CENA 01 – Quarto Marion/ Manhã/ INT.
Adma, entra no quarto de Marion, e começa a revirar o armário da mesma.
Atentamente tira uma arma de dentro da caixa.
Adma – Maluca mesmo, ela tem uma arma escondido, doente… Vou deixar tudo no lugar.
CENA 02 – Mercado MVida/ Vestiário/ Manhã/ INT.
Bi – Chorando – Eu juro que não fiz nada.
Vi – E porque te bateram?
Marta – Entrando – Porque é uma bicha intrometida. Cá entre nóis que ele mereceu.
Vi – Suma daqui, por favor.
Marta – Eu querida, não vou não. Você não é dona daqui. Ou já roubou o marido de Marion.
Pati – Tá falando o que da Marion?
Marta – Esse povo daqui é muito fofoqueiro. Deus me livre.
Bi – Suma daqui Marta, por favor. Você não sabe respeitar a dor do próximo?
Marta – Querido, até sei! Mas você se lembra do que fez comigo no dia que estava brigando com essa safada.
Vi – Você não começa. Eu não estou afim de ficar aqui brigando com você.
Marta – Quem não está afim querida sou eu. Tchau. – Sai do vestiário.
Bi – Chorando – Você não imagina como dói!
Vi – Mais o que aconteceu?
Bi – Você realmente quer me ouvir?
Vi – Logico que eu quero meu querido. Estou aqui para ouvir você. Diz o que aconteceu. Se precisar vamos até a polícia.
Bi – Policia não pelo amor de Deus, não há essa necessidade Vi.
Vi – Você está todo machucado e não há necessidade?
Bi – Por favor Vi, policia não.
Vi – Foi seu pai né?
Bi – Ele é meu padrasto.
Vi – O que ele te fez.
Bi – chorando – Eu não quero contar.
Vi – Mas como eu irei te ajudar se não posso saber o que aconteceu.
Bi – Eu tenho ódio dele. Muito nojo mesmo.
Vi – Ele te bateu? Você está roxo… O que houve?
Bi – Promete que nunca vai contar a ninguém?
Vi – Por tudo que é mais sagrado nesta vida. Nunca iria falar algo pessoal.
Bi – Ele é nojento sabe. Ele me bateu ontem. Sei que tenho idade, já sou de maior, mas não tenho forças para enfrentar ele. É um bruto, ele me bateu mesmo.
Vi – E você não fez nada?
Bi – Fiquei com medo.
Vi – Faz tempo que ele vem fazendo isso?
Bi – Não, faz um mês.
Vi – Denuncia ele, o que você está esperando Bilia…
Bi -… Se você falar eu vou te esganar.
Vi – Perdão amigo. Mas diz o que ele te fez.
Bi – Ele me bateu muito ontem, me amarrou na cama… e me…
Vi – O que amigo? Diz logo.
Bi – Ele me estuprou, disse que merecia isso. – Chorando.
Vi – E você vai aceitar?
Bi – O que eu vou fazer?… Falar para minha mãe que fui estuprado pelo meu padrasto. Ela vai rir da minha cara, eu tenho 19 anos. Ela não vai acreditar nunca.
Vi – Será que por você ser gay ele se achou no direito de fazer isso?
Bi – Ele é nojento, muito escroto.
Luciano – Entra no vestiário – O que está havendo aqui. A Marta disse que você estava chorando Bi.
Bi – Problemas de família. Coisas tolas.
Luciano – Mas você esta machucado. Com hematomas, não é so um problema de família.
Vi – Vai passar, tenho certeza que vai.
Bi – Espero.
Vi – Vai sim, você vai vir morar comigo. Tudo isso vai passar.
Bi – Não imagina.
Vi – Vai sim, eu quero que você venha morar comigo. Afinal sou sozinha… É péssimo viver só.
Luciano – Isso eu sei bem.
CENA 03 – Administração MVida/ Manhã/ Sala da Presidência/ INT.
Juliana – Senhora, desculpe mais ela chegou entrando em sua sala.
Marion – franze as sombrancelhas – Pode deixar, eu fala com ela.
Adma – Eu preciso sair?
Catarina – Não querida, vamos ficar todas juntas em família. Vamos resolver tudo de uma vez por todas.
Adma – Não vamos não, aqui não é o melhor lugar para acertamos as contas.
Marion – Tem razão Adma, aqui não é mesmo o melhor lugar. Não quero que ninguém fique sabendo de nada.
Catarina – Você tem medo?
Marion – Sim, mas não de você. É pelo meu filho.
Catarina – Seus filhos né, porque até aonde eu sei você teve dois.
Adma – Dois?
Catarina – Não se faça de sínica, você sabe que são dois.
Marion – Logico que sabe, pode até não se lembrar, mas sim são dois. E não quero prejudicar meu filho.
Catarina – Marion, abra logo mão disso tudo, e suma daqui. Seu filho saiu da cadeia, ele quer vingança, e seus segredos pode te destruir.
Marion – Sorrindo – Você não sabe nada da minha vida, não sei o que você está falando.
Catarina – Você realmente é cega né. Sua vida já é um inferno, você pode cair por terra e ainda quer relutar?
Marion – Ninguém nunca soube nada da minha vida, e jamais vai ficar sabendo.
Catarina – Vai até o ouvindo de Marion e sussurra – Bruno.
Marion – Assustada, olha para Catarina e sorri – Tô achando que você quer ir para o mesmo caminho que ele. Ou estou errada?
Catarina – Erradíssima, mas se quiser posso ajudar você ir! Então você afirma o que perguntei.
Marion – Ponha-se para fora daqui, você e sua filha. Por favor.
Catarina – Educada Marion.
Marion – Sempre fui querida. Não quero perder a cabeça com você. Sou outra pessoa, agora por favor, ponha-se daqui.
Catarina e Adma saem da sala, Marion pega o telefone disca e diz.
Marion – Marcelo vem aqui agora.
Marcelo – Entra na sala – O que houve?
Marion – Você não sabe?… Advinha querido!
Marcelo – Não sei Marion, cada dia uma novidade diferente. Realmente a sua vida é um loucura.
Marion – A vaca da Catarina, sabia que essa vadia iria voltar para me infernizar. Mas isso não vai ficar assim.
Marcelo – O que você está pensando em fazer.
Marion – O que eu deveria ter feito a muitos anos. Cansei, não vou aguentar essa qualquer me ameaçando. Você mesmo saber que eu sempre ajudei essa víbora safada, e olha o que ela faz hoje, me da uma punhalada pelas costas.
Marcelo – Calma Marion, você pode está fazendo a pior besteira de sua vida.
Marion – Besteira fez ela de querer cruzar o meu caminho. Eu estou cansada disto tudo, parece que todos estão contra mim. Agora tem a anda do meu filho no meu caminho e a safada dessa Adma. Eu ajudei tanto ela quando precisou.
Marcelo – Porque você ajudou ela.
Marion – Sorrindo – Engraçado dizer isso, mas ela é uma de nos.
Marcelo – Sorri – Cê jura?
Marion – Mais sério que nunca meu querido. Isso não vale nada, e o pior eu criei a cobra e ainda estou abrigando ela em casa. Realmente estou perdida.
Marcelo – Bom, eu realmente não sei o que dizer.
Marion – Mas eu sei o que fazer. E desta vez será tão perfeito que jamais alguém irá sonhar que foi eu quem fez.
Marcelo – De novo você vai fazer isso.
Marion – Sorrindo – Como de novo meu caro. Há anos eu não faço isso, chega me deu saudades você acredita. – sorri.
Marcelo – Você é muito fria.
Marion – Cuidado com o que você fala, pois você pode ser o próximo.
Marcelo – Você não é nem louca. Eu acabo com você primeiro. – Sai da sala.
Marion – Desgraçado, ele disse que acaba comigo. Sua hora vai chegar Marcelo.
CENA 04 – Sala de Davi/ CONTINUAÇÃO/ INT.
Juliana – Batendo na porta – Licença Senhor.
Davi – Sorrindo – Tenho cara de senhor?
Juliana – Imagina, não quis dizer isso. Foi apenas por educação.
Davi – Fica em paz e sem formalidades comigo. Me chame de Davi mesmo Ok. Prefiro assim.
Juliana – Sem problema… Trouxe as planilhas que foram solicitadas senhor.
Davi – Sorrindo – Senhor de novo Ju.
Juliana – Perdão é o hábito.
Davi – Vamos perder este hábito então.
Juliana – Claro que vamos Davi.
Davi – Assim está perfeito. Me chame sempre de Davi, esquece o senhor, deixe para o Marcelo, ele sim tem cara de senhor. – sorrindo.
Juliana – Me perdoe. – Deixa as planilhas sobre a mesa – Licença.
Davi – Calma, deixa eu ver uma coisa, pode vir até aqui.
Juliana – Pois não. – Caminha até Davi.
Davi – Deixe-me vê sua corrente. – Os dois ficam frente a frente e ADMA entra na hora.
Adma – BATE A PORTA – Gostou Davi?…
Davi – Engoli seco -… Só estava vendo!
Adma – O que exatamente você estava vendo nessa aí.
Juliana – Com licença.
Adma -… Já vai querida?… Não fique, está bom a festinha, continue se mostrando para meu marido, eu estou adorando observar essa baixaria de vocês.
Juliana – Não mesmo, eu devo ir para meu posto.
Adma – RI ALTO – Posto?… Acho que você está no lugar errado, e na hora errada querida, lugar de puta é na esquina. Ou se preferir em bordel.
Davi – Adma, repeita ela.
Adma – Você quer mesmo que eu respeite essa sonsa oferecida?
Juliana – Você está redondamente enganada querida, eu não me ofereci para ninguém.
Adma – Meu amor, você está quase se esfregando em meu marido e não está se oferecendo para ele? Certeza?…
Davi – Deixa ela sair.
Adma – Claro, por favor querida, saia da sala do meu esposa. Se possível claro.
Juliana – Claro flor. – Sai da sala e fecha a porta.
Adma – Viu amor como ela é um anjo, me chamou até de flor, e ainda fechou a porta, educada né Davi.
Davi – Não seja irônica, eu quem pedi para ver o calor dela.
Adma – sorrindo – Irônica meu amor?… Só acho que ela deveria se manter longe de você. E outra você é casado. Não quero você perto dessas brasileiras safadas e oferecidas. Porque é isso que elas são.
Davi – Ta bom meu amor.
Adma – Não se esqueça que toda FLOR tem espinhos e são capazes de matar.
Marion – Abre a porta do nada – Vamos almoçar?
Adma– Ótima ideia, vamos sim né meu amor.
Davi – Vamos claro, é um convite da minha mãe, mas ela quem paga.
Marion – Sem problema nenhum, vamos?
Adma – Claro, deixa só eu pegar minha bolsa.
CENA 05 – Restaurante/ Tarde/ INT.
Davi – Mãe esse restaurante custa uma furtuna.
Marion – Não tem problema meu filho, tudo pela nossa família.
Adma – Então um brinde a nossa família.
Marion – Sorrindo – A nossa família.
Davi – Vou ao banheiro, só um momento.
Marion – Claro meu filho.
Adma – Não demora. – Os dois dão um selinho.
Marion – Aproveitando que está só agente, vamos ter uma conversa franca.
Adma – Aqui não é o lugar adequado.
Marion – Existe esse lugar para uma breve conversa?
Adma – Não, mas acho que agora não é nada bom…
Marion -… Eu paguei você para cuidar do meu filho quando ele precisou, e você o que faz, deixa meu menino virar uma lesma, um qualquer, até o irmão. Você sabe que não era pra isso que eu sempre te paguei ne ADMA, e pagava muito mais muito bem.
Adma – Então você vai jogar na minha cara? Se quiser eu posso devolver esse dinheiro todo.
Marion – Querida, olha o que você está falando. Você não tem nem a aonde cair morta.
Do outro lado da rua, observando tudo pelo vidro Perso balança a cabeça.
Perso – Vocês vão me pagar por cada segundo que me deixou preso naquela cadeia.
CENA 06 – Mercado MVida/ Começo de Noite/ INT./ Corredores.
Caminhando pelos corredores, Marcelo, apresenta a nova loja, Pedro e Catarina, interessando em tudo, sempre questionando e com uma planilha em mãos.
Marcelo – Vamos jantar agora?
Catarina – Desde que não demore, preciso desse balanço urgente.
Marcelo – Mas eu tenho certeza que vocês vão amar nossa janta.
Pedro – Porque tem tanta certeza?
Marcelo – Vamos… lá eu lhe explico melhor.
CENA 07 – Continuação/ Restaurante/ Int.
Pedro – Pois bem…
Marcelo – Ótimo tudo que eu mais queria era ficar a sós com vocês.
Catarina – É tão importante assim querido?
Marcelo – Sim, é muito importante, e espero que vocês me entendam.
Pedro – Pode falar então…
Marcelo – Eu conheço a Marion desde que ela tinha dezessete anos. Hoje já madura e experiente eu não confio muito nele.
Catarina – E porque está nos dizendo isso, a troco de que…
Marcelo -… Segurança.
Pedro – Sorrindo – Como assim? Agora eu não entendi.
Marcelo – Simples, eu preciso de ajuda, de apoio para tirar a Marion da presidência, e conto com vocês.
Pedro – A troco deque? Não acredito que isso sairá de graça.
Marcelo – Só quero segurança quando necessário… Ahh ela também não pode saber que vir pedir ajuda a vocês.
Catarina – Você tem medo dela?…
Marcelo -… Vocês não?- Olhando para o casal.
Catarina – Sorrindo – É mais fácil aquela cobra ter medo de mim.
Pedro – Nunca tivemos medo dela.
Marcelo – Ela disse que vai matar vocês.
Pedro – Ela está nos ameaçando. =- Olha para Catarina espantada.
CENA 08 – Portão da mansão/ Noite/ Ext.
Suzi – Chorando – Ela conseguiu o que realmente queria.
CENA 09 – Casa Elis e Perso/ Noite/ INT.
** Campainha tocando.
Perso – Está esperando alguém meu amor?
Elis – Não, e você?
Perso – Não que eu saiba.
Elis – Vai até a porta, e abre – Oi…
Ruth -… OI, me chamo Ruth, moro aqui na frente, sou vizinha de vocês, e tomei a liberdade de trazer um bolo para vocês.
Perso – emocionado, imediatamente diz – Pode entrar Ruth, seja bem vinda. A casa é simples, mas aqui tem amor.
Elis – Abrindo totalmente a porta – Pode entrar, seja bem vinda.
Ruth – Com licença viu.
Perso – Imagina, sem formalidades.
Elis – Posso colocar o bolo na mesa?
Ruth – Claro. – Da o bolo para Elis.
Elis – Vou passar um café, pode ser?
Ruth – Aceito sim, obrigado.
Perso – Então você é nossa vizinha? – Emocionado.
Ruth – Assustada, observa Perso e diz – Sim, moro aqui há anos, e meus pais também.
Perso – Gostaria muito de conhecer seus pais. Muito mesmo minha querida.
OS TRÊS CONTINUAM CONVERSANDO EM OFF. A CENA CONTINUA – CÂMERA SE AFASTANDO.
CENA 10 – Mansão Marion/ Noite/ INT./ Sala de reuniões.
Marion – Davi, sente aqui, preciso urgente falar com você.
Davi – Pode dizer…
Marion -… cê sabe que durante anos o Marcelo esteve comigo na presidência do grupo, pois bem, eu acho que chegou a hora de descartar a companhia dele, ele não serve para muitas coisa, meio inútil sabe. Então eu pensei… o Davi, porque não ele? Já que voltou a morar no Brasil, não acha que é sua hora.
Davi – Eu queria mesmo falar com você sobre este assunto. Eu acho que chegou minha hora de ter responsabilidades. Eu aceito.
Marion – Sorrindo – Ótimo, vamos brindar?
Davi – Claro que vamos.
[CONTINUA NO PRÓXIMO CAPÍTULO]