinha, nosso lugar.

Perso – Você alugou essa casinha?

Elis – Não, fui ajuntando dinheiro, mês por mês. Fui comprando tudo, não falta nada dentro de casa. E depois com o tempo, comprei essa casinha. É simples, mas é de coração. Dois cômodos.

Perso – Não ligo para isso. Prefiro morar em uma casinha simples que seja nossa, do que morar naquele palacete cheio de pessoas falsas.

Os dois adentram a casa, sorrindo e comemorando, um casal feliz.

Elis – Gostou meu amor?

Perso – Eu simplesmente amei. É linda nossa casinhas.

Elis – Demais né. Sempre que dava perguntava como você queria nossa casa, a cor, os móveis. Está do jeito que você gostaria.

Perso – Você é única. Eu amo você.

Elis – Eu amo muito mais você.  – Os dois se beijam e vão até o quarto se beijando e começam a namorar. Tirando as roupas lentamente, se acariciando o casal transam.

 

CENA 02 – Administração MVida/ INT./ Tarde/ Sala de Reuniões.

Todos os acionistas dentro da sala, conversando e trocando ideias, e entra Marion, Marcelo e Davi.

Marion – Boa tarde.

Todos – Boa tarde…

Marion – Pega o telefone e disca – Garota, pode vir aqui, por favor. – Desliga.

Juliana – Entra na sala – Pois não senhora?

Marion – Aguarde um momento. Se possível.

Juliana – Ok. – Senta.

Marion – Hoje convoquei vocês aqui para falar de um assunto muito importante.

Marcelo – Por favor, observam atentamente OK. É importante para todos, pois estamos falando da Administração da nossa empresa.

Todos – Ok.

Marion – Continuando Espero que todos entendam os motivos Ok. Devido o fechamento de duas lojas neste último ano tive que tomar medidas severas. Para não haver futuros problemas, decidi fechar mais duas lojas. Pois gasta muito e não há lucros. Acho que todos estão de acordo né.

Marcelo – Com isso, iremos mudar algumas coisas, e também não optamos em aumentar alguns salários senhores.

Todos começam a falar.

Davi – Senhores, eu fiz um grande estudo. A opção do não aumento é de fato necessária. Não podemos aumentar algo que futuramente possa vir fechar mais lojas, ou diminuir o quadro de funcionários da ADM para suprir a falta de movimento das lojas. Com isso é nossa decisão.

Marcelo – Aproveitando, há uma apresentação hoje de dois acionistas na empresa. Espero que recebam bem. Por favor, Juliana busque os novos acionistas.

Juliana – Claro. – Levanta e abre a porta.

Catarina – BOM DIA.

Marion – Reconheceu a voz, e olha atentamente a Catarina na porta da sala e diz:- O que você está fazendo aqui?

Cataria – Sou a mais nova acionista meu amor. E detalhe não estou sozinha. Pode entrar meu querido.

Pedro – Claro meu amor.

Marion – Vê Pedro e imediatamente diz. – O trouxe também Catarina? É uma Gangue?… Talvez um complô?

Pedro – Pensou que nunca mais íamos nos ver.

Marion – Irritada perde o controle e diz: – Saem todos daqui agora. – Todos saem da sala aos poucos.

Marcelo – Eu também?

Marion – Não Marcelo, você fica. Esse casal é muito perigoso.

Marcelo – Você os conhece?

Pedro – Você nunca comentou sobre agente?… Pelo silêncio não né…

Marcelo – Do que ele está falando?

Marion – Nervosa – Eles são duas pestes. Não prestam, não vale nada. Eu há os odeio.

Catarina – Mas porque minha querida? Não fique assim. Está nervosa?

Marion – Você está aqui para que sua víbora? Quer meu lugar né? Invejosa.

Davi – Me desculpe, mas eu não a obrigação de ficar vendo essa cena de barroco entre vocês. Vou conhecer minha nova sala. – saindo da sala.

Catarina – Aproveita rapaz, e pede para arrumar uma nova sala para mim e meu esposo. À partir de hoje, iremos trabalhar aqui todos os dias.

Marion – Mais não vão mesmo!

Catarina – Querida, você não tem mais escolha, é melhor você aceitar.

Pedro – Acho a melhor opção. Pois estaremos aqui todos os dias.

Catarina – Agora eu vou almoçar, mas quando voltar quero conhecer melhor a empresa. – Sai da sala com Pedro.

Marcelo – Você os conhece?

Marion – Obvio, duas peste. Nosso maior concorrente direto. Aproveitaram que a empresa não está em uma boa fase e se infiltraram.

Marcelo – Calma, vamos se juntar e descobrir o que querem aqui.

Marion – Cê só pode estar de brincadeira. Eu tenho cara de quem quer mesmo descobrir o que eles querem aqui?… Eu vou tratar logo de eliminar essas merdas do meu caminho, antes que o pior aconteça. – Sai da sala, deixando Marcelo sozinho.

Marcelo – Não acredito em nada que ela me disse. Sei que aí tem algo. Tenho absoluta certeza.

Enquanto isso na nova sala Davi observa Juliana.

Juliana – Algum problema?

Davi – Nenhum. Apenas curiosidade.

Juliana – Com o que?

Davi – Semelhanças, coisas do passado. É melhor esquecer.

Juliana – Sem problema. – Sorrindo – Se precisar de qualquer coisa, mas qualquer coisa mesmo. Estou aqui para você.

Davi – Como assim para…

Juliana – Sorrindo – Entenda como quiser. – Sai da sala.

Davi – Mulher brasileira é tão fácil mesmo né. Elas não podem ver um homem bonito, gostoso e rico.

 

CENA 05 – Casa de Perso e Elis/ Cozinha/ Tarde/ INT.

 

Perso – O que você está fazendo meu amor?

Elis – Um almoço maravilhoso para meu marido.

Perso – Não precisa, vem deitar comigo. – Abraça Elis por trás e dá diversos beijos.

Elis – Claro que precisa meu amor, você merece. Passou anos comendo aquela comida horrível, e agora não quer comer uma comida deliciosa.

Perso – Realmente, você é a mulher perfeita.

Elis – Perfeito é você meu amor.

Perso – Não quero mudar de assunto, mas acho que já está na hora de falarmos sobre o passado e o futuro.

Elis – Justo.

Perso – Você me disse há pouco tempo meu amor que você teria alguns trunfos. Quais?

Elis – Sorrindo – Você sabe onde estamos?

Perso – Não, juro que não. Dez anos preso me tirou muita coisa.

Elis – Estamos morando no bairro Novo Horizonte. Já ouviu falar?

Perso – Não que eu me lembro.

Elis – Amor, a vizinha ao lado é sua avó.

Perso – O que?

Elis – Isso mesmo meu amor. A nossa vizinha é sua avó, o nome dela é Suzy, mãe da Marion.

Perso – Não pode ser. – balançando a cabeça como se não estivesse aceitando o fato e logo diz. – E como você à conheceu?

Elis – Rancor meu amor, era muito ódio, quis me aproximar o máximo da família. Ou pelo menos metade da família. E consegui.

Perso – Você arquitetou tudo isso?

Elis – Muito mais que isso amor. Coloquei minha irmã Juliana para trabalhar na empresa da sua mãe. Só assim ficaremos sabendo de tudo.

Perso –  Como você é cruel. – Sorrindo.

Elis – É meu amor, aquilo que me aconteceu me marcou muito. Jamais iria deixar passar em branco.

Perso – Assim como você eu quero justiça meu amor.

Elis – Não acaba aqui não.

Perso – Nossa que mente mirabolante em.

Elis – É ódio meu amor. Eu quero ver esse povo pagando por tudo.

Perso – O que você pensa em fazer?

Elis – Além de me vingar?

Perso – Sim…

Elis – Ahhhh, quero mimar meu marido, dar muito beijo, carinho sem fim.

Perso – Só você em meu amor.

Elis – Aproveitando amor… Seu irmão voltou.

Perso – Como soube?

Elis – Minha irmã se esqueceu?

Perso – Verdade é muitas novidades pra um dia só.

Elis – Se acostuma meu amor, tá só começando. – Sorrindo.

Perso – Realmente está só começando, esse circo vai pegar fogo em breve.

Elis – Você sabe quem é o amante da sua mãe?

Perso – Eu não consigo lembrar o nome dele. Mas lembro me lembro muito bem o rosto daquele crápula.

Elis – Podíamos trazer ele para nossa lado!

Perso – Como?…

Elis – Não sei exatamente. Mas vamos descobrir em breve.

Perso – Você é muito má.

Elis – Somos né. – Sorrindo.

Perso – Não sei se sou má, mas só queria justiça meu amor. Não é fácil sofrer por algo que eu não cometi. Dó muito.

Elis – Eu sei meu amor, eu deveria ter raiva de você por ter o mesmo rosto daquele canalha e ter aquela safada de mãe. Mas eu só consigo sentir amor.

Perso – Posso até ter o mesmo rosto, porém não tenho a mesma alma e caráter que aquele animal.

Elis – Por isso que eu te amo tanto. Além de tudo é um fofo. – Beija Perso.

Perso – Só estou pensando como farei para recomeçar minha vida.

Elis – Isso realmente eu não pensei. Mas tudo tem um jeito.

Perso – Isso é fato. Em breve iremos descobrir.

Elis – Em breve tudo muda.

Perso – Agora o que eu mais quero é conhecer minha avó.

Elis – Vou chama-la para tomar um café conosco.

Perso – Boa ideia faça isso mesmo.

Elis – Farei meu amor.

 

CENA 06 – Restaurante/ INT/ Salão.

 

Entrando Marcelo e Marion, conversando. Clima agradável, ambiente silencioso. Os dois sentam.

Marcelo – Você deve manter a calma.

Marion – Meu mundo está de ponta cabeça e você vem falar em calma? Ficou louco?

Marcelo – Eu não querida, só quero seu bem.

Marion – Não queira meu bem em palavras, mas sim em atitude.

Marcelo – Como assim Marion?

Marion – Há muito tempo não fazemos nenhuma maldade né?

Marcelo – Espero não fazer mais, já basta o golpe certeiro. Acho que não precisamos mais né?

Marion – Você acha que isso é o suficiente?… Eu sempre quero mais, principalmente agora que tenho inimigos em meu caminho.

Marcelo – Diversos né, seu filho, Pedro e Catarina e por aí vai…

Marion – De brinde veio a anta do Davi. Você acredita que ele voltou da Rússia apaixonado pela aquela tatuada estranha.

Marcelo – Sério?

Marion – sorrindo – Você acredita que ele me disse que se tiver que pagar ele vai pagar? Acredita nisto?… Gastei tanto dinheiro para manter ele e aquele sangue suga maldito da mulher dele em outro país… E ninguém vê meu lado.

Marcelo – Adma?

Marion – Você sabe que aquilo não presta né. É uma víbora sem limites. Até eu tenho medo dela. Pois soube que ela já deu o golpe e matou o ex-marido.

Marcelo – Sorrindo – Conheço essa história.

Marion – Você brinca né.

Marcelo – Marion, se você tem tanto medo do pior acontecer, lembre-se sempre do ditado, se não pode com ele, junta-se a ele. Faça-a mudar a atitude dele.

Marion – Sábio Marcelo, sempre com uma carta na manga.

Marcelo – Pra você minha querida, eu sempre terei todos os trunfos do mundo. – Estende o braço e coloca sua mão em cima dela, olhando atentamente.

Avistando de longe está ADMA, que imediatamente vai até a mesa dos dois sorrindo e diz:

Adma – Olá.

Assustada, Marion recolhe sua mão com força e olha nos olhos de Marcelo.

Adma – Tudo bem sogra?

Marion – Olá querida, tudo bem?

Adma – Estou ótima e vocês?

Marcelo – Bem sim, obrigado.

Marion – Sim querida, o que faz aqui?

Adma – Acredito que o mesmo que você.

Marion – Está aguardando seu Marido?

Adma – Não, estou sozinha mesmo.

Marcelo – Quer sentar conosco? Acabamos de pedir, se desejar sente-se.

Adma – Sentar com o casal.

Marion – Tomando o vinho se engasga e diz: – Casal? – sorrindo.

Adma – Acredito que sim sogra. Pelo menos foi o que vi vocês de mãos dadas.

Marion – Imagina querida, não somos um casal, e nunca fomos né. – Fica olho a olho com Marcelo.

Marcelo – Foi apenas um gesto de carinho, somos amigos há anos.

Adma – Calma queridos, não quero explicações, só vir até a mesa para conversar com minha sogra, apenas isso.

Marion – Já entendemos querida, se quiser almoçar, junte-se a nos.

Adma – Imagina querida, já pedi uma mesa, irei almoçar sozinha mesmo. Obrigado.

 

CENA 07 – SHOPPING/ INT/ Noite/ Lojas.

 

Perso e Elis saem para passear no shopping da cidade, e no mesmo momento que Davi e Adma e sua filha Melody.

Andando em corredores diferentes, os casais dão muitas risadas. Felizes Perso e Elis entram em lojas.

Perso – Um dia nossa casa terá um desse.

Elis – Mas não precisa meu amor, você acha necessário?

Perso – Não é necessidade meu amor, é aquela como auxilio. Necessidade é termos em casa comida e dignidade.

Elis – Lindo. – sorrindo abraça seu marido.

Enquanto isso na loja a frente Davi e Adma conversam.

Adma – Vi sua mãe no restaurante hoje.

Davi – Quando?

Adma – Hoje de tarde, e ela estava acompanhada.

Davi – Namorado novo então.

Adma – Disseram que não, mas eu acredito que sim.

Davi – Como você é venenosa, então se eu sair para almoçar com alguma mulher é só porque estou paquerando?

Adma – Você jamais faria isso Davi. Eu acabo com sua vida, não brinca viu.

Davi – Doidinha, só você mesmo. – Sai andando até o caixa, enquanto Adma sussurra.

Adma – Você brinca né.

Ao saírem das lojas ao mesmo tempo, os irmãos vão por caminhos diferentes. Mas Melody repara Perso e diz:

Melody – Pai?

Davi – Sim…

Melody – O Senhor tem irmãos?

Davi – Não, porque?

Melody – Tem um rapaz ali bem parecido com você.

Davi – Comigo?… Aonde?

Melody – Acabou de sair.

Davi – Olhando fixamente para Adma, desesperado diz – Vamos sair daqui agora.

Adma – O que está havendo?

Davi – Vamos logo Adma, temos que sair daqui urgente.

 

CENA 08 – Estacionamento/ Dentro do Carro/ EXT.

 

Davi – Dirige você Adma.

Adma – Como meu amor, eu não tenho habilitação no Brasil.

Davi – Não precisa, esse lugar é um país sem lei.

Adma – Ok, mas quero que você me fale o que está havendo.

Davi – Era o Perso!

Adma – Como você sabe?

Davi – Ele saiu da cadeia alguns dias. Tenho certeza que ele quer se vingar.

Malody – Pai, olha ali o rapaz que parece você.  – Apontando o dedo para frente, quando saia Elis e Perso do shopping.

Davi – Acelera esse carro, passa por cima deles.

Adma – Tá maluco, nossa filha está aqui.

Davi – Filha se abaixa aí, se proteja tá. – A mesma se esconde no banco.

Adma – Você tá maluco.

Davi – Gritando – Anda ADMA, faça por amor.

Adma – Por você, eu faço!

 

 

[CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO]

 

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